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IV - ELE VOLTOU

   


      As noites de Elsa eram marcadas por sonhos aterrorizantes frequentemente. Em sua maioria, o frio e o gelo a rodeavam. Ela se via sozinha, olhando ao redor como se procurasse por alguma coisa. O gelo abaixo de seus pés começava a se partir e quanto mais tentava escapar dali, mais o gelo se quebrava. Desta vez, Elsa não acordou quando percebeu que não havia saída. Desta vez, a rainha sucumbiu. A água a engoliu como a mais faminta das feras, a impedindo de se mexer. Em meio ao desespero, tentou pedir por ajuda, mas tudo o que conseguiu foi permitir com que a água entrasse em seus pulmões. E assim, Elsa fechou os olhos.

Ao acordar abruptamente, Elsa piscou algumas vezes para que pudesse processar onde estava. Ao se lembrar do ocorrido da noite anterior, se levantou da cama. Teria sido um sonho? “Não”, pensou ela. “Aconteceu…”.

Arregalou os olhos ao ver que, deitado em uma poltrona em frente a sua cama, Jack Frost repousava, profundamente adormecido. Um riso foi ouvido, baixinho, mas alto o suficiente para que Elsa escutasse. No entanto, pensou estar ouvindo coisas. Quanto a Jack Frost, acordou subitamente ao ter a impressão de ter sentido algo passar por ele, pegando seu cajado imediatamente.

— Quem está aí? – perguntou ele.

— Sou eu, Jack. – falou a rainha.

O guardião baixou a guarda. Não havia o que temer.

— Ah, acordou primeiro que eu…

— Está tudo bem? Teve um pesadelo?

 — Eu só... achei ter escutado alguma coisa. Volte a dormir.

A rainha olhou pela janela.

— Mas… já é de manhã. – disse ela, surpreendendo Jack.

Não foi como se ele estivesse tendo um pesadelo. Quase nunca sonhava e quando sonhava, era por um curto período de tempo e logo, tudo se tornava branco, dando espaço ao vazio. De certa forma, ele era constantemente perturbado pelo passado. Desde que se tornou Jack Frost, não se lembrou de uma noite sequer em que pôde descansar profundamente, sem ter que se preocupar com nada. Sofria de insônia, dormia tarde e acordava cedo. Ou então, trocava o dia pela noite. Às vezes, nenhum dos dois.

Voltando a si, Jack se deu conta de que realmente havia amanhecido. Olhou pela janela, vendo os raios de sol tocar o lago congelado. Olhando por esse lado, ele parecia esbanjar um pouco mais de vida. A neve derretia dos galhos, pingando no chão. Os pássaros cantavam. A calmaria reinava naquele distante e desconhecido lugar.

Virou-se para Elsa, sorrindo e mantendo as mãos na cintura.

— Bom, é hora de ir! Eu te dou uma carona.

— Como?

Ah, sim, Jack Frost era, de fato, muito travesso. Elsa achou que ele certamente encontraria alguém que dirigisse um carro ou até mesmo um trenó. Entretanto, a “carona”, ao qual o rapaz se referiu, era bem diferente. 

Abaixo dos pés da rainha, gelo. Ela deslizava colina abaixo, aos prantos, enquanto era seguida por Jack logo atrás, que a guiava para onde ela deveria ir. Ele ria incontrolavelmente enquanto Elsa gritava para que ele parasse imediatamente. “Que ideia horrível!”, pensou ela, fuzilando Jack Frost com seu olhar.

— É melhor parar com isso agora! – a rainha ordenou, irritada.

O fim da colina estava logo à frente. Com um grito, pensando ser o fim, Elsa deslizou. Mas ao invés de cair, ela voou e antes que pudesse pensar em se aproximar do chão, Jack Frost a pegou nos braços. De olhos arregalados por conta do susto, Elsa escutava Jack caçoar dela:

— Deveria ter visto a sua cara! 

Debatendo-se, a garota esbravejou:

— Jack Frost, me coloque no chão agora!

“Seu pedido é uma ordem”, pensou ele, obedecendo então.

Céus, Jack Frost estava animado naquela manhã. “Você pediu por isso!”, gritou ele. Mas está bem, não era hora para brincadeiras. Como a brisa gelada durante o inverno, Jack voou ligeiro até Elsa, a pegando nos braços e impedindo que ela caísse. A rainha cobria os olhos, esperando pelo pior. Ao notar que estava a salvo, tirou-os da frente do rosto. Os olhos azuis de Jack brilhavam por conta do sol que tocava seu rosto.

— Nunca vou deixar você cair. – ele disse por fim.

❄️

O acampamento não era tão longe da casa de Jack. Após cerca de menos de dez minutos, Ana e Kristoff foram avistados pelo rapaz. Sem a intenção de chamar atenção, desceu devegar, colocando Elsa no chão com cuidado. O silêncio pairou pelo ar. A rainha olhou na direção da irmã, que não podia vê-la já que estava atrás de uma árvore. Viu o quanto ela parecia preocupada, já que andava de um lado para o outro sem parar. Kristoff tentava acalma-la, ao menos fazendo com que a garota parasse de andar em círculos. Voltando a olhar para Jack, viu que ele flutuava, já se preocuparando para partir.

Elsa encarou o chão, juntando as mãos na frente do corpo.

— É melhor você ir. – falou Jack, entregando a luva da rainha. Em seguida, olhou por cima do ombro da garota, encarando os dois ali não tão distantes — Eles estão preocupados.

Um sorriso de gratidão de formou no rosto de Elsa.

— Obrigada, Jack. – e então, começou a andar para longe.

Mas antes que pudesse continuar, ouviu seu nome ser chamado, virando-se novamente. “Foi bom te ver”, Jack admitiu. Por que aquela simples frase aqueceu o coração da rainha? Suas bochechas foram preenchidas pela vermelhidão, o que não passou despercebido pelo rapaz.

“Foi bom te ver, Jack.”

E assim, ela caminhou até a barraca. Desta vez, ao olhar para trás, viu que o rapaz havia partido, finalmente. Acima das árvores, escondido em meio a neblina, Jack Frost a observava.

— Espero te ver de novo... – ele sussurrou desaparecendo em meio às nuvens. 

Ao entrar na barraca, Elsa se deparou com todos dormindo, praticamente um em cima do outro. A rainha sorria gentilmente, achando graça da cena. Kristoff roncava. Pobre Ana, teria que aprender a conviver com isso. Na esperança de que pudesse ver Jack escondido atrás das árvores, Elsa olhou em direção a floresta. Desligou seu olhar atentamente pelas sombras. No entanto, não havia nada a não ser um esquilo com a boca cheia. Elsa ouviu Sven resmungar algo, batendo na cabeça de Kristoff. Foi o bastante para acordar a todos.

Quando acordou, Ana se surpreendeu ao ver que a irmã estava bem, se levantando imediatamente. Um abraço caloroso aqueceu o coração das duas irmãs.

— Elsa! – exclamou a mais nova, animada com a volta da irmã — Você está bem!

— Sim, perfeitamente. 

— Sua testa...

— Ah... – Elsa colocou a mão — Não é nada. Vamos voltar para o reino, preciso de um banho.

❄️

Voltando para o reino, o grupo conversava. Sven carregava a bagagem em suas costas. Olaf pegou uma carona. Infelizmente, o tão aguardado passeio de Ana não saira como planejado. Poderiam sim ter ficado por mais uma noite, mas decidiram que seria mais seguro voltar ao reino. Elsa permanecia distante. Caminhava em silêncio, encarando o chão cheio de neve, observando as pegadas e Kristoff e Ana. Suas mãos, permaneciam juntas. Por um instante as olhou. “Alguém como eu?”, pensava ela. “Sempre achei que Jack Frost fosse apenas uma história…”.

Respirou fundo.

“Não podem saber.”

Ana notou o silêncio da irmã. Embora Elsa sempre tenha sido fechada, desde o incidente em Arendelle, a rainha havia passado a ser mais comunicativa.

— O que foi, Elsa? – Ana perguntou.

— Nada. – mentiu.

Curioso, Kristoff perguntou onde a garota havia passado a noite. Sabendo que não poderia dizer a verdade, Elsa contou a primeira coisa que lhe veio a cabeça, o que não era total mentira.

— Eu achei uma casa abandonada. Fiquei lá. Correu tudo bem, quase não dormi. Eu acho… que desaprendi a controlar o tempo. Não consegui fazer a nevasca parar.

— Não se afaste muito da próxima vez. – ele continuou — Ficamos preocupados.

— Não vou.

Assim como antes, na floresta quando chegaram, desta vez também não perceberam a presença de Jack Frost acima de suas cabeças. Mantinha o capuz em sua cabeça. Entretanto, não ficou por muito tempo. Apenas tempo suficiente para saber que Elsa estava bem. E então, voou para longe. Quando o fez, deixou com que pequenos flocos de neve caíssem. Elsa percebeu, os pegando nas mãos. Os viu desaparecer lentamente. E então, olhou para cima. Soube que Jack esteve ali.

Este, voltou a casa. Entediado, sem saber o que faria agora, Jack se deitou na cama e fechou os olhos. A fadinha voou para fora de seu bolso, o chamando. Ele riu, cobrindo o rosto para que ela não percebesse que suas bochechas estavam vermelhas. Um grande sorriso se formou em seus lábios, mostrando todos os seus dentes.

— Ah, cale a boca, fadinha. Não diga besteiras. – ele pediu, envergonhado.

O pequeno serzinho zombava de Jack. Repetia que o rapaz havia gostado de conhecer Elsa e ela não estava errada. E então, o canto dos pássaros passou a ser ouvido.

Momentaneamente, no entanto.

— Vejo que você não mudou nada, garoto. – disse uma voz conhecida, o assustando.

Mais do que depressa, Jack Frost se levantou da cama e pegou seu cajado. Sem ver para onde, disparou uma rajada de gelo. Atingiu a parede, a congelando quase que por completo. De frente para o espelho, Jack percebeu que não possuía reflexo. Seus olhos, entristecidos, se recusaram a crer.

— Não… – ele sussurrou.

— Há quanto tempo não se olhava no espelho? Elas… se esqueceram de você, Jack Frost.

Uma sombra se formava atrás de suas costas, o qual podia ver por cima de seu ombro. Iria engoli-lo.

Breu.

A escuridão. Cheio de ódio, Breu continuava perverso. Se escondendo nas sombras, sua aparência e seus olhos, brilhantes como dois faróis, eram capazes de paralisar de medo até a mais corajosa das pessoas.

Jack apontava seu cajado na direção da figura à sua frente.

— Finalmente voltou.

Indiferente, Breu tocou o indicador e o polegar da mão direita. 

— Demorou mais tempo do que eu imaginei.

— Seja lá o que você estiver pensando em fazer, esqueça! Não vai dar certo. Por que você está aqui?

Breu o encarou.

— Vingança. 

Foi como se toda a luz do mundo tivesse desaparecido. O quarto se perdeu nas sombras, deixando Jack a deriva. A única coisa que podia ser vista eram seus raios de gelo sendo disparados em todas as direções para tentar, de alguma forma, atingir Breu. Contudo, sem sucesso algum. Quando a luz retornou aos olhos de Jack Frost, se assustou ao ver que todo o cômodo havia sido congelado. E mais uma vez, seu coração doeu ao saber que não possuía reflexo. 

— Você falhou naquele seu plano idiota há dezesseis anos! Transformar os sonhos das pessoas em pesadelos?! – o garoto debochou — Deprimente!

E irritado, atingiu a janela com seus poderes, estraçalhando os vidros. Voou em direção ao céu, olhando para baixo na intenção de tentar encontrar Breu. Durante uma distração, areia escura foi lançada em sua direção. E por sorte, conseguiu desviar e a transformar em gelo. A estranha forma, ao cair, se partiu em pedaços, transformando-se em pequenos cristais cintilantes.

— Você não sabe o que te espera, Jack Frost! Eu não estou sozinho desta vez. Não só  meus cavalos estão comigo, como também duas pessoas que eu encontrei.

Sua voz ecoava ao longe.

— O quê? Quem?

— Nos veremos em breve.

Olhando para os lados, Jack o procurava. 

— Breu! – ele gritou — Breu! Seu covarde, volte aqui e lute! 

— Não se preocupe, Frost. Eu sempre volto. Cuide de sua rainha.

“Elsa…”, pensou o rapaz.

— Fique longe dela, seu cretino!

— Até logo, Jack...

E novamente, a última coisa a ser ouvido por ele, foi a sombria e irritante risada de Breu. Em um ato impensado, Jack olhou na direção da casa e a destruiu com o seu poder. A fez em pedaços. Naquele momento, perdeu a última lembrança do passado que possuía sobre ele mesmo.

A fadinha de Jack saiu de seu bolso, resmungando alguma coisa. Ele pareceu surpreso.

— Chamá-los? Acha que devemos? – perguntou indeciso, a vendo dizer que "sim" com a cabeça.

Olhou para a casa mais uma vez, se incomodando com seus próprios pensamentos. Voltou seu olhar ao céu, deslizando em direção ao norte. Em direção ao norte... Sorriu, enfim. Sim. Eles deveriam.

Deveriam?!
Vamos, vamos! Jack Frost quer vocês!

Se não votarem nos capítulos, como ele vai saber que acreditam nele?

😜⭐🌟

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