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Capítulo 23

„Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la intensamente.“

Augusto Cury

~~~

Abri e fechei os olhos tentando me acostumar com a claridade de onde eu estava.

Já estava de manhã?


Eu tinha conseguido tomar banho? E consegui dormir?

Tentei abrir novamente os olhos, mas não consegui. Aquilo incomodava muito. Por um instante percebi que estava diferente, eu estava em um lugar diferente! Não era a minha cama, e não conseguia reconhecer o lugar.

Abri meus olhos e olhei ao meu redor. Eu não estava em casa, e o lugar era nada familiar. A cama alta demais, as paredes no quarto eram de tom bege, sem vida, mas tinha certa elegância.  Olhei para os meus braços e estavam com fios enfiados neles. Olhei para mim, e não estava mais com o vestido da noite anterior. Pelo contrário, eu estava com um pijama azul bebê.


O que tinha acontecido comigo?

Senti meus pés coçarem. Olhei para eles e me assustei.

Meu Deus!

Eu tinha quebrado o pé?

Ele estava engessado.

Olhei rapidamente para a porta quando ela abriu revelando uma mulher morena e alta, vestido no jaleco branco. A enfermeira adentrou e sorriu ao me ver.


—O que está acontecendo? Por que estou em um hospital? E desse jeito? 


—Que bom que você acordou! Mantenha a calma, eu vou chamar o médico para vim te ver e falar com as pessoas que estão com você, que você já acordou.


—Tudo bem… — respondi sem entender nada.

A enfermeira olhou a prancheta em suas mãos e fez algumas anotações enquanto olhava para a bolsa de soro. Depois voltou seu olhar para mim.


—Vai doer um pouquinho — a mulher falou quando tocou nos canos que estavam no meu braço, os tirando.


Aquilo doeu tanto. Abafei o grito e olhei para meu braço vermelho.


— Como eu vim parar aqui? — perguntei alisando meu braço. — Por que meu pé está engessado?


— Como você veio eu não sei, mas as pessoas que estão te acompanhando podem explicar. Quanto ao seu pé, ouve uma pequena lesão no seu tornozelo. Não se lembra de nada disso?


— Não, mas eu acho que cai da escada.


— Hmmm, o médico já vai vir examina-la.

Dito isso ela saiu.

Fechei os olhos e procurei os pensamentos do que tinha acontecido na noite anterior. Eu tinha passado a maior vergonha da minha vida naquele saguão do teatro. Eu tinha chorado muito, eu estava feia e acabada… E depois o Edward me ofereceu carona… minha mãe apareceu… eu estava descendo a escada no porão e tropecei.

Minha mãe…

Ela tinha aparecido.

Ela veio realmente para me buscar?

Como eu iria embora depois de todos aqueles meses? Eu tinha conseguido um emprego! Eu estava sabendo sobreviver sozinha… eu tinha feito amigos ali. Eu tinha uma melhor amiga.

E pior, ela realmente teria comprado o imóvel da avó da Kim? Como ela fez isso? Nós tínhamos dívidas em Nova Orleans, esse foi um dos motivos que quis me mudar, para conseguir algo melhor.

Me assustei com o som da porta se fechando novamente.

— Que bom que já acordou. Como se sente? — O médico sorriu ao perguntar.


— Estranha... — Estiquei meu pescoço para voltar a olhar meu pé. —  O que houve com meu pé?


— Entorse do tornozelo. Felizmente não foi de um grau alto, e não precisou passar por cirurgia, mas vai ter que ficar com o gesso no máximo quatro semanas. Caso não se recupere durante esse período e sentir muita dor com frequência, vamos ter que fazer uma cirurgia. Mas creio que não será necessário. — O médico pegou o aparelho de medir pressão arterial que trouxera consigo e colocou em meu braço estendido. Ele se sentou em uma cadeira branca do lado da minha cama e ajeitou os óculos no rosto. — Sua pressão estava muito alta ontem quando chegou aqui, você vai ter que ficar de observação por mais um dia, e se não houver mais nenhuma complicação poderá receber alta. 

Eu realmente estava acabada.

— Alguém está me acompanhando?


— Sim, seus familiares estão aguardando para poderem entrar.

Seus familiares? Talvez eu só esperava que minha mãe estivesse aqui.


— Sua pressão está normal agora. Está sentindo alguma dor?


— Só um pouco de dor de cabeça... estou sentindo cansaço também, e meu pé está coçando muito.


— Você terá tempo suficiente para descansar, não se preocupe, e a parte pior disso tudo é que realmente seu pé vai coçar muito. A dor de cabeça deve passar depois que você dormir um pouco mais.

Mais um desastre para a lista...


— Uhum, okay.


— Se precisar de alguma coisa peça para alguma enfermeira me chamar — o médico falou indo em direção a porta. — Meio-dia a enfermeira irá trazer seu almoço. Não vai tentar levantar sozinha, fique o máximo de repouso.


— Okay.

O médico saiu.


Ótimo. Estava com o pé engessado, exausta, e ainda teria de comer as comidas do hospital... ficar deitada o dia inteiro, e não poder nem ir no banheiro sozinha.

Suspirei.

Pelo menos eu iria ter um lugar para ficar sozinha. E iria conseguir dormir..


A porta abriu novamente e uma mulher conhecida adentrou. Kate sorriu ao me ver e andou rapidamente em minha direção.

— Santo queijo gorgonzola, branquela! —Ela se sentou na cadeira ao meu lado e virou seu corpo em direção a mim. — Você quase me matou do coração! — Ela me analisou. — Como você está?


— Estou... tropeçando nos degraus.

Minha amiga não evitou o riso e relaxou na cadeira.

— Eu sinto muito por você... e me desculpa por não ter atendido suas ligações, eu estava dormindo naquela hora e meu celular estava desligado. Mas fico feliz por saber que está bem, ao menos está viva. Eu quase morri de preocupação.


— Não precisa se desculpar, amiga, e obrigada por ter vindo me ver. — Ofereci um sorriso. —Aliás, como soube que eu estava aqui?


— Eu te liguei assim que acordei e vi aquele tanto de ligações perdidas sua, você me ligou quase meia noite, eu até pensei que seria para contar algo sobre o concerto, mas eram muitas ligações e eu decidi te ligar para saber se estava tudo bem, mas... quem atendeu seu celular foi a sua mãe! A sua mãe apareceu, branquela! Como assim? Eu ainda estou bem surpresa com tudo isso.


— Imagina eu como eu estou. — Tentei me mexer um pouco na cama. — E isso não foi o pior. —Suspirei. — E nem eu sei como isso aconteceu.  Você viu a minha mãe?


— Sim.


— Você sabe quem me trouxe aqui? Foi minha mãe?


— Eu sei, e não foi sua mãe... ela veio te acompanhando também. E eu também fiquei sabendo mais ou menos sobre o que aconteceu no concerto. E quem te trouxe para hospital foi o seu salvador da pátria. — Ela deu um sorrisinho.



— Como assim, amiga?  Ele já tinha ido embora... e nem chegou a me levar até em casa...


— Esses detalhes eu não sei, branquela, na verdade não sei de muitas coisas sobre o que aconteceu. Eu só sei que sua mãe está aqui e perguntei ao Edward o que tinha acontecido com você quando cheguei no hospital.


— O que? Ele tinha ficado aqui no hospital?


— Aham, ele ainda está, acho que está aqui desde quando trouxe você.


— E a minha mãe?


— Ela tinha ido na lanchonete do outro lado quando o médico disse que eu podia entrar para te ver.


— Ah...


— Eu já vou ter que ir... — Ela ligou seu celular. — Já está dando a hora do meu trabalho. O Philipe esteve aqui mais cedo, veio quase na hora que eu estava chegando... Se eu me atrasar uns minutinhos hoje não vai ter importância.


— Hmmmmm... Ele falou alguma coisa?


— Perguntou como você estava e parecia estar um pouco aflito.


— Que horas são?


— Sete horas. Vou chegar um pouco atrasada, mas não tem problema. À noite, quando sair do barnes & coffee eu venho te ver novamente e converso mais, e você me conta tudo o que aconteceu.


— Tudo bem, muito obrigada amiga por ter vindo.


— Claro que eu viria, se cuida, branquela, e se precisar de algo pode me ligar, mas... você está sendo bem cuidada aqui, seu salvador da pátria vai cuidar de você. — Ela sorriu e se levantou.


— Aí, amiga, nem nessas horas você perde o senso de humor.


— Mas eu também estou falando sério.

— Está bem, está bem...


Antes de Kate sair ela fechou a janela do quarto por pedido meu. Eu queria somente dormir, minha cabeça doía um pouco e eu precisava descansar, ainda tinha muita informação para raciocinar e eu estava muito esgotada. Me remexi o tanto que consegui até meu pé aliviar a coceira.


Eu só precisava descansar.

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