Bill me observava de alto a baixo com um sorriso, admito que ele é um garoto atraente, seu cabelos são soltos, mas gostava mais quando seus cabelos ficavam arrepiados, era um visual legal. Ele é alto, esbelto, olhos expressivos e sedutores, piercing na sobrancelha, uma pinta abaixo de sua boca, pele alva e roupas negras.

── Precisamos retornar ao hotel, para assinar alguns cartazes. ── Falou Gustav.

── Nessa condição eu duvido que vocês consigam assinar algo. ── Comentei e dei uma risada.

── Fica na sua Laís, nós entendemos o que fazemos. ── Disse Bill.

── Está certo, depois que às fãs reclamarem que vocês fizeram gatafunhos ao invés de autógrafos, não me responsabilizem não. ── Comentei e rimos.

Os garotos se despediram de mim e afirmaram que chamariam um táxi, pois o veículo deles estaria com Tom.

Sinceramente, sinto-me a garota mais afortunada do mundo, por ter dialogado pessoalmente com o Tokio Hotel e ainda ser considerada “amiga” pelo vocalista. Não sei se eles voltarão a essa boate, mas no meu primeiro dia notei que há uma mesa exclusiva para eles, então creio que eles já são habitués. Espero que minha intuição esteja certa, pois não almejo nada sério com nenhum membro da banda. Afinal, sou apenas uma fã apaixonada por eles, como tantas outras que eles já conhecem. Admiro muito cada um deles, e vê-los de perto só me deixou mais contente e com o coração aquecido de saber que sou fã das pessoas certas! Bom, chega de devaneios, vamos voltar à boate que dinheiro não brota do chão.

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Tom chegou ao hotel e foi direto para o quarto da banda. Ele chamou pelos outros, mas ninguém respondeu.

── Que droga, cadê eles a essa hora da noite? ── Ele resmungou.

Depois de algumas horas, Bill, Gustav e Georg entraram no quarto falando baixinho.

── Bill e Laís, o romance do vocalista do Tokio Hotel com uma brasileira, já vejo as manchetes. ── Georg zoou.

── Eu não estou apaixonado por ninguém, cara, me deixa em paz. ── Bill falou indo para a sala.

Tom ouviu as vozes dos amigos e se levantou do sofá assustado, assustando-os também. Ele tinha uma sacola de gelo na cabeça, o que deixou os outros curiosos e preocupados.

── O que aconteceu com a sua cabeça? ── Georg perguntou franzindo a testa.

── Resumindo, a Martha é uma maluca que mandou me sequestrar e eu consegui escapar, mas sério, gente, essa mulher precisa ser internada.

Os amigos ficaram de boca aberta, sem acreditar no que acabavam de ouvir.

── Caramba, e a Tati, como ficou nessa história? E você está bem? ── Georg perguntou.

── Estou bem, eu não sei nada da Tati, eu apaguei quando já estava longe da fazenda. ── Eu disse e Bill ficou pálido. ── O que foi, Bill? ── Eu perguntei.

── Podia ter acontecido o pior com você. ── Meu gêmeo veio correndo e me abraçou.

O melhor presente que eu recebi na vida foi dez minutos depois que eu nasci. Meu gêmeo é demais, eu não vivo sem ele. Ele tem talento, é lindo como eu e sempre se preocupa comigo. Não importa o que aconteça, nós nos protegemos e ninguém nos separa. Nem mesmo a mulher da minha vida. Pelo meu irmão eu dou a minha vida e sei que ele faria o mesmo por mim. Sou sortudo por ter ele na minha vida!

──  Não se preocupe, eu estou bem. Só preciso encontrar uma pessoa agora. ──  Disse aos meus amigos, que trocaram olhares.

──  Quem? ──  Eles perguntaram em uníssono.

──  A Tatiane, eu vou atrás dela. ──  Respondi.

──  Acho que não é uma boa ideia, já é muito tarde e nós temos que autografar uns pôsteres. ──  Bill falou.

── Merda, eu esqueci! Mas e se ela estiver em perigo enquanto eu estiver autografando pôsteres?

──  Fica tranquilo, cara. A Martha é a mãe dela, ela não faria mal à própria filha, ou faria? ──  Gustav questionou.

── Claro que faria! Essa mulher é maluca, ela mandou me sequestrar, sabendo que eu sou famoso e que ia dar o maior escândalo, ela foi audaciosa e brincou com fogo, se ela tocar um dedo na Tati, eu juro que faço ela não só brincar, mas se jogar no fogo, até queimar e ir pro inferno! ── Eu falei e os meus amigos se espantaram.

──  Ok, Tom, você me dá medo às vezes. Vou pegar os pôsteres. ──  Georg disse.

Eu sabia que estava errado, a Tatiane era minha namorada, não importava a hora que eu chegasse lá, eu tinha que estar com ela. A Martha era capaz de tudo por dinheiro, até de vender a filha ou sei lá o que ela planejava. Eu me sentia culpado, pois fui eu que as aproximei, a culpa era minha se algo acontecesse com ela, eu não devia ter feito esse encontro..

──  ESPERA! ──  Gritei saindo dos meus pensamentos.

── Droga ele voltou a gritar do nada. ──  Georg reclamou.

──  Eu lembrei de uma pessoa que a gente não mencionou depois que a Martha se mostrou. ──  Eu falei e Bill pegou uma bebida alcoólica.

──  Quem? ──  Bill perguntou bebendo um gole.

──  O Roger, o pai da Tati, quer dizer, o pai adotivo dela.

──  Pera, se ele não é o pai biológico dela, como ele vai te ajudar nisso? ──  Georg perguntou jogando os pôsteres na mesa.

──  Ele pode nos dar mais informações sobre ela, mas eu quero falar com ele na presença da Tatiane, por isso a gente tem que ir até ela agora! ──  Eu falei e Bill arregalou os olhos.

──  Tom agora não dá, são meia-noite, demora mais de cinco horas pra chegar na fazenda. ──  Bill disse.

──  Bill eu não ligo, eu posso chegar de manhã lá, mas eu não posso esperar o pior acontecer com a minha namorada pra depois me preocupar, desculpa irmão, mas eu tenho que ir! ──  Eu falei e Bill suspirou.

──  Tudo bem, mas eu não vou te deixar sozinho nessa, se você vai, nós vamos também. ──  Bill disse e eu sorri de canto pra ele.

── E os pôsteres? ──  Perguntou Georg.

── Eles podem esperar, vamos logo! ── Bill ordenou e nós saímos.

Agora eu só esperava uma coisa: que a Tati estivesse bem. Se não, aquela mulher ia conhecer o Tom Kaulitz fora das câmeras dos paparazzi!