R k 8 0 0 C o n n o r
- Esse RA9 é tipo o Jesus dos andróides? Connor, existe possibilidades de você virar um andróide religioso e adorar esse RA9? Falando em religião, o que acontece com os andróides quando morrem? Você iria sentir dor se eu te desse um socão? Você tem menos de dois anos né? Então você é tipo um bebê, Como é nascer adulto? Andróides tem a capacidade de engravidar?- Você faz as mesmas perguntas que já havia feito dois dias atrás para o andróide que andava um pouco a sua frente junto de Hank.
- Por Deus, quem te mandou trazer essa garota aqui? Ela já não tinha nos ajudado com o caso da Traci? Ainda precisamos mesmo dela? - Hank reclama e dirige seu olhar para Connor em busca de respostas, já que o mesmo havia insistido para que Hank a deixasse entrar na investigação.
- São muitas perguntas, quem eu devo responder primeiro? - Connor questiona, você iria se voluntariar já que as suas perguntas eram bem mais produtivas, mas Hank te enviou um olhar assustador então você preferiu ficar quieta.
- Desculpa, é que eu não tenho nenhum andróide em casa, eles são muito caros. Mas pode responder o Hank primeiro - Você sugeriu e deu de ombros.
- A cyberlife e a delegacia me recomendaram a agente S/N, ela é uma ótima detetive, se não a melhor do estado segundo algumas pesquisas que eu fiz. Então nós precisamos dela.
- Ela é um pé no saco, isso sim. Quantos anos você tem garota? Não é muito nova pra ser detetive?
- Tenho 26 anos e não tenho culpa de ser uma "garota" prodígio. Sherlock Holmes também era bem novo quando teve seu primeiro caso.
Os três adentraram a balada no qual aconteceu mais um caso de andróide descontrolado no dia anterior, mas mesmo tendo tido uma tentativa de homicídio, a balada estava funcionando normalmente como se nada tivesse acontecido.
Os frequentadores do local estavam completamente zangados, amedrontados e inseguros com a presença de um androide, não muito diferente das outras pessoas desde que começou as noticias sobre divergência que resultaram em mortes de humanos.
Devido às circunstâncias não demorou muito para os olhares e sussurros direcionados a Connor se transformarem em insultos e ameaças, nada incomum e obviamente isso não incomodaria Connor, já que ele era apenas uma máquina, era a mesma coisa que ameaçar ou destruir sua geladeira por que a geladeira de um amigo que é da mesma marca quebrou e você não quer que aconteça com o sua.
Mas, para você, não importava o que Connor sentia ou não, isso que estavam fazendo era uma tremenda idiotice e era completamente desrespeitoso. Você estava prestes a explodir, até que algum imbecil jogou uma lata vazia de cerveja nas costas de Connor.
- Androide de merda! - O homem grita te fazendo virar para ele.
- Qual é o seu problema? - Você questiona furiosa enquanto anda em direção ao homem, ficando frente a frente com aquele homem repugnante.
Graças aos seus princípios e a seus sentimentos por Connor você iria enfrentar um homem que tinha o dobro da sua idade.
- O meu problema é que uma lata velha igual aquela atacou um amigo meu ontem e o deixou acabado numa cama de hospital. O que me garante que ele não vai fazer o mesmo?
- Nós estamos aqui para que isso não aconteça mais. Então se você quer que a justiça de seu amigo seja devidamente feita, você vai calar a merda da sua boca e deixar a polícia fazer o trabalho. - Você grita e segura o homem pelo colarinho da blusa o forçando a olhar para você e te escutar, em resposta a sua afronta o homem apenas gargalha.
- Estão vendo? Além de nos atacar e roubar nossos trabalhos, esses merdas estão roubando nossas mulheres.
- S/n, só ignora. Vamos continuar nosso trabalho - Hank dá um leve tapa no seu ombro e se afasta de você junto com Connor, você suspira frustrada observando os dois se afastarem de você.
- Fica fora disso - Você aconselhou o homem e saiu de perto dele.
O homem, não satisfeito, teve a audácia de segurar seu pulso e impedir que você se junte aos seus parceiros. O infeliz estava machucando seu braço, machucando e muito. Naquele momento você finalmente perdeu completamente a paciência.
- Você tá me machucando - Você grunhiu de raiva, dando a última chance do homem te deixar em paz e deixar você fazer seu trabalho.
- Calma aí lindinha, me passa seu número para resolvermos isso da melhor form- Você cortou a frase do homem com um belo soco no nariz dele.
Na mesma hora o homem caiu no chão com o nariz sangrando e, provavelmente, quebrado. Pois é, nem em 2038 as mulheres ficaram livres de homens escrotos e sem educação.
- Não sei o que fez você pensar que depois de insultar e humilhar meu amigo, me desrespeitar e me machucar iria fazer me fazer ficar interessada em você. Se você não quer apanhar mais, eu te aconselho a voltar para aquele balcão, pedir o whisky mais barato desse lugar e me deixar terminar o que eu vim fazer. - Você berrou com o homem assustado que estava jogado no chão e se afastou dele e da multidão que os cercava, só parando de andar quando você o perdeu de vista.
Quando finalmente se livrou do embuste e iria conseguir achar Hank e Connor, você deu uma pausa, saiu da balada pelos fundos e se sentou em uma caixa qualquer que tinha naquele beco. Você estava cansada e com o punho e o pulso dolorido, mas estava satisfeita em ter feito tudo isso valer a pena.
Mas sua noite não acabaria ali e estava longe de acabar.
De repente passa um "homem" de boné correndo para fora da balada, indo na direção ao fim do beco. Obviamente você achou suspeito mas deixou para lá, porém em questão de segundos Connor aparece correndo atrás do homem e em seguida Hank aparece correndo atrás dos dois, porém ele para de correr e apóia as palmas das mãos nos joelhos para conseguir recuperar o fôlego, mas logo ele te notou.
- S/n! - Ele grita e você geme de raiva. - Onde você estava?
- Brigando - Você responde se levantando e limpa suas roupas - O divergente estava aqui o tempo todo?
- Pois é. Nem teríamos notado se ele não tivesse deixado o boné cair. Vamos lá ajudar
Os dois pararam de conversar e seguiram Connor e o divergente até o fim do túnel. De alguma forma Connor havia conseguido conter o andróide e tinha uma arma apontada para ele.
- Por favor - O andróide sussurra - Eu só quero ser livre... aquele homem tentou me matar. Eu fiquei com medo.
- É um erro no seu software. Você é uma máquina defeituosa por isso acha que tem sentimentos - Connor fala tentando tranquilizar o divergente - Não quero te machucar, só preciso te levar até a cyberlife para eles detectarem o problema e te consertar.
- Eu não quero ser consertado! - O andróide grita - Eu quero ter uma vida! Não quero ser só um objeto dos humanos.
- Mas é isso que nós somos. Eles nos criaram para isso, você tem que vir conosco e nos contar sobre o RA9 e Jericho. Depois disso você vai ser consertado e vai voltar a...
- É mentira! - Ele grita - Eu vou ser desligado ou... ou vão me destroçar e me jogar num lixão.
- Então eu vou ter que te destruir aqui mesmo!
Connor estavam prestes a puxar o gatilho e atirar no androide, mas por você percebeu que isso era errado. Ele só queria viver e não ser escravizado, o que tem de defeituoso nisso?
- Connor - Você o chama num sussurro, mas atrai a atenção dele que dirige o olhar a você - Você não precisa...
Antes que você termine de falar, o divergente empurra Connor, toma a arma dele e te faz refém. Em seguida Hank puxa a arma dele e mira para o andróide.
- Solta a garota ou eu explodo sua cabeça - Hank ordena.
- Caralho homem de lata! - Você grita quando o andróide coloca a arma na sua cabeça - Eu tava tentando te ajudar!
- Eu só quero viver. Eu não vou te machucar. - O divergente fala antes de acertar o cano da arma em sua cabeça, você ficou tonta e caiu no chão, Hank foi o primeiro a ir ver se você estava bem, deixando o andróide livre para fugir.
Connor tinha duas opções, ignorar o fato de que você pode estar ferida e cumprir a missão de deter o divergente, ou seguir a intuição dele, deixar o divergente ir embora e te socorrer.
Connor escolheu a segunda opção e foi ver se você estava bem, deixando você e Hank surpresos. Felizmente você estava tonta e com dor de cabeça, mas inteira.
Hank foi atrás do divergente enquanto Connor te ajudava.
- Fico aliviado de ver que você está bem. - Connor fala com um leve sorriso no rosto.
- É o karma. - Você reclama se sentando no chão - Eu quebrei o nariz daquele cara e ganhei isso como punição.
- Obrigado por ter me defendido dele. Mas não precisava ter feito aquilo. - O andróide agradece e você sorri de leve.
- Você deixou o divergente fugir e descumpriu sua missão para ver se eu estava bem. Por que?
- Eu senti que era certo. Você é mais importante que uma missão.
- Você sentiu? Mas você não era o andróide perfeito, que as missões vinham em primeiro lugar e que não sentia nada além do que estava programado no seu software? - Você zomba dele.
- Eu sou uma máquina, não sinto nada além do que está programado no meu software. - Ele te repreende e você ri do mesmo.
Você sabia que Connor não era mais o andróide perfeito desde o caso da Traci de cabelo azul que ele deixou escapar com a namorada apenas por que sentiu pena dela, estava sendo irritante todo dia ele afirmar que fazia o que mandavam ele fazer sendo que ele era piedoso.
Para provar que ele não era diferente dos divergentes, você o beijou. Sem avisos prévios, apenas colou sua boca na dele. Como esperado, ele ficou surpreso no começo, você pensou que ele iria se afastar e você poderia zombar dele por isso, mas você não esperava que ele fosse retribuir o beijo de forma tão calorosa e necessitada, como se ele quisesse aquilo faz muito tempo.
Depois de alguns segundos vocês se separaram, os dois ficaram confusos e sem o que dizer. Você realmente estava apaixonada pelo Connor, mas não fazia idéia de que um dos melhores protótipos da cyberlife havia desenvolvido sentimentos.
Você não poderia deixar isso passar em branco.
- Parabéns, gatinho - Você fala se levantando e ergue a mão para ajudar o mesmo a se levantar - Você é um divergente.
- E-eu não sei por que fiz isso...
- O desgraçado fugiu - Hank fala ofegante quando voltou ao beco - Por que caralhos Connor está azul? O que que aconteceu aqui?
🍇🍇🍇
Pqp, não posso mais nem jogar vídeo-game sem me apaixonar ✊😔
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