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Capítulo 12


"A vida é um grande espetáculo. Só não consegue homenageá-la quem nunca penetrou dentro de seu próprio ser e percebeu como é fantástica a construção da sua inteligência."

Augusto Cury


~~~


—Senhorita?  — A sobrancelha do rapaz estava levemente inclinada quando ele me chamou.

Ouvi apenas o som da porta de entrada bater e outra cliente entrar com uma criança no colo, quando o respondi.

—Ahn.. sim? Boa tarde.  — Forcei um sorriso, olhando por cima do ombro, para as poucas pessoas que sobraram alí.  — O que vai querer?  — perguntei tentando não soar nervosa.

—Apenas um café, por favor  — ele me respondeu, focando seus olhos em alguma região do meu pescoço.

—Somente um?

—Sim.

Olhei o rosto dele de relance. Seus olhos tinha um tom cinza, os lábios estavam curvados puxando um sorriso enquanto uma marca de expressão surgia na sua testa, ao arquear mais um pouco a sua sobrancelha.

—Ahn… não está esperando por alguém?

Não era para eu ter perguntado.

—Ninguém que eu saiba.  — Ele sorriu. — Deveria estar esperando por alguém?

—Ahn… não, não. Não que eu saiba também! Só perguntei para economizar tempo...  Hã, quero dizer, daqui a pouco fecharemos aqui; e, não seria agradável se alguém viesse, e encontrasse o lugar fechado  — falei torcendo para que ele acreditasse e não me fizesse mais pergunta sobre aquilo. 

A expressão do homem ficou confusa, mas ele continuou tranquilo em sua cadeira.

— Seu café virá em alguns minutos.

Saí quase correndo dali e fui  para o balcão novamente, procurando alguma porcelana no armário pregado na parede e verifiquei a máquina de café antes de liga-la.

Foquei na xícara segura em minhas mãos, esperando que ficasse totalmente preenchida pelo café que descia da máquina no canto esquerdo do balcão de vidro. Voltei rapidamente para a mesa onde estava o jovem, dessa vez mais calma. Apoei a bandeja na mesa, tirando a xícara de dentro e a colocando no alcance da mão do homem que mantinha um silêncio tranquilo.

Quase deixei a xícara escorregar da minha mão ao me assustar com o grito de uma criança na mesa a frente pedindo a mãe para comprar uma torta de maçã.

—Além do meu café… — o jovem murmurou se recostando na cadeira, girando a pequena colher dentro do seu café com os olhos fixos no mesmo.  — Eu vim aqui para conversar com você, vim a pedido de alguém, na verdade.

—Comigo?  — A curiosidade já estava estampada no meu rosto assim como o medo do que se tratava.

Ele balançou a cabeça em afirmação.

—Você deve imaginar o motivo, apesar de eu ter achado meio bobo, mas vim a pedido do…

O meio sorriso que estava nos lábios do jovem se desfez tornando seu semblante quieto e frio quando seus olhos encontraram o homem que se aproximou e parou do meu lado.

—Quanto tempo, Cristhian.

Reconheci de quem era aquela voz, mas dessa vez havia uma certa ironia pelo modo que falava. Ou foi isso que eu achei.

Cristhian! Esse era o nome do homem que veio conversar comigo.

—Igualmente, Philipe  — Cristhian o respondeu casualmente.

Ouvi o bater dos pratos e aproveitei como uma boa distração para olhar para o fundo, evitando de olhar para o Philipe e Cristhian.

—O que devo a honra da sua presença aqui? —Philipe  voltou a sorrir normalmente. O mesmo sorriso preguiçoso de sempre.   — Não sabia que vocês se conheciam.  — Meu chefe falou para qualquer um de nós dois.

Voltei a desviar meus olhos dos dele, passando a mão pela blusa, procurando algum fiapo que eu pudesse puxar.

—Vim conhecê-la hoje, como pode ver. — Cristhian levou a xícara até sua boca.

Okay, okay, talvez eu devesse sair dali o quanto antes.

—Ahn… com licença  — balbuciei, pegando a bandeja sobre a mesa e recuando.

—Obrigada, Luara – Cristhian falou aparentemente calmo .

Ele sabia meu nome.

Exibi um sorriso enquanto Philipe apenas acenou em confirmação.


—Esse seria o último lugar que você viria para tomar um café. — Ouvi as últimas palavras do meu chefe, me afastando de onde estavam.

~~*~~

A chuva não tinha cessado quando saí do barnes & Coffee. Caminhei cuidadosamente pela rua movimentada a caminho da minha casa. Para mim as ruas eram mais lindas quando chovia, o ar mudava seu frescor fazendo me sentir ainda melhor, quase tinha esquecido do que acontecera horas atrás no trabalho enquanto eu observava as pessoas na correria diária voltando para suas casas, ou saindo para algum outro lugar.

Parei em frente o portão do porão apoiando o guarda-chuva no chão, deixando minha mão livre para poder procurar por minha chave nos bolsos da calça. Tirei minhas botas molhadas e entrei encontrando o sofá para me afundar nele antes de tirar minhas roupas. Tirei o lenço do meu pescoço e joguei no sofá, estiquei as pernas para frente me recostando no encosto do sofá. Bem, ao menos eu sabia o nome daquele homem que foi para conversar comigo, qual seria a ligação dele com o garoto desconhecido? O que ele queria falar comigo, me dar outro celular possivelmente não seria.


Fui tomar um banho para poder me esquentar embaixo do cobertor quentinho na companhia de um chocolate quente ao som da chuva que caia do outro lado. Minha mente era um vazio em acertos, só havia dúvidas e questionamentos.

Pelo menos tinha o som das gotas de chuva que pareciam me acalmar.

Dois dias se passaram e até aí nada de novo aconteceu. As dúvidas permaneciam em mim, juntamente com a curiosidade. Kate não me perguntou além do que eu conseguisse responder sobre tudo o que tinha acontecido naquela noite. Aquela conversa estranha entre dois quase conhecidos  — ou eles realmente se conheciam a muito tempo. E o sumiço do garoto do lenço. Estava começando suspeitar que ele não morasse aqui, ou estivesse achando isso uma enorme brincadeira para passar seu tempo. Se ao menos eu não tivesse apagado os últimos registros de ligação do meu celular ou ter salvado o número dele na lista de contatos, eu arriscaria ligar para pelo menos perguntar seu nome.


Na manhã de sábado eu demorei mais que o esperado para me levantar da cama. Ainda deitada, li três capítulos do livro que tinha comprado quando fui ao centro com a Kate. O romance épico que me faz chorar rios somente no começo, tive que dá uma pausa na leitura por não ter estruturas psicológicas suficiente para continuar lendo logo de manhã e sofrer por um livro.

Passei o dia todo de pijama, não saí de casa pelo frio que estava fazendo, mesmo que  longe do inverno, o frio resolveu matar a saudade.

Quando chegou a noite, Kate me mandou mensagem perguntando o que tinha feito durante o dia e perguntou como eu estava. Ela me dissera que se não fosse pela preguiça ela iria vir me fazer companhia acompanhada de suco, já que estava evitando beber vinho.

Meu final de semana foi resumido em assistir seriados, tomar chocolate quente e dormir. Nada mau.

A primeira luminosidade que clareou o canto onde ficava minha cama foram os raios de sol que passavam pela  cortina. Me revirei na cama ainda com os olhos fechados, tateando o lençol em busca do meu celular. Se eu não levantasse o mais rápido e começasse a me arrumar, chegaria no máximo 15 minutos atrasadas para o trabalho.

Me vesti casualmente, e prendi os fios do meu cabelo em um rabo de cavalo no topo da cabeça, deixando as ondas loiras balançarem sobre o ombro  de acordo com meus movimentos. Fiz o mesmo trajeto de sempre a caminho do trabalho, aproveitando o sol que aquecia meu rosto naquela manhã. Fazia tempo que eu não me sentia daquela forma, sem muitos pensamentos, somente com a voz do silêncio sussurrando dentro de mim.

Entrei calmamente no ambiente que se tornara familiar. Já havia alguns clientes, e Kate já estava sorrindo ao atender duas mulheres, possivelmente conhecidas ali.

Philipe estava debruçado sobre o balcão, com o mesmo sorriso gentil nos lábios ao conversar com um senhor que aparentava ter por volta dos 60 anos pelos seus cabelos grisalhos e as rugas que envolvia seu rosto branco. Os cumprimentei ao passar por eles e fui começar meu trabalho.

Entrei na cozinha para pegar uma água antes de fazer qualquer coisa. Quando voltei novamente para o salão que tinha poucas pessoas, Philipe estava no mesmo lugar, dessa vez ele estava movimentando a  xícara em suas mãos enquanto esperava esfriar o café que tinha dentro.

—Pensei que apostaria em um novo look hoje. —Philipe me provocou com um sorriso divertido.

—Estou tão normal, como sempre, não tinha porquê vestir outra coisa.

—Seu gosto peculiar não mostra isso.  —Sorriu levemente enquanto levava sua xícara a boca.  — Esqueceu seu lenço hoje? — questionou ao olhar para um ponto qualquer em sua frente.

Tinha até me esquecido daquele lenço. Possivelmente estaria em algum lugar da minha casa, guardado ou jogado em algum canto.

—Não me lembrei dele  — falei.

Olhei para frente, onde Kate estava e vi ela sorrindo ao me observar, cogitei que ela estaria observando desde quando cheguei.

—Queria te fazer uma proposta, se você não tiver nada para fazer no dia.  — Philipe se endireitou, me olhando de pé.


Proposta? Seria algo que iria me arrepender depois?

Parei por um minuto e esperei ele continuar a falar.


—Se você gostar, e quiser me acompanhar, em um concerto que terá na Sala Musical de orquestra Sifonica, está convidada a ir comigo ver os grandes músicos tocarem as mais belas canções.


Talvez eu não estivesse escutando tão bem, ou realmente era aquilo, o Philipe estava me convidando para ir em uma orquestra.

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