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V - AS LUZES DA ESPERANÇA

     

      Algumas pessoas acreditam que o Papai Noel mora no Polo Norte. Outras pessoas acreditam que ele mora em algum lugar da Finlândia. Mas para Jack Frost, isso era irrelevante. Ele seguia para onde o vento o guiava. Ainda sim, viajou para longe, para um lugar em que se via neve por toda a parte e onde a nevasca o fazia se afastar à medida que se aproximava. Lutando contra o vento, Jack Frost foi, por diversas vezes, jogado para longe. Vez ou outra afundou na neve, precisando caminhar por ela já que sua habilidade de voo não era eficiente. Precisava cobrir o rosto para que seus olhos não fossem atingidos pela neve.

O céu esbranquiçado dificultava sua visão. Enquanto isso, a fadinha permanecia aquecida nos bolsos do rapaz. E mais uma vez, foi jogado para longe.

— Norte!

Às vistas de uma pessoa comum, o Papai Noel parecia ser alguém muito ocupado. Talvez por essa razão aparecia apenas uma vez no ano, todos os anos. Para outras, era alguém que não fazia nada a não ser brinquedos. Para elas, ele trabalhava apenas uma vez no ano. As duas suposições são incertas. Norte fazia o que precisava ser feito, todos os anos. Ainda sim, Norte possuía um espírito leve e embora gigante por fora, era risonho por dentro. Tão risonho que fazia transparecer. Estava brincando com suas próprias criações. O trem era seu preferido. Ele flutuava para o alto, cada vez mais alto. Os carrinhos no chão, os aviões tocando seu telhado.

Como se esquecer dos yetis? Sempre desengonçados e constantemente irritados, porém caprichosos em seu trabalho. Estavam sempre discutindo entre si e resmungando em uma língua que apenas os Guardiões podiam entender. Aos olhos de outras pessoas, poderia ser engraçado. Ah, claro, havia também os Cabeças de Sino. Um deles caminhava depressa até Norte, balançando o próprio corpo na intenção de fazer barulho. Ao perceber, Norte se abaixou, curioso.

— O que foi, Cabeça de Sino?

Entretanto, o vermelhinho não teve tempo de responder. Sem aviso, os yetes entraram no grande salão, trazendo com eles algo inesperado. Jack Frost estava de volta à oficina do Papai Noel após dezesseis anos. Quem poderia acreditar? Nem mesmo o próprio Papai Noel podia. Bruscamente, Jack foi jogado no chão. Norte abriu um enorme sorriso, abrindo seus braços ao mesmo tempo. “Meu Deus!”, pensou Jack, sendo puxado para um abraço. Pôde sentir seus ossos fazendo um estalo. E mais uma vez, o garoto foi ao chão.

— Jack Frost, que prazer em te ver! – falou Norte, sentando-se em uma cadeira.

— O prazer é todo meu. – falou o outro, se levantando completamente dolorido.

O Papai Noel pareceu pensar.

— Minha nossa, já faz muito tempo! – concluiu, espantado — Dezesseis anos?!

Dezesseis anos. Dezesseis anos se passaram desde o confronto entre os Guardiões e Breu. E em dezesseis anos, Jack Frost desapareceu completamente da vista de todos, mais uma vez. Embora não quisesse, o melhor que podia fazer era permanecer longe de todos. Em todos esses anos, não deu sequer uma única notícia. Os Guardiões chegaram a pensar que havia morrido, vítima de seu próprio poder. Não. Jack não seria tão estúpido.

— Sim... – concordou, colocando a mão na coluna — Tinha esquecido como você era forte.

Norte riu escandalosamente. Com as mãos na barriga, ele questionou:

— E então, Jack, o que te trás aqui?

— Breu. – falou, sem delongas, surpreendendo o Papai Noel.

— Breu? Viu ele?! Quando?

— Hoje, ele foi atrás de mim. Eu tentei vir o mais rápido possível, mas você mora tão longe! Não sabia a quem recorrer, não pude fazer nada sozinho. – instantes depois, Jack sentiu falta de algo — A propósito, onde está o meu cajado?

Entretanto, não foi preciso uma resposta. Apenas lhe foi jogado o objeto, atingindo sua cabeça. Jack olhou para o yeti, que fingiu que não era com ele. A expressão irritada de Frost  mudou completamente ao ouvir Norte suspirar. Olhando para seus brinquedos, se lembrou pelo que passaram há dezesseis anos. O mundo perdeu a cor naquele ano. Não poderia permitir com que isso acontecesse de novo. Breu era poderoso, capaz de construir seu próprio exército criado a partir do medo das pessoas. E Norte sabia que, embora quisesse que não, o medo era algo inevitável. Era uma das coisas que os humanos poderiam demonstrar com maior frequência.

— Sabe o que isso significa, Jack? – Norte caminhou até uma alavanca, a girando — Teremos que chamar os outros.

Um flash de luz percorreu pelos olhos do Guardião, que não hesitou em voar até uma das janelas para que pudesse sair do grande salão. E então, do topo da oficina de Norte, Jack encarou o céu, ansiosamente à espera do espetáculo. A aurora boreal. As luzes coloridas que pairavam pelos céus gelados. O aviso de que o mundo precisava deles, juntos novamente: os Guardiões.

— Vai ser bom vê-los de novo, pessoal. – Jack sussurrou.

As luzes viajaram em direções opostas, chegando até mesmo às cidades em que as pessoas eram capazes de vê-las.

Foram até o Palácio das Fadas, apressando ainda mais a Fada do Dente. Até a Toca do Coelhão, que ergueu suas orelhas, pronto para a nova missão. Até Sandman, que trabalhava todos os dias para levar às pessoas os seus melhores sonhos.

 E logo, a Fada do Dente foi vista entrando por uma das janelas. Lá embaixo, Jack viu o Coelho da Páscoa estremecer com o frio, não podendo deixar de soltar um riso. E lá vinha Sandman, pilotando seu avião. Quando Norte encontrou todos, não hesitou em lhes dar seu tão famoso abraço, apertando todos de uma vez. Assim como Jack, sentiram seus ossos fazerem um barulho. O Coelho da Páscoa tentou fugir, mas sem sucesso.

— Amigos! – exclamou Norte, abrindo os braços após colocar todos no chão — Como é bom ver todos vocês!

Murmúrios cheios de dor eram ouvidos. O telhado da oficina de Norte era feito de vidro, o que permitia com que ele fosse capaz de observar o céu durante a noite. Jack observava a todos de lá de cima, até que finalmente resolveu descer, achando graça da situação.

— Se querem saber, também fiquei dolorido.

Aquela conhecida e inigualável voz chamou a atenção de todos. Ao olharem na direção do som, um certo Jack Frost os encarava com um sorriso no rosto, parado em uma das janelas. A felicidade no rosto de todos despertou em Jack um sentimento de saudade e, ao mesmo tempo, tristeza. Mesmo após dezesseis anos, seu nome não passava de um floco de neve que havia se perdido em meio ao vento, voando para qualquer lugar.

A Fada do Dente imediatamente voou até o rapaz com suas asinhas ligeiras, lhe dando um abraço caloroso. Ao se separarem, Jack a viu ficar ruborizada. Soltou um riso, a deixando sem jeito. E envergonhada, voltou ao chão. Uma de suas fadinhas zombou de suas bochechas. “Vamos, vá dormir”, disse a Fada em tom de brincadeira.

Pode-se dizer que dentre todos, o Coelho da Páscoa era o que menos gostava de afeto. Via a cena com o focinho torcido, não deixando de achar algo "ridículo". Mas não, ele não era maldoso, apenas tímido. Por essa razão escondia seus ovos de páscoa e a si mesmo das crianças. Sandman era um apaixonado. Via tudo com um certo brilho nos olhos.

O Coelho deu um passo a frente.

— Depois de dezesseis anos, qual é o problema?

— É o Breu! – Norte respondeu, assustando todos — Ele voltou e foi atrás de Jack. Temo que o mundo esteja ameaçado novamente.

— Ele me encontrou – começou Jack, encarando o chão — Eu estava na Noruega, Breu diz que não está sozinho. Há mais duas pessoas com ele, mas eu não sei quem são. Ele não vai descansar até afundar o mundo nas sombras.

— Noruega? – o Coelho achou estranho — O que você fazia na Noruega? 

Jack mordeu o lábio. O que deveria dizer?

— Eu fui... visitar alguém. – respondeu, sendo surpreendido pela Fada do Dente, que voou até sua boca.

— Encontrou Jamie? – ela perguntou, tirando as mãos da boca do rapaz, esperando ansiosa pela resposta.

— Na verdade, não. Eu fui visitar… a  rainha Elsa..

É impossível negar que a Fada do Dente não havia gostado da notícia. Sua expressão foi de extrema alegria a frustração em segundos. Se afastou de Jack, voando para perto de Norte. Para os outros, uma atitude estranha, mas não surpreendente. Todos sabiam que a Fada nutria sentimentos por Jack Frost, menos ele próprio. De qualquer forma, ela ainda preferia agir como se isso não a afetasse.

— O que faremos? – perguntou, brincando com seu bumerangue.

— Breu quer vingança. Ele nos odeia, vi isso em seus olhos. Odeia principalmente a mim. Ouçam, ele tentará nos atingir de qualquer forma, temos que nos preparar. Quanto a mim… tentará me atingir através da rainha Elsa.

A Fada deu um passo à frente.

— Temos que descobrir quem são as duas pessoas. Deter o Breu é nossa prioridade. Não temos tempo para brincar de "castelinho encantado". Apenas fique longe dela e verá que Breu não fará mal algum a ela.

— Ela pode nos ajudar  – Jack continuou — Ela é como eu, tem os mesmos poderes que eu tenho.

Longe do grupo, Norte permanecia ocupado procurando por alguma coisa em um grande livro. Folheava página por página, atentamente. Hora ou outra pensou em ter encontrado o que tanto procurava, mas era engano. “Raios", ele falava baixinho. A inquietação do Papai Noel chamou a atenção de todos que passaram a olhar em sua direção. Até mesmo os yetis e os Cabeça de Sino pareciam curiosos sobre o que ele tanto procurava. Até que finalmente pôde comemorar. Entretanto, ficou sério logo em seguida.

— A garota Elsa já é rainha? – ele parecia surpreso — Ela era só uma menininha com medo.

— Conheceu ela? – perguntou o Coelho, dando um passo à frente.

Em todos esses anos Norte soube da existência de Elsa. Cada criança possuía uma parte do livro para ela. Infelizmente, as páginas de Elsa mantinham-se cobertas por geada, o que impedia Norte de saber qualquer coisa sobre ela. Ainda sim, uma ou outra pequena informação podia ser dada.

— Pobrezinha – falou Norte com o olhar entristecido — Viveu sozinha a maior parte da vida. Ela acreditava em mim, mas com tantos problemas, deixou de acreditar. – e então, Norte olhou na direção de todos — Acreditava em você, Coelhão. Acreditava que podia vencer em uma corrida. Sandman, ela esperava por você todas as noites para que pudesse se sentir protegida de pesadelos.

A Fada mantinha os braços cruzados. Sentiu a mão de Norte tocar seu ombro.

— Aposto que em mim, nada. – disse ela.

— Está enganada, Fada. Elsa nunca permitiu que entrasse em seu quarto porque não queria machucá-la com seus poderes. – completou ele, a vendo ficar surpresa.

No fundo, Jack Frost ainda mantinha aceso um fio de esperança dentro de si e de forma alguma, ele poderia se apagar. “Alguma coisa sobre mim?”, perguntou ele. Norte pareceu pensar. “Jack Frost…”, começou ele. "Não consigo afirmar que Elsa acreditou em você em algum momento de sua vida. Ainda sim, acreditava na existência de alguém como ela. Mas… apenas que já adulta. Elsa nunca teve muitos motivos para acreditar em muitas coisas”, completou Norte.

Jack se viu angustiado.

— Eu preciso voltar para Noruega. Breu não pode chegar até ela.

— Por acaso – começou a Fada, cruzando os braços — Ela não sabe se proteger sozinha? 

Jack soltou um riso.

      — Sabe, ela é muito valente. – ele respondeu — Mas até a pessoa mais corajosa tem medo às vezes. E todos precisam de ajuda, uma hora outra outra. E não é só por ela. Todo seu reino pode estar correndo perigo, não posso arriscar… Me encontrem no Reino de Arendelle, na Noruega. Vão o mais rápido que puderem. Conto com vocês.

E assim, Jack Frost se foi, deixando para trás os Guardiões, que pensavam no que deveriam fazer a respeito.

— Vamos ter muito trabalho. – disse Norte.

Era incrível como bolhas de sabão possuíam diferentes cores. E também, era engraçada a forma em que as pessoas ficavam de ponta cabeça ao olhar para elas. Com o cabelo preso em um coque, deixando com que apenas alguns fios escorressem em seu rosto, Elsa sentia-se em outro mundo dentro de sua banheira. Estava encostada, com os joelhos dobrados, os segurando. Via os dedos dos seus pés através da água. Calmamente, soltou um suspiro, olhando pela janela. Oh não, a janela de vidro permitia que apenas ela pudesse ver o que havia lá fora, não o contrário. Não nevava naquele dia, tampouco fazia frio – pelo menos não tanto. De qualquer modo, a água se mantinha em uma temperatura agradável.

Sua cabeça, entretanto, permanecia rodopiando nas nuvens, mais especificamente em uma muito bonita chamada “Jack Frost”. “Vamos, Elsa”, falou para ela mesma, “Alguém que voa, sério? Sem chance!”. Era no que a rainha preferia acreditar. Teria sido um sonho? Não? Frustrada, Elsa cobriu o rosto com as duas mãos, na intenção de se livrar do rosto de Jack em sua mente. E finalmente voltando a si, ela se lembrou de algo muito importante.

— Céus…

Já fora da banheira, usando um roupão felpudo, Elsa parecia apreensiva. Em alguns, teria que enfrentar seu maior medo novamente: aparecer em público.

Meu Deus, eu acho que todo mundo tem um pouco da Elsa dentro de si, né? Hahahah

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