10:30 • Vison: Taty

Eu não tolerava nenhum homem tocar em mim sem autorização, aqueles caras da boate passaram dos limites, eu sinceramente estava disposta a me demitir, mesmo o meu chefe concordando ou não com isso.

Segui andando em direção a saída da boate e em seguida me sentei na calçada em frente à ela.

- Quer que eu brigue com ele? - Ouvi a voz de Tom e um cheiro de cigarro enorme no ar.

- Credo, que cheiro é esse?! - olhei pro garoto que tinha um olhar hipnotizador, sua beleza era tão detalhada, aquela boca com o piercing labret que só deixava ele mais perfeito do que já era, não teria como não se apaixonar...

- Ah é por causa que eu estava fumando. - diz o garoto sentando ao meu lado.

- Percebi. - Me afastei dele.

- qual é, vai me evitar só porque estou com bafo de cigarro? - Diz Tom chegando perto de mim.

- Esse cheiro me enjoa! - Fiz uma careta.

- Então é só eu passar ele para você que vira costume. - O trançado deu um sorriso malicioso.

- Ãh, Como assim ? - Tom colocou uma de suas mãos atrás da minha nuca e me puxou para um beijo.

Nossas bocas se encostaram e eu continuei à beijar, brigar com Tom Kaulitz por causa de beijo roubado seria meu maior erro!

Ao terminamos, Tom olhou para os meus lábios e fez uma pergunta..

- Se eu te pedisse em namoro, você aceitaria? - Ele me olhou com um sorriso ladino no rosto.

- A gente nem se conhece direito garoto, se manca! - Revirei meus olhos.

- Claro que a gente se conhece! - Tom insistiu,- Eu sou Tom Kaulitz tenho vinte anos, você é a Tatiane e também tem vinte anos, você trabalha nessa boate que eu sempre esqueço o nome, só o Bill lembra e eu sou guitarrista de uma banda muito famosa chamada tokio hotel. Agora me fala como que isso não é se conhecer?

- Isso é só o básico, você sabe onde eu moro? Sabe o nome dos meus pais? Sabe do meu passado? Sabe dos meus parentes? Tem o meu número? Sabe os meus gostos? Sab- - Cala a boquinha, ele coloca o dedo indicador no meio dos meus lábios. - Tom me interrompeu.

- Ué, você não perguntou como isso não é se conhecer, eu apenas expliquei. - Abri um sorriso de canto.

- Isso tudo que você disse à gente percebe ao longo do namoro, seu número eu só não tenho por causa que você ainda não passou.. - ele deu um sorriso malicioso e ao mesmo tempo mexia no seu piercing.

- Hm. - Crusei os meus braços.

- Me passa aí gatinha, se não o cachorrão aqui vai te pegar! - O Garoto brincou apontando para si próprio.

- Nossa que bosta Tom, sinceramente! - Nós dois demos altas risadas e continuamos conversando ali, tanto que eu passei o meu número para ele.

Vision: Fofão (Fausto)

- Olha só se não é o casalsinho mais tosco dessa boate! - encontrei Tom e Taty sentados juntos dando gargalhadas de algo inútil, com certeza, típico de casal.

- Olha só se não é o cara em que eu dei uma surra naquele dia, quer levar outra hoje também?! - Tom se levantou e olhou para mim com um olhar amedrontador.

- Relaxa que hoje eu tô mais carente que tua namoradinha! - Debochei

- Então vamos ver até onde essa carência vai durar! - Tom tentou me acertar um soco, mas Taty segurou seus braços antes.

- Fica calmo Tom, eu já estou de saída, mas antes, ficou linda essa roupa em você Taty, gostei! Vou querer ver você dançado para mim.

- AH MAS EU NÃO VOU FICAR CALMO NEM A PAU! - Tom deu um leve empurrão em Taty e em seguida acertou um soco em mim, começamos a brigar em frente à boate, até que o meu pai chegou.

- O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI! - Ele Gritou e paramos a briga.

- Tal pai, tal filho, né? Dois babacas idiotas que não sabem respeitar as mulheres! - Disse Tom .

- Olha como você fala comigo seu moleque! - Disse meu pai.

- NÃO GOSTA DE VERDADES? OLHA SÓ GENTE, O DONO DESSA BOATE É UM BABACA, IDIOTA, QUE NÃO SABE RESPEITAR NINGUÉM! - Gritou Tom.

- Tom para com isso, só vai gerar discussões! - Disse Taty.

- NÃO TATIANE, SE VOCÊ NÃO VAI FALAR, EU VOU DIZER POR VOCÊ! - Tom se aproximou de meu pai.

- POR QUE VOCÊ MUDOU ELA DE CARGO SABENDO QUE ELA ODEIA AQUELE TIPO DE COISA? POR QUE VOCE DEU ESSA ROUPA PARA ELA USAR SENDO QUE ESTÁ MAIS TRANSPARENTE QUE ESSA SUA FALTA DE VERGONHA NA CARA? E OUTRA, POR QUE VOCÊ DEIXOU UM HOMEM BATER NA BUNDA DELA, SABENDO QUE ISSO É UM DESRESPEITO? - Tom Gritou alterado.

- Isso é uma boate, se ela não esperava esse tipo de coisa aqui, só poderia estar fingindo. - Disse meu pai, demonstrando estar frio e calmo com a situação.

- ELA JÁ ESPERAVA ISSO AQUI, MAS NÃO COM ELA, TATIANE É UMA MULHER, NÃO UM OBJETO! - Debateu Tom.

- As outras meninas deixam isso acontecer facilmente! Disse meu pai.

- POR CAUSA QUE ELAS SÃO UMAS PUTAS!! - Gritou Tom, já descontrolado.

- Olha só, quer falar de respeito, mas está desrespeitando as dançarinas. - Retrucou meu pai.

- EU DEFENDO QUEM PEDE RESPEITO, SUAS DANÇARINAS SÃO PROSTITUTAS, ELAS SE DEITAM COM OS HOMENS POR CAUSA QUE ELAS QUEREM, POR CAUSA DO DINHEIRO, JÁ TATIANE NÃO É UMA DESSAS MULHERZINHAS QUE ADORAM ESSE TIPO DE COISA, TATY É UMA TRABALHADORA DE APENAS VINTE ANOS DE IDADE QUE PEDE RESPEITO Á ESSES MARMANJOS DE QUARENTA ANOS NA CARA QUE NÃO TEM A ONDE ENFIAR O PAU E FICA ATORMENTANDO ELA! - Tom estava vermelho e sua voz estava ficando cada vez mais rouca de tanto gritar, Taty estava assustada, acho que ela nunca viu o garoto alterado daquele jeito.

- Tá bom, você venceu garoto, Taty você está demitida! - Meu pai seguiu para dentro da boate.

- O QUE? - Taty ficou em choque.

- Viu o que você fez seu idiota?! - disse olhando para Tom, que estava com a cara vermelha, parecendo um tomate.

- Aposto que Tatiane estava era contando nos dedos para isso chegar, inclusive ela vai comemorar o desemprego no show da minha banda hoje a noite! - Debochou Tom com um sorriso de canto.

Moleque insuportável, como ele sempee conseguia ter repostas na ponta da língua?

Me retirei da frente deles e entrei na boate.

VISION: Tom Kaulitz.

-

Você não está com raiva de mim não, né? - Taty não disse nada, apenas me deu um abraço forte.

- Obrigada Tom... - Ah que isso, imagina! - Interrompi

- Não Tom, eu estou falando sério, obrigada por tudo, des de quando a gente se conheceu você vem me defendendo, nenhum outro garoto fez isso por mim antes.. - Taty colocou suas mãos no meu pescoço e me roubou um beijo.

- E respondendo a sua pergunta, se você me pedisse em namoro, eu aceitaria sim, pois você não demonstrou que gosta de mim com presentes, flores ou bombons como todos os garotos costumam fazer, mas me provou com palavras, eu estou tão orgulhosa de gostar de você, Kaulitiz! - Taty me abraçou novamente com um sorriso, parecendo de uma criança quando ganha o presente desejado.

- Então se eu te pedisse em namoro agora, nesse exato momento, você aceitaria? - Perguntei meio receoso.

Taty ohou no fundo dos meus olhos e segurou minhas mãos..

- Mas é claro que sim! - Ela continua com um sorriso parecido de uma criança. - Você sabe que eu te amo des de quando te vi sentado na mesa quatro, eu comecei a sentir algo que eu nunca senti antes por alguém, você Tom, é o homem mais bonito que eu já vi em toda minha vida, mas também é o homem mais defensor que eu já amei! - Ela me beija e ficamos assim até alguns minutos.

- Você vai no show da minha banda?

- Claro que sim, agora que eu não trabalho, eu posso! Disse Taty.

- Eba! Vamos até o hotel da banda, você pode ficar lá até a hora do show para gente ir juntos.

- Eu aceito, não quero voltar pra minha casa tão cedo, o problema é que eu só tenho essa roupa e a outra que eu cheguei na boate.

- Não tem problema, eu passo no shopping e compramos tudo que você quiser lá, ou melhor, antes do show você terá o seu dia de princesa, eu irei pagar tudo!

- Eu vou para um show, não para um desfile de moda! - Retrucou Taty.

- Mas lá vai ter uma surpresa que eu tenho certeza que você vai gostar! - Dei um sorriso de canto e em seguida a beijei.

Seguimos até o meu carro, entramos e colocamos o cinto.

- Agora eu vou acelerar em, segure firme, senhoras e senhores, e lá vamos nós! - pisei o pé no acelerador com tudo e seguimos viajem.

- AAAAAAAAAA, ESTÁ MUITO RÁPIDO TOM!- Gritou Taty

- Radical, né? - Debochei.

- RADICAL MEU OVO, TIRA O PÉ DESSE ACELERADOR TOM!! - Gritou Taty desesperada.

- Temos uma trans no meu carro? - Brinquei.

- QUE?? - Gritou Taty.

- É por causa que você disse "meu ovo", sendo que você não tem! - Soltei uma gargalhada sincera

- SE MANCA TOM! - Taty da um suspiro profundo, diminui a velocidade pois percebi que ela estava realmente nervosa.

- Nunca mais faça isso, dá próxima vez que você for acelerar o carro daquele jeito, eu irei me jogar dele em movimento. - ela cruzou os braços e fez uma carinha brava.

- Tá bom, prometo que nunca mais faço isso sem o seu consentimento!

- Danadinho! ! - Ela riu

- O melhor foi sua cara, "AAAAAA, PARA O CARRO TOM" - Debochei dela com uma voz fina.

- Se manca, mas e você me chamando de trans? - Começamos a dar altas risadas no carro.