Capítulo Trinta e Um
Victor Jones:
Meteora apareceu instantes depois, com um olhar preocupado, e começou a me contar sobre o meu castigo em detalhes minuciosos.
— Victor, precisamos conversar sobre as consequências do que aconteceu hoje — ela começou, sua voz calma, mas firme. — O rei foi claro sobre a supervisão rigorosa. A partir de agora, você terá um guarda pessoal designado para acompanhá-lo em todos os momentos, sem exceção.
Eu suspirei, sentindo o peso da situação aumentar ainda mais.
— Isso significa que minhas saídas serão limitadas? — perguntei, tentando processar as novas restrições.
— Sim, mas não é só isso. — Meteora continuou, sua expressão ficando mais sombria. — Você também será submetido a treinos intensivos diários para melhorar seu controle sobre a magia espiritual. A expectativa é que você aprenda a canalizar seu poder de maneira mais eficiente e segura.
Eu assenti lentamente, percebendo a gravidade das medidas.
— Entendo. Eu sabia que haveria consequências, mas não imaginei que seriam tão severas — admiti, minha voz carregada de resignação.
Meteora colocou a mão em meu ombro, um gesto de conforto e solidariedade.
— Sei que parece duro, mas é necessário para sua segurança e a do reino. Você possui um poder extraordinário, Victor, e precisa aprender a controlá-lo completamente. Isso é vital para todos nós.
— Vou fazer o meu melhor — respondi, determinado a enfrentar os desafios que estavam por vir.
Meteora sorriu ligeiramente, transmitindo um pouco de esperança.
— Confio em você, Victor. Agora descanse. Amanhã será um dia longo e exigente.
Ela se levantou e saiu do quarto, deixando-me sozinho novamente. O cansaço finalmente me venceu, e fechei os olhos, preparando-me mentalmente para os dias difíceis que se aproximavam. Enquanto a escuridão do sono me envolvia, uma determinação renovada se firmava em meu coração. Eu iria provar meu valor, não apenas para o rei, mas para todos que contavam comigo.
A exaustão do dia pesava sobre mim como uma âncora. Não demorou muito para que eu caísse em um sono profundo e imediato.
Naquela noite, fui atormentado por um pesadelo que ainda assombra minhas memórias. Encontrei-me correndo sem rumo em um vasto campo, sob uma tempestade furiosa. Desta vez, uma cidade surgia e desaparecia atrás de mim em rápidos lampejos. Os edifícios estavam espaçados de maneira irregular, enormes pedras emergiam do solo, e as sombras se estendiam sinistramente sob o tumulto da tempestade.
Uma névoa negra se erguia da terra à medida que eu corria, e eu sentia que estava sendo arrastado para a escuridão iminente. Minha corrida parecia sem progresso, meus calcanhares afundando inutilmente no solo encharcado.
Sobre o estrondo ensurdecedor da tempestade, os gritos desesperados das pessoas ecoavam, e a barreira entre os mundos tremia como se estivesse prestes a desabar. O pavor tomou conta de mim quando algo ameaçou cair dos céus, lançando uma sombra sombria sobre a paisagem tumultuada.
Fendas sinistras se abriram no solo, que começou a tremer violentamente. Uma risada maligna surgiu de algum lugar abaixo da terra, e uma voz profunda e ameaçadora fez meu sangue gelar nas veias.
O solo se abriu sob meus pés, formando uma fenda escura, e tentáculos sombrios emergiram, fazendo-me escorregar inexoravelmente em direção às profundezas da escuridão abissal. As trevas me engoliram, e o terror se apoderou de mim.
Finalmente, acordei, ofegante e com as mãos tremendo violentamente. Eu estava de volta ao meu quarto, mas a sensação de horror persistia. Suspirei profundamente, tentando recuperar a compostura, mas o sono continuou sendo meu inimigo nas noites que se seguiram.
***************************
Ao som suave dos pássaros cantando, abri os olhos na cama, sentindo-me mais esgotado do que no dia anterior, como tem sido a rotina nos últimos dias.
Decidi sair do meu quarto e bater na porta de Duncan para perguntar se ele já estava acordado, pois planejávamos ir juntos ao refeitório. Ele respondeu prontamente, e aproveitei para tomar um banho no amplo banheiro anexo ao meu quarto.
Após sair do banheiro, sequei meu cabelo e coloquei meus óculos. Saí do quarto com Duncan esperando por mim ao lado do restante do pessoal. Percebi também a presença do meu novo cavaleiro, que parecia intrigado com a personalidade de Manoel.
Conforme explicado no auditório, meu novo cavaleiro deveria compartilhar o café da manhã comigo e com meus amigos. Não era apenas pela proximidade da relação entre mim e aqueles que decidiam meu destino, mas também para que estivéssemos juntos em todos os cantos do castelo, incluindo minhas aulas, para manter-se atualizado sobre minha segurança a cada momento.
Enquanto eu descia graciosamente as escadas em direção ao refeitório, observei que uma mesa comprida e ricamente ornamentada estava repleta de sopa quente, pãezinhos crocantes, salada e ovos mexidos. As fadinhas trabalhavam diligentemente para repor o que fosse consumido.
— Vocês estão atrasados, imagino que algum imprevisto tenha ocorrido — comentou Manoel, de pé ao lado da mesa onde Rafael estava se servindo.
Não tinha certeza do que Rafael havia feito para prolongar sua estadia aqui antes de seus pais o levarem de volta ao palácio.
— Sempre chegamos um pouco tarde — respondi com um sorriso, mesmo que ele parecesse incrédulo com minha resposta. Mantive meu sorriso, resistindo à tentação de atacá-lo ou ao meu novo guarda.
Erick, que estava ao meu lado, era quase como um agente de condicional, sempre alerta para tudo o que eu fazia que pudesse irritar o rei.
Sentei-me graciosamente no assento mais afastado deles, estrategicamente escolhido para que as pessoas pudessem passar por mim sem prestar muita atenção em minha existência. Olhando ao redor, notei que havia apenas alguns poucos alunos no refeitório.
— Onde está meu amigo que é tão importante para mim? — perguntei a Erick. — Ele chegou ontem, mas parece que já desapareceu. Eu pensei que ele fosse o mais confiável do rei.
Erick usava uma armadura de couro marrom trabalhada com faixas largas de metal prateado. Seu cabelo cor de amora estava curto, e seus olhos escuros demonstravam cautela constante.
— Ele está se escondendo — Erick respondeu.
Lancei um pedaço de pão no ar, e uma pequena criatura o pegou e pousou em meu ombro, começando a comer com alegria. Era uma pequena pixie criada por Horeom no templo, enviada para ser minha companheira fiel e aliada. Batizei-a de Matt, um lêmure voador com energia espiritual para se tornar invisível quando quisesse e que já fez amizade com Marko.
— Hoho, que espertinho. Ele sempre está invisível pelos cantos, não é? — comentei com um sorriso, pegando um pedaço de pão e levando à boca. — De qualquer forma, ele é muito fofo.
Rafael estendeu um pedaço de pão para Matt, que pulou na mesa e começou a mordiscá-lo.
— Você conseguiu domá-lo rapidamente? — Rafael perguntou, sorrindo em minha direção.
— Ele é apenas um animal, às vezes é fácil cuidar dele — dei de ombros.
— Estou preocupado com o fato de os planos do rei serem tão difíceis de realizar. O que será do nosso futuro? — Erick resmungou.
— Você encontrará uma solução — Aurora tentou soar otimista, embora suas próprias palavras parecessem carentes de convicção.
— Isso mesmo, nosso pai é compreensivo. Se você não conseguir controlar Victor e impedir que ele faça o que quiser, nós o ajudaremos a fazer Victor entender seu ponto de vista, em vez de machucá-lo — ofereceu Rafael. — Você não precisa se sentir sozinho durante o treinamento. O senhor Erick pode contar conosco.
— Vocês não estão ajudando com os pensamentos negativos do senhor Erick — observou Rebecca. — Posso até imaginar ele pensando nas piores possibilidades.
Sorri brilhantemente e expressei de maneira elegante o meu desinteresse, gentilmente colocando o pão na mesa antes de me levantar. Posso apenas imaginar a reação de Manoel, elegantemente surpreso nas minhas costas, mas não me importo muito com isso.
****************************
A manhã começava pontualmente às oito, e a primeira aula estava marcada para "Conhecimento da Besta Mágica". Os instrutores encarregados de ministrar essa disciplina eram o rigoroso Mestre Damian, destinado aos alunos mais experientes, e a delicada Senhorita Flora, que cuidava dos novatos.
Assim que entrei na sala de aula, notei que já estava alguns passos atrás dos outros estudantes. Mestre Damian, sem demora, dirigiu sua atenção à minha chegada tardia.
— Senhora Aurora, novamente atrasada. Você não acha que precisa melhorar sua dedicação aos estudos? Seu talento sempre se destacou, sua base é sólida, e, no entanto, parece não estar levando a sério sua educação desde que se aproximou de alguns colegas. Note como há outros que sequer conseguem invocar uma Besta Mágica de Gelo em minhas aulas, apesar de terem o Elemento Gelo à disposição desde os seis anos. Seu talento é notório, mas está desleixada recentemente — Mestre Damian repreendeu com severidade, sem esconder sua frustração.
Não pude evitar um olhar presunçoso. Damian era inquestionavelmente o mestre mais rígido da academia e fazia questão de mencionar minha suposta negligência em praticamente todas as aulas. Isso levava alguns a lançarem olhares acusadores na direção de Duncan e Anna, como se fossem culpados pelo meu comportamento.
— Muito bem, por favor, abram seus livros sobre Bestas Mágicas. Hoje, continuaremos discutindo as Bestas Mágicas comuns. Como todos sabem, essas criaturas habitam as áreas além da cidade humana e são altamente hostis aos humanos. Elas vagam livremente e, quando se encontram, muitas vezes entram em confronto. Imagine que um mago deixe a cidade e se depare com um Lobo Mágico Caolho, o que ele deveria fazer? — A Senhorita Flora começou a abordar o tema com entusiasmo.
Lobo Mágico Caolho...
Essas eram criaturas que habitavam as áreas mais próximas da cidade humana. Eu havia visto apenas imagens deles nos livros didáticos e vídeos; sua aparência era verdadeiramente assustadora. No entanto, os antigos guardiões conseguiam domar essas feras.
Uma pessoa comum era impotente diante de uma criatura desse tipo. Somente aqueles com treinamento excepcional poderiam enfrentá-los. Mas, se um grupo de Estudantes Mágicos, incapazes de utilizar sua magia, se deparasse com um Lobo Mágico Caolho, o resultado seria um massacre sangrento.
O destaque da aula era o olho mágico dessas bestas. Eu, pelo menos, achava fascinante estudar esse aspecto, enquanto nos entregavam papéis em branco e explicavam como desenhar o glifo de invocação, além de nos instruir sobre como controlar uma besta.
Segui as instruções, desenhei o glifo e guardei o papel, caso precisasse no futuro. Atualmente, eu estava investindo meu tempo duplicando minha rara habilidade para controlar o acesso ao mundo espiritual, permitindo que os pequenos espíritos adquirissem uma presença mais forte nesse plano. Tudo o que eu precisava era manter meu foco mental para que formassem obedientemente um Caminho pelo mundo espiritual, permitindo-me passar por ele com meu corpo inteiro.
No entanto, o controle de tudo isso era incrivelmente desafiador, e eu sabia que, se fosse apressado, fracassaria. Se eu fosse muito brusco, desencadearia uma explosão de magia ao longo do caminho do reino dos espíritos. Isso estava me deixando ansioso!
Estava sentado sob uma árvore, meditando, enquanto Erick treinava esgrima com Duncan e Merlin. Anna e Rebecca pareciam estar discutindo algo com Aurora, embora só tenha captado metade da conversa, que envolvia estudos relacionados à coroa.
Rafael, por sua vez, estava ocupado trabalhando no escritório de Meteora como seu assistente, cumprindo assim o acordo que o mantinha afastado do palácio.
— Victor, preciso da sua ajuda com algo — disse Merlin, interrompendo minha meditação. — Estamos tentando encontrar uma maneira de melhorar nosso controle sobre as Bestas Mágicas. Alguma ideia?
Olhei para ele, ainda meio absorto em meus pensamentos, mas pronto para contribuir.
— Podemos tentar combinar nossas habilidades. A conexão espiritual que tenho com os pequenos espíritos pode ser usada para estabelecer uma ligação mais forte com as Bestas Mágicas. Se conseguirmos sincronizar nossas energias, talvez possamos controlá-las com mais eficiência — sugeri.
Merlin assentiu, animado com a ideia.
— Isso faz sentido. Vamos reunir todos e experimentar. Talvez possamos finalmente entender como os antigos guardiões conseguiam controlar essas criaturas com tanta facilidade.
Passamos o resto do dia experimentando diferentes técnicas de sincronização, tentando fortalecer a ligação entre nossas energias espirituais e as Bestas Mágicas. Embora o progresso fosse lento, sabíamos que estávamos no caminho certo.
À medida que o sol começava a se pôr, senti uma sensação de realização. Apesar dos desafios, estávamos fazendo avanços significativos. E, mais importante, estávamos fazendo isso juntos, como um verdadeiro time.
Enquanto voltávamos para o castelo, a conversa girava em torno das descobertas do dia e das próximas etapas a serem seguidas. Eu me sentia mais confiante e determinado do que nunca a dominar minhas habilidades e provar meu valor como guardião.
— Amanhã, tentaremos de novo — disse Aurora, sorrindo. — Sei que podemos conseguir.
Assenti, sentindo uma renovada sensação de propósito.
— Sim, podemos. E vamos.
*************************
— Victor! Como você está?! — Urlac exclamou quando me viu atravessar para o mundo espiritual.
Sua expressão se iluminou com um sorriso incontido quando me viu surgir, e eu não pude deixar de cumprimentá-lo calorosamente.
— Eu estava realmente pensando em um jeito de te ver! — Urlac continuou com entusiasmo. — Mas você veio até mim.
— Claro, também é uma boa desculpa para fugir um pouco das outras pessoas — comentei com um pequeno sorriso. — E como tem passado?
— Bem, desde que aquele rei Orwen ordenou que seus mestres colocassem uma barreira ao redor da escola para me impedir de entrar... — Urlac respondeu com uma expressão carrancuda.
Começamos a conversar, e eu sentia falta daquela natureza excêntrica dele, da maneira como conseguia arrancar um sorriso de todos ao seu redor.
— Victor! — Ele sorriu largamente e conduziu-me até um pequeno jardim. — Veja o que consegui criar! — Urlac olhou para mim e mostrou sua criação. Eram flores grandes, de um rosa pálido, e outras que pareciam um arco-íris devido às cores de suas pétalas. — Eu as criei hoje. São provavelmente as flores mais belas e imponentes do mundo espiritual e humano.
As flores que ele havia criado eram verdadeiramente magníficas. Ele sempre falava sobre os poderes herdados de sua mãe, e eu havia ouvido dizer que as flores que ela havia cultivado no passado estavam florescendo em todo o campo, naquela que havia sido sua antiga residência.
A flor, com suas pétalas rosa pálido sobrepostas, era de uma beleza hipnotizante. No entanto, logo ela se abriu e emitiu um brilho intenso.
— Elas parecem ter absorvido um pouco do seu poder... — comentei, fechando os olhos. — Estão radiantes demais.
— Fiz isso inspirado em você — Urlac revelou. — Quer dizer, quando você fala sobre sua família e amigos. Eu gostaria de ter algo assim, mas com meu pai é complicado. Pelo menos ter uma família para voltar.
— Lembre-se de que não está sozinho, estou aqui e somos uma família — falei, sorrindo.
Urlac olhou para mim com determinação.
— Victor, tenho pensado muito nos últimos dias... — ele começou, sua expressão decidida. — Quero que fechemos um contrato de mestre e espírito, para que eu possa atravessar essa barreira e nada me impeça.
No entanto, hesitei. Não era algo que eu quisesse fazer, pois sabia que, um dia, isso poderia magoá-lo profundamente se eu tivesse que partir.
Um contrato com um espírito era algo profundamente vinculante, criando um laço inquebrável entre o invocador e o espírito. Embora pudesse ser dissolvido com a morte do invocador, sua prisão ou a vontade do próprio invocador, a experiência de Urlac com a briga com Camilla e sua subsequente separação deixou marcas profundas.
— Eu entendo o que você está pensando, mas quero que saiba que estou disposto a enfrentar qualquer consequência — Urlac disse, segurando minha mão. — Pelo menos, considere a ideia.
Minha aura começou a brilhar, indicando que meu tempo naquele lugar estava se esgotando.
— Vou pensar no assunto — respondi, fechando os olhos e retornando ao mundo físico.
Lentamente, abri meus olhos, mas no momento seguinte, um grito involuntário escapou dos meus lábios.
Merlin estava ali, olhando para mim de tão perto que seus olhos estavam a poucos centímetros do meu nariz. Ao pular do galho onde estava, ele se assustou e ficou ainda mais envergonhado.
— Desculpe-me, eu não queria te assustar — ele se apressou em se desculpar.
Fechei a boca e balancei a cabeça. Foi apenas um engano. Estava fazendo um esforço consciente para não mostrar meus sentimentos aos outros. As pessoas estavam secretamente preocupadas com o fato de o guardião que desafiou o rei Orwen demonstrar tão pouca emoção. Até isso fazia parte do meu plano, desestimular o interesse dos outros ao não revelar reações.
— Victor, você está chateado com o meu susto? — Merlin perguntou com a voz suave. — Sinto muito. Peço desculpas. Eu sei que você está passando por muitas coisas, mas quero que saiba que estou ao seu lado.
Uma brisa suave soprava, e o sol criava reflexos multicoloridos ao encontrar o meu anel.
— Estarei sempre ao seu lado — ele sussurrou. — Você é muito importante para mim, e isso está no meu coração.
Involuntariamente, meu corpo se estremeceu. O som, mais uma vez. Era um som que eu continuava ouvindo até minhas orelhas ficarem vermelhas.
— Não diga isso desse jeito — falei, tentando esconder minha agitação.
— Estou te incomodando inadvertidamente? — Ele perguntou preocupado.
Ele chamou meu nome novamente, fazendo meu coração acelerar. Com isso em mente, olhei para o rosto dele pela primeira vez. Ele era surpreendentemente bonito, com uma aparência que lembrava um imperador. Além disso, apesar de tudo o que havia acontecido ao seu redor, ele emanava maturidade e gentileza.
— Eu tenho um lugar para te mostrar — Merlin disse, pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos. — Vamos?
Balancei a cabeça em concordância.
_____________________________________
Gostaram?
Até a próxima 😘
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro