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Capítulo 15

"Os homens de poucas palavras são os melhores."

William Shakespeare

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Os primeiros raios de sol mal iluminaram o porão quando eu despertei. Fiquei um bom tempo na cama olhando para o teto, me virando de um lado para outro, enquanto me enrolava no lençol florido de seda, que estava com cheiro suave de amaciante, outrora me descobria ao me sentir agoniada.

Olhei para o teto branco procurando algum ponto qualquer para analisar. Talvez eu estivesse mesmo tendo ataque de ansiedade, e precisava me acalmar o quanto antes.

Nunca fui de sofrer por isso, mas depois que me mudei a ansiedade tinha sido frequente em minha vida. Por que será? Talvez eu estivesse realmente preocupada com o que fazer, e me mudar não devesse ser a melhor escolha que fiz na minha vida.

Sentei na cama, passando meu pé sobre o chão, procurando por minhas pantufas de urso panda. Levantei e fui procurar por algum sachê de chá no armário. Por sorte achei um último sachê de chá-verde que me salvaria naquela manhã. Coloquei a água para ferver enquanto colocava o último episódio da série que comecei na semana passada para assistir no celular.

Terminei de preparar meu chá e voltei para o sofá, enquanto assistia à série. Não percebera como o tempo passou rápido e só me dei conta que poderia me atrasar para o trabalho quando a série acabou.

Deixei a xícara sobre a mesa ao lado do armário e corri em direção ao banheiro para me trocar.

Tinha se passado quatro dias desde que o Edward apareceu e dessa vez sumiu completamente. Claro que eu não esperaria que ele voltasse, não tinha nem razão. Mas, eu ainda estava curiosa em saber mais sobre ele, principalmente o motivo do sumiço de semanas.

Por outro lado, eu devia estar imaginando demais, ele poderia estar ocupado com o trabalho, e em que ele trabalhava? Seria algum professor? Médico? Quantos anos ele tinha? Bem, ele não aparentava ter mais que 25 anos, muito velho ele não seria. Era inevitável a curiosidade que tinha sobre ele.

Abri o registro do chuveiro e me molhei enquanto cantava stay with me , mesmo desafinada. Cantar não seria meu forte, com certeza.

Após lavar meu cabelo, me sequei com a ajuda de uma toalha e vesti uma calça preta e uma blusa bege que tinha detalhes com renda na frente.

Verifiquei se tinha pego tudo que precisava e subi as escadas, indo até o portão do porão. Encarei o céu azul com muitas nuvens, sentindo o vento gélido contra meu rosto, apesar do sol que fazia, o vento não era imperceptível naquela manhã. Coloquei meu casaco preto sobre o ombro e atravessei a rua. Já estava acostumada com climas assim, então só peguei o casaco para usar quando voltar do trabalho que possivelmente estará mais frio.

Alguns comércios já estavam sendo abertos e muitas pessoas caminhavam apressadamente para irem para seus trabalhos, assim como alguns motoristas já estavam se estressando no trânsito logo cedo. Fiquei pensando como seria se eu estivesse dirigindo também, se iria me estressar tanto como as pessoas acostumadas a ir e vir em um trânsito caótico.

Eu não estava atrasada — tendo em visto que economizei tempo ao me arrumar o mais rápido possível —, então poderia caminhar sem presa, evitando esbarros e até mesmo de ser atropelada, principalmente quando falamos da minha pessoa, que tudo pode acontecer.

A medida que distanciava da minha rua, as avenidas ficavam ainda mais cheias, o que era algo comum, em meados meio de da semana no começo da manhã, porém, dessa vez parecia que estávamos em alguma preparação festiva, e não importava o frio que fazia, as pessoas já estava se ocupando com seus afazeres.

Apesar que faltava exatamente dois meses para o natal (se minhas contas não estiverem erradas), as preparações natalinas começavam naquela época. É comum os artistas se prepararem para as peças de finais de ano, as grandes escolas de músicas fazerem audições; abrirem vagas para tal, as crianças estarem animadas para os contos de finais de ano nas escolas, família reunida em volta da mesa, trocas de presente… Muitas coisas acontecem no final de ano.

Atravessei a rua quando o sinal fechou. Cumprimentei o jornaleiro da cidade, o senhor James, que era um dos clientes mais frequente do barnes & coffee e segui caminhando pela calçada.

Abri a porta de vidro e senti o calor aconchegante do lugar, causado pelos aquecedores. Vi minha amiga  na porta da cozinha olhando o celular em suas mãos. Quando ela me viu guardou o celular no bolso da sua calça e pegou o avental preto já vestindo e caminhou até minha direção.

— Bom dia, flor do dia! — Ela me abraçou e sorriu. — Como foi sua noite? — Kate olhou para mim, como sempre fazia quando parecia me analisar, dos pés à cabeça, sem perder um traço e um movimento sequer.

— Bom dia, Kate! — Sorri para ela. — Minha noite foi boa, está mais animada que o normal? — perguntei já caminhando até a cozinha com Kate ao meu lado.

— Não, acredito que estou como sempre, mas você… bem, não chegou atrasada hoje, não está com olheiras… sua aparência está serena, dormiu com alguém essa noite? — ela perguntou com um sorriso extremamente curioso.

Revirei os olhos, com falsa irritação.

— Não, claro que não.

— Tem certeza? — Kate perguntou confusa.

— Sim, não tinha ninguém que eu poderia dormir, né, Kate.

— Tá bom, tá bom — falou como se estivesse convencida.

— Você é hilária, Kate.

Sorri para ela e fui até a cozinha. As duas cozinheiras já estavam começando a preparar alguns doces, o cheiro do frango temperado era vivo ali dentro, como também o aroma de outras especiarias.

— Vai servir torta de frango hoje? — perguntei a Maria assim que encostei perto do filtro de água, com um copo em mãos.

— Sim, minha querida, estamos testando outros sabores e novidades.

— Ah sim! Deve ficar delicioso. — Enchi meu copo com água e dei um gole.

— É muito delicioso mesmo, mas espero acertar a receita dessa vez.

— Oh! Luara, bom dia, você pode me fazer um favor? — Cynthia, a outra cozinheira apareceu na porta passando a mão no avental com certa pressa.

— Sim, claro.

Ela procurou por algo em cima da mesa, depois parou para prender novamente seu cabelo negro ondulado, que desfez o nó em cima da cabeça.

— Eu não lembro onde deixei aquele papel… — A mulher de estatura mediana voltou a ficar parada olhando para um ponto qualquer no chão enquanto pensava. — Maria, você viu o papel que eu anotei o que precisaria comprar?

— Não vi.

— Deixa para lá, eu escrevo novamente. — Cynthia pegou um caderninho no bolso do seu avental e uma caneta e começou escrever algo.

— Bem Laura, hoje nós temos algumas encomendas para entregar, e acabei esquecendo de avisar ao Philipe que faltavam algumas coisas aqui, como ele só chegará a tarde hoje, eu preciso que você vá ao mercado aqui perto, e comprar para mim. A Kate consegue dar conta lá dentro sozinha por alguns minutos, é que eu realmente preciso dessa ajuda. — Ela me entregou o papel e guardou a caneta novamente no bolso do seu avental.

Olhei o que estava escrito no papel e voltei a olhar para Cynthia que se manteve em minha frente.

— Posso ir, sim. — respondi por fim.

— Aah, que ótimo. — Os olhos pretos da mulher a minha frente brilharam. — Muito obrigada! agora eu tenho que correr. Ah! — Ela voltou sua atenção para mim. — Sobre o bico de confeiteiro, eu preciso de um para fazer flores para enfeitar os cupcakes, confio no seu bom gosto.

— Ah sim, tudo bem. — Sorri para ela e caminhei até a porta.

Kate estava ocupada atendendo alguns clientes quando passei por ela para sair. Eu sabia que havia um mercado na avenida acima, teria que caminhar um pouco mais, porém, iria valer a pena. Com certeza iria encontrar tudo o que precisava nele.

O frio estava mais forte que da hora que acordei, eu precisava de um casaco mais quente. O que eu estava vestida, era para o verão, que mesmo estando sol, o frio não passa despercebido. Cruzei os braços sobre meus peitos, e atravessei a rua pouco movimentada sentido o vento bagunçar toda minha cabeleira loira.

Continue caminhando e analisando as arquiteturas do bairro. As casas grandes e bem aparentes, mesmo com seus estilos rústicos, não passavam despercebido aos meus olhos.

Ao chegar no supermercado, peguei o carrinho de compras e caminhei para dentro. Passei pelos corredores dos doces, onde tinha todos os pacotes nas prateleiras altas. Andei pelo corredor empurrando o carrinho, a minha frente, olhando para os alimentos das prateleiras procurando pelos produtos que estavam na lista.

Visitei praticamente todas as sessões do supermercado, peguei tudo o que precisava e fui em direção ao caixa. Todos os quatro caixas estavam com uma fila enorme. Parei no caixa 3 com o carrinho em minha frente e olhei para os painéis que estavam na parede passando comerciais de produtos.

Estava distraída quando ouvi alguém balbuciar algumas palavras atrás de mim, pedindo licença para poder alcançar a caixa de kit Kat na pequena prateleira ao meu lado, que separava uma fila da outra. O homem se abaixou ao meu lado e demorou alguns segundos pensando e olhando para as caixas de doces a sua frente. Talvez, estaria pensando qual seria melhor levar. Me afastei um pouco mais, dando espaço a ele para se levantar. Reconheci quem era ele ao ouvi-lo falar.

— Oh! Luara! bom te ver novamente. — O homem foi para trás de mim, ficando na fila também.

— É bom te ver também Cristhian — respondi olhando para ele.

Fiz uma breve análise de como ele estava somente nos segundos que eu o olhei. O cabelo escuro estava desgrenhado e os olhos cinzas mantiveram tranquilos, como da vez que ele foi no café querer falar comigo. Sua expressão em si transmitia tranquilidade. As mãos estavam ocupadas com algumas caixas de doces.

— E como tem passado os dias? — ele perguntou gentilmente enquanto apontava para frente fazendo menção para mim se aproximar do caixa.

— Ahn, bem, muito bem. E você?

— Bem também… — Ele parou de falar quando escutou o toque do seu celular. — Ahn, só um minuto. — Ele tirou o celular do bolso da sua calça e levou até o ouvido.

Voltei olhar para frente e tinha 5 pessoas na fila a minha frente ainda.

— Eu tive que passar no mercado… — Escutei o Cristhian falar com seja lá quem fosse pela ligação. — Agora eu não posso mais satisfazer meus gostos? — Ele parou um minuto de falar e apenas balbuciava alguns “tudo bem”, “ok”, “comprei tudo o que vamos precisar”. — Ele esperou que a pessoa do outro lado da linha parasse de falar e logo respondeu. — Como assim, Edward? Eu não vou buscá-la no aeroporto, isso ficou para você fazer.

Me surpreendi ao saber que ele estava falando com o Edward, e ao escutar esse nome uma sensação estranha percorreu meu corpo, mas de um jeito bom.

— Tudo bem, eu já estou indo para aí, nem vou poder esperar pra pagar meus doces — ele falou por fim com tom de irritação e logo desligou o celular.

Cristhian se voltou para mim.

— Bem, vou ter que ir agora, foi bom revê-la, Luara. — Ele voltou a colocar os doces na prateleira.

— Foi bom revê-lo também. — Foi tudo o que eu disse antes de vê-lo sair tirando o celular do bolso da calça novamente com a chave do carro.

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