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Capítulo 44

"Fazer todo bem que se possa, amar sobretudo a liberdade e, mesmo que seja por um trono, jamais renegar a verdade."

Ludwig van Beethoven

~~*~~

Edward finalmente teve alta do hospital na manhã do dia seguinte. Ele pareceu um pouco mais aliviado assim que chegou em sua residência. Cristian tinha ido buscá-lo no hospital e eu o acompanhei em tudo. Depois de um delicioso café da manhã, com muitas frutas e sucos que eu e minha amiga Kate tínhamos preparado para comemorar a boa recuperação do Edward e agradecer por ele estar bem e vivo.

Ele pareceu mais tranquilo, em vista dos dois que passou no hospital, e não fez questão de mencionar nada sobre o quarto de música dele, e nem entrou lá. Edward passou boa parte da sua manhã sentado na cadeira confortável da cozinha na companhia do seu amigo e ambos falavam sobre um único assunto: as partituras que Cristian estava estudando para a sua última apresentação do ano, que seria em Londres.


Enquanto isso, eu e minha amiga nos ocupamos em falar das novidades do Barnes & Coffee e todas as fofocas sobre o que estava acontecendo lá. Kate também me ajudou a fazer o almoço, mas em nenhum momento ela tocou no assunto do Edward. Depois que ela e o Cris foram embora, eu e o Ed ficamos na sala assistindo TV, sentados em sofás separados.


Percebi o quanto Edward estava calado e parecia incomodado com algo. Ele deitou no sofá e fechou os olhos, parecia totalmente distante.

— Está tudo bem? — perguntei, abaixando o volume da TV olhando diretamente para ele que continuou com os olhos fechados com um dos braços curvados sobre a cabeça.

— Pode pegar algum analgésico para mim? Minha cabeça voltou a doer.

— Claro! Claro! — Corri até a cozinha e peguei um dos remédios que ele costumava tomar para dor de cabeça, juntamente com um copo d’água.
Voltei para sala e ofereci o remédio ao Edward que se sentou com um pouco de dificuldade.

— Você parecia melhor de manhã. Por que as dores voltaram de repente? — questionei.

— Na verdade, eu estava com dor de cabeça de manhã, mas era leve, nada que incomodasse. Mas agora ela está incomodando. E eu não disse nada antes, porque não queria ficar mais um dia no hospital. — Me entregou o copo de vidro e voltou se recostar no sofá.

— Você é muito teimoso — resmunguei.

— Me ajuda a chegar no meu quarto. — Ele pediu.

— Uhum. — Concordei e ofereci meu braço para ele se apoiar enquanto seguíamos caminhando até chegar na escada. Fiz com que ele passasse um dos braços em volta dos meus ombros e sustentasse metade do peso do seu corpo em mim.

Assim que chegamos na porta do seu quarto, suspirei aliviada e deixei que ele abrisse a porta. Entrei depois dele e o segui até que ele deitasse na enorme cama de casal que havia no meio do quarto. Enquanto ele colocava as pernas para debaixo do cobertor azul escuro, eu visualizei de relance o design daquele lugar e a arrumação, e não deixei de notar o quanto ele gostava da cor azul, e o quanto essa cor combinava com ele e até mesmo poderia deixar o lugar elegante.

Mas não era nada exagerado e chamativo. O jogo de cama era azul escuro com detalhes preto. A cortina também era azul, mas uma tonalidade um pouco mais clara, porém o que me chamou atenção era que nada parecia infantil, pelo contrário, o azul era sofisticado, assim como o próprio Edward era, e eu percebi que talvez aquela era a cor que mais o marcava, principalmente a tonalidade do azul dos seus olhos.

Ajeitei os travesseiros para que ele pudesse se sentir melhor e sentei na cama do lado dele.  Não cheguei a deitar, mas encostei minhas costas na cabeceira confortável e fiquei olhando para o Edward deitado do meu lado. Ele se virou de lado, e deitou com o  rosto voltado na minha direção , depois voltou a fechar os olhos.

— Segura a minha mão. — Ed murmurou e esticou a mão esquerda em minha direção. Fiz o que ele pediu e acariciei de leve a mão dele agarrada na minha. Edward pareceu mais relaxado e confortável com o meu gesto, que apenas mexeu um pouco as pernas e exibiu um sorriso.

— Vou ficar aqui até você dormir. — Falei e voltei acariciar a mão dele, observando cada detalhe do seu rosto.

~~*~~

Não sei exatamente em qual momento e nem como, mas eu acabei dormindo também, e deitada sobre o peito do Edward. Não sei se ele havia percebido ou se acordou em algum momento, ou se sentiu alguma dor por eu ter ficado naquela posição por algum tempo, mas quando eu o despertei ainda estava dormindo.

Deixei o quarto, convicta que o Ed iria dormir por mais algum tempo e com o máximo de cuidado para não o acordar. Peguei meu celular que estava no sofá da sala assim que ouvi o som de uma ligação. Me sentei no sofá e olhei para a tela do aparelho em minhas mãos que mostrava um número desconhecido.

— Alô? — Atendi.

— É a Luara? — Uma voz feminina perguntou.

— Sim... Quem está falando? — questionei um pouco confusa.

— Ahh! — respondeu animada. — Aqui é a Dafne, a mãe do Ed! Se lembra de mim? Finalmente, eu convenci o meu filho de passar o seu número para mim, estava morrendo de vontade de ligar para você, para conversarmos!

— AH! — Exclamei. — Claro que eu lembro!

— Que ótimo! Que ótimo! Como tem passado? — perguntou animada.

— Tenho passado bem... E a senhora?

— Muito bem também, e o meu filho? Eu havia ligado para ele no sábado e ontem, mas ele não me atendeu e mandou apenas uma mensagem dizendo que estava ocupado, está tudo bem com vocês? Ele anda muito ocupado com o trabalho?

Fiquei em silêncio, pensando no que responder. Se o Edward não havia falo nado para a sua mãe, talvez eu também deveria fazer o mesmo.

— Ahn... Sim, sim. Está tudo bem, ele anda bastante ocupado sim. — Me senti um pouco mau por ter mentido para a dona Dafne, mas pelo fato que eu percebia a preocupação que ela tinha com o bem estar do filho.

— Que maravilha! Então, vou ficar despreocupada, sei que você está cuidando bem do meu filhote. — Ela soltou uma leve risada. — Mas o verdadeiro motivo que eu queria ligar para você é para relembrar você de vim passar o natal conosco.

— Ah ... Sim... O natal... — respondi vagamente, eu realmente tinha me esquecido disso.

— Isso! Vai ser uma honra tê-la conosco, e claro, vou estar imensamente feliz de poder ver meu filho aqui também.

— Ah! Eu vou ficar feliz em revê-la também.

— Então, está combinado! Daqui três semanas nos vemos aqui na Alemanha.

— Três semanas? — Arquei a sobrancelha.

— Sim! O Natal é daqui três semanas, você se esqueceu?

— Não! Claro que não. Daqui três semanas... Sim, sim. Eu e o Edward estaremos aí daqui três semanas.

— Então, está ótimo! Se cuida e lembra o meu filho de se cuidar também.

— Nos cuidaremos sim, fica bem.
Desliguei o celular e olhei para o topo da escada pensando no homem que estava no quarto depois das escadas. Nós não havíamos conversado sobre esse assunto, e sinceramente, com os últimos acontecimentos eu havia até me esquecido. Eu não sabia se Edward de fato iria, e depois do aconteceu com ele, eu duvidava severamente disso.

E por enquanto eu decidi não contar nada para o Edward sobre a ligação da mãe dele.

~~*~~

Durante o tempo que Edward passou dormindo eu não tive muito o que fazer, a não ser pensar nas possibilidades de coisas que poderiam acontecer no Natal e na família dele, que eu iria conhecer.

Cansada de ter ficado horas e horas deitada naquele sofá, que já não parecia tão confortável, e pensando sem chegar a nenhuma conclusão, decidi ir procurar algum livro para ler.

Fui até a biblioteca do Edward que tinha a porta destrancada e entrei. Eu não sabia se ele iria ficar irritado em saber que fui ver os livros dele, mas não tinha outra coisa a se fazer em meio a tanto tédio e ansiedade.

Deixei a porta do cômodo escancarada (facilitaria escutar algo caso o Edward acordasse), e caminhei pelo meio da biblioteca olhando os livros nas prateleiras. Procurei por algum título que prendesse a minha atenção entre os inúmeros ali, e no fim, peguei um livro sobre administração e vendas e sentei na poltrona confortável de frente para a mesa de escritório enorme no meio do cômodo.

Folheei as páginas do exemplar sem entender muito o que ele dizia. Olhei as anotações escritas pelo Edward nas páginas e principalmente na última página, onde ele preencheu de anotações.

Sobre a mesa havia também alguns cadernos, abri todos eles e li um pouco o que estava escrito, tudo sobre capital de vendas, marketing e outras coisas que eu não entendia. Edward parecia ser muito focado no trabalho, e mantinha tudo muito bem organizado. Continuei passando mais algumas folhas do caderno e entre as últimas folhas eu encontrei uma fotografia.

A peguei e observei quem eram os três garotos na foto. Me espantei ao saber quem poderia ser, e fiquei encantada pelo modo que Edward era extremamente lindo na sua época da escola. Ele vestia o uniforme de algum time de basquete e estava no meio de mais dois garotos que também vestiam o mesmo uniforme e sorriam animadamente, como se estivessem comemorando uma grande vitória. Olhei mais de perto o rosto deles na foto, e fiquei ainda mais intrigada ao descobrir quem eram. Cristian abraçava o amigo pelo lado direito e segurava uma bola de basquete, e o Philipe abraçava o Edward pelo lado esquerdo.

Meus olhos se fixaram nos semblantes naqueles três garotos sorridentes sem acreditar no que estava vendo.

Mas era real. De fato, era os três quando eram mais novos. Edward, Cristian e Philipe. E eles eram impecavelmente lindos e charmosos. Meu chefe manteve o cabelo negro e os olhos cinzas profundo, e a pele clara. Cristian era um pouco menor que Edward, mas possuía o mesmo olhar tranquilo. E Edward desde sempre teve o sorriso arrebatador, além do azul dos seus olhos que chamava atenção pelo brilho único e profundo.

Aquela era uma fotografia única e que mostrava um passado totalmente diferente da realidade de vida que eles levavam agora. E enquanto eu observava mais um pouco aquele retrato, e mapeava os detalhes daquele ambiente e pessoas, ouvi alguns pigarreio vindo da porta, e antes que desse tempo de guardar novamente aquela foto no seu lugar, Edward entrou e olhou diretamente para o que eu estava segurando nas mãos.

Larguei a fotografia sobre a mesa e me levantei assustada, sem saber o que fazer e o que falar e nem sabia se conseguia olhar para o homem à minha frente.

Ele se aproximou da mesa e ficou em pé ao meu lado. Prendi a respiração por alguns segundos e fechei os olhos com medo da reação do Edward ao saber que eu tinha mexido nas suas coisas e visto aquela foto.

Mas ele passou por mim e se sentou onde eu estava sentada e puxou a fotografia para perto de si. Olhei para a expressão dele, mas ele manteve uma expressão fria e quieta enquanto olhava a fotografia em suas mãos.

— Qual é a sua relação com o Philipe? — Perguntei sem tirar os olhos da fotografia também, mas temendo que não tivesse uma resposta.

Edward continuou em silêncio por mais alguns segundos sem tirar os olhos da mesa e sem piscar os olhos. Ele continuou imóvel, olhando fixamente, sem emoção alguma, para aquela fotografia.

— Ele é meu irmão. 


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