Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 33

“A sabedoria e a ignorância se transmitem como doenças; daí a necessidade de se saber escolher as companhias.”

William Shakespeare

~~~

Após Edward me levar ao banheiro, ele saiu me deixando sozinha, com a certeza de que eu iria me virar bem. Passei o restante da tarde no meu quarto, e não tive notícias do Edward, e nem ouvi barulho sequer na casa. Possivelmente ele havia saído. Folheei várias revistas que estavam nas gavetas da escrivaninha e arrumei minhas roupas no armário. Nem tudo eu tirei das malas, mas já estava satisfeita com o que havia feito.

Edward tinha sido muito precavido, e deixou no meu quarto tudo o que eu iria precisar. Jarro de água, copo, lixeira, até mesmo alguns remédios e pomadas. Quando a noite chegou, o silêncio que preenchia a casa foi invadido por vozes assim que eu saí do meu quarto, a fim de ir a cozinha para buscar alguma coisa para comer. Fechei a porta e me agarrei na muleta para caminhar pelo corredor. As portas dos quartos vizinhos estavam todas fechadas e os murmurios vinha de algum dos cômodos de baixo.


Continuei caminhando observando meu reflexo no piso iluminado do chão. Aquela casa era tão linda e tão bem arrumada, que me sentia muito bem acomodada, somente em olha-la.  Parei na beirada da escada quando visualizei os autores daquelas vozes.


Os dois homens que estavam sentados em cada sofá da sala me olharam de imediato quando perceberam minha presença no topo da escada. Edward saiu do sofá em um pulo e correu rapidamente em minha direção agarrando meu braço e passando a mão por trás das minhas costas, a apoiando em minha cintura me dando sustenção para descer os degraus.


Cristhian continuou com a mesma expressão de espanto com os olhos fixos em nós. Ele apenas piscou os olhos algumas vezes, mas continuou com uma expressão incrédula.


— O que houve? — Edward me perguntou quando chegamos no último degrau, se desprendendo de mim. — Está sentindo algo? Alguma dor? Incomodo?


— Não. Não. — Sorri para ele. — Eu só estava querendo ir na cozinha para pegar mais água, e acabei ouvindo algumas risadas e murmurios e quis saber o que era — falei um pouco constrangida pela presença do amigo dele ali. — Eu acho que não vim em uma boa hora — murmurei dando passos vagarosos com a muleta até o sofá vazio.


— Não. Mas você não pode fazer tanto esforço — Edward disse se apressando para me ajudar me sentar cuidadosamente.


Cristhian se levantou respirando fundo e foi em direção a cozinha. Edward pegou minha muleta e colocou cuidadosamente ao meu lado encostada no sofá. Cristhian voltou  trazendo consigo uma jarra de água e um copo e se sentou no mesmo lugar de antes.


— Depois de presenciar isso, necessito beber muita água — Cristhian comentou enchendo o copo de água e deixou o jarro sobre a mesa de centro. Depois olhou para Edward e eu.


— Que bom amigo você é — Cristhian continuou falando após dois goles de água. — Eu tenho que ficar te dando dicas amorosas e te ensinar como conquistar uma mulher e nem um agradecimento recebo depois disso, e o pior de tudo, sou o último a saber que já estão assim... com toda essa... intimidade.

Engasguei com a saliva e não consegui parar de tossir. Edward deu alguns tapinhas nas minhas costas e Cristhian me ofereceu água.


— N-Não! Não! — Dei mais alguns pigarreios e consegui fôlego para continuar falando. — Não é nada disso, Cristhian... Nada do que você está pensando.


Edward colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha e passou as mãos nas minhas costas, a massageando. 


— Pare de falar, você vai engasgar ainda mais — disse cuidadosamente.


Olhei para o homem ao meu lado e fiquei ainda mais vermelha. Mas minha única reação foi empurra-lo para o lado e conseguir respirar.


— Ele vai achar que realmente temos alguma coisa — falei sentindo o peso do olhar do Cristhian sobre nós.


— Deixe ele pensar isso — afirmou, simplesmente.


— Cristhian, eu estou aqui temporariamente. Você nos entendeu errado.


Cristhian gargalhou e Edward revirou os olhos em desaprovação do que eu disse.


— O nosso Edward é realmente um gênio.

Nosso Edward?
Ele iria continuar pensando que havia algo entre nós?

— Okay. O Cristhian já está de saída. — O dono da casa se levantou e cruzou os braços esperando que seu amigo levantasse também.


— Tá bom, tá bom. Vou deixar vocês sozinhos... — Cristhian sorriu e ficou ao lado do seu amigo, de costas para mim.


— Eu acredito que ela não sabe que você gosta del...— Cristhian murmurou, mas foi alto o suficiente para que eu pudesse ouvir. Porém, antes que ele concluísse sua fala, Edward o puxou rapidamente evitando que ele falasse mais.


— Senhor Davies D’Lewis, o senhor já pode se retirar da minha casa. — Edward empurrou o amigo até a porta e a abriu. — Eu preciso ficar a sós com a minha convidada. — Antes que Cristhian saísse, ele olhou para mim e sorriu.


— Foi bom revê-la, Luara. — Ascenou sorrindo. — E, eu sei que meu querido amigo Ed é um cara difícil de lidar, mas não se preocupe, você está fazendo um ótimo trabalho! E lembre-se, tudo o que você precisa fazer é estar atenta aos detalhes. Preste atenção nos detalhes!


— Já chega! — Edward empurrou o amigo para fora. E o acompanhou até o portão. Segundos depois ele voltou respirando fundo.

Edward se sentou no outro sofá e pegou o controle da TV.


— O que o Cristhian quis dizer? — Ousei perguntar.


— Tire suas próprias conclusões.
Seco. Seco igual o deserto.

— E o que eu ainda não sei, que ele susurrou para você?


Ele suspirou ficando pensativo por um tempo e voltou mudar os canais da TV.

— Pergunte a ele depois.

Ele estava irritado?

— Okay... Então, eu vou seguir o conselho do seu amigo, vou prestar atenção nos detalhes.


Edward olhou para mim e deixou o controle de lado se levantando.


— Nunca é tarde para tentar. — Ele pegou seu celular em cima da mesinha de centro e desbloqueou a tela.


— O que houve? Por quê está irritado?


— Nada.


— Nada? De repente você fica irritado sem motivos?


— O que você vai querer para o jantar? — questionou ignorando a minha pergunta.


— Qualquer coisa — respondi vagamente.


Ele discou algum número no seu celular e esperou atendê-lo. Fez os pedidos de comida e logo desligou.


— Quais motivos poderiam me deixar irritado? — Edward me fitou com uma das sobrancelhas arqueadas e se aproximou de mim. Fiquei por alguns segundos em silêncio, pensando sobre a pergunta dele.

O que eu havia feito pra ele estar assim? Teria sido os comentários do Cristhian?

Edward se sentou ao lado e olhou fixamente em meus olhos. Passei a mão no meu cabelo e desviei meus olhos dos deles. Edward flexionou seu corpo pra cima de mim e eu quase quebrei o pescoço indo com a cabeça pra longe dele. Ele colocou a mão livre no encosto do sofá e continuou se aproximando de mim até eu perder o equilíbrio e deitar a cabeça no encosto. Edward olhou meus lábios e foi o tiro certeiro para que eu pudesse ficar totalmente desconcentrada  e vermelha.

Por uma fração de segundos eu pensei que ele iria me beijar quando abriu um pouco a pouco, mas o que ele fez foi falar algumas palavras.


— O que pode me deixar irritado? — ele continuou intercalando seu olhar entre meus lábios e meus olhos. — A sua lerdeza? Ou a sua curiosidade? — Ele se aproximou do meu rosto, desviando seus lábios para a minha bochecha e fechou os olhos depositando um beijo ali.


Fechei meus olhos sem saber como reagir. Eu estava mesmo esperando ele me beijar. E por quê ele não o fez? Tecnicamente ele fez, mas foi na bochecha. E o que eu esperava?  Eu também queria? 


Edward se afastou de mim e abriu os olhos voltando se sentar quando ouvimos o toque da campainha. Ele passou a mão no cabelo colocando os fios lisos para trás e ajeitou a gola da camisa. Se levantou e pegou a chave do portão indo em direção a porta.


— O serviço de entrega está realmente cada vez mais rápido — comentou sozinho abrindo a porta e saindo em seguida.


Me reergui com um pouco de dificuldade e tentei arrumar o máximo que conseguia do meu cabelo enquanto esperava Edward atender a porta.

Ouvi passos largos entrando pela porta e quando me dei por conta, já estava sendo esmagada por um forte abraço e tendo um overdose por sentir o perfume da pessoa que mantia minha cabeça encostada no seu peito, enquanto seus braços estavam envoltos em mim.


Um perfume familiar.


Me desprendi da pessoa que me abraçava em um único impulso. Meus olhos arregalaram em espanto.


— Philipe? O que faz aqui? — olhei por cima do ombro para o homem que estava encostado na porta aberta com os braços  cruzados, com a cara de poucos amigos.


— Como você está? Está se sentindo bem? — Meu chefe pegou minhas mãos e a colocou sobre a perna dele me fazendo voltar atenção somente nele.


— Ah... Claro! Estou bem. — recuei minhas mãos cuidadosamente e sorri com cautela para ele. — Por quê tanta preocupação? — Olhei para ele com curiosidade e ele balançou a cabeça como se estivesse travando uma guerra consigo. Ele respirou fundo e desfez a expressão de preocupação.


— Claro que eu vou me preocupar. O Barnes & Coffee não é o mesmo sem você lá. Estou sendo atencioso como um bom chefe deve ser.  — Olhamos para Edward quando ele riu ironicamente e balançou a cabeça voltando nos observar.

Meu chefe ignorou a presença do dono da casa e voltou a me olhar.

— Esse homem fez algo com você? — Philipe perguntou com convicção se direcionando ao Edward.


— Não. Eu estou bem, realmente.


— Quando você vai sair daqui?


— Quando o contrato acabar. Daqui algumas semanas.


— Se quiser eu posso te ajudar a sair daqui bem antes. Eu posso te ajudar procurar casas...

O impedi de continuar falando com um toque em suas mãos.

— Não é necessário. Eu compreendo e agradeço muito a sua disponibilidade, mas não é necessário, Philipe... Eu realmente estou bem, e isso é graças ao Edward, que também está me ajudando — falei cautelosamente e exibi e um pequeno sorriso.

Edward pigarreou atraindo a minha atenção para ele, enquanto meu chefe continuo ignorando. Depois o pigarreou do Edward foi agravando e quase pensei que viraria uma tosse crônica. Philipe se levantou e olhou de relance para ele.

— Como você pode ver, a senhorita Luara está bem. — Edward falou pela primeira vez desde que meu chefe estava presente ali. — Você já pode dar licença da minha casa.

Meu chefe depositou um beijo demorando nas costas da minha mão e me desejou melhoras. Em seguida, ele se afastou e parou de frente ao Edward. Antes que o dono da casa desse espaço para Philipe sair, meu chefe o encarou.


— Elizabeth chega no final de semana, e vai querer que você a busque. Não faça como dá última vez, não deixe ela esperando por você novamente. — dito isso ele saiu.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro