Cecília on:

  Por Deus! Ainda bem que essa semana passou e o fim de semana finalmente começou, não aguentava mais aquela rotina cansativa, trabalhar, faculdade, casa. Salário em mãos, dinheiro voando, quando será que meu dinheiro finalmente vai render? 

Bom, isso eu não sei, só sei que o Seu Beto (Dono do apartamento que ela aluga), aquele homem definitivamente me odeia, aumentou o aluguel do meu apê, agora eu sou obrigada a mudar de Supermercado por causa daquele cretino, sorte dele que eu sou tímida, por que se não ia falar umas poucas e boas pra ele. 

Ainda bem que tô no último ano da faculdade, eu amo psicologia, mas é difícil aguentar 05 anos de provocação daquele homem e do meu chefe! Sim, até meu chefe pega no meu pé, eu trabalho na Rey Café, sou secretária de lá, Seu Carlos meu chefe, desde que a mulher morreu de câncer, coitada! Vive reclamando comigo, por conta da minha TIMIDEZ! VELHO AZEDO! Parece que chupa limão no café da manhã! Mas, isso é um assunto para outra hora, por quê de tanto eu resmungar, acabei chegando ao meu destino. O supermercado é bem amplo, cheio de prateleiras e, de pessoas também, os preços também eram bem convidativos, tudo bem baratinho, comprei tudo que precisava e fui ao caixa. Chegando lá, vi um Deus grego em minha frente, minhas pernas ficaram até bambas com tamanha beleza, ele usava uma blusa, mas, eram visíveis seus músculos tonificados, seus cabelos negros, estavam num corte que deixavam ele cada vez mais gato, sua boca carnuda e, vermelha me causou um frio tremendo na barriga, seus olhos claros me observando, logo senti minhas bochechas queimarem, seu sorriso, ah seu sorriso, me...

XXX: Senhora, senhora, SENHORA?

Cecília: A-An?

XXX: Vai pagar com cartão de crédito ou com dinheiro?

Cecília: Com dinheiro. -Respondo depois de alguns minutos-.

XXX: Arthur, Arthur, ARTHUR?

Arthur: Pois não.

XXX: Será que você podia ajudar a moça a levar as compras dela?

Arthur: Com todo prazer.

Ai, ai! Arthur, Arthur! Que nome lindo, assim como ele! Cecília, você não pode se apaixonar por ele...(bate em seu próprio rosto), você pode viver sem nunca ter beijado ninguém, você...

Arthur: Moça? Tá tudo bem?