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Capítulo 06

"Você nunca é tão velho que não possa vencer novamente ou que não possa sonhar novamente."

CS Lewis

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O final de semana passou lentamente. Passei meu tempo limpando, organizando, buscando informações e lendo.

Arrumei todos meus acessórios e roupas no pequeno armário do porão e fiz algumas compras no mercado da rua de cima, somente para saciar um pouco a fome e comprei chá para meus momentos ansiosos.

Aproveitei meu tempo vago para lavar o lenço que o garoto desconhecido esquecera comigo. Afinal, será que aquele garoto usava lenço todos os dias? De diversas cores? Ou era apenas lenço azul? Será que usava para uma ocasião especial?  Era tantas perguntas e curiosidade sobre o garoto desconhecido.

Mas o que me assombrava mesmo era o fato de não ter conseguido falar com minha mãe. Eu até tentei pelo telefone fixo da Lan house onde eu fui fazer meu currículo, mas ninguém atendera. Eu não sabia o número da minha mãe, então liguei para o telefone fixo de casa.

Meu quarto dia de estádia na minha mais nova cidade prometia muitas coisas novas. Era o que eu estava querendo acreditar. Irei levar meu currículo para o Philipe. O clima estava neutro, apesar do sol que invadia as janelas das casas trazendo luminosidade, o frio perambulava pelas ruas, causando arrepios em quem não estivesse com agasalhos. Com o casaco preto no braço e a chave na mão, segui caminhando até a cafeteria.

Talvez eu estivesse chegado cedo demais ou realmente não haveria tanto cliente naquela manhã. Procurei uma cadeira perto da janela para me sentar. A moça que me atendera na semana anterior estava envolvida atendendo alguns clientes.

Ainda de longe vi Philipe ocupado digitando algo no computador do caixa. A barista passou por mim segurando uma bandeja com alguns copos sobre e depois voltou para me atender.

—Eu vou querer somente um chá verde — respondi assim que ela me cumprimentou.

—Seu patrão pode falar comigo agora?

—Sim, é sobre o emprego? Ele está realmente esperando.

—Sim, sim. Vou falar com ele então.

A moça assentiu e eu me levantei pegando meu currículo que estava sobre a mesa para falar com o Philipe.

Me aproximei do homem que ainda estava com os olhos fixos em algumas folhas de papéis em sua mão, e as vezes intercalava seu olhar entre os papéis e o computador.

—Bom dia, eu vim trazer meu currículo — comecei a falar atraindo a atenção do Philipe para mim.

—Ah! Bom dia, estava mesmo esperando. — Ele estendeu a mão para pegar o currículo e esboçou um sorriso.

—As notícias que eu tenho são boas. — Ele parou de ler o papel em suas mãos e olhou para mim. — Se você aceitar poderá começar sua semana de experiência amanhã mesmo.

Abri minha boca, mas nenhum som saiu. Apenas afirmei balançando a cabeça.

Não estava acreditando, era isso mesmo?

—As duas pessoas que estavam na sua frente desistiram. E precisamos de mais uma barista. — Ele concluiu por fim.

—Oh, okay, okay. Então posso começar amanhã?

—Não vejo problema, mas será uma semana de experiência, até você se acostumar.

—Ah, tudo bem!

—O pagamento acertaremos amanhã também. Da mesma forma como disse antes.

—Okay, tudo bem então. Amanhã eu estarei contratada? — Não contive a curiosidade.

—Claro.

Essa tinha sido uma das melhores notícias. Talvez os doces da esposa do Matthew tinha sido de grande valia para me desejar sorte.

Conversei um pouco mais com o Philipe – meu futuro chefe –, acertamos alguns detalhes, e ele me passou o horário de tudo que funcionava ali. Incluindo a hora que eu começaria a trabalhar.

Saí dali com o maior sorriso que tinha. Cheguei em casa feliz. Apesar de não ter notícias da minha mãe pelos 4 dias e sem saber como conseguiria isso, eu consegui relaxar um pouco. Tinha um outro “porém” também, que era em relação ao garoto desconhecido, mas resolvi não pensar muito nele para não estragar minha felicidade do momento.

A minha tarde eu procurei me ocupar bastante. Terminei de organizar todas minhas coisas. E aproveitei o restante do tempo livre para limpar o porão. Ficou bem arrumado no final, mesmo com poucas coisas, e o minúsculo espaço, ali estava ficando aconchegante.

Consegui dormir bem apesar de tudo. Na terça-feira acordei bem-disposta. Seria o dia que começaria a trabalhar. O que mais queria estava prestes a se realizar.

Cheguei uma hora antes do horário de abertura do café. Fui recebida com um abraço caloroso da jovem moça que me atendeu no primeiro dia que estive ali.

Nesse tempo conversei com o Philipe, acertamos os últimos detalhes e enfim estava mesmo empregada. Fui conhecer todo o lugar. Katharina me levou a conhecer tudo. Desde as cadeiras de veludo até o banheiro dos funcionários.

As duas cozinheiras chegaram cedo, e Kate – era assim que ela gostava de ser chamada – me apresentou a elas também.

Antes que os primeiros clientes chegassem, Kate caminhou entre as mesas com bandejas em suas mãos, como uma simulação de como eu teria que atender todos gentilmente e ser ágil caso tenha muitos clientes, e ambas estejam muito ocupadas.

—Tenho certeza que você vai conseguir se adaptar e eu vou amar ter uma companhia – Kate comentou se apoiando no balcão cruzando as pernas.

—Ah! Eu fiquei muito feliz por conseguir. – Fiquei ao lado dela.

Não era difícil para mim, já que estava acostumada com aquilo tudo, mas prestei bastante atenção na nossa conversa quando ela me disse sobre os clientes e a convivência de todos ali.

Deduzi que não seria cruel. E o Philipe pelo que Kate me falou, era tranquilo. A única coisa era que ele sempre gostava de tudo bem limpo e organizado.

Kate também me falou que desde os anos que ela trabalha ali, não houve nenhum imprevisto com os funcionários. De forma com que causasse brigas. No todo percebi que o Philipe era um homem tranquilo, mas que sempre estava atento a tudo. E o sorriso preguiçoso nunca faltava nele.

—Quanto a você. – Kate jogou o cabelo que estava semi preso em um penteado que deixava seu cabelo preto ainda mais valorizado. – Me conta como era sua vida em Nova Orleans, sua família, amigos…

Meu dia estava começando bem. Foi assim que começou minha amizade com a Kate. Contei um pouco sobre minha vida em Nova Orleans, meu antigo emprego... e tudo que eu pensava que não teria importância. Falei também como eu me mudei para Oxford. E Kate não parou de rir quando eu falei da carta que tinha deixado para minha mãe como despedida. Ela disse que eu estava realmente louca por sair daquele jeito.

Mas no fim ela se mostrou preocupada ao ver a minha aflição por não ter conseguido falar com minha mãe.

Eu tentava me conter e não falar muitas coisas para Kate. Mas sempre que ela vinha até mim e puxava assunto, nossa conversa rendia um dia inteiro. Fiquei me perguntando se isso era possível, porém eu conseguia ver esse lado de amiga na Kate, principalmente confiável.

No começo dos dias ficávamos conversando, rindo e falando dos diversos clientes de sempre. O temperamento dela não era nada fácil de lidar, incluindo quando os clientes reclamavam demais, ou certos homens flertavam com ela. Mas ela era uma boa companhia, principalmente quando era só risos e conversas ao vento.

Uma semana se passou, e foram suficientes para começar me adaptar com a nova rotina. Tudo o que me acontecia durante esses dias, eu contava de imediato para a Kate, ao chegar no trabalho. Era engraçado o modo em que sempre tínhamos assuntos diversos para conversar.

Contei a ela sem dar detalhes sobre o garoto que encontrei – ele me encontrou e puxou – no primeiro dia que cheguei aqui. Incluindo sobre o lenço que ainda estava comigo. Sem notícia do jovem desconhecido, guardei o lenço dele, mesmo que tivesse a oportunidade de joga-lo fora.

A reação dela ao ouvir sobre isso foi a mais lógica, ela teve um ataque de risos, que por pouco não saiu cuspindo o suco que estava bebendo no meu rosto.

Ela também teve seu momento de sensatez e disse que era para mim esperar para saber se aquele garoto iria voltar, ou se até mesmo morava pelas redondezas.

Como o de costume, cheguei no Barnes & Coffee na mesma hora de sempre. Disposta a trabalhar e escutando os sermões da Kate, que dizia que eu não estava me alimentando direito, tão pouco comendo. Realmente, esses últimos dias eu não tinha dormido muito bem, e minha alimentação, bem, era algumas besteiras.

—Branquela, você tem que resolver sua situação, ficar pensando na sua mãe, ou no que ela vai achar disso tudo, não vai te ajudar em nada – Kate falava enquanto se movia entre o balcão e a pia, organizando os pedidos para serem entregues.

Branquela tinha sido o nome que a kate mais me chamara, depois de falar o quanto eu estava branca – pálida, e precisava tomar banho de sol.

—Você tem razão, vou parar de me preocupar com isso.

Tentaria...

—Isso mesmo, sobre o seu jovem amado desconhecido, continua sem notícia dele?

—Ele não é meu jovem amado, Kate. — Revirei os olhos.

Kate se debruçou no balcão à sua frente e olhou para mim.

—Você fica nervosa quando falamos dele. — Ela sorriu.

—Claro. Ele fez aquele desastre comigo. E sobre ter notícias dele. Não, eu não tenho. E que continue assim, não quero nem pensar na presença dele que a raiva percorre meu sangue. Por culpa dele estou sem celular.
Kate sorriu ainda mais.

—Queria ver sua cara nesse momento. – Kate gargalhou, poderia estar imaginando várias coisas pelo modo que ela ria olhando para mim.

—Não foi nada engraçado.

—Pretende ficar com o lenço dele? — Ela segurou o riso e continuo a falar. — Se fosse eu, eu usaria.

—Pretendo guardar, não usaria um lenço, tão pouco daquela cor, prefiro amarelo.

Mas… pensando bem, não seria uma má ideia.

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