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1 - SENTIDO

Meu amor? Você está aí? — Pergunta Luiz com voz forte e preocupada. Normalmente Nádia não o deixa falando sozinho, e essa interrupção o deixa fatalmente preocupado.

     O casal escolhe conversar ao telefone sem ser por uma vídeo chamada. Os dois preferem que as imaginações povoem seus desejos enquanto fazem joguinhos... A safadeza imaginada apura mais os sentidos do que a visualizada.

     "O que você está usando?"

     "Sabe aquela calcinha que você tira com a boca?"

     "Queria estar ao seu lado"

     "Queria você dentro de mim."

      "Hum... Acabei de sentir teu sabor."

     Quando duas pessoas de imaginação fértil se conversam, o sexo oral tem sua semântica linguística literalmente depurada e degustada.

     Voltando ao "fatalmente preocupado".

     Luís percebe no silêncio de Nádia, o doce som incólume de uma respiração atingida pela diabólica inimiga do ser-humano: A ansiedade.

— Sim... Desculpe-me ter parado de falar repentinamente. — Nádia ajeita-se no meio do seu sofá grã-fino, que tem três pares de almofadas em tons degrades, que combinam elegantemente com a cor cinza do móvel.

A jovem moça, fixa seu olhar no chão e seu coração gela ao fazer a conexão do que vê com o que escuta.

Na vitrola estilo vitoriana, toca um long play de Luther Allison e a música "Bad New Is Coming" parece não adiantar-se na rotação do disco, ficando Luther Allison a repetir:

"Hold me over / Hold me over"
Segure-me / Segure-me

"I don't wanna go.
But, the bad news is coming"
Eu não quero ir,
Mas a notícia ruim está chegando."

O que aconteceu? Que voz é essa? — Sim. A voz de Nádia mudara. Ficando num tom reflexivo. Pausado. Preocupado. Luiz é um cara maduro e apaixonado que conhece muito bem sua noiva.

— O garfo. — O peso na voz de Nádia sai palpável.

O que tem o garfo? — Luiz volta a perguntar ainda mais desorientado e apreensivo. Se estivessem se vendo, Nádia veria a expressão facial do noivo mudar completamente. As linhas de expressões no rosto de Luiz acentuam-se com sua preocupação aumentada.

— Ele caiu.

O quê? Quem caiu? O garfo?

— O garfo caiu virado para a porta. Minha mãe tem umas superstições malucas, e de repente me deu um medo que não sei explicar o porquê, você entende?

     Gargalhada descontraída.

Nádia, desculpa aí a gaitada. Mas sejamos sinceros, estávamos sexualmente conversando e paramos de falar por causa de um garfo que cai? Além do mais, Voltaire um dia escreveu: "A superstição põe o mundo em chamas, a filosofia apaga-as."

— Eu sei que parece tolice, mas todas as vezes que um garfo cai lá em casa, minha mãe sempre diz que teremos uma visita agourenta. 

E teve?

— Não lembro. Acho que não. Agora realmente não sei. Mas recordo que ela não demora para pegar o garfo e o lavar imediatamente. Luiz, vou dormir.

É sério que vamos parar de conversar por causa de um garfo que caiu?

— Estou cansada.

Mas até pouco tempo você não parecia estar cansada.

— Ser mulher é uma arte meu amor. — É a vez de Nádia soltar uma leve gargalhada. — O dia hoje foi mais cansativo que o normal. O hotel lotado. Muita gente chegando e saindo o dia todo. Quase não parei para almoçar.

— Caramba, nunca você ficou assim.

— Verdade. Não sei o que aconteceu. Vou acender uma vela para minha santa e dormir.

"A superstição é a realização dos espíritos fracos?"

— Quem foi o genial que disse isso?

Edmund Burke.

— Prefiro o Jorge.

Jorge?

— O Amado! Certa vez Jorge Amado disse que não era religioso, mas um cara supersticioso que acreditava em milagres. Agora pensa comigo, se acredito em Deus dizem que é fé, mas se acredito em astrologia ou numa sexta-feira treze dizem que é superstição. Não é estranho isso?

Por que seria estranho?

— Meu amor, quem tem direito de chamar de superstição a crença de uma pessoa?

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