- 𝒄𝒉𝒂𝒑𝒕𝒆𝒓 44
Assim que eu e Tom abrimos a porta da casa, um cenário inesperado nos fez congelar de susto. Eu escorreguei do colo de Tom e me juntei a ele na entrada, observando com incredulidade a cena que se desenrolava na sala. Roger estava deitado no sofá, com o rosto machucado e inchado, enquanto Simone passava um algodão embebido em álcool em suas feridas. Bill segurava uma maleta médica ao lado deles, com uma expressão preocupada. E Gustav estava encostado na parede, com os braços cruzados e um olhar rabugento.
── QUE PORRA É ESSA AQUI? O QUE ESSE CARALHO DE GENTE ESTÁ FAZENDO AQUI? ── Tom explodiu em fúria, avançando na direção de Roger, que se encolheu no sofá. Os outros três se assustaram com o seu grito e tentaram se explicar.
── Calma aí Tom, a gente está cuidando dele. ── Bill disse rapidamente, largando a maleta no sofá e se colocando na frente de Tom, impedindo-o de agredir Roger.
── CUIDANDO DELE? VIROU BEBEZINHO AGORA SEU IDIOTA! ── Tom não se acalmou, pelo contrário, ficou ainda mais irritado. Ele tentou empurrar Bill para o lado, mas o irmão o segurou firme.
── Me ajuda a segurar ele Gustav. ── Bill pediu para o amigo, que se aproximou e agarrou Tom pelo outro braço. Os dois lutavam para conter a fúria de Tom, que se debatia como um animal selvagem.
── Gente calma, o que aconteceu? ── Eu perguntei, confusa e assustada com toda aquela confusão. Eu olhei para Simone, que parecia a mais calma de todos, e esperei que ela me contasse o que estava acontecendo.
── Nós estávamos esperando por vocês, por que um homem misterioso apareceu aqui em casa falando que era amigo do Tom, mas ele estava tão estranho que pensamos que ele fosse fazer algum mal para vocês e para nós também. A gente tentou mandar mensagem pra vocês, mas vocês não viram. Depois Roger chegou aqui num estado bem pior do que ele está agora. Todo ensanguentado, bebida espalhada por todo corpo, o cheiro estava forte demais, então levamos ele pro banheiro e ele tomou banho, agora ele está aqui e estamos cuidando dos ferimentos dele. ── Simone explicou com uma voz suave, mas eu podia ver a tensão em seus olhos. Ela olhou para Tom, que ainda rosnava de ódio por Roger, e continuou: ── Ele disse que foi atacado por uns caras na rua, depois de sair do bar onde estava bebendo. Ele disse que eles queriam roubar o seu celular e o seu dinheiro, mas ele reagiu e acabou levando uma surra. Ele disse que veio pra cá por que não tinha pra onde ir, e pediu desculpas por ter causado esse transtorno todo.
Eu ouvi a história de Simone com atenção, mas algo não me cheirava bem. Eu não confiava em Roger, nem em suas desculpas.
── Hum. ── Murmurei e caminhei em direção ao quarto, sem dar uma olhada sequer para Roger, que me observava com um olhar de culpa. Senti passos apressados atrás de mim e lancei um rápido olhar por cima do ombro. Era Tom, com uma expressão preocupada.
Cheguei ao quarto e me atirei na cama, deitando de costas e fitando o teto branco. O silêncio era cortado apenas pela voz de Tom.
── Estou entrando. ── Ele anunciou, aproximando-se de mim e sentando-se na beirada da cama. ── Você ficou assim por causa do Roger, né? ── Ele indagou e eu soltei um bufido.
── Assim como? ── Questionei, fingindo não entender.
── Não se faça de desentendida, Tati. Depois que você viu o Roger, você mudou completamente. ── Ele disse e eu me sentei na cama, encarando-o.
── Não tem nada a ver. ── Afirmei, cruzando os braços sobre o peito.
── Vai continuar negando? ── Ele perguntou, dando um sorriso malicioso.
── Vou, está tudo bem. Só estou cansada, você não viu que horas são? ── Falei e apontei para o relógio na parede, que marcava dez e trinta e cinco.
── Cedo. ── O Kaulitz comentou.
── Para você, mas para mim está tarde. Olha, estou até bocejando. ── Falei, abrindo a boca em um bocejo forçado.
── Que mentirosa! ── Ele fez uma careta e nós dois caímos na risada. ── Viu, se estivesse com sono não iria rir. ── Disse Tom e eu revirei os olhos.
── O que tem a ver uma coisa com a outra, Kaulitz? ── Perguntei e ele balançou os ombros.
── Vou dormir que eu ganho mais! Só vou tomar um banho antes. ── Falei, levantando-me da cama e indo até o guarda-roupas.
── Eu também vou depois de você ou junto com você, né? ── Ele me olhou com malícia, brincando com o seu piercing de argola no canto da boca.
── Kaulitz... ── Olhei para ele séria. ── Não. ── Falei, pegando uma peça de roupa e saindo do quarto.
Depois de eu ter tomado banho, Tom foi em seguida. Quando ele voltou, dormimos juntos na minha cama, que era de casal. Roger ficou na sala sendo cuidado por Simone, Bill e Gustav, que parecia não estar feliz com isso assim como eu. Eu não concordava com Roger dormir aqui esta noite. Espero que depois disso, ele não venha morar com a gente para sempre. Se depender de Tom eu tenho certeza que isso não chega nem perto de acontecer, mas se for por Simone e Bill... eu acho melhor nem falar.
Esse capítulo foi bem rapidinho kkkkkkkk mas valeu! 💖💋
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