Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 48


"A vida sem amor é um livro sem letras, uma primavera sem flores, uma pintura sem cores."

Augusto Cury



~~~



No mesmo segundo em que eu saí do banheiro, a porta do quarto se fechou. Edward acreditou mesmo na mentira que eu contei? Espiei a porta mais uma vez e terminei de me vestir imediatamente. Me sentei na cama que ainda estava coberta por um edredom vermelho e esperei pela volta de Ed, me ocupando em pentear meu cabelo molhado.



Ouvi sons abafados e ajeitei minha postura ainda sentada. Edward entrou de uma só vez acompanhado por um dos funcionários que carregava uma caixa de ferramentas. Os dois pararam ao me ver sentada e depois voltaram o olhar para a porta do banheiro aberta.



— Tem certeza de que a porta estava realmente trancada? — O senhor que carregava a caixa de ferramentas perguntou a Edward.


A linha de expressão na testa de Edward ficou ainda mais nítida enquanto ele me olhava e olhava a porta aberta.


— Eu acho que… me confundi. Me desculpe, senhor. — Edward fez uma pequena reverência ao seu pedido de desculpas e o homem saiu, alegando que estava tudo bem.


Permaci calada. Mas a vontade que eu tinha era de rir bastante.


— Você é uma péssima mentirosa. — Ele se sentou ao meu lado e passou a mão pelo cabelo.


Controlei o riso.


— Mas você acreditou.


— De forma sensata não. Mas, eu também não pude descartar a ideia que você seria realmente capaz de se trancar no banheiro e sumir com a chave.


Revirei os olhos, mas continuei com a mesma vontade de rir. Ed se sentou na única cadeira que tinha no quarto, ao lado de uma mesinha velha de madeira que ainda podia aguentar por algum tempo. Ele puxou a sua mala preta para perto de si e a abriu. Revirou seus ítens e algumas peças de roupas colocou sobre a cama. Continuei na cama, observando o que ele estava fazendo.


— É bom ficar me olhando tanto? — Comentou sem tirar a atenção do que estava fazendo.


— É…  — me revirei na cama até ficar próximo dele. — Seu jeito atencioso e tranquilo para fazer as coisas me deixa intrigada.


— Está se apaixonando por mim, senhorita? — Me encarou e arqueou a sobrancelha. Os azuis dos olhos brilhando. Corei um pouco, mas consegui sorrir.


— Isso seria algo capaz de acontecer. — respondi, mas depois tapei a boca com a mão percebendo o que havia falado.


Eu deveria aprender a ficar mais calada.


Ele me olhou contente com a minha resposta e voltou sua atenção para mala.


— Eu vou tomar banho. Vai ficar mesmo aqui? — me olhou por cima dos ombros e exibiu um sorriso de canto, com um olhar provocativo. Eu havia entendido o que ele queria dizer com aquele olhar. 


— Eu vou sair. — respondi de imediato. — Preciso ter notícias da minha mãe, e pensar no melhor momento para irmos visitar a minha avó.


Desci da cama mais rápida que o flash, e em um segundo eu já estava do outro lado da porta, fazendo dos meus dedos um leque e acalmando os meus batimentos cardíacos.
Deixei Edward para trás e segui pelo corredor iluminado do hotel, até o lugar mais sossegado que encontrei e liguei para minha mãe. Só na segunda tentativa, ela me atendeu.



— Alô, mãe?


— Ah! Minha filha! Pensei que eu teria que ligar para você novamente, para te lembrar que você tem uma avó que você precisa ver.


— E como ela está? A senhora tem notícias dela?


— Bem. O caso dela é bem mais grave do que antes. Você precisa vê-la. Quando virá para Nova Orleans?


— Eu já estou aqui. — esperei o carro da ambulância passar com a sua sirene ensurdecedora. — Onde a senhora está? Onde posso te encontrar?


— Nossa! Que surpresa. — exclamou. — Estou na fazenda da sua avó. Pode vir pra cá.


— Como assim? Na casa da vovó?


— Sim. Tenho ficado aqui, desde que vendi a casa.


— E por quê não me contou? Como a senhora está ficando aí, se nem visitava tanto a vovó?


Minha mãe esperou um pouco para responder.


— Não demore para vir. Estou com saudades sua. E tenha cuidado no caminho.


— Mãe? Como assim? M… — A ligação foi encerrada. Olhei para a tela do celular ainda confusa e ao mesmo tempo perplexa.


Não sabia o que pensar daquilo tudo. Só consegui pensar em voltar para o quarto e contar tudo para o Edward.


~~*~~


— Não. — Edward voltou a negar o meu pedido de irmos naquele mesmo instante para casa da minha avó.


— Como não?! — Esbravejei irritada.

— Você tá ficando maluco de tanto ler esse livro. — apontei para o livro  que possuia o título “Como administrar bem os seus negócios”, nas mãos dele. Ele não moveu os olhos e permaneceu concentrado em sua leitura.


— Luara. — Ele deixou o livro sobre negócios no colo e me encarou. Permaneci de pé, em frente a ele. — Pense bem… Já está ficando tarde e nós não vamos sair por aí a procura de uma fazenda, que você nem se lembra o endereço direito.
Isso era verdade.



— Nós vamos amanhã. Você não tem condição psicológica para ir lá, ainda hoje. — afirmou.


Me debrucei sobre a cama irritada. Mais irritada por ter noção de que Ed estava certo. Suspirei e passei a mão várias vezes sobre meu cabelo, o colocando para trás dos ombros.


— Nós vamos sair. Se arrume rápido. — Ordenou se levantando da cadeira onde estava e caminhou até a porta. — Esteja lá embaixo, em cinco minutos..  — Antes que eu gritasse o nome dele, ele saiu me deixando sozinha no quarto.


O que ele queria? Iríamos sair para onde? Mesmo sem ter ânimo para me arrumar, eu corri para minha mala no canto do quarto e procurei uma peça de roupa melhor do que a que eu estava vestida. Eu sabia que podia confiar no Ed, e independente do lugar que iríamos, eu fiquei animada.  Tomei outro banho para poder lavar meu cabelo, e sair com ele molhado. E pensei em passar um batom e um blush, enquanto me vestia. Mas, ao invés de ter levado cinco minutos, eu levei meia hora.


~~*~~



O gentil e cordial Edward abriu a porta do táxi para descer e me ajudou a fazer o mesmo. Estávamos no estacionamento do museu de arte de Nova Orleans. Edward pagou o taxista e segurou o meu sobretudo nos braços. Olhei intrigada para ele, e ao mesmo tempo continuava confusa, porque o museu estava fechado, e já era noite.


— O que viemos fazer aqui? — perguntei de forma calma. Edward pediu a minha bolsa para segurar e eu o entreguei.


— Eu pensei em levar você em algum lugar para distrairmos e relaxarmos, ou pelo menos, parar de pensar nos problemas. A essa hora eu sabia que o museu estarei fechado, mas eu quis vir mesmo assim.


— E o que vamos fazer?


— As ruas daqui são lindas, e o céu está muito lindo. Eu queria poder aproveitar isso com você. — Ele segurou na minha mão e me encarou profundamente. — Não podemos ver as obras de arte que estão dentro do museu, mas eu posso admirar bem de perto a maior obra de arte que eu já vi em toda a minha vida. — Os olhos dele brilharam e eu comecei sentir meu coração palpitar mais forte e um frio imenso na barriga.

— Eu posso admirar você. A mais incrível, linda, profunda e intrigante obra de arte que surgiu em minha vida.


De todos os livros de romance que eu já li em toda minha vida, não imaginei que encontraria alguém para me olhar com tanta ternura e amor. Pensava que isso só acontecia nos livros e que, de fato, nenhum homem me olharia de uma forma tão especial.

Mas, naquele momento, eu senti as famosas borboletas no estômago, como lia sempre nos livros, de forma devastadora e emocionante. E naquele momento eu senti que o meu coração não pertencia somente a mim. E, enfim, eu pude me dar conta da sensação que é quando você se apaixona por alguém. E não foi como na primeira vez que eu me apaixonei pelo meu ex. Foi algo diferente. A minha alma se apaixonou pela alma do Edward, e eu comprovei isso quando já estava em seus braços, com os olhos cheios de lágrima. 



Edward me envolveu ainda mais em seus braços, e eu senti que aquele era o meu lar de verdade. E por míseros segundos, eu tive medo de perde-lo.



— Nunca haviam me falado algo assim. — murmurei ainda com o rosto pregado em seu peito.


— Você se contentou com muito pouco por muito tempo. Mas, não importa agora. Você significa muito para mim.


Sorri e ergui meu rosto para olha-lo. Uma súbita vontade de beija-lo me impulsionou a tocar em seus lábios, antes mesmo dele tomar a iniciativa. E o tempo parou para nós. Porque ali, em frente ao museu de arte de Nova Orleans, estava eu e o Edward se beijando, em um fim de tarde, e eu me senti a mulher mais sortuda do mundo.


E no fundo do meu coração. No meu íntimo. Eu fiz uma promessa para mim:
Custe o que custar, eu ficarei ao lado dele até que a morte nos separe. 


~~*~~


Nos separamos um tempo depois para podermos respirar. Edward sorriu encantadoramente e eu radiava alegria no meu olhar.


— Eu tenho algo para te dar. — Ele falou primeiro. — Eu estava esperando um momento mais apropriado, mas depois eu quis um lugar que nos lembrasse da primeira vez que nos encontramos. E nada melhor do que uma calçada de uma rua perto da faixa de pedestre. — Ele sorriu e eu fiz o mesmo ao lembrar do incidente.


— Vai ficar na história aquele dia. — Falei e ele assentiu ainda com um sorriso.


— E o que tem para me dar? É algo bom?


Ele enfiou a mão no bolso do sobretudo e tirou um pequeno envelope.


— Pode ter certeza que é algo muito bom. Abra e veja. — Pediu me entregando o papel.


Abri o envelope e abri o documento de dentro dele. Corri meus olhos por toda escrita digitalizada e voltei encara-lo perplexa.


— É isso mesmo? — perguntei quase tremendo.


— Sim. Você vai começar assim que voltarmos para Oxford.


— Meu Deus! Eu não acredito! — exclamei e pulei novamente em seus braços. — Muito obrigada!! muito obrigada!! Ah!! Eu nem sei como te agradecer. — Beijei seu rosto e voltei olhar o papel em minhas mãos. Algumas lágrimas desceram dos meus olhos, como forma de emoção e felicidade.


— Você acabou de realizar meu sonho!! — Exclamei novamente secando o meu rosto. — Eu não acredito!


Edward voltou me abraçar e contente com a minha reação falou:


— Pode acreditar. Em breve você terá a sua carta de condução. Será mais uma pessoa que sabe dirigir e terá a sua habilitação.


Pode parecer bobeira, mas eu chorei como uma criança que acaba de realizar seu sonho.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro