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Capítulo Nove

O cheiro de baunilha encheu a casa quando Jimin tirou do forno uma leva quentinha de cupcakes. Ele os colocou em cima da mesa e sorriu satisfeito ao ver que todos estavam com uma ótima aparência.

Ele esperou por alguns minutos que os bolinhos esfriassem, e quando já estavam prontos para serem decorados, ele foi até a geladeira e pegou o recheio que usaria para confeitá-los.

Eunjin não se encontrava em casa. Estava passando mais tempo no hospital ultimamente e não tinha tempo para ajudar o filho com o preparo dos doces.

Quando estava contornando a cobertura do último, ele ouviu a porta abrir e automaticamente sorriu, sabendo que se tratava de Jungkook. Ele sempre chegava no início da noite.

O sorriu ganhou mais força quando ele sentiu dois braços contornando sua cintura e o abraçando por trás. Ele fechou os olhos ao sentir a respiração de Jungkook batendo levemente em seu pescoço, segundos antes de ser beijado no mesmo lugar.

— Como foi seu dia ? — Ouviu o mais velho perguntar com ternura.

Jimin virou-se de frente para ele ainda sorrindo. Ele passou as mãos sujas de farinha e açúcar no avental e tocou os braços dele.

— Tive um dia tranquilo no trabalho. Eles contrataram outra pessoa e ele começou hoje. Ele é muito prestativo e aprende rápido. — Jungkook assentiu. — E o seu ?

— Bastante movimentado. Preciso de alguém para me ajudar, já coloquei anúncios e espero possíveis candidatos. — Ele fez uma pausa, acariciando o rosto de Jimin com a ponta dos dedos e movendo alguns fios de sua franja para o lado. — Bem que você poderia largar o emprego na sorveteria e vir trabalhar comigo.

— Tá falando sério ? — Seus olhos brilharam com a ideia.

— Sim, isso seria ótimo. E poderíamos passar mais tempo juntos.

— Eu vou falar para o Namjoon que não pretendo mais trabalhar lá. Amanhã mesmo. — Ele deu alguns pulinhos empolgado e Jungkook sorriu. — Aah, isso vai ser tão bom!

Jungkook assentiu concordando.

— Sim. Mas saiba, sr. Park, que pretendo entrevistá-lo a fundo para saber se suas qualificações são suficientes para trabalhar em minha empresa. — Ele mantinha a expressão séria mas o tom era de brincadeira.

— Humm... — Jimin viu o brilho divertido em seus olhos e entrou no jogo. — E o que preciso fazer para que esta vaga seja minha, sr. Jeon ?

Jungkook fingiu estar pensando em algo sério enquanto Jimin mordeu o lábio tentando não rir e ansioso para ouvir o que ele iria falar.

— Precisa ter um lindo cabelo vermelho... — Ele começou, passando os dedos entre os fios do cabelo dele. —... Ser talentoso e inteligente... — A mão desceu até a nuca e ele fez uma pausa, movimentando o polegar carinhosamente. —... Gentil... — Ele levou as mãos até sua cintura e o ergueu, sentando-o em cima da mesa. —... Forte e determinado... — Suas mãos permaneceram no mesmo lugar quando ele o segurou mais firmemente, ficando mais próximo. Jimin entreabriu os lábios soltando um suspiro. O olhar de Jungkook desceu até sua boca e ele se aproximou, respirando próximo à ela. —... Sexy...

— Então, eu me encaixo nos pré-requisitos ? — Jimin perguntou, umedecendo os lábios com a língua.

— Perfeitamente. — Ele juntou seus lábios beijando-o com paixão.

As mãos de Jimin subiram de seus ombros até a nuca, entrelaçando os dedos nos fios negros do cabelo de Jungkook. O mais velho preservou o abraço ao redor de seu torso, mantendo-os com os corpos colados.

Enquanto suas línguas se exploravam, eles estavam tão conectados um com o outro, absortos do restante do mundo, que assim que Eunjin chegou na cozinha, eles não perceberam sua chegada até que a mesma sobressaltou quando viu os dois.

— Oh meu deus. — Ela desviou o olhar. — Me desculpem, eu não sabia...

— Mamãe. — Jungkook se afastou e ele desceu da mesa. Ele passou a mão nos lábios e arrumou a camisa ligeiramente amassada. — Já chegou ? Uhm, como o papai está ?

Jungkook acenou para a mulher e lhe dirigiu um meio sorriso. Embaraçado por ser pego beijando o filho dela em cima da mesa de sua cozinha.

A expressão constrangida no rosto da sra. Park mudou para triste e desolada.

— Os médicos estão o mantendo em coma para que seus órgãos vitais não se esforcem tanto.

— Ele vai ficar bem, mamãe. — Jimin a abraçou, tentando consolá-la.

— Eu já não sei se acredito mais nisso, filho. Estou começando a aceitar a realidade. Ter esperanças só me machuca ainda mais.

Jimin suspirou sem saber o que dizer. Sua mãe passou meses acreditando que seu pai iria ficar bem e se curar, ele mesmo sempre acreditou nisto. Mas o tratamento era muito caro e ambos sabiam que não tinham condições de custear. A esperança era a única coisa que tinham e agora, Eunjin a estava perdendo completamente.

— As vezes a vida nos surpreende de formas inexplicáveis. — Jungkook falou, recebendo atenção de ambos. — Eu cheguei a acreditar que minha vida estava acabada. Que eu não tinha mais jeito. Mas seu filho me mostrou que sempre há um recomeço e que precisamos acreditar que tudo vai dar certo. Porque vai. — Ele se aproximou de Eunjin e pôs a mão em seu ombro. — Por favor, não perca a esperança, sra. Park.

Eunjin suspirou assentindo. Ela piscou de volta algumas lágrimas e colocou a mão em cima da de Jungkook. A outra, ela apertou a que Jimin estava segurando.

— Obrigada.

— Vai dar tudo certo. — Jimin ressaltou.

A mais velha juntou os três em um abraço apertado e quando olhou por cima do ombro de Jimin, ela notou que eles estavam fazendo os doces para a confeitaria.

— Eu vou tomar um banho e já volto para ajudar vocês.

Eunjin rumou para seu quarto, deixando Jimin e Jungkook na cozinha, separando os ingredientes para continuar com os preparos para o estoque da loja.

🍰

Na manhã seguinte, Jimin acabou perdendo a hora por ter dormido um pouco mais tarde. Ele seguiu com pressa para a sorveteria sem ao menos tomar café da manhã.

Assim que chegou no estabelecimento, cumprimentou seu amigo no caixa e correu até o quartinho para vestir seu avental de trabalho.

— Resolveu dar as caras, a margarida. — Taehyung apareceu segurando alguns papéis. — Tá achando que aqui é a casa da mãe Joana pra chegar e sair a hora que quer ?

— Não, desculpa. — Jimin respondeu envergonhado, pelo mal exemplo que estava dando para o novo funcionário.

— Não precisa falar com ele desse jeito. — Yoongi o defendeu para a surpresa de ambos.

— Estou apenas repreendendo o meu funcionário, no meu estabelecimento.

— E precisa ser tão grosso ?

— Sério ? Você me dando lição de moral ? Hum, que hipocrisia hein... E vai ficar me ensinando como eu devo dirigir meu negócio... Não tem nada melhor pra fazer ? — Antes que Yoongi pudesse responder ele passou pelo balcão e rumou até os fundos, batendo a porta do escritório.

— Gente, o que deu nele ? — Chanyeol, o novo funcionário, questionou.

— Nada, ele sempre foi estressadinho. Isso é falta de... — Yoongi concluiu sua fala fazendo um gesto obsceno.

Quieto, Hoseok apenas observava enquanto Yoongi se levantou e saiu.

Conforme as horas foram passando o movimento da sorveteria foi aumentando.

Quando chegou a hora do almoço eles esperaram até que diminuísse o fluxo de clientes e fecharam o estabelecimento para que assim, todos pudessem fazer suas pausas tranquilamente.

Jimin e Hoseok foram juntos para uma pequena lanchonete do outro lado da rua e acabaram encontrando Yoongi por lá. Ele fez sinal para que os dois se sentassem com ele.

— Estou faminto. — Jimin iniciou o diálogo. — Ainda não comi nada hoje.

— Não pode trabalhar em jejum.

— Eu sei, não tive tempo de comer. Acordei e fui correndo pra sorveteria pra não ser repreendido...

— Ele não deveria ter falado com você daquele jeito. As vezes ele consegue ser estúpido...

— A culpa é minha. — Hoseok revelou, interrompendo-o.  — Alguém filmou enquanto eu dançava na confeitaria e jogou na internet. O vídeo viralizou e enfim... Uma escola de dança me procurou oferecendo uma bolsa.

— Uau! Isso é muito bom! — Jimin festejou. — Você vai aceitar, certo ?

— O que isso tem a ver com o Taehyung estar de mal humor ?

Hoseok suspirou.

— A escola fica em Tóquio. Eu contei pro Taehyung e ele não gostou muito disso. Na verdade ele não quer que eu vá.

— Eu acho que você deveria ir. — Jimin foi sincero. — É o que você mais ama na vida. Vai ter a oportunidade de estudar dança, como você sempre quis. E depois você pode voltar.

— É, mas eu também o amo muito...

— Eu concordo com Jimin. — Yoongi afirmou. — É uma oportunidade única e você tem que aproveitar. E se ele te ama também, vai te apoiar com isso e entender.

— Eu ainda não sei. Ir morar em outro país. Sozinho...

— Eu sempre quis conhecer Tóquio. — Yoongi disse. — Esta é a oportunidade perfeita.

— Você... Você quer ir comigo ?

— Se você quiser. Sim.

Hoseok ficou calado, pensando na resposta que daria. A escola tinha lhe dado três dias para pensar no assunto. Ele queria muito dizer sim, sempre foi um grande sonho seu entrar em uma renomada escola de dança, mas também não queria ter que deixar seu país e as pessoas que ama.

Ele tinha uma escolha difícil a fazer, mas que se tornou menos complicada com o apoio de Yoongi e Jimin.

Quando eles voltaram para a sorveteria, Jimin conversou com Namjoon sobre sua demissão e este alegou que foi pego desprevenido, e exigiu que seu funcionário cumprisse os trinta dias de aviso prévio.

Após o expediente, Jimin seguiu não direto para casa, mas sim para a confeitaria onde Jungkook estava ainda de serviço.

Alguns clientes conversavam enquanto comiam nas mesas, ouvindo uma música suave que um deles havia escolhido.

O sorriso de Jungkook se alargou quando viu o ruivinho caminhando na sua direção.

— Como está indo por aqui ? Precisa de ajuda ?

— Na verdade, sim. — Jungkook o recebeu com um selinho no rosto. — Tenho algumas entrevistas pra fazer daqui a vinte minutos. Preciso que tome conta do lugar, o movimento está baixo, mas caso ele aumente, você pode bater na minha porta e me chamar.

— Não se preocupe, pode ir pro seu escritório e se preparar para receber os candidatos. Eu posso cuidar disso sozinho.

— Obrigado meu anjinho. — Ele o beijou mais algumas vezes antes de se dirigir ao escritório nos fundos da loja.

Alguns minutos depois, algumas pessoas chegaram para tentar ocupar as vagas ofertadas. De um por um eles foram entrando e sendo entrevistados por Jungkook. Até que o último saiu de sua sala.

Jimin esperou por Jungkook mas embora ele não estivesse com mais nenhum candidato ele permaneceu no escritório. Quando a confeitaria estava vazia, ele se aproveitou e foi até a sala, batendo na porta antes de abrir.

Ele murmurou alguma coisa mas logo se calou colocando a mão na própria boca, quando viu que Jungkook estava ao telefone. O moreno confirmou um compromisso com alguém do outro lado da linha e encerrou a ligação.

— Estava falando com o dr. Seungbae. Ele é psiquiatra e tem um consultório no centro, ao lado do setor de queimados do hospital onde seu pai está internado. Estava confirmando minha consulta para a semana que vem.

— Isso é muito bom, Jungkookie. — Ele se aproximou dele e passou a mão em seu braço. Jungkook sorriu para ele, mas sem mostrar os dentes. — Como se sente ?

— Um pouco ansioso. — Ele foi sincero. Levou sua não até a de Jimin e segurou com força. — Mas estou confiante.

Jimin assentiu sorrindo.

— E como foram as entrevistas ?

Jungkook pegou uma lista que estava em sua mesa e a mostrou para ele.

— A maioria não tinha experiência nenhuma. Estavam em busca do primeiro emprego. Eu resolvi dar uma chance, eles demonstraram vontade para trabalhar.

— Isso foi muito generoso da sua parte.

— Espero que eles retribuam isto fazendo um bom serviço.

— Sei que eles vão. — Jimin olhou para seu relógio. — Vamos pra casa ?

— Sim, vamos. Só preciso fechar o caixa.

Após terminar de contar os lucros e anotar todas as informações em seu livro caixa, Jungkook e Jimin finalmente retornaram para casa, após mais um dia de trabalho.

Jimin mal chegou em casa e foi direto para a cozinha, onde encontrou sua mãe, já pronta para fazer os serviços para o dia seguinte. Para orgulho de Seus pais, ele era um garoto bastante trabalhador. Estava dando tudo de si para ajudar no novo negócio de Jungkook. Mesmo cansado, ele sempre  ficava acordado até tarde para ajudar Jungkook e Eunjin com os doces para serem vendidos na confeitaria.

— Amanhã pretendo tirar o dia de folga. — Eunjin e Jimin se entreolharam. — Descansem. Vocês me ajudam muito todos os dias.

— Amanhã também é meu dia de folga.

— Eu sei. — Jungkook o informou com um sorriso ansioso. — É por isso que está em meus planos te levar para sairmos amanhã. — Ele se virou para Eunjin. — A senhora também é bem vinda para ir conosco.

Eunjin observou cada um dos dois e de repente, um pensamento divertido lhe veio a cabeça. Ela amava muito o seu filho e vendo o quanto Jungkook fazia bem a ele, ponderou rapidamente que seria uma ótima ideia deixá-los ter um dia só para os dois.

— Oh, não, não. Eu já tenho um compromisso amanhã. — Mentiu. — Combinei de ir a casa de uma amiga. Mas obrigada.

— Tem certeza, mamãe ?

— Sim, meu querido. — Ela assentiu. — Aproveite ao máximo o dia com seu namorado amanhã.

— Então nesse caso, eu vou dormir logo pra acordar amanhã bem disposto! — Jimin abraçou sua mãe e depositou um beijo carinhoso em sua bochecha. — Boa noite, mamãe. — Em seguida, ele fez o mesmo em Jungkook. — Boa noite, Jungkookie.

Após um demorado abraço, Jimin rumou para o seu quarto quase saltitando, com mil pensamentos de como seria seu dia na manhã seguinte. Antes que Jungkook seguisse também para seu quarto, Eunjin o chamou antes de se recolher.

— Jungkook. — O mais jovem olhou para trás e pausou sua caminhada até seu quarto. — O nosso Minie sempre foi um garoto alegre e sorridente. Mas desde que ele te conheceu eu sinto que ele está bem mais feliz. Mesmo com essa moléstia que se abateu sobre o pai dele. Você faz muito bem ao nosso filho. Muito obrigada por isso.

— Não tem o que agradecer. Seu filho é o motivo pelo qual eu acordo sorrindo todos os dias, sra. Park. Ele é, em minha vida, tão precioso quanto o ar que entra em meus pulmões.

— Eu fico feliz em saber disso. — Ela sorriu sincera. — Bom, era só isso. Eu vou me recolher. Tenha uma boa noite.

— Boa noite. — Ele respondeu e, por fim, seguiu para seu dormitório.

🍰

Os primeiros raios de sol atravessaram a janela do quarto de Jimin, acariciando seu rosto enquanto ele ainda dormia tranquilamente. Ele remexeu o corpo na cama antes de abrir os olhos vagarosamente, sorrindo ao perceber que já havia amanhecido.

Ele esticou o corpo sobre o colchão, espreguiçando-se para afastar a preguiça matinal. Teria ficado um pouco mais na cama, se não fosse pelo delicioso cheiro de café que despertou seu interesse em finalmente se levantar e ir para o banheiro escovar os dentes.

Assim que chegou na cozinha, encontrou Jungkook preparando a mesa do café da manhã. O moreno estava tão concentrado que não notou a presença de Jimin, enquanto ele se aproximava sorrateiramente.

— Bom dia, Kookie! — Ele o abraçou por trás, fazendo o mais velho sobressaltar, mas logo ele sorriu divertido com a surpresa mais que agradável. — Você dormiu bem ?

— Bom dia meu pequeno. — Ele virou-se ficando de frente para Jimin e selou sua boca com um beijo. — Dormi bem e você ?

— Dormi muito bem. — Ele olhou para a mesa e no mesmo instante sua barriga roncou. — Hmmm, que delícia! Mamãe já acordou ?

— Já. Saiu bem cedo. Ela disse que comeria na casa da amiga.

Jimin anuiu e iniciou seu desjejum, juntamente com Jungkook.

— Pra onde nós vamos ?

— Você escolhe.

— Sério ? — Jungkook assentiu e ele pensou um pouco antes de responder. — Deixa eu ver, hm... Gostaria de ir para um lugar aberto e bem bonito. E divertido.

— Um parque ?

— Sim! Um parque de diversões.

— Então é para lá que nós vamos hoje.

Jimin sorriu e voltou a comer seu café da manhã.

Alguns minutos depois e eles estavam a caminho de um parque grande e bastante movimentado da cidade. Ele era grande o suficiente para que em seu centro, houvesse um enorme lago.

Durante o percurso, Jimin o enchia com informações sobre o local, visto que ele descobriu que Jungkook nunca havia ido à um parque assim antes. Seus pais sempre viviam ocupados e o máximo que ele conheceu, foi o parquinho da escola onde ele estudou durante sua infância.

Para Jungkook, tudo estava sob controle, até que eles chegaram no parque e ele pôde ouvir os gritos das pessoas sendo lançadas no ar em um brinquedo que tinha facilmente seus trinta metros de altura.

— Meu deus. — Sussurrou para si mesmo espantado com a velocidade e algura da montanha russa.

— O que disse ?

— Disse que estou empolgado.

Jimin assentiu e segurou na mão do moreno que, caminhava com o rosto erguido para cima, enquanto estudava cada brinquedo radical daquele parque. Calculando os riscos que poderiam causar um acidente fatal.

Ele deixou-se ser levado até eles chegarem na fila da própria montanha russa.
E conforme a fila ia diminuindo e a vez deles se aproximava, Jungkook parecia ainda mais nervoso. Jimin estava ansioso demais para perceber as vezes que Jungkook passou as suas palmas úmidas de suor, nas laterais de sua calça escura.

Enquanto subiam a pequena escada de metal e caminhavam até o carrinho, Jungkook viu que essa era a sua última chance de fazer Jimin desistir de ir naquele brinquedo.

— Tem certeza que quer ir neste ? — Jimin o olhou com dúvida enquanto se acomodava em sua cadeira. — Se estiver com medo não precisa ter vergonha. Nós podemos ir em outro.

— Nós vamos. Não se preocupe, Jungkook, eu não estou com medo.

— Senhor ? — O funcionário do parque responsável pela montanha russa parou ao lado do moreno, que era o único que ainda não tinha entrado no brinquedo. — Precisa entrar agora. — Jungkook o olhou sem saber o que responder. Ele não queria ir e estava prestes a desistir, mas o rapaz percebeu o seu medo e arqueou uma sobrancelha juntamente com um sorriso divertido. — Ou está com medo ?

— Quê ? — Ele engrossou a voz. — Claro que não.

Jimin achou a cena divertida e sorriu ainda mais quando o mais velho finalmente decidiu entrar no brinquedo. Ele sentou em seu lugar transbordando confiança, mas quando o funcionário travou seu equipamento de segurança, ele endureceu todo o corpo.

— Jungkook, você está bem ? — Jimin questionou ao ver que Jungkook estava pálido e suando frio.

O moreno se limitou a balançar a cabeça afirmando que sim. Quando o carrinho começou a andar pelos trilhos vagarosamente, ele fechou os olhos e respirou profundamente.

Ele sentiu a inclinada que o carrinho fez para subir e enquanto ele fazia seu trajeto até o topo, ele contou os segundos e mesmo com os olhos fechados, percebeu o quanto estavam altos. O carrinho fez uma curva para o lado e quando Jungkook abriu os olhos para ver exatamente onde eles estavam, o carrinho deslizou para baixo à toda velocidade arrancando-lhe um grito de desespero.

Jungkook fechou os olhos quando sentiu que o carrinho iria bater em uma curva de trilhos, mas o brinquedo rapidamente fez a volta e seguiu seu caminho ainda com bastante rapidez.

Enquanto isso, Jimin ria e levantava as mãos se divertindo ao seu lado.

Quando o carrinho deu sua última volta, Jungkook estava com seu corpo todo mole e podia jurar que sua alma saiu do corpo.

Assim que desceram do brinquedo, Jimin foi até a cabine disposta ao lado para pegar a foto que é tirada automaticamente quando o carrinho faz sua primeira descida.

Ele não parava de rir da cara que Jungkook saiu na foto. Seus olhos estavam esbugalhados, sua boca tão aberta que parecia que iria devorar o mundo, enquanto segurava com toda força nas barras que o prendia ao carrinho.

Jimin por outro lado, estava com seus braços erguidos e um sorriso tão grande que foi capaz de deixas seus olhos com dois risquinhos.

E durante toda manhã eles foram em todos os brinquedos possíveis do parque. Depois de ter ido na montanha russa primeiro, Jungkook teve mais "coragem" para ir nos demais.

Ao anoitecer, eles seguiram para a roda gigante e como a fila estava pequena, logo subiram em seus lugares e o brinquedo começou a girar. Em dado momento que ele ficou alguns instantes parados, o casal estava exatamente no ponto mais alto.

A vista era indubitavelmente linda. Jimin encostou sua cabeça no ombro do moreno e suspirou, admirando a paisagem lá de cima.

— Obrigado por hoje, Jungkookie. Eu me diverti muito.

— Que bom, meu anjo. Eu também. — Enquanto beijava o topo de sua cabeça, Jungkook sentiu que ele estava rindo baixinho. — O que é tão engraçado ?

— Eu sei que você estava com medo de ir nos brinquedos. — Jungkook ergueu as sobrancelhas surpreso. — Mesmo assim você foi comigo em todos eles.

— Eu vou com você até o fim do mundo. — Jungkook respondeu.

Jimin inclinou a cabeça para cima e enquanto a roda girante voltou a girar, Jungkook encostou o nariz no dele, e segundos depois, tomou sua boca com um beijo calmo e lento, até que o brinquedo chegou ao chão e eles tiveram que descer.

Antes de voltar para casa, eles decidiram tirar uma foto juntos na frente do lago, que durante a noite, ficava bastante iluminado com várias luzes nas cores roxo e azul.

Eles compraram o jantar no caminho para casa e assim que chegaram, encontraram Eunjin sentada no sofá assistindo a seus doramas de costume.

A mulher desligou a televisão quando viu a porta ser aberta, e seu filho entrar alegremente na companhia do namorado.

— Vejo que se divertiram bastante.

— Sim, mamãe. — Jimin suspirou, largando seu corpo no sofá. — Nosso dia foi maravilhoso.

— Fico muito feliz em saber disso. — Ela respondeu sorrindo, encantada em ver o amor entre os dois.

— Trouxemos comida pro jantar.

— Ah, que ótimo. Estava distraída assistindo e acabei perdendo a hora. Não tinha nada pron... — Sua voz foi cortada quando o telefone fixo tocou.

A mulher atendeu com simpatia e sorriso na voz. Contudo, seu sorriso foi morrendo conforme escutava o que lhe era dito no outro lado da linha.

— O que foi, mamãe ? — Jimin perguntou preocupado, mas Eunjin ficou aérea por alguns instantes e ele teve que chamá-la outra vez. — Mãe ?

— Eles ligaram do hospital. — Ela finalmente conseguiu recuperar a voz. — Disseram que o quadro do seu pai piorou.

— Não... — Jimin lamentou em um sussurro olhando para Jungkook.

— Precisamos ir para o hospital.

— Eu vou com vocês. — Jungkook se ofereceu e logo eles estavam a caminho de onde o pai de Jimin estava internado em estado grave.

Assim que chegaram, eles seguiram imediatamente para o andar em que Dakho estava.
Eunjin tentava obter informações na recepção quando um dos médicos passou e a reconheceu.

— Sra. Park ? — Ele a chamou.

— Doutor... Por favor, fale que ele vai ficar bem.

— Infelizmente eu não trago boas notícias. Como a senhora sabe, o estado de saúde dele vinha se agravando muito durante as últimas semanas. E hoje sua condição piorou ainda mais... Nesse caso, ele precisa urgentemente de uma intervenção cirúrgica. — Ele pausou, tomando fôlego para continuar. — Infelizmente seu plano de saúde não cobre os gastos e...

— Sim ? Fale. Por favor, não esconda nada.

— Temo que se ele não for operado ainda hoje... Tudo indica que amanhã, ele não esteja mais entre nós.

— Então você está me dizendo que vão deixar ele morrer ?! Porque o plano de saúde não cobre!

— Sra. Park, eu sinto muito.

Dor rasgou dentro do peito de Eunjin. Sua visão ficou borrada quando lágrimas começaram a descer por sua face abundantemente. Ela sentiu suas pernas ficarem fracas e apenas não foi de encontro ao chão, porque Jimin, que também já estava chorando, a amparou antes da queda.

— Não... Meu deus, por que ?! — A mulher chorava enquanto questionava, balançando a cabeça.

Jimin não conseguiu dizer nada para tentar consolar sua mãe. Ele mesmo estava soluçando alto e quase sem conseguir respirar direito. Eles seguiram juntos até as cadeiras da sala de espera e permaneceram abraçados enquanto choravam, lamentando a futura perda.

O médico virou-se para Jungkook.

— Dentro de alguns minutos eu volto para chamá-los. Eles poderão vê-lo, para que tenham um tempo com ele. Mas terá de ser breve.

— Obrigado. — Jungkook agradeceu e o médico seguiu seu caminho.

Ele ficou parado por alguns instantes, observando a tristeza consumir o amor da sua vida e também a mãe dele. Ele ficou em silêncio lamentando por Dakho e também, sobre a sua própria sensação de impotência.

Queria poder fazer algo para ajudar, mas nada lhe vinha a mente. Ele não tinha nada. A única quantia que tinha, ele investiu na confeitaria e o que sobrou não seria o suficiente para bancar nem uma diária em um bom hospital.

Mas ele sabia quem tinha condições financeiras para bancar dez cirurgias daquela. Ele então resolveu engolir seu orgulho, pegou seu telefone celular e discou o número de seu pai.

Jungkook. Aconteceu alguma coisa ? — A voz de Youngjae estava preocupada do outro lado da linha. Jungkook nunca ligava e se o fez, significa que algo grave aconteceu.

— Está em casa ? Preciso falar com o senhor. É urgente!

Sim, filho. Estou no escritório em nossa casa. Mas o que acont...

— Chego em alguns minutos. — Jungkook o cortou e logo em seguida encerrou a ligação.

Jungkook olhou para mãe e filho que permaneciam ainda chorando pelo medo e angústia de perder um ente querido, abraçados e tentando consolar um ao outro. Ele pensou em avisar Jimin sobre sua saída, mas não queria quebrar o momento dos dois, sendo assim, ele optou por sair em silêncio.

Quando ele chegou na residência de seus pais, rezou mentalmente para que sua mãe não estivesse na casa. Ele entrou pela porta lateral e seguiu com pressa pelo caminho tão conhecido por ele, que o levava até o escritório de Youngjae.

Ele explicou toda a situação para seu pai, que logo compreendeu a gravidade da situação e se dispôs a ajudar o filho. Porém, Hana foi informada de que seu filho mais novo havia entrado na residência e estava em reunião com seu pai no escritório. E enquanto Youngjae preparava a papelada para autorizar a transferência do dinheiro para o hospital, Hana o interrompeu.

— Não vai fazer isto. — Jungkook a olhou perplexo.

— Como não ? — Youngjae protestou. — Hana, o pai do garoto está morrendo. Ele preci...

— Do meu dinheiro ? — O homem a encarou com seriedade. — Ou você esqueceu quem foi que investiu nos seus negócios e a quem a fortuna desta empresa pertence verdadeiramente ?

— Mãe...

A atenção de Hana se desviou para Jungkook.

— Ah. Agora você tem mãe ? — A mulher se aproximou de ambos, e sentou em uma das poltronas de couro confortável. — Pensei que não queria mais contato com sua família. Que éramos egoístas e mesquinhos... Que você vivia muito bem sem nós.

Jungkook fechou os olhos, tentando ignorar todas as provocações infantis de sua mãe.

"É pelo Jimin. Faça por ele."

Ele repetia para si mesmo mentalmente, tentando manter o controle.

— Mãe, por favor... — Ele se aproximou da mais velha, seus olhos estavam cheios de lágrimas e ele não fez o mínimo esforço para tentar contê-las. Ele se agachou próximo de onde ela estava e engoliu antes de continuar. — Estou te implorando. Eu faço o que você quiser. Faço o tratamento com o Dr. Sullivan, volto a morar nesta casa, faço como desejar. Mas por favor, eu estou pedindo à você; ajude-o.

Hana observou seu filho em silêncio. Vendo o quanto ele estava se humilhando, percebendo o desespero profundo que havia em sua voz. Ela sentiu raiva e nojo do sentimento que seu filho nutria pelo garoto de cabelo vermelho – como ela se lembrava dele –, e sentiu uma imensa vontade de negar, só pelo simples fato de vê-lo sofrer.

Mas ela ponderou antes de tomar sua decisão, e acabou tendo uma ideia que, para a própria, ela que sairia como vencedora no final de tudo.

— Eu vou bancar tudo. A cirurgia, o tratamento. Tudo o que aquele moribundo favelado precisar. — Jungkook a olhou surpreso por alguns segundos, mas antes que pudesse agradecer, Hana percebeu e se apressou a continuar: — Mas eu ainda tenho algumas condições, e se você concordar em assinar um termo de compromisso, aí sim, eu financiarei o tratamento completo.

— E o que é ? Diga-me. Quais são as suas condições ?

— Case-se com Seyoon. — A facada foi certeira e acertou diretamente na jugular.

— O quê ?

— Você ouviu. Aceite o casamento com a filha dos Oh, e eu garanto o tratamento que o pai daquele garotinho precisa.

— Hana, você... — Youngjae tentou intervir, mas a mulher lhe lançou um olhar feroz que o fez calar-se no mesmo instante.

— Pense bem, Jungkook. A felicidade daquele garoto está em suas mãos. Ele poderá superar o término de um relacionamento, é bastante novo ainda. Mas a dor de perder o pai ainda tão jovem, o acompanhará pelo resto de sua vida. Sem falar na pobre viúva...

— Eu aceito.

— Youngjae. Você ouviu o nosso filho. — Hana tentou conter uma enorme gargalhada de vitória que ficou presa em sua garganta. — Prepare os documentos e só transfira o valor, quando ele assinar todos os papéis, se comprometendo a se casar com Seyoon. Dê à ele o prazo de um mês, e caso ele não consiga pagar sua dívida, terá de se casar com Oh Seyoon, e se tentar fugir do acordo tratado, as consequências serão severas.

Hana continuou falando enquanto seu marido preparava toda a papelada para Jungkook assinar. O mais novo mantinha-se calado, ele nem ao menos ouvia mais o que sua mãe estava falando. Para ele, tudo o que importava era que Dakho receberia o tratamento adequado para sua doença e não iria morrer.

— Tudo pronto. — Youngjae anunciou.

Hana pegou uma caneta em cima da mesa e fez questão de ela mesma entregar à Jungkook.

— Aqui, filho. Só precisa assinar e tudo estará acabado.

"E tudo estará acabado."

Essas palavras repercutiram na mente de Jungkook, e ele pensou em todos os momentos que passou com Jimin, tudo que o levou a se apaixonar por ele e o amar intensamente.

Ele segurou o objeto entre os dedos e camimhou até a mesa. O rosto de Jimin de repente estava ainda mais vivo dentro de sua mente. Ele podia ver seu sorriso, o modo carinhoso com que olhava para ele. Seus toques gentis, seu abraço terno e reconfortante. Até sua risada ele podia ouvir.

Ele sentiu um amargor vindo de seu estômago e subiu até sua boca. A sensação era de que mil facas estavam o rasgando por dentro. Era difícil distinguir o que estava batendo dentro do seu peito, pois ele sentia como se seu coração tivesse sido destruído em milhares de pedaços.

Assim que ele assinou o último documento, Youngjae pegou seu telefone e fez uma ligação para o hospital, no mesmo instante em que transferia todo o valor necessário para custear o tratamento de Park Dakho.

Continua...

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