F i n n s h e l b y - two
🚩Contém Spoilers da quarta temporada, morte de vacilões e provavelmente alguns assuntos sensíveis 🚩
Com passos lentos você se aproxima de Finn e se senta ao lado dele. Ele havia notado sua presença mas preferiu ficar quieto.
- Você é um cuzão. - Você o xinga enquanto o observa.
Finn queria olhar para você e pedir desculpa, mas o rapaz estava tão confuso que preferiu evitar o seu olhar. Ele não queria desabar na sua frente ou se mostrar fraco e intimidado.
- Eu sei. - Ele sussurrou enquanto fitava o chão.
- Eu quero te dar outro soco.
- Eu sei.
- E eu preciso que você me leve a casa dos meus pais. - Você se levanta e limpa o seu vestido.
- Por que eu faria isso?
- Tommy mandou avisar para eles o que está acontecendo. Isaiah está ocupado e eu não quero ir sozinha.
Você não esperou uma resposta dele, só andou até seu carro e se sentou no banco do passageiro, esperando o rapaz que logo tomou lugar no banco do motorista.
A viagem foi silenciosa, seus pais não moravam muito longe de Birmingham, mas, com aquele clima, parecia que vocês estavam ali a muitas horas.
Você não era conhecida por ser calada, muito ao contrário, então chegou num ponto que você não aguentava mais. Simplesmente precisava desesperadamente falar alguma coisa, qualquer coisa.
- Você dirige muito mal. - Você resmunga, cruzando os braços. - Você faz tudo muito mal, honestamente... Quer dizer, quase tudo.
- Era só você vir sozinha e dirigir por si mesma.
- Era só você aprender a dirigir que nem uma pessoa normal, seu acéfalo.
- Que me chamou aqui foi você.
- Cala a boca.
- Mais foi você que começou.
- Não comecei nada! Quem começou toda essa merda foi você.
- Se você não fosse tão insuportável e mesquinha...
- Ah, claro, perdão. - Você o interrompe - Agora é culpa minha que o pobre Finn Shelby, mesmo casado, não consegue se controlar!
- Você, Thomas, Arthur, Ada, a tia Polly, todos vocês me tratam como se eu fosse a porra de uma criança! O único que me tratava que nem um homem adulto era o John!
- Se você quer ser tratado como o homem adulto que você é, para de agir feito criança! Não é difícil.
- Eu paro de agir como uma criança quando você parar de agir e pensar como se fosse a porra do centro do universo!
- E não sou?
- É exatamente disso que eu estou falando, você é simplesmente insuportável! - Ele admite, parando de dirigir - Talvez a tia Polly tenha razão e esse casamento foi um erro.
- Você acha isso?
- Não, eu não acho. Mais aparentemente você acha.
- Isso não é verdade!
Finn continuou reclamando sobre algumas coisas que você fez questão de ignorar. Já estava cheia dele, vocês dois eram o oposto um do outro.
Você grunhiu de raiva e olhou em direção a estrada, achando estranho quando percebeu que não estava sozinhos. Um carro estava parado no meio do caminho. Aquele atalho que vocês iam era completamete deserto, poucas pessoas sabiam da existência dele, por isso estranhou.
Você continuou ignorando Finn, com sua atenção apenas no carro a sua frente.
- Finn, dá meia volta. - Você interrompe seja lá o que ele estava falando.
- Não tem como dar meia volta aqui, essa estrada é muito pequena. - Ele resmunga, olhando na mesma direção que você - O que esse idiota tá fazendo?
- Não sei, mais vamos embora, rápido, dá marcha ré.
- Não, nosso carro é maior. Ele que vai sair no prejuízo.
- Finn, não!
Foi tarde demais, ele pisou no acelerador e só percebeu que fez besteira quando os pneus do carro passou por cima de algo afiado e acabou furando.
- S/n... - Ele a chama depois de um momento em silêncio - O que eu faço?
- Agora você me pede ajuda? - Você murmura irritada, tentando pensar no que fazer.
Um cheiro de fumaça vindo de baixo de seu carro a fez deixar de lado todas as idéias que você tinha. Seja lá o que isso fosse, vocês precisavam sair do carro.
- Finn, sai, agora!
Imediatamente vocês saem do carro, tomando uma distância minimamente segura antes do mesmo explodir.
- Mais que droga... - Finn murmura, olha para o carro e em seguida para você, que acabou tropeçando no chão e caindo - Você tá bem?
- Não, com certeza não. - Você resmunga, levantando com a ajuda de Finn -E você?
Ele dá de ombros em resposta, sem saber se estava feliz por terem saido do carro a tempo ou assustado com o que aconteceria se não saíssem. O susto até o fez se esquecer do carro misterioso parado atrás de vocês. Ele só lembrou disso quando ouviu o barulho de uma arma sendo carregada vindo de trás de vocês.
Quando vocês se viraram, notaram dois homens armados apontando pistolas para vocês. Ambos os homens usavam paletós e chapéus pretos e logo você entendeu que se tratava dos italianos que estavam em pé de guerra com os Shelby.
- Veja se não é o Shelby mais novo e a megera da sua esposa. - O homem mais alto zomba - Mãos para o alto, agora.
- Como vocês sabiam que estavamos por aqui? - Você questiona, erguendo as mãos.
- S/n, fica quieta...
- Não, sério, eu quero saber. - Você diz tranquilamente, deixando Finn mais tenso do que ele já estava - Quem contou para vocês?
- Um casal que detesta os Peaky Blinders. - O mais baixo diz - Parece familiar, senhorita Spurgeon?
- Não me chama por esse sobrenome, eu sou uma Shelby agora. - Murmurou, sem ficar muito surpresa pela revelação - Aliás, aposto que esse casal pediu para que eu fosse poupada, estou correta?
- S/n... - Finn sussurra, quase implorando para que você calasse a boca e parasse de fazer perguntas.
- Eles pediram, mais não vai rolar. - Disse o homem mais baixo, com um sorriso no rosto.
- Imaginei.
Esse seu diálogo com os homens foi apenas uma distração, eles nem notaram quando você abaixou as mãos e estava prestes a pegar sua pistola que tinha presa na coxa. Porém, novamente, Finn arruína seus planos, quando ele saca a pistola dele e atira no pé de um dos homens que logo cai no chão e deixa a arma cair longe.
O outro homem em resposta acertou um soco no rosto de Finn, o derrubando e começando a espanca-lo.
- Mais que idiota... - Rapidamente você puxa sua arma e mira no homem, mas quando estava prestes a atirar o outro homem puxa seu pé e te derruba no chão, a fazendo perder a arma também. - Ah, droga!
Ali se iniciou uma briga entre você e o homem para ver quem conseguia pegar a pistola primeiro. Até que você se lembrou de que a pistola não era sua única arma e num movimento rápido você puxou uma faca da sua bota e acertou o pescoço do homem, manchando de sangue o seu casaco de pele.
Não teve tempo de entrar em luto pelo casaco, você precisou retomar a postura e salvar Finn antes que ele tenha o mesmo destino daquele cara.
Rapidamente você pegou sua pistola que tava no chão e mirou no homem que estava batendo em Finn, porém quando foi atirar, percebeu que estava sem bala.
A única solução que você tinha era a faca, então foi em direção ao homem e acertou-a nas costas dele, porém a faca ficou presa lá e ele ainda estava vivo.
Finn não se mexia, então o homem deixou a luta entre eles e se levantou, prestes a te atacar. Você pode ter vencido o outro homem, mais esse você não conseguiria, você não tinha mais cartas na manga.
O homem apontou uma arma para você e quando estava prestes a atirar, surpreendentemente, Finn se levantou e pegou uma das armas que estavam caídas e atirando primeiro. Porém, mesma atingido, o homem conseguiu dar pelo menos um tiro, que acertou a sua cintura de raspão.
- Merda! - Finn grita assustado, jogando a arma longe - merda...
Você leva a mão até a cintura, vendo que seu vestido também tinha estragado. Seu estômago embrulhou, tentando digerir e entender o que caralhos acabou de acontecer.
Aí você lembrou do seu casaco de pele que valia mais que uma casa, e se enfureceu.
- Filhos da puta! - Você grita retirando o casaco, arremesando-o no chão e o pisando, descontando toda a raiva nele, já que não tinha mais como concertar - A porra do meu casaco!
- A gente quase morreu e você tá reclamando do seu casaco pele? - Finn murmura.
Naquele instante você saiu do seu estado de raiva e parou de sapatear no casaco. Dirigindo seu olhar para Finn que estava sentado na estrada com as mãos no rosto, o que te deixou preocupada.
- Finn? - Você murmura se aproximando e se agachando ao lado dele - Você tá bem?
- O que você acha? - Ele responde ríspidamente, te assustando - É culpa dos seus pais malucos!
- Não desconta em mim! Seu rosto ainda está perfeitamente lindo apesar desse olho roxo, corte na boca e nariz sangrando, já eu estou um lixo! Eu levei um tiro! Aqueles desgraçados deram um tiro numa grávida! Quando eu encontrar aqueles filhos da puta no inferno, vou sufocar eles com a porra de um casaco de pele!
- O que...?
- E sim, a bala não acertou, mais o que importa é a intenção!
- S/n! - Finn exclama olhando para você - Você tá grávida?
- Eu... eu... droga, sim...
- Por que não me falou? Olha o risco que vocês correram! Você é maluca?
- Não sei, acho que sim. - Você suspira, pegando o lenço do paletó de Finn e limpando o sangue que escorria do nariz do mesmo - Eu pensei que vocês não iria querer esse bebê...
- É claro que eu quero! - Ele segura seu pulso, impedindo de continuar limpando os machucados - Você não quer?
- E-eu quero! Só estou confusa...
- Nós somos casados, uma criança é o menor dos nossos problema.
- Porra... - Você xinga - Como eu sou idiota...
- Vamos resolver isso depois. - Finn murmura se levantando - Precisamos falar com seus pais.
- Falar o que? Que quase morremos e que vão entrar para a lista negra do Thomas?
- Por isso mesmo! - Ele afirma, te ajudando a se levantar - Temos que pedir para irem embora antes do Tommy descobrir, você quer ajudá-los, certo?
- Sim, claro que sim, querendo ou não, são meus pais.
- Então vamos terminar logo com isso.
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Talvez eu poste a parte três ainda hoje, o que cês acham?
Enfim, S/n e seu enorme amor por casacos de pele ashsuahauahuahaua 🥵🙌🙌
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