ᴜᴍ
No fim da rua havia uma casa, onde residia uma garota, cuja mãe era problemática o suficiente ao ponto de todos os dias a polícia habitar sua porta. Monótona eram as brigas, que geravam violência, sempre fumavam a violência.
No final das contas a casa ficava revirada como se um furacão houvesse passado naquele local e a jovem pobre garota tinha que limpar toda aquela sujeira.
Muriel Hangard gostava de uma confusão, confusões essas que envolviam normalmente sua filha e as diversas ameaças de que a mataria, bom, mal sabia ela que aquelas palavras machucavam a forte e durona garota dos olhos amendoados.
Harold Eredin sempre observava ao longe a casa, sempre observava ao longe a linda e bela Eloise. A negra dos olhos amendoados era o único motivo de suas diárias tocaias, o único motivo do seu grande sorriso de todas as manhã. Harold suspirava apenas de ver ou ouvir o nome da garota, seu coração palpitava.
Ele a esperava não importava quantos ônibus passassem, ele sempre a esperava. —Mesmo que estivesse atrasado.— Harold Eredin a amava.
Harold era e ainda é um grande idiota.
Naquele momento Harold estava lendo uma de suas inúmeras revistas em quadrinhos quando escutou as sirenes ruidosas de uma ambulância, ele levantou-se rapidamente saltando de sua cama e com suas pernas longas correu rumo ao final da rua.
Então ele a viu, sendo levada em uma maca o mais rápido possível para o hospital.
A polícia pegava o depoimento da Srtª. Muriel, e nele ela havia contado que sua filha havia tentado tirar sua própria vida, Harold nunca havia visto Muriel naquele estado catastrófico.
—ELA ESTÁ BEM? ELA FICARA BEM? RESPONDAM. —Muriel esbravejava, berrava e tentava passar pelos policiais, mas era impedida.
Muriel estava sendo acusada de maus tratos, agressão física e psicológica. Ela havia sido presa, mesmo naquele estado ela foi algemada e conduzida para a delegacia.
Naquele dia Harold chorou, voltou para sua casa com os olhos vermelhos e o nariz igualmente. Dona Olívia o encarou preocupado assim que ele adentrou a cozinha.
—O que te aconteceu, filho? —Ela indagou, mas ele nada disse apenas virou o copo de água gelada, engolindo tudo de uma vez.
—Amanhã você vai saber. —Rebateu, sem mais nenhuma palavra subiu para o seu quarto e jogou-se na cama caindo aos prantos.
Ele estava acabado, tentou escrever e botar seus sentimentos para fora, mas de nada adiantava, Harold voltava a se perder em si mesmo.
E em meio aos seus pensamentos finalmente tomou sua decisão, tomaria a iniciativa, e tentaria salvar a luz da pobre menina.
Pelo menos naquele momento ele queria compartilhar da luz que emanava dele para ela.
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