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Capítulo 9 - Brilho Branco

Os marujos carregaram com dificuldade a urna de vidro até o convés, e Toby os ajudou a colocar o corpo do companheiro dentro dela, cuidando que não o machucassem. O fantasma parecia apreensivo enquanto era erguido por aqueles homens, e só se tranquilizou depois que fecharam a tampa. A expressão de Toby parecia lhe dizer "vai ficar tudo bem".

– Um cadáver num aquário – observou Gilbert, fitando o corpo no esquife.

Os dois o encararam sem expressão.

– Apesar dos anos que passei neste navio, isso ainda me assombra – disse o Imediato.

Toby notou que ele apertava discretamente o crucifixo enquanto fitava o esquife, como se rezasse em silêncio pelo morto.

– Qual é o seu nome, meu jovem? – indagou Gilbert, finalmente encarando a alma do moço.

– Theodore Hawkins – respondeu o fantasma, de pronto.

– Por que estamos indo para Montserrat? – indagou Toby, antes que Gilbert dissesse qualquer coisa.

– Ironicamente, a mesma bruxa que condenou nosso Capitão, pode devolver a alma ao corpo do seu amigo.

Uma interrogação passou pela expressão de Theodore.

– Por isso o tal Flynn não está nada satisfeito com este desvio nos planos – deduziu Toby.

Gilbert balançou a cabeça para ambos os lados.

– Acredite em mim, rapaz – começou –, o Capitão não faz nada sem um propósito. Embora não pareça, estamos navegando exatamente para onde ele quer ir.

Toby pareceu confuso, porém, antes que perguntasse qualquer coisa, foram interrompidos por um grito do vigia:

– Navio à vista!

Toby subiu na amurada, segurando-se numa corda, e forçou os olhos para espiar o horizonte. Ainda muito distante, a pequena figura de uma embarcação vinha navegando devagar a bombordo.

A lembrança do naufrágio da velha escuna em Port Royal martelou na mente de Toby, deixando-o apreensivo.

– Vão afundá-lo? – perguntou ao Imediato, ao pular novamente para o convés.

– Não é a melhor parte do meu dia também – disse o Imediato, dando ordens aos homens para que se colocassem cada um no seu posto.

– Não façam nada! – gritou o Capitão, da ponte diante da porta de seu camarote.

Alguns homens pareceram querer protestar, todavia a expressão do Imediato se mudou em alívio.

– Mantenham-se no curso e não diminuam! – ordenou o Capitão, erguendo a luneta para observar o navio que vinha.

– Pensei que o Maestrel jamais se deixasse ser visto por um navio sem lhe fazer dano – comentou Theodore.

– Bem, embora não haja nevoeiro, não somos muito mais do que fantasmas para eles – explicou o Imediato. – É provável que nem nos vejam.

– Preparem um bote – gritou Flynn, baixando a luneta. – O Sr. Reid vai desembarcar.

Toby franziu o cenho, assustado.

– O quê? – indagou, correndo para a ponte do Capitão. – Por quê?

Bud o deteve pelo braço e o jogou com força na coberta.

– É sua responsabilidade arranjar um patife para dar ao Craven no lugar do teu amigo – disse Flynn. – Aquele navio carrega pelo menos vinte almas em potencial; escolha uma e dê um jeito de tirá-la de lá.

– Que seja – concordou Toby. – Mas como faço para encontrá-los depois?

– Desça em direção a Montserrat; não me interessa como, invente uma história. Só não mate o sujeito! Ele precisa estar vivo quando o encontrarmos.

O Capitão retornou ao seu camarote e fechou a porta.

Os piratas lançaram rapidamente o bote para fora da coberta, enquanto Toby se despedia do companheiro.

– Eu não vou demorar – prometeu Toby. – Antes da madrugada do terceiro dia estarei de volta.

– Eu sou só um fantasma – disse Theodore. – Eles não podem me machucar.

Mas sua expressão não estava tão tranquila quanto suas palavras.

– Se pressentir alguma coisa que te coloque em apuros, peça ajuda ao Sr. Gilbert – aconselhou Toby. – Mesmo fazendo parte desta tripulação amaldiçoada, ele é o único que parece confiável. É um bom homem.

Theodore assentiu.

Toby pulou para o bote, e permaneceu com o olhar firme no companheiro, cuja expressão era aflita, enquanto os piratas o baixavam até a água.

Theodore ficou junto da amurada, vendo o amigo remar para longe do Maestrel. Quando se afastou cerca de quinhentos metros a bombordo, Toby olhou para trás, para dar um último aceno ao companheiro antes de ir ao encontro do navio que se aproximava, mas tudo o que pôde ver às suas costas foi um enorme brilho branco deslizando rapidamente no oceano, interpondo-se entre ele e o Maestrel.

Toby ficou absolutamente assombrado.

Em todas as histórias que ouvira sobre o galeão fantasma, houve raras aparições à luz do dia, mas alguns naufrágios foram atribuídos a um misterioso brilho branco que deslizava no mar como um fantasma errante. Ninguém tinha certeza se era mesmo o Maestrel, quase invisível à luz do dia, mas a semelhança entre os desastres ligava uma lenda à outra. Agora Toby tinha certeza. Talvez o galeão não pudesse ser visto com o dia claro, sem que houvesse nevoeiro, mas seu reflexo brilhante era tão letal quanto a aparição completa.

Mesmo não podendo enxergar o navio se distanciando, Toby pressentia que a tripulação ainda podia vê-lo através da luz, então voltou a remar na direção do outro navio que se aproximava lentamente.

A certa distância Toby percebeu que era uma escuna, similar àquela em que ele e o companheiro navegavam quando chegaram a Port Royal, e vinha com uma bandeira britânica no alto do pavilhão.

Antes de subir a bordo, Toby deu uma última olhada para trás; o Maestrel e seu brilho branco haviam desaparecido no horizonte.

– O que houve com você, rapaz? – perguntou um marujo, analisando suas feições. – Parece que viu um fantasma!

Por um breve momento, Toby se perguntou se aqueles homens não haviam visto o brilho branco do galeão se afastando no oceano, mas logo espantou o pensamento e começou a falar devagar:

– É que já venho remando há várias horas, e sinto-me muito cansado.

– Entendo – disse o marujo. – Naufrágio?

Toby balançou a cabeça devagar. A expressão dos marujos era tranquila, e apesar das vestes rudes, ele não enxergava qualquer vestígio de que eram piratas como ele. Também não parecia que aquele era um navio mercante. O mais provável é que fossem corsários.

De repente o Capitão se aproximou, abrindo caminho entre os homens. Vestia-se de forma rude como os outros, com um lenço verde amarrado em volta da cabeça, e trazia uma cruz de madeira ao peito. Toby nem mesmo compreendeu porque teve logo certeza de que aquele era o Capitão, já que nem capote ele usava, mas alguma coisa lhe pareceu familiar.

– Não lhe conheço de algum lugar? – indagou o Capitão, franzindo o cenho ao conferir bem o rosto de Toby.

– Creio que não – respondeu o rapaz, tentando evitar familiaridades com qualquer um a bordo da escuna. Afinal, ele teria que entregar um deles à morte em três dias.

– Pretendia chegar à Inglaterra de bote? – indagou o Capitão, parecendo divertir-se.

– A uma ilha qualquer já estaria bom demais – respondeu Toby, sem compartilhar do mesmo humor.

– Bem, não sei onde imagina que esteja, mas garanto que não chegaria a lugar algum nesta direção, sobretudo remando um bote sem suprimentos.

Toby respirou fundo, contendo a ansiedade.

– Diga: para onde estava indo? – insistiu o Capitão, impaciente.

– Como já disse, para qualquer ilha no caminho – respondeu Toby, tentando parecer natural. – Era prisioneiro num navio pirata, e consegui escapar no meio da noite com este bote, mas como passei muitos dias no porão fechado não imagino onde estou.

O Capitão analisou as feições e as vestes do rapaz enquanto ele falava, e não pareceu muito convencido de sua história. Apesar disso, não tentou inquirir mais. E neste momento, Toby apenas se preocupava se aqueles homens não seriam realmente piratas, prontos a torná-lo prisioneiro para que desse a localização do suposto navio para saquear.

– Certo... – disse o Capitão, após algum tempo deliberando silenciosamente consigo mesmo. – Eis o que vai acontecer: você ficará encarregado de limpar este convés, e nós o deixaremos em alguma praia no caminho... – E fazendo uma nova pausa para observar a reação de Toby, acrescentou: – Se eu não lembrar de onde o conheço.


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