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Capítulo Quatorze

— Caralho. — Taehyung exprimiu. — Só... Caralho!

Estava sentado na banco do carona enquanto comia um hambúrguer para comemorar o sucesso em estragar o casamento.

Silvia havia lhe contado tudo sobre as condições sobre o auxílio dado à Park Dakho. O acordo entre Jungkook e Hana, e o grande foda-se que Taemin deu para a situação do seu "amigo".

— Pois é, meu amigo. — Ambos olhavam distraídos através do parabrisa. — Também fiquei muito triste pela situação dos dois...

— Triste ? — O mais jovem a encarou surpreso. — Eu tô é com ódio.

— Você não viu nada, menino. Jeon Hana é o demônio na terra.

— Mas as mães não deveriam ser... — Ele não sabia exatamente como, mas de uma forma ou de outra lembrou-se de Park Eunjin. —... Amorosas e fazer tudo pela felicidade do filho ?

— Ela pensa que isso vai ser o melhor para ele. Pelo menos eu quero pensar assim, e não que ela é uma puta egoísta que só pensa em si mesma.

— Jimin não sabe mesmo ? — Ela balançou a cabeça. — E por que aquele burro não contou ?!

— Não sei, talvez porque não queria fazê-lo se sentir culpado, e ficar se torturando com isso.

— Ele já fica se torturando, acredite. Ele tá mais quieto e muito pensativo. Tenho certeza que fica se perguntando o quê poderia ter feito para que isso não tivesse acontecido. O que fez de errado. Imagino que se sinta insuficiente. — Silvia assentiu enquanto o via guardar o que comprara. Havia perdido a fome. — Saber a verdade é muito melhor do que ficar ansioso e cheio de pensamentos, tentando encontrar uma resposta.

Ela deu de ombros.

— Você tem razão, mas ele teve seus motivos-...

— Eu tô me fodendo pros motivos dele. — Ele pegou o telefone do bolso e tentou realizar uma ligação. Mas bufou frustrado quando não consegui completa-la. — Aonde ele tá que não atende esse celular ?! — Perguntou para si mesmo, em seguida colocou o cinto de segurança novamente e virou-se para a mais velha. — Pode me levar na casa o Jimin ?

— Vai contar pra ele ?

— O que você acha ? — Ele revirou os olhos.

— Se eu soubesse não teria perguntado.

Taehyung abriu a boca para refutar, mas respirou fundo.

— Sim, vou. — Ela negou com a cabeça dando partida no carro.

— Isso é um assunto deles. Não deveria se meter nisso...

— Você tá falando isso depois que a gente arruinou o casamento do Jungkook ?

— Aquilo foi diferente.

— Claro, só é conveniente se meter quando for pra estragar os planos do cara que não tá nem aí pra você. — Riu irônico mas logo murchou quando viu a expressão confusa no rosto dela. — Eu ví o brilho nos seus olhos quando as abelhas voaram no carinha que tá interessado no Jimin.

— Olha, você não está entendendo. — Silvia conversava mantendo a devida atenção no trânsito. — Sim, eu sou apaixonada por aquele puto... Mas não fiz isso por causa dele, eu realmente fiquei triste com a situação. Eu não suporto a Sra. Jeon, e aquela Seyoon é uma fingida. As abelhas terem picado a bunda do Taemin foi apenas um bônus. Mas contar pro Jimin não vai ajudar em nada, Jungkook vai continuar devendo à mãe dele, será processado e preso se não cumprir o contrato.

— E se a gente ajudar ?

— Pff — Ela riu, mas murchou quando o outro permaneceu sério. — Você tem duzentos mil ?

— Não, você tem ? — Com o olhar que ela lhe dirigiu, não foi necessário dar uma resposta audível.

— Se você quiser contar, não vou mais me opor. Mas esteja pronto para as consequências que podem surgir.

— Quais consequências ?

— Veja bem, Jungkook achou melhor não contar pra ele. E então você decide contar... O que acha que ele vai fazer quando descobrir isso ?

Automaticamente lembrou-se do quão machucado Yoongi ficou, após o desentendimento que o loiro teve com Jungkook na frente da sorveteria.
Ele engoliu em seco.

— Ele não seria capaz.

— Então você não sabe nada sobre ele. Ele explode com qualquer coisa. Eu não vi, mas fiquei sabendo que quase matou um cliente do pai dele por pouca coisa, Taehyung. E essa pouca coisa que falo foi uma pequena alteração em uma das cláusulas de um contrato. — Ela estacionou o carro na frente da casa dos Park. — Você pisa no dedinho dele, ele te devolve com um soco. É assim que funciona, dizem lá na empresa. Sinceramente eu até tenho medo de falar com ele. Uma palavra errada e já era.

— Ele pode ser violento as vezes, mas não acho que bateria em uma mulher. Ele não é desse tipo de homem.

— Eu sei, mas é complicado. Ele é cavalheiro, um amor de pessoa. Pelo que percebi é tão gentil quanto o garoto ruivinho. Eu não sei bem qual transtorno ele tem, mas faz ele se transformar em algo que não é de verdade, entende ?

— Mais ou menos. Ele é alguém complicado de entender.

— É um pouco confuso, talvez até controverso. — Ela disse olhando na direção da casa. — Mas há alguém que realmente o entende, e o ama incondicionalmente apesar de qualquer transtorno que ele tenha.

Taehyung assentiu. Ele sabia que ela estava falando sobre Jimin.

— Obrigado pela carona.

— Não há de quê. — Ela o viu descer do veículo e dar a volta, mas antes que pudesse atravessar a rua, ela o chamou novamente, entregando-lhe seu cartão. — Se tiver alguma coisa que eu possa fazer para ajudar, pode me ligar a qualquer hora.

Ele agradeceu e seguiu na direção da casa dos Park. Era realmente triste ver um garoto que sempre vivia sorrindo, deprimido pelos cantos. Talvez Silvia tivesse razão, aquilo não ajudaria na questão do término, mas pelo menos tiraria um peso que Jimin carregava, sem saber o porque.

Ele tocou a companhia ansioso para contar o que sabia, sendo recebido pela Sra. Park.

— Pois não ?

— Jimin está ?

— Não. — Respondeu simples, esperando o rapaz se retirar para que ela pudesse fechar a porta.

— Eu tenho a impressão que a senhora não gosta de mim.

A ruiva suspirou.

— Não tenho nada contra você. Só não gosto do modo que tratava meu filho. — Taehyung abaixou o olhar, envergonhado. Era genuíno seu arrependimento, Eunjin percebeu. A ruiva sempre ensinou ao seu filho que todo mundo merece uma segunda chance e que perdoar é uma das melhores virtudes. Ela então abriu um pouco mais e apontou para dentro da casa. — Ele foi comprar alguns analgésicos pro pai dele. As sessões de fisioterapia o deixa com dores nas articulações. Pode entrar e esperar por ele, se quiser.

— Obrigado. — Sorriu pequeno e entrou.

Havia um homem de idade intermediária sentado em uma cama hospitalar articulada. Ele parecia cansado mas, sorriu com simpatia ao ver o rapaz entrar em sua sala.

— Bom tarde sr. Park.

— Boa tarde.

Eunjin foi até a cozinha e logo voltou, trazendo consigo uma bandeja com três xícaras de chá.

— Será que ele vai demorar muito ?

— Acredito que não. — Eunjin respondeu tomando um pouco de seu chá. — Já faz um tempinho que ele saiu, não é meu bem

Dakho assentiu.

Mais um tempo se passou e Taehyung estava se sentindo bastante desconfortável. Tudo o que se passou em sua cabeça foi que a família Park o considerava alguém muito detestável.

E se não fosse por Jimin ter entrado por aquela porta poucos minutos depois, ele teria inventado alguma desculpa para ir embora.

— Aconteceu alguma coisa ? — Jimin questionou com o cenho franzido, entregando os medicamentos à sua mãe. — Demorei porque tive que procurar em três.

— Aconteceram muitas coisas. — Respondeu e mirou os dois mais velhos, indicando que precisavam de privacidade. — A gente precisa conversar.

Eunjin levantou as barras laterais da cama do marido, e desligou a televisão.

— Ele precisa descansar. Mais tarde a gente termina de assistir, Minie.

Jimin anuiu e seguiu com o mais velho até seu quarto.

— Seu pai está bem ? — O mais velho perguntou quando finalmente estavam sozinhos.

— Você não faz ideia do quanto ele está melhor! Eu o amo tanto, tanto, tanto, mas tanto! — Respondeu com um grande sorriso entusiasmado. — Ele está conseguindo comer sozinho, Tae. Até algumas semanas atrás ele comia por uma sonda, ele não tinha forças pra erguer o braço, mal conseguia articular duas palavras. Hoje eu vi meu pai pegar uma colher e levar um pouco de sopa até a boca. Ele conversa comigo sem se cansar tanto. Mamãe sempre está cantarolando pela casa, feliz.

— E com esse tratamento logo ele vai poder fazer muito mais.

Jimin assentiu.

— Eu pensei que o perderia para sempre. — ele sentou na cama, com os olhos marejados. — Eu realmente pensei... E não estava pronto para isso.

Taehyung o observou ainda em pé. Ele viu o medo nos olhos do ruivinho, algo que nunca tinha visto antes. Se ele tivesse perdido o pai com certeza seria muito mais difícil do que o término de um relacionamento. Ele pode ver isso, e por um lado, compreendeu a escolha de Jungkook.

Ele sentou na cama, ao lado do mais novo e de frente para ele.

— Sobre o tratamento do seu pai, Jimin. Eu sei quem foi o responsável para que tudo isso tivesse acontecido.

As sobrancelhas de Jimin se ergueram igualmente.

— Quem ?! Me fala, por favor.

— Jungkook. — Respondeu sem hesitar e com uma expressão neutra.

— Mas ele não tem tanto dinheiro assim. Como... ? E-eu não entendi. — Jimin sabia que o moreno faria isso pelo seu pai sem pensar duas vezes, mas também sabia que Jungkook não possuía condições financeiras para tal ato.

Sua confusão toda se deu apenas pelo aspecto financeiro, sua mente o confundia com esse fato. Mas o coração já tinha certeza que era verdade, pois logo começou a bater ainda mais rápido.

— Ele não tem, por isso foi pedir à mãe dele na noite que os médicos disseram que seu pai só veria o dia seguinte se fosse por um milagre. — Os olhos de Jimin pareciam dois rios fluindo pelas bochechas. Ele lembrou de que o moreno havia sumido de repente naquele dia. Então foi por isso, pensou. — Se ele abriu os olhos no dia seguinte, se você pode ver o sorriso do seu pai mais vezes. Se o viu pegar aquela colher, Jimin, saiba que foi graças ao Jungkook e o sacrifício que ele decidiu fazer.

— Que sacrifício ? — Tudo o que ele via eram borrões devido as lágrimas que não cessavam.

— Jeon Hana é uma mulher ardilosa. Ela só concordou em pagar o tratamento do seu pai, se o Jungkook terminasse o namoro com você e se casasse com aquela vaca, lá.

Aquilo era demais para Jimin aguentar. Muita informação ao mesmo tempo. Ele cobriu a boca com as mãos trêmulas, na tentativa de abafar os soluços, para que sua mãe não ouvisse e ficasse preocupada.

Taehyung não sabia se deveria abraçá-lo para tentar lhe fazer parar de chorar, ou deixar que fluísse seus sentimentos colocando para fora. Ele também não tinha certeza se eram lágrimas de felicidade por saber que seu amor ainda era correspondido, ou se ele chorava por – de um jeito indireto – ter feito Jungkook passar por aquilo.
Talvez ambas as coisas.

Oh céus. Jimin lembrou das palavras ditas ao mais velho no dia em que havia terminado o namoro, e seu choro se tornou ainda mais intenso.

— Não sei o que está se passando na sua cabeça agora, mas não fica bravo com ele... — Chutou uma possibilidade, passando uma mão no ombro dele, tentando consolá-lo.

— Bravo ? — Jimin ergueu o rosto para fitá-lo. A expressão confusa desenhada em seu rosto, ele limpava os olhos com as costas das mãos ao passo que tentava controlar a vontade de chorar. — Ele abriu mão da própria felicidade pra me dar a chance de poder abraçar o meu pai mais uma vez. Eu tô sentindo muitas coisas agora, Tae, e nenhuma delas é raiva ou rancor.

— O que vai fazer ?

— Eu queria poder dizer à ele que está tudo bem, que nunca vou odiá-lo. — Suspirou desolado. — Mas agora ele deve tá com a esposa dele, na festa do casamento. Ou indo pra lua de mel...

— Não tá, não. — Jimin o olhou confuso e ele piscou negando com a cabeça. — O casamento não aconteceu.

— Por que não ? — Taehyung podia ver o sorriso em seu olhar. — O que houve ?

— Parece que choveu abelhas na igreja... — disse inocentemente.

— Como ?

— Não faço ideia. Elas decidiram invadir... — Suspirou desviando o olhar. — O que sei é que não houve casamento algum e provavelmente não aconteça tão cedo. A noiva foi a mais atingida.

Embora a satisfação estivesse presente no semblante do mais velho, Jimin sentiu pena da mulher e dos demais convidados. Se ser picado por uma abelha era doloroso, imagina por dezenas.

Taehyung apenas lamentou pelas abelhas, que morreram após o bravo papel heróico que desempenharam.

— Eu preciso fazer alguma coisa... — Jimin mordeu o lábio inferior. — Deve haver algum jeito de salvar o meu Jungkookie.

— Está falando sobre pagar a dívida dele ? — O ruivo assentiu. — Eu também pensei nisso, Jimin. Duzentos mil é muito dinheiro. Eu não tenho, e com certeza você também não. Ou teria usado para pagar o tratamento pro seu pai muito antes.

— Mas agora é diferente. Antes era só a minha mãe e eu. — Ele se aproximou ao mais alto e segurou sua mão. — Agora tenho mais amigos.

Amigos.
Taehyung sentiu-se bem por ter sido chamado assim por ele. Era como se uma simples palavra criasse uma harmonia incrível dentro do possível caos existente dentro de si.

— Certo. Meus irmãos e eu viemos economizando durante um tempo. Acho que já temos um bom dinheiro guardado.

Jimin negou com a cabeça.

— Não. Esse dinheiro é de vocês. Devem estar precisando tanto quanto eu.

— Na verdade não. Estávamos juntando pra fazer uma grande reforma na sorveteria. Mas pensando bem, eu não gostaria de trabalhar lá o resto da minha vida. Eles gostam muito daquele lugar, mas eu quero, sei lá... Eu sinto como se não fizesse parte daquilo. Então não se preocupe, pelo menos da minha parte não tem nenhuma utilidade de urgência no momento. O dinheiro é meu, e eu quero te ajudar.

— Tae... — Jimin o abraçou e o maior retribuiu com sinceridade. Aquele com certeza foi o abraço mais quentinho e verdadeiro que tivera na vida. Com exceção dos seus irmãos. — Eu nem sei como te agradecer.

— Não precisa. — Ele separou o abraço. — Você disse que antes eram apenas você e sua mãe. Quanto vocês conseguiram juntar ?

— Quinze mil.

— Então já temos trinta e cinco.

Jimin assentiu sorrindo, logo desviando sua atenção para a janela, e puxando um longo suspiro.

— Queria saber como o Jungkook está.

— Isso é fácil. É só você ir falar com ele.

— Eu vou ligar pra ele... — Disse tirando o celular do bolso, mas sobressaltou ao ter o aparelho arrancado das suas mãos pelo outro.

— Que ligar, o quê! Vai lá na casa dele.

— Você tem razão.

— Toma um banho antes.

— Eu tô fedendo ? — Taehyung lançou-lhe um sorriso sugestivo e ele entendeu imediatamente, sentindo as bochechas corarem. — Oh, céus...

🍰


Jimin estava parado na porta do apartamento do moreno há pelo menos meia hora, pensando no que diria assim que o visse na sua frente.

— Oi, sinto muito pelo seu casamento... Não! Falso demais. — Passou os dedos nas pálpebras. — Fiquei sabendo que foi ferroado por abelhas... — Uma mulher que chegava em seu apartamento, antes de entrar em sua residência ficou parada com os olhos cerrados, observando um garoto conversar com uma porta. —... Como como está ?

— Com licença amigo, mas você está bem ?

O susto não foi maior que o constrangimento. Jimin virou-se devagar e sorriu envergonhado.

— Estou...

— Tem certeza ?

Ouvindo uma movimentação do lado de fora, Jungkook abriu sua porta para ver o que estava acontecendo.

— Jimin ?

— Você conhece ele sr. Jeon ?

— Sim. — Respondeu para a mulher e virou-se para o menor. — Entre.

Jimin assentiu e passou por ele, antes que Jungkook fechasse a porta ouviu a mulher dizer:

— Verifique a temperatura dele e qualquer coisa me chama. — Ele franziu as sobrancelhas assentindo e logo entrou atrás do ruivo.

— Do que ela estava falando ?

— Uhm, não sei. Quem é ela ?

— Uma enfermeira.

— Ah.

— Como você está ?

— Bem... Desculpa, na verdade eu tô muito feliz pelo que aconteceu. — Ele apontou para quatro ou cinco pontos avermelhados na pele dos antebraços de Jungkook. — Você está bem ?

— Posso afirmar que me sinto assim como você. Feliz. E também aliviado.

Jimin respirou fundo e se aproximou do sofá onde o maior estava e sentou ao seu lado, segurando as mãos que descansavam no colo dele.

— Eu sei o que fez pelo meu pai. O acordo que fez com sua mãe para salvar a vida dele.

— Jimin, eu-... — Tentou se explicar mas foi impedido pelo menor, que colocou a ponta dos dedos com suavidade em seus lábios.

Jimin balançou a cabeça.

— Obrigado. — Uma lágrima desceu pelo seu rosto, e logo outras seguiram o mesmo caminho. A mão que o interrompeu de falar, deslizou para o lado, e ele encaixou sua palma no rosto do moreno, sentindo a umidade. — Meu amor não se preocupe, eu sei que tudo o que fez foi pensando em mim. Você abriu mão da sua felicidade para que eu não perdesse meu pai para sempre. Eu não sabia, e por isso fiquei tão magoado... Por que não me contou ? Não deveria carregar esse fardo sozinho.

— Eu tive medo que você se sentisse culpado. Preferi que me odiasse, até pensei em fazer algo para que isso acontecesse, mas eu não consegui.

— Mas eu me senti culpado. Me senti como se não tivesse sido capaz de te fazer feliz, como você sempre me fez. — Ele fez uma pausa secando as lágrimas do maior. — Jungkookie, você é um bobo! Mas, você ainda vai ter que casar com ela ? — Ele assentiu. — Quando ?

— Eu não sei. Seyoon teve uma crise alérgica e o rosto dela está totalmente inchado.

Jungkook limpou a trilha de lágrima que desenhava a face do ruivinho, e o acariciou passando a mão pelo seu cabelo até chegar na nuca. Ele o puxou para mais perto e colou sua testa na dele.

— Eu te amo tanto, Jimin. Eu nunca quis te magoar... — Sua voz ameaçava falhar.

— Shh... — Exprimiu baixinho. — Eu sei. — Ele inclinou o rosto e sussurrou sob seus lábios. — Eu também amo você.

Suas bocas se encaixaram tão perfeitamente, que era como se tivesse nascido uma para beijar a outra. E embora a necessidade de recuperar oxigênio se mostrasse presente, nenhum dos dois queria separar daquele conato.

Jimin cabia perfeitamente dentro do abraço do moreno, era alí onde ele pertencia. Ele encaixou a cabeça na curva de seu pescoço, sentindo os braços de Jungkook ao seu redor do seu corpo, unindo-os ainda mais.

— Você não faz ideia do quanto eu senti falta disso, meu pequeno. — Jimin suspirou ao ouvi-lo. — Eu tive tanto medo de nunca mais poder tê-lo em meus braços. Isso é tudo o que preciso pra ser feliz.

— Eu pensei em você durante todo esse tempo, sabia ?

Jungkook assentiu.

— Eu também. Você não saiu um minuto sequer dos meus pensamentos.

Jimin separou um pouco mais do seu abraço e ergueu o rosto para fitá-lo. A mão esquerda movendo-se sobre seu peito, acariciando-o.

— Você é tudo pra mim. — Ele elevou a mão até a curva do seu rosto e o fitou com seriedade. — Eu vou dar um jeito nisso, não vou deixar que separem a gente. Vou salvar você.

Jungkook sorriu, acariciando sua bochecha gordinha com um polegar.

— Você já fez isso.

🍰

No dia seguinte que Jimin chegou na sorveteria para trabalhar, era possível notar a mudança em seu humor. Ele chegou sorrindo como em todos os outros dias, antes de seu término com o moreno.

Nem as grosserias dos clientes exigentes tiraram seu bom humor.

— Hmm... — Taehyung murmurou. — A noite deve ter sido boa ontem.

— Do que você tá falando ? — Sorriu corado. — Não aconteceu nada ontem... Pelo menos não do que você está pensando.

— Ah, que pena.

— Pena nada. Eu dormi na cama dele, e ele me abraçou a noite inteirinha. Eu poderia pedir algo melhor ?

— Na verdade... — Ele riu do olhar abismado do menor. — Eu tô brincando. Também sinto falta de dormir agarradinho com o Hobi.

— Eu tô morrendo de saudade dele.

— Yoongi e ele ligaram ontem.

— Ah não, eu não estava. — Jimin fez um pequeno bico lamentando não poder ter conversado com seu amigo. — Como eles estão ?

— Estão bem. Eu falei com eles sobre o que Jungkook fez pelo seu pai, e sobre a dívida. Eles toparam ajudar.

— Como assim ? Você...

— Eu não pedi. Eles que se ofereceram.

— Poxa, eu nem sei o que dizer...

— Cinquenta do Yoongi e mais cinco do Hoseok.

— Cinquenta ? — Se fosse possível o queixo de Jimin estaria no chão. — É muito dinheiro, Tae!

— Não pra ele, Jimin. Ele é burguês safado.

— Então só falta cento e dez mil... — Jimin suspirou. Aonde ele conseguiria tanto ? Ainda faltava mais da metade.

— Cem mil, na verdade. — Corrigiu-o. — Eu liguei pra Silvia e ela disse que pode ajudar com dez. — Jimin o olhou pronto para dizer alguma coisa mas Taehyung se apressou em continuar: — Ela disse pra ligar quando precisasse de ajuda. Eu liguei e contei tudo. Ela que ofereceu.

— Ela é muito gentil.

— Posso descordar disso facilmente.

Jimin franziu o cenho.

— Como vocês se conheceram ?

— Oh. Uhm... Longa história...

O ruivo o olhou ainda desconfiado, mas Taehyung foi salvo de mais perguntas quando o celular de Jimin tocou, chamando sua atenção.

Ele atendeu:

Jimin ? Como você está ? — A voz conhecida soou do outro lado.

Quem é ? — Taehyung indagou curioso.

— Taemin. — O mais velho revirou os olhos e saiu, deixando-o com sua ligação. — Estou bem e você ?

Na verdade eu me encontro péssimo.

Meu deus, o que houve ?

Um enxame de malditas abelhas entrou na igreja ferroando todos os convidados, no dia do casamento do Jungkook.

— Você foi ? — Havia um certo tom de decepção em sua voz

Taemin hesitou.

Eu só fui pra prestar solidariedade ao meu amigo. Você sabe... Bom, eu tive uma crise alérgica devido as muitas ferroadas, estou doente e precisando de ajuda. Você poderia vir me ver ?

— Claro, eu posso sim.

Após o mais velho insistir em mandar alguém buscá-lo, Jimin aceitou e ficou esperando na entrada da sorveteria.
E alguns minutos mais tarde, ele já estava na casa do Lee.

A porta lhe foi aberta e ele foi recebido por uma mulher, que sorriu logo ao lhe ver.

— Olá, Jimin. — Silvia abriu espaço para ele entrar. — Como você está ?

— Bem e você ?

— Cheia de trabalho. — Ela lamentou com um sorriso forçado.

— Ele chegou ? — Ouviu a voz de Taemin e quando adentrou na casa um pouco mais, ele o viu sentado em seu confortável sofá, vestindo apenas um hobe de veludo. — Aí está você. — Ele sorriu grande. — Se aproxime, Sente-se aqui.

Ele apontou para um lugar ao seu lado, bastante próximo. Mas o ruivo apenas se sentou do outro lado do mesmo sofá.

Silvia sentou em outro sofá de frente para eles. Haviam muitos papéis em cima da mesa de centro.

— Então você também é alérgico à abelhas. — Jimin articulou.

— Quem mais você conhece ?

— Fiquei sabendo que Seyoon também teve uma crise alérgica. O rosto dela está todo inchado.

— Que pena. — Silvia comentou. Mas era óbvio que não tinha nenhum tom de lamentação em sua voz.

Jimin olhou para a mulher, e logo depois para Taemin.

— Oh, já sei o que está pensando. — Taemin riu sem graça. — Ela trabalha comigo, só está aqui para que possamos dar continuidade à alguns projetos da empresa. Apenas isso.

— Você não precisa me explicar isso.

— Preciso, porque... Bom — Com um gesto repentino ele agarrou uma das mais do ruivo, e a pôs sobre as suas. —, eu quero namorar com você.

Jimin respirou profundamente e puxou a mão.

— Eu sinto muito.

— Eu sei, você ainda gosta do Jeon. Mas como eu lhe disse, Jimin, esse sentimento um dia vai acabar...

— Não vai. Eu o amo e ele também me ama.

— Sim, eu sei disso. Mas ele vai se casar com outra mulher. Você precisa seguir sua vida. No começo será difícil mas se você deixar eu posso te fazer feliz.

— Não, ele não vai. Eu não vou deixar.  Vou pagar a dívida dele – que na verdade é minha também – com a mãe, e assim poderemos ser felizes juntos.

— Você é muito tolinho, Jimin. — Ele zombou irritado. — Não está na Disney. A vida real é bem diferente.

— Eu sei. Mas eu tenho amigos. Pessoas que se importam realmente comigo, e que estão me ajudando muito com isso. — Jimin lamentou o fato dele estar agindo daquela maneira. Mas ele compreendeu, e respirou fundo antes de continuar. — Eu não quero nada além da sua amizade, Taemin. Eu amo o Jungkook, é com ele que eu quero ficar e passar o resto de nossas vidas juntos.

— Amor... — Taemin murmurou, desviando o olhar cheio de amargura para o chão. — Está aí algo que nunca experimentei. Devo ser alérgico à isso também.

— As vezes o amor está bem à sua frente, e você não vê.

Ironicamente ou não, era exatamente onde Silvia estava sentada.

— Então eu estou bem cego, porque não vejo porra nenhuma na minha frente. — Silvia murmurou algo mas ele ignorou. Ele virou a atenção para Jimin e suspirou lamentando. — Você não me quer, nem vai me dar uma chance, não é ?

— Não. Sinto muito.

— Não mais do que eu... — Jimin se levantou, caminhando na direção da porta. — Espera, deixa eu chamar um motorista particular para te levar pra casa.

— Não estou indo pra minha casa.

— Posso mandar ele te levar pra onde quiser.

— Não precisa se incomodar, mas obrigado. Prefiro ir sozinho mesmo.

Assim que o ruivinho saiu, Taemin esticou os braços e jogou as costas no sofá, relaxando.

— Estou com uma terrível dor de cabeça. — Ele comentou ignorando o fato da mulher estar organizando alguns papéis. — Pode preparar um chá pra mim ?

— Vou pra minha casa. — Ela guardou alguns papéis em uma pasta, pegou a bolsa em cima do outro sofá e caminhou para a saída.

— Mas eu estou doente, e cheio de trabalho pra fazer!

Ela continuou seguindo seu caminho, e antes de sair, ele a ouviu dizer em alto e bom som:

— Se vira.

Continua...

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