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SALVEEEEEEEEE
Os primeiros dois capítulos pegaram, em três dias, em média 10/15 votos e 30 comentários. Podemos então continuar mais ou menos nesse tanto?
O que não quer dizer que não precisam votar e comentar quando ela for batida (pelo contrário). Conforme for alcançando novos marcos, vou aumentando a meta.
Fica combinado assim?
Meta de putão desse cap: 15 votos e 40 comentários
Espero que gostem do capítulo de hoje, deixem a ⭐ se isso acontecer e boa leitura 💕
ི꙰͝ ི꙰͝ ༉
"Por que você fez isso?"
— Alô ô? — Jimin piscou com a palma alheia balançando em frente aos seus olhos. — Me ouviu?
Balançou a cabeça, negando.
— Não só me ouviu como estava sorrindo para o nada... — Taehyung provocou, e percebeu quando Jimin mordeu a parte interna da bochecha e desviou os olhos para a bandeja com a merenda sobre a mesa.
— Não estava, não...
— Estava sim. O que você fez depois que saiu da festa, posso saber?
— Nada demais. Eu fui pra casa.
Se contasse, Taehyung surtaria. Chegar perto da casa mal assombrada já rra taxado como alguém que não temia a morte. Se soubesse que não apenas pulou a grade, mas conversou com o fantasma... Ah, seria um alvoroço.
Um alvoroço que queria evitar por hora.
Certamente Taehyung não parecia crente em suas palavras, e entendia devido ao histórico de sumidas em festas das quais resultavam em histórias boas de dar risada — como da vez que . Embora a cara do amigo piscasse "Se estiver mentindo para mim...", Jimin preferiu se manter quieto sobre a situação da noite anterior.
Ao menos por enquanto.
— Olha, eu vou ao banheiro antes que o sino toque. A gente se encontra na sala, tá bem? — Não disse muito mais do que isso ao levantar com a bandeira em mãos e deixar o refeitório após se livrar dela.
★ི꙰͝★
Jimin, sendo um adolescente cheio de energia e preguiça para outras, se questionava como era possível o tempo passar devagar quando se está empolgado para fazer algo.
Estava agoniado com o quão lento o ponteiro do relógio sobre o quadro branco mudava de lugar.
Todavia, assim que o sino soou indicando o término das aulas daquela manhã, foi o primeiro a sair da sala de aula — havia começado a arrumar suas coisas na mochila minutos antes —, deixando um Taehyung confuso e ligeiramente curioso para trás.
Sabia que Jimin estava aprontando, conhecia seu melhor amigo de carnavais passados
No caminho para casa Park tentou andar o mais lento possível; afinal, não adiantava chegar cedo se teria de esperar até às duas da tarde para ir. Contudo, suas pernas pareciam estar mais ansiosas que ele próprio e teve de sofrer até a chegada da tarde enquanto esperava dar o horário combinado com o garoto do final da rua.
— Mãe, vou dar uma volta com o Tae — avisou ao passar pela sala. A mulher mais velha ocupava a baqueta em frente a tela colorida porém ainda inacabada.
— Cuidado. E não volte tarde! — condicionou.
— Sim, senhor!
O próximo passo era torcer para que sua mãe, ou nenhum dos vizinhos, não olhasse pela janela.
Na rua, andou calmo pela calçada. E olhou ao redor assim que chegou próximo a casa alheia, inclusive para a sua própria.
Nada suspeito.
Respirou fundo e tomou impulso, escalando a grade até passar para o outro lado; olhando uma última vez para a rua antes de seguir pela parte de trás do casarão.
O jardim da noite passada estava vazio.
— Não achei que estava realmente falando sério.
Todavia, sua atenção foi chamada para a mesma porta dos fundos da qual o garoto sumiu ao deixa-lo sozinho. Ao se aproximar, viu o moreno branco como a neve dentro da casa escura.
Estava consideravelmente afastado do batente, mas não deixou de sorrir ao vê-lo.
Porque não era apenas coisa da sua cabeça, não foi um sonho.
— Eu não posso sair então... — O garoto aprontou para o escuro atrás de si. — Entre.
A boca do Park coçou para perguntar o por quê, mas lembrou como ele pareceu recuar dos seus questionamentos na noite anterior. Ao invés disso, se aproximou.
— Ninguém te viu, não é?
— Não. Eu estaria ferrado se me vissem — Jimin respondeu, subindo os três curtos degraus. A claridade fazia sombra no interior da casa, ela não está a totalmente escura por dentro.
— Por quê? —
— Não sei bem, as pessoas têm medo daqui. — Jimin percebeu como o garoto pendeu a cabeça sobre o próprio ombro com a nova informação.
— Medo? Por que teriam medo?
Deu de ombros.
— Ninguém sabe nada sobre o que tem além dos portões da sua casa. Desde pequeno eu escuto umas histórias bem curiosas sobre ela e sempre fui proibido de chegar perto. — Coçou os fios claros da nuca. — Acho que sou o único que tive coragem de entrar.
O moreno piscou algumas vezes antes de apontar para a porta ainda aberta atrás do recém-chegado.
— Feche-a — e mandou.
Jimin hesitou, mas voltou uns passos e fechou. A luz do recinto diminuiu em muitas vezes, quase num breu completo. Mesmo com as luzes acesas, essas não pareciam fortes o suficiente para iluminar o suficiente
— Não há nada o que temer aqui — ele respondeu por fim, dando as costas para Jimin ao caminhar casa adentro. — Não fique aí parado.
— As pessoas não sabem disso — murmurou, seguindo o anfitrião.
— Por que temem tanto?
Mas então ele parou de repente. E parou junto.
— Hm... Acho que por nunca verem ninguém, mesmo sabendo que tem. Ou por estar sempre escuro. — Observou o menino pender a cabeça mais uma vez, curioso.
— Por que você é diferente? Por que não tem medo também? — Jimin engoliu em seco, tendo seus olhos capturados pelos alheios. Eram enormes e pretos como a noite.
— Porque sou curioso. — Sua resposta fez o moreno sorrir. E Jimin sentiu seu coração bater muito rápido. — Qual é o seu nome?
— Vem, vamos para a sala. — E voltou a andar.
Sem responder a pergunta.
A testa de Jimin enrugou, a curiosidade causando uma coceira traiçoeira atrás de sua orelha, e foi ela quem o conduziu atrás do garoto mais alto; sem, certamente, deixar de reparar em tudo ao redor.
A casa pro dentro surpreendia, era linda pesar de pouco iluminada. Os corredores decorados com quadros de paisagens, onde papeis de parede davam um aspecto vintage. Somado aos objetos de décadas passadas, dispostos em estantes e móveis pequenos por onde passavam, o fazia se sentir num filme antigo.
O que o incomodava era o fato das janelas menores do que estava acostumado a ver normalmente, ainda mais por estarem, além de fechadas, cobertas por cortinas de blecaute grossas.
Causava uma ligeira sensação de sufoco em Jimin.
— Feche ali, por favor — o garoto a frente parou com brusquidão, apontando para a janela do que julgou ser a sala.
O único cômodo bem iluminado já que o sol entrava e tomava quase tudo, exceto onde o menino desconhecido estava.
Pensando em como questionaria todas as inquietações que o preenchia, Jimin andou até a janela e a fechou.
— A cortina também.
— Tem medo do sol? — brincou.
— Tenho. — A resposta alheia, dita com tanta firmeza, fez Jimin prestar uma atenção maior no outro rapaz ao fechar a cortina também. — Sente-se.
Como nos outros cômodos, só não ficou um total breu devido às lâmpadas fracas espalhadas pelo teto da casa.
Apesar do convite, não se moveu de perto da janela. O anfitrião não pareceu ligar tanto e foi quem sentiu-se no sofá grande no centro da sala.
— Jungkook — e disse de repente, a mão sobre o encosto do estofado laranja. — Me chamo Jungkook. E você?
Uma informação consistente, Jimin pensou, sanando ao menos uma de suas infinitas dúvidas.
— Jimin — respondeu, se aproximando devagar.
— Quantos anos você tem, Jimin?
Sem perceber que quem tava sendo interrogado era ele e não o contrário, como achou que seria quando pulou as grades, Jimin se deixou levar pela fala e expressão calma alheia.
— Hã... Dezessete.
Jungkook sorriu fraco. — Eu sou mais novo. Eu tenho dezesseis.
— E eu sou mais velho... — murmurou, questionando-se o motivo do garoto estranho parecer empolgado, tal qual uma criança, ao saber que era mais novo que si.
— É curioso... É a primeira vez que conheço alguém com uma idade tão próxima a minha. — Jimin arregalou os olhos.
— Como não? Não tem amigos? — Jungkook mordeu a parte interna da boca e balançou a cabeça de um lado a outro, desviando os olhos. De empolgado, Jimin percebeu que ele murchou. — Nem na escola?
— Eu... — De repente a barra do moletom grosso tornou-se interessantes, Jungkook não o olhava mais como quando entrou. — Eu nunca fui a escola.
Algumas contas não batiam.
— Como aprende as coisas então? — E deixavam Jimin pasmo, curioso a cada segundo.
— Tenho aulas em casa. Desde sempre. — Uma gama de outras inquietações borbulharam em Jimin, mas Jungkook voltou o para de olhos enormes para o loiro que ainda está a de pé. — Eu gosto do seu cabelo. Ele é... diferente. Eu nunca vi essa cor em ninguém. Quantos cabelos você tem? Sempre está com uma cor diferente...
Quando ele se destrambelhou a falar, indagar, Jimin não soube bem o que falar, tampouco o sentir. Talvez, além da curiosidade, pavor tomou conta de si. Não conhecia aquele garoto que abriu a porta de casa para recebê-lo, mas não ir à escola ou ter amigos faria a infância dele ser vazia. Tudo seria diferente se não tivesse conhecido Taehyung no primário.
— Eu tenho um só, né, como você. Apenas o pinto sempre que enjoou da cor. — Deu de ombros. — Tinta.
— Ah... — Jimin franziu o cenho com a curiosidade sobre algo que, de tão comum, se tornava fútil. — Dói?
— Pintar? Não. — Sacudiu a cabeça. — Quando foi a última vez que saiu de casa?
Queria muito sair daquele assunto tedioso sobre a cor do seu cabelo, mas esqueceu de medir o nível da pergunta. Os traços de empolgação sumiram quando Jungkook desviou os olhos para a mão solta sobre o próprio colo.
— É que... Nunca te vi. Lá fora. — Buscou se explicar, quem sabe tornar a pergunta mais descontraída e leve.
— Hm... — Jungkook se ajeitou no sofá. — Ontem a noite. Você viu, eu estava no jardim.
Jimin negou. — Estou falando do portão para fora. Na rua.s
Jungkook sabia que era disso que ele estava falando.
— Faz... Faz algumas semanas. — Ainda de pé no mesmo lugar, Jimin arregalou os olhos. — Minhas consultas.
Algumas semanas? Era tempo demais para ficar trancafiado dentro de casa.
— Quando? Eu nunca o vi saindo.
E eu observei a casa a tempo o suficiente, pensou consigo mesmo.
— Eu só saio à noite — Jungkook respondeu, o tom simplista, e voltou os olhos para o garoto de pé.
— Você realmente tem medo do sol?
Jungkook suspirou devagar, percebendo que suas perguntas não iriam ser respondidas enquanto não respondesse as de Jimin também. Descansando as duas mãos sobre o colo, deixou que sua postura relaxasse um pouco.
— Sim e não. Eu... — Jimin sentiu uma certa relutância, as palavras não pareciam querer deixar a boca do morador da casa. — Xeroderma Pigmentosa. Sensibilidade extrema a radiação ultravioleta... É uma doença genética.
E não pode deixar de ficar surpreso. Não só pelo o que saiu, mas também — e principalmente — porque saiu. Já se preparava para um contorno, desvio de assunto, mas não aconteceu.
— E eu tenho — completou.
— O que isso quer dizer?
Jungkook negou com a cabeça, sorrindo de lado.
— Eu acho melhor você ir embora, Jimin.
— Não! Eu quero ficar... mais — confessou, dando o primeiro passo para longe da janela. — Não precisamos falar sobre isso se não quiser. Por que não me conta... — Pensou em algo enquanto sentava-se na outra extremidade do sofá. — O que gosta de fazer aqui? No seu tempo livre.
A mudança de assunto pareceu recuperar o interesse de Jungkook, Jimin percebeu que a hesitação só durou nos primeiros segundos após a sua pergunta. Antes de responder, viu os olhos grandões saírem das mãos sobre o colo e erguerem-se em sua direção.
— Eu gosto de fazer muitas coisas. — Então ele voltou a sorrir.
Como as senhoras que sentam ao seu lado no ônibus, o garoto da última casa da rua pareceu empolgado em contar algo tão banal.
Talvez não fosse tão banal para ele como era para Jimin.
— Tipo o quê? O que você faz de manhã? — Entretanto, ao invés de achar a conversa tediosa, Jimin acabou se entretendo ao notar que o outro gostou que fez outra pergunta sobre o mesmo assunto.
— Eu acordo cedinho e passo muito bloqueador. No corpo todo. Para me proteger. É a primeira coisa que faço depois do banho.
Pronto, a partir daí houve uma transformação. De retraído, Jungkook passou a ser o mais comunicativo entre os dois.
— Aí eu fico te olhando na janela e espero você ir. E então meu professor chega e eu tenho aulas até quase na hora do almoço. Que é quando eu vou para a janela para ver você voltando para casa. Então eu almoço e vou para a biblioteca — dizia com rapidez, enrolando os dedos na barra do moletom branco. Os olhos negros e grandes olhavam Jimin de vez em quando, que sorria e concordava com cada nova coisa citada. Era o cotidiano daquele garoto, e se surpreendeu ao descobrir que fazia parte de alguma forma. — Eu leio por quase duas horas. Daí volto para cá e toco piano para a minha mãe. Ou tocava já que ela começou a trabalhar e não passa mais a tarde em casa como passava antes... Depois do piano eu arrumo o que estiver bagunçado e ajudo a minha mãe no jantar. Janto, tomo banho e vou dormir. Ou, quando tem, vou ao médico. E faço tudo de novo. E, quando não estou fazendo nada, me deito em algum canto da casa e fico escutando música.
— Uou! Você faz muitas coisas. — Certamente não podia deixar de se sentir admirado e até mesmo preguiçoso. Jimin tinha acesso ao do e não fazia metade das coisas que o garoto fazia ficando dentro de casa a maior parte do tempo.
— Sim, mas me sinto entediado. Eu sempre faço as mesmas coisas todos os dias. Há anos. Às vezes eu saio para o jardim, à noite, mas é só quando a mamãe não está em casa já que ela não gosta que eu saia. Em hipótese alguma. Mas eu gosto de ver a lua, ou o céu. É raro os momentos em que posso sentir o cheiro da grama ou o vento batendo no rosto. Eu gosto.
Jimin sentiu que ele tinha entrado em outra dimensão e não quis estragar mesmo quando o silêncio durou um tempo maior. Mas pareceu voltar à sala do casarão em algum momento.
— E você? — então perguntou. — O que faz o dia todo?
— Você é sempre tão curioso? — Jimin quis saber, embora ele tenha sido o responsável por iniciar aquela conversa.
— Eu gosto de saber das coisas... De aprender — ele respondeu com tranquilidade, desviando os olhos da janela para si. — Mas não fui eu quem invadiu a casa alheia.
— Mas não faço tantas perguntas como você — defendeu-se.
Um silêncio longo.
— Desculpa — Jungkook pediu, encolhendo-se como da outra vez.
— Não! Não precisa se desculpar — Jimin se apressou em dizer. — É só que... É... fofo. Não é nada demais... que precise se desculpar... e... Ér... O que você tinha perguntado mesmo?
— O que você faz o dia todo?
— Hm... Eu acordo. Tomo banho, café e vou para a escola. Você sempre está na janela me olhando. — Sorriu fraco, a rotina de ambos se esbarrando uma na outra. — Eu aguento Taehyung. Volto para casa. Vejo você de novo. Almoço. Às vezes durmo. Às vezes saio com o Tae. Às vezes faço dever de casa. Não sei, sempre varia. Depois eu tomo banho e vou dormir. Isso durante a semana. Nos finais de semana eu sempre saio com o Tae para algum lugar. Ou ele vem na minha casa. Mas acho que é isso.
— Quem é o Tae?
Jimin sorriu.
— Meu melhor amigo.
— E como ele é? — Jungkook parecia mais triste do que curioso.
— Implicante, descarado e folgado. Mas eu o amo.
— O ama? — Concordou. — Mas acabou de dizer que ele é seu amigo.
— Eu posso amá-lo mesmo sendo meu amigo. Na verdade, ele é meu amigo porque eu o amo. É alguém importante para mim. — Olhou para o anfitrião. — Há muitos jeitos de amar, Jungkook, não apenas do jeito que está pensando.
O viu pender a cabeça para o lado, descobrindo um padrão: era quando pendia a cabeça assim queria dizer ou que estava curioso ou prestando atenção; quiçá as duas coisas.
— O amor que sente por amigo. Por um animalzinho. Por sua mãe. Ou pai. Por sua comida favorita — citou algumas das formas de amor que lembrou na hora. — Há vários jeitos de amar.
E Jungkook parecia interessado no assunto, Jimin só não conseguia acreditar que o outro não sabia dessa informação.
— Eu amo a minha mãe — murmurou baixo.
— Eu também amo a minha — Jimin devolveu.
— E eu posso te amar também?
A pergunta foi seca, como qualquer outra banal que tivessem trocado até então. Entretanto, ao invés de dar risadas da situação, Jimin engolir em seco ao sentir seu peito apertar. Porque aquele garoto, que ficava dentro daquela casa e saía apenas para consultas — e às vezes —, só tinha a mãe. Quem sabe não havia amado outra pessoa na vida. Ou se foi amado por outra pessoa.
— Eu... acho que sim. Mas você precisa me conhecer primeiro. — Jimin buscou não demonstrar que tais pensamentos haviam tomado conta da sua cabeça. — Se nós nos conhecermos, e gostarmos um do outros, podemos sim ser amigos.
E então Jungkook sorriu.
Muito grande.
Ele estava feliz com a ideia.
— Eu quero. Podemos começar agora?
Céus! Era dele que as pessoas tinham medo? De um garoto que era singelo até no jeito de piscar os olhos?
— Hm... podemos sim, Jungkook.
— E como fazemos? — quis saber, sentando-se ligeiramente de lado no sofá; consequentemente de frente para o outro.
Jimin pensou em como começar uma amizade que não fosse ao acaso, como costumava ser. Ninguém nunca havia pedido para ser seu amigo antes, as coisas sempre fluíram até o surgimento da amizade em si.
Ele só não tinha certeza se essa era a melhor maneira de se começar uma amizade.
— Podemos começar com a confiança. — O garoto inclinou outra vez a cabeça para o lado, a franja comprida foi junto. — Podemos jurar confiar um no outro daqui para frente. Ter confiança o suficiente para contar qualquer coisa, sempre a verdade, e nunca esconder nada. E então nós podemos nos conhecer melhor.
— Vamos contar qualquer coisa um para o outro? — Jimin assentiu.
— Tudo aquilo que quiser, mas não precisa ser agora. — Pensou em como explicar como surge uma amizade sem parecer confuso, ou se confundir. — Bom, confiança se ganha com o tempo. Nós podemos nos ver mais vezes e ir nos conhecendo aos poucos. E então nos tornamos amigos.
Jungkook pareceu entender.
— Você quer? Quer ser meu amigo?
Jimin, sem nem o conhecer direito, se colocou no lugar de Jungkook. Resultado disso foi um suspiro longo e pesado ao perceber que seria insuportável não ter amigos em sua vida.
Se não tivesse tomado coragem para pular o muro, ele não teria amigos até quando? A cidade inteira sentia pavor daquela casa. Se também fosse como eles, não seria audacioso o suficiente para ir até ela.
Então nunca saberia o que as janelas miúdas escondem.
— Sim, Jungkook. Eu quero ser seu amigo.
△ི꙰͝꧖๋໋༉◈
E aí, anjos! Como vocês estão?
Bastante interações...
O filho do diabo nem é tão diabólico assim, né? Ao mesmo tempo que o JK é sombrio e misterioso, ele é fofo... Socorrooo!
SPOILER: no próximo capítulo o Tae estará curioso sobre alguns comportamentos do amigo. Aguardem.
Enfim, é isso. Por hoje
Se amem. Se cuidam. Se hidratem. Se protejam 💜
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