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Epílogo

Epílogo

"O trauma é pessoal. Não desaparece se não for validado. Quando é ignorado ou invalidado, os gritos silenciosos continuam sendo ouvidos internamente apenas por quem é mantido em cativeiro. Quando alguém entra na dor e ouve os gritos, a cura pode começar."

― Danielle Bernock, Emerging With Wings: A True Story of Lies, Pain, And The LOVE that Heals

Muitos meses depois

—Que porra você disse, Deku?! E eu vi você rodando a garrafa com a quirk!

—Não rodei não! Não sou trapaceiro!

Izuku totalmente havia rodado, mas Bakugou devia o agradecer por isso, não ficar irritado.

Todoroki olhava para a garrafa no centro com concentração, ainda tentando entender o principio do jogo em vão, mas participando de todo modo, porque Izuku estava lá.

—Eu disse que jogar verdade e desafio com Bakugou era uma péssima ideia.

Izuku acenou a mão em direção a Jirou pedindo silêncio, os olhos fixos nos vermelhos de Bakugou. Era como desafiar um animal selvagem.

—É só um beijo, Bakugou. Claro, você sempre pode desistir do desafio se for demais para você.

—Vai se foder, Deku! Eu vou beijar o cabelo de merda, porque não sou um covarde!

Pobre Kirishima apenas olhava ao redor com expressão ruborizada, tentando não ser enforcada enquanto Bakugou o puxava pela camisa, ignorando Kaminari entre os dois que não sabia se ria ou saia correndo.

Izuku pensava se estava vendo um beijo ou um soco entre bocas. Era difícil dizer. Kirishima fez um som surpreso, mas se agarrou na camisa de Bakugou de todo jeito e o puxou para ainda mais perto.

Os outros ao redor gritaram em baderna. Izuku ignorou o próprio rosto vermelho com a cena. Se ele soubesse que eles estavam com tanta vontade teria trapaceado no jogo antes. Talvez Bakugou ficasse menos estressado, Deus sabia que ele precisava de algo bom com toda a bagunça que aconteceu na vida dele nos últimos tempos.

"Que ele nunca diga que não sou um bom amigo."

Até Kaminari parecia vermelho agora. Ou talvez fosse porque eles estavam praticamente em cima dele.

—Sério isso? Na frente da minha salada? Isso está ficando muito explícito.

—Eu não disse que precisava usar a língua, Bakugou.

Bakugou largou Kirishima no chão, que ainda parecia tonto e colocou o dedo em seu rosto, a voz terrivelmente séria, mesmo com o cabelo uma bagunça e a cor rubra do rosto dele no momento.

—Eu faço tudo perfeito, Deku.

—Vocês não deveriam jogar esse tipo de jogo indecente no dormitório! Vai contra tudo o que se deve fazer em um local de prestígio-

—Ih, a mãe Iida chegou, acabou o jogo.

Mina jogou as mãos para cima e deitou no carpete, todo mundo começando a se dispersar, pedindo desculpas a Iida.

Aizawa surgiu na porta, olhando ao redor com desconfiança, seus olhos pausando em Bakugou e Kirishima.

—Eu não sei o que aconteceu antes de eu chegar, mas não quero saber também. Izuku, hora de ir para casa.

—Ah não. Já vai?

— O nerd mora no campus, é só atravessar dois prédios, para de porra de drama, Bochechas.

Shoto se ergueu com Izuku sem falar nada, a mão segura na sua. Aizawa voltou a colocar a cabeça na porta e o mediu de cima a baixo, mas não disse nada. Shoto era bom em ignorar quando seu guardião mostrava seu desagrado pelo 'grude excessivo' entre os dois em certas ocasiões.

Izuku ficava feliz em saber que Aizawa reconhecia causas perdidas.

Os três saíram do dormitório em direção ao apartamento. Era uma situação de apenas semanas atrás, quando os dormitórios foram criados para a segurança dos alunos após a situação com Bakugou, os professores também se mudaram e Izuku, claro, teve que vir junto.

Era algo bom, Izuku não precisava mais de babás. Quando Aizawa tinha que patrulhar ele podia dormir no dormitório com a classe dele, mesmo que a conversa sobre as regras que tinha que seguir por culpa do Shoto fosse algo que queria esquecer, só ao lembrar disso já se sentia mortificado.

Apesar da causa dos dormitórios serem construídos de ter sido uma situação ruim da qual nem mesmo gostava pensar – ter pessoas que considerava suas em perigo nunca era bom para seu controle, o ataque no acampamento e sequestro que se seguiu não foi uma semana muito divertida para se lidar com Izuku - a situação final, ao todo, era boa. Ele tinha tudo e todos que precisava ao seu alcance.

Ele se sentia seguro.

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O quarto de Izuku era maior do que antes, mas nem tanto. Abarrotado de livros, cadernos de análise e um computador, porque escrever com suas mãos ainda era um desafio. Ainda tinha suas lâmpadas coloridas, a cama de Mochi do lado da sua e uma janela de vidro, deixando o lugar sempre claro. Na sua mesinha uma foto sua e da sua mãe, ao lado de outras com Aizawa, Mochi, Shoto, Shinsou, os professores, Nedzu, e os Bakugous, e mesmo toda a classe A. Ele estava fazendo boas lembranças, como sua mãe queria.

Shoto foi direto para sua cama e se jogou lá. Ele era outro ponto comum no ambiente, sempre estava lá quando podia.

Deitou ao lado dele, fitando as estrelas fluorescentes que havia colado no teto. Shinsou havia pintado um gato no canto com tinta colorida e podia ver outros rabiscos dos outros estudantes que haviam resolvido o ajudar a pintar seu quarto dias atrás. Eles fizeram um trabalho terrível, mas havia adorado e não mexido desde então.

Izuku suspirou e encostou mais em Shoto, sua quirk em seu peito se movendo satisfeita com a proximidade. Uma mão quente tocou a sua e fechou os olhos.

—Nedzu disse que se eu quiser posso entrar como recomendação no próximo ano.

Sentiu Shoto se mexer e abriu os olhos, encontrando-o fitando de lado.

—Sério?

Assentiu, sorrindo levemente em diversão.

—Vou ter que começar no primeiro ano. Se eu aceitar, você vai ser meu senpai.

O lábio dele tremeu levemente.

—E você vai? Aceitar?

Suspirou, olhando de volta para o teto. E essa era a grande pergunta.

—Talvez sim, talvez não.

Shoto não insistiu, apenas assentiu como se fizesse total sentido sua indecisão. Embora no fundo soubesse que provavelmente iria aceitar. Ele não se achava um herói, mas talvez um dia conseguisse ser um.

—Eu sei o que está pensando.

—Eu já disse que não é telepata, Shoto.

O outro ignorou sua piada, sentando na cama e o trazendo junto, as mãos em seu rosto.

—Você é um herói.

—Eu não-

—Você está sempre se metendo nos problemas dos outros, Izuku. Apenas fique calado e aceite, você é um herói para mim

Izuku fez cara feia, mas não refutou. Sua quirk balançou feliz em seu peito, o calor que vinha dele era sempre reconfortante, mas olhar o rosto dele assim de perto era ainda mais, principalmente quando ele sorria.

—Eu acho que não é só minha quirk que gosta de você.

Shoto o olhou curioso.

—Eu também gosto muito de você, Shoto. Minha quirk tem bom gosto.

O lábio dele tremeu em um pequeno sorriso, mas ele manteve sua voz monótona.

— Isso é bom, ou me sentiria enganado por esses últimos meses.

—Você é uma boa companhia para tirar cochilos. Somos tipo dois idosos, vivendo o melhor da vida, entre uma soneca e outra.

Ouvir a risada dele era tão raro, mas sempre deixava seu corpo mais leve.

O rosto dele se aproximou do seu suavemente, as mãos tocando suas bochechas com carinho. Um beijo leve que o fez suspirar baixo. Ele o fitou sem se afastar, os olhos muito perto, o mesmo sorriso pequeno de sempre.

—Para dar boa sorte.

Izuku se sentia leve, muito leve. Sua quirk expandindo em seu peito, mas não havia falta de ar ou dor, apenas leveza. O puxou para mais um beijo, dessa vez demorado e profundo, sentindo as mãos dele passando por seu cabelo.

Ouviu um miado perto do seu rosto e franziu o cenho. Shoto largou sua boca rapidamente.

—Hum, Izuku?

Abriu os olhos e viu Mochi flutuando indignada do seu lado, cadernos e lamparinas já alcançando o teto. Shoto agarrou nas suas mãos com força, as pernas dele subindo para fora do chão. Izuku se ergueu rapidamente e o amparou, os dois se olhando alarmados.

—Oh, céus. Acho que fiquei feliz demais. Será que Uraraka já passou por isso?

Shoto o olhou com incredulidade e não se segurou, caindo na risada com a expressão dele. O puxou para perto, o corpo dele ainda flutuando no ar e o beijou novamente.

—Parece que amor te faz mesmo flutuar, Shoto.

—Izuku!

Olhou em direção a porta e viu Aizawa dentro do seu saco de dormir, flutuando e com a expressão nada impressionada.

—Se importa?

Caiu na risada novamente.

Podia se acostumar com esse tipo de felicidade. Totalmente.

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Izuku desceu a escada dois degraus de uma vez, o cesto de roupa suja flutuando atrás. Sentia o cheiro de Katsudon, uma nostalgia batendo em seu peito. Aizawa havia finalmente voltado. E Mitsuki devia ter mandado comida.

—Alguém está animado.

—Yagi!

Sorriu ao ver o homem gigante sentado na mesa de jantar, uma xícara de chá a frente enquanto Aizawa abria o pacote com a comida.

—Jovem Midoriya. Resolvi fazer uma visita.

Sorriu animado, mas antes que pudesse correr até o outro Aizawa o cortou.

—Roupa suja na lavanderia primeiro. Lavar as mãos. Xô.

Fez um muxoxo, mas obedeceu, ouvindo atento a conversa do outro cômodo. Algo sobre Mirio e o último caso do estágio dele, o que havia causado um alvoroço nas últimas semanas e feito com que Aizawa ficasse fora de casa por um bom tempo. Havia alguém no hospital que ele precisava ver, sobre uma quirk em descontrole. Isso devia ter trazido memórias.

Izuku conhecia Mirio, não apenas por ele ter sido o estudante mais velho que tentou proteger os alunos quando perdeu o controle logo que reviu Bakugou, mas pela ligação dele com Yagi. Meses depois da situação na clareira o herói havia lhe feito uma proposta, que havia recusado. Não havia muita surpresa dele por sua recusa, mas ele disse que não se perdoaria se não tentasse. Izuku ficava lisonjeado por ele ter confiado algo assim a ele, ter o achado capaz, mas não se arrependia da recusa. Mirio havia se mostrado uma boa escolha aos seus olhos. Ajudava que o estudante mais velho os visitava também com frequência. Ele gostava de tentar animar Izuku caso o notasse para baixo por qualquer razão.

Mirio por essência era uma boa pessoa. Talvez por isso até Aizawa gostasse dele.

Voltou quase correndo e ouviu uma risada de Yagi com isso. Deu um abraço rápido no corpo magro e recebeu uma batidinha em sua cabeça em retorno. Aizawa revirou os olhos, mas sabia que ele estava sorrindo. Um pouco. Talvez.

Por dentro ele estava sorrindo. 

—Depois do jantar temos algo para conversar.

—Sobre?

—Sobre mais alguém que talvez vai passar a viver nessa casa.

Fitou seu guardião com curiosidade, mas também certa cautela. Olhou para Yagi em consideração e o notou ficar vermelho.

—Não, seu Gremlin, não é ele. O nome dela é Eri.

Aizawa suspirou e sentou na mesa.

—Criança problema.

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Quando Izuku descobriu sobre a situação de Eri, tudo o que ela passou, um senso de camaradagem lhe bateu fundo. Eri, cuja quirk sem controle ao despertar havia causado com que o pai dela deixasse de existir, que havia sido tão machucada e usada por outras pessoas até conseguir ser resgatada. Eri que odiava e temia tanto sua quirk ao ponto de acreditar de forma convicta que ela era uma maldição.

Izuku sabia que não existia muito que não fosse fazer por ela. Aizawa devia saber disso também, o homem conhecia Izuku mais do que qualquer pessoa.

Bastou apenas cinco segundos quando a viu, no entanto. Sua quirk se expandiu em seu peito em curiosidade e afeição, puxando uma brisa no rosto dela, que estava escondida atrás de Mirio e agarrada na perna da calça dele. Não era muito diferente do que Izuku fazia com Aizawa logo no começo.

Olhos vermelhos gigantes e cautelosos o fitaram e sorriu, se ajoelhando para mostrar Mochi em seus braços. Ela olhou para Mirio e então para Aizawa, até finalmente tomar coragem. A mão pequena e curiosa se ergueu devagar, afundando no pelo branco, os olhos se arregalando ao sentir a vibração do ronronado.

Ela olhou para Izuku e houve um estranho entendimento entre os dois.

Izuku nunca imaginou que fosse possível amar alguém tão rápido e tão fácil.

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Dali ele podia ver os vaga-lumes no campus, entre as árvores que cobriam a passarela. De longe via a entrada dos dormitórios e o prédio principal. Geralmente naquela posição conseguia mandar mensagens em código morse com a lanterna para os outros alunos do dormitório da Classe A, principalmente Shoto. Ocasionalmente ele trocava xingamentos com Bakugou assim, mas se Iida visse se sentia muito culpado, por isso evitava.

Izuku se ajeitou melhor no cobertor, suas costas contra o telhado, Mochi em seu colo. Dentro do seu peito sua quirk pulsava, feliz. Sem toda a negatividade de antes relacionada a ela, conseguia entender melhor a sensação, agora que não tentava a sufocar a todo custo. Ele não havia conseguido recriar o que Aizawa havia dito ver depois que lutou com Stain, mas já conseguia a visualizar, se expandindo em seu peito como um balão, se abrindo até vazar por seus poros, tomando forma ao seu redor, esbranquiçada e quente, o rodeando como um cobertor.

Como o abraço da sua mãe.

"Não vou deixar que te machuquem mais."

Tocou seu peito e sorriu. Talvez sua quirk não fosse quebrada, afinal. Eles apenas precisavam um do outro para viver. Eles apenas precisavam ser amigos.

— O que está fazendo aí, criança problema?

Izuku baixou o rosto e viu Aizawa com a cabeça para fora da janela, o olhando de forma exasperada.

—É uma noite bonita.

O homem revirou os olhos e resmungou algo, mas logo tinha as pernas para fora da janela, subindo facilmente para o telhado com ele.

—No que está pensando com essa cara?

Riu da pergunta desconfiada, mas era justo. Izuku não tinha um bom histórico em tomar boas decisões.

—Na minha quirk.

—Hum.

O homem o olhou com interesse, deitando cansado ao seu lado. Eri devia estar dormindo. Como Mochi estava ali com ele, hoje devia ter sido uma noite boa para ela. A gata sempre parecia saber quando a menininha precisava dela, do mesmo jeito que ela sempre soube com Izuku. Era comum Mochi trazer ele até Eri.

As primeiras noites haviam sido difíceis. Ele lembrava que as dele haviam sido também. Por sorte Eri, assim como ele, tinha um grupo de pessoas por ela. Ela ficaria bem. Ela tinha Aizawa, Aizawa sempre fazia as coisas ficarem melhores.

Izuku abriu o cobertor e jogou parte nas pernas dele, recebendo um suspiro satisfeito.

—E?

—Talvez ela não seja exatamente como Dark Shadow, mas parecida. Em partes.

—Isso não responde muita coisa. Sua quirk não faz sentido.

Izuku fez um muxoxo. Se aproximou mais e recebeu uma batidinha na sua cabeça.

—Criança problema. Com sua quirk problema. Que agora é meu problema.

—Ainda bem que borracha serve bem para apagar problemas, Eraser.

Recebeu um apertão doloroso em seu nariz por essa, mas não se arrependia de nada. Aizawa colocou as mãos atrás da cabeça e observou com interesse os travesseiros e lençóis, lamparinas e brinquedos de pelúcia espalhados no telhado.

— Hum. Então é para cá que você e Eri somem.

—Ela gosta de ver os vaga-lumes.

Aizawa revirou os olhos com seu tom defensivo.

— E brincar em cima do telhado é muito seguro.

— Sabe que minha quirk levita as coisas né? Só para confirmar. Com a idade e tudo mais-

Aizawa tentou agarrar seu nariz de novo, mas escondeu a cara com uma risada.

— Talvez eu deva separar você e a minha sala, está ganhando atitude com toda a má influência.

— Você ama a gente.

O viu revirar os olhos, mas não houve negação. Um braço dele o puxou para mais perto, Mochi se aninhando em seu peito.

Se sentia seguro, saciado como sua quirk. Leve, quente e satisfeito.

Izuku não sonhou mais com a porta.

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Notas finais

E é isso.

A arte desse capítulo também é da Clara.

Só tenho uma coisa a dizer no fim, enquanto escrevia isso eu imaginei as coisas que queria ouvir, que teriam me ajudado, mas não tinha certeza se havia conseguido passar de modo correto. É impossível se colocar nos sapatos exatos de outras pessoas, porque cada um carrega sua dor de forma diferente. Quando mostrei a conversa entre Izuku e Aizawa a minha maravilhosa Milly, ela aprovou e me disse uma coisa que ficou na minha cabeça: "Aizawa basicamente usou a psicologia do Scott McCall, aquela da ancora, lembra? O Izuku não está sozinho nessa, é bom que ele saiba. Ele tem tanto medo da quirk dele e deve ser tão refrescante sentir que ele pode ter uma ancora para tudo o que ele está passando. Não como algo para te fincar no lugar e te impedir de seguir em frente, mas sim como algo para te impedir de ir à deriva e se perder."

E eu acho que isso define tudo o que preciso dizer.

E logo teremos uma arte Dadzawa dessa fanfic, para quem quiser conferir vai estar na minha página.

Fiquem bem e espero que tenham aproveitado esse passeio comigo.

Nos vemos em outubro com Teoria do Caos, se tudo der certo. <3

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