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A Falha

Nate e Trent estavam em todos os lugares. Eles se dividiram pela pequena biblioteca, pegando livros, páginas soltas, canetas e o que parecia ser uma taça de metal.

Eu me sentei em uma poltrona do canto enquanto eles organizavam o que Nate chamou de "ritual, mas não exatamente um ritual, é apenas um facilitador de transferência espectral". Seja lá o que isso significasse. Jessamine estava parada ao meu lado, seus olhos acompanhando cada movimento dos meninos.

Se tudo desse certo, essa noite eu poderia tocar na pele de Jessamine. O frio subiu pela boca do meu estômago. Isso parecia errado e, ao mesmo tempo, não. Afinal de contas, não estávamos fazendo pelo bem maior? Jessamine nos ajudaria e, em troca, ela poderia sentir de novo como era estar viva.

— Apenas uma semana — ela murmurou sem tirar os olhos da mesa cheia de papéis. Franzi o cenho, sem entender — Apenas uma semana e irei embora.

— Você acha que é o suficiente para resolvermos o nosso problema?

— Tem que ser.

— Ok, vamos lá — Trenton sorriu para mim. Ele parecia estranhamente animado. Toda a história de magia, portais para o além e fantasmas lhe animava mais que a vida na delegacia — Antes de tudo, eu preciso saber se Jessamine foi cremada, porque, bem, se não foi teremos alguns probleminhas. Seria quase como se ela tivesse dois corpos.

— Creio que sim. Eu nem sei se meu corpo chegou a ser enterrado. Não éramos uma família católica.

Engoli em seco. Aquilo era... horrível, mas não era hora de pensar em como o século XVIII era terrível para mulheres sozinhas.

— Sim — disse para eles.

— Ótimo... Agora, precisamos do seu sangue.

— Para que exatamente?

— Bom, o Guia é um ser que está entre o Outro Lado e o nosso lado, então o seu sangue serve como uma passagem para a matéria atravessar.

— E por que não podemos usar apenas ele para abrir a passagem para mim?

— Sabe, me surpreende o quão pouco você sabe sobre seus próprios poderes — Trenton cruzou os braços. Revirei os olhos — Se você lesse os livros...

— Odeio ler. Não consigo me concentrar.

— Um Guia com TDAH, talvez essa seja nova — Nathan comentou do outro lado.

— Ok, vocês estão aqui para serem idiotas ou para me explicar como funciona essa porcaria?

— O seu sangue é o suficiente para permitir a passagem de matéria do Outro Lado, porque ela é mais maleável, mas passar algo daqui para lá precisaria de uma quantidade enorme de sangue de um guia...

Pensei nos outros quatro guias que morreram e um pensamento sombrio passou pela minha cabeça. Se Trent e Nate tivessem comentado sobre isso antes, talvez... Não, seria impossível, os corpos estão espalhados pelo mundo e, bem, a ideia de usá-los é terrível.

— Posso? — Trenton estava do meu lado com uma faca maior que meu pulso.

— Você sabe fazer isso?

— Eu fiz 1 semestre de Medicina — deu de ombros.

— Isso não me reconforta- — O ar saiu dos meus pulmões quando Trenton cortou minha carne. Ele puxou minha mão até a taça brilhante na mesa e deixou escorrer até que um quarto do copo estivesse cheio.

Trenton me deu um pano e eu cobri o ferimento. Não parecia ter tirado muito sangue, mas, mesmo assim, fiquei um pouco desnorteado. Obviamente já perdi sangue no meu trabalho, porém creio que a adrenalina me movia adiante.

Trenton colocou a taça no centro e começou a escrever na mesa uns símbolos estranhos que pareciam com hieróglifos, mas ao invés de figuras eram apenas linhas e curvas se encontrando.

Ele sabia o que estava fazendo, apesar daquelas escritas não fazerem o menor sentido para mim. Talvez eu devesse considerar ler alguns livros.

— Tudo certo — Trent se levantou e sorriu. Acho que nunca o vi tão animado — Agora, preciso que você se concentre em Jessamine. Sabe aquilo que você faz para expulsar os fantasmas vagantes? Você precisa fazer o contrário. Ao invés de empurrá-la, puxe-a para cá.

Isso era bem vago, mas eu assenti.

Olhei para o sangue no copo e engoli em seco. Então, meus olhos cruzaram com o de Jessamine parada próxima a mesa.

— Pronta para voltar ao mundo dos vivos?

— Não — respondeu de prontidão — Ninguém está preparado para a morte e acho que muito menos para voltar à vida.

Assenti e fechei os olhos.

Quando eu mando os fantasmas para o Outro Lado, eu costumo senti-los primeiro como uma energia caótica que está fora do lugar. Tentei procurar por essa energia e foi como se algo tivesse me atingido no peito. Jessamine era pura energia. Era muito mais forte do que eu imaginava. Não sei dizer se foi pelo tempo que passou nesse estado ou por ter sido uma Guia. Era devastador.

Eu me concentrei. Precisava fazer isso. Enfiei as unhas contra a palma da minha mão e tentei puxar aquela energia. À princípio, parecia que não adiantava, eu não tinha força suficiente para lutar com o Outro Lado que a chamava de volta, então senti outro impulso de força... Jessamine estava me ajudando, se forçando para fora.

Não.

Algo estava... errado.

Senti um empurrão contra meu peito e as vozes de Trenton e Nathan aumentaram ao meu redor.

— Puta que pariu, você está bem? — Trenton colocou a mão no meu pescoço. Abri os olhos e vi a taça de metal derrubada na mesa, o meu sangue escorria pela mesa até o chão — Você está sangrando.

Eu levei a mão até o meu nariz e vi o líquido vermelho nos meus dedos.

— Funcionou?

Jessamine estava do outro lado com uma careta de preocupação.

— Eu não a vejo — Nathan balançou a cabeça — Eu não sei o que aconteceu. A mesa começou a balançar e você estava sangrando, e alguma coisa te empurrou contra a parede.

Ergui a cabeça e senti minhas costas.

— Jessamine talvez? Pode ela ter, de alguma forma, repelindo você?

— Não — falei. Senti a força de Jessamine a meu favor — Talvez Carrie?

— Isso vai ser difícil — Nathan comentou — Podemos tentar de novo amanhã. Você deveria... ir para casa.

— Eu pareço tão mal assim?

— Pior do que quando você apanhou do marido daquela mulher — Trenton disse. Eu dei um sorrisinho.

— Bem, valeu a pena.

— Vá descansar. Talvez você ainda não tenha se recuperado da tentativa de entrar no Outro Lado. Vamos pensar em algo depois.

Assenti e me levantei.

Eu sussurrei "desculpas" para Jessamine e peguei meu casaco da cadeira.

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