ᴛʀᴇ̂s
Os meses passaram tão rápido, finalmente Harold havia se tornado "amigo" de Eloise, a palavra amigo era algo forte, visto que a garota o tratava muito mal as vezes quando estava estressada, mas apesar de tudo ele a amava.
Não que amor signifique ser menosprezado pelo parceiro. Amor não se baseia nisso, e nunca será baseado. Lembre-se amor não é sofrimento, todos merecemos alguém que nos valorize.
Harold estava em frente a porta de Eloise com sua mochila nas costas, ele bateu três vezes e logo a garota atendeu toda descabelada, e sonolenta.
—Vim fazer o trabalho. —O garoto sentiam-se envergonhado e pela primeira vez ele a viu envergonhada, ela mal sabia para onde olhar.
—Eu esqueci, entra aí. —Gritou já correndo pelo corredor até a última porta, a garota entrou como um furacão e se arrumou as pressas.
Harold adentro a casa sentando-se no sofá, começou tirando suas coisas e seu computador da mochila.
—Foi mal. —A negra finalmente apareceu sentando-se ao lado dele enquanto amarrava seus longos cachos em um coque apertado.
—Sem problemas, sabia que tinha esquecido. —Afirmou.
—Você sabe muitas coisas de mim.—Eloise comprimiu os lábios em uma fina linha e o fitou com os olhos semi-cerrados.
—É, sabe... Só chutei. —Enrolou-se levemente em suas palavras, abriu seu computador rapidamente e digitou sua senha.
—Se o trabalho já está feito, pode me dizer o motivo da vinda? —Apos encarar a tela que brilhava o slide já pronto bem na cara dela, Eloise o encarou.
Harold passou minutos calado, como ele pôde fazer uma burrada tão grande e esquecido de fechar o trabalho, ele era um tremendo idiota mesmo.
—Eu tenho algo para te falar, Eloise. Por isso vim. —Aquele era o momento, finalmente ele iria desabafar. —Eu te...
Mas sua frase foi cortada pelo toque incansável da campainha, frenéticas apertadas.
—Eu já venho. —Caminhou até a porta, mas assim que abriu se arrependeu no mesmo instante. Sua mãe estava parada a sua frente de braços cruzados e semblante sério, passou pela garota dando um empurrão nela.
—Então enquanto eu apodrecia na cela, você ficava aqui, no bem e bom.—A mulher esbravejou, ela começará o seu discurso habitual que incluíam xingamentos e palavras chulas.
Harold pigarreou chamando a atenção de Muriel.
—Quem é esse merdinha?—A voz estridente soou como uma facada em Harold, um som estalado ecoou pelo recinto. Os olhos arregalados de Harold e a bochecha vermelha de Muriel foram os destaques do momento.
A cara furiosa de Eloise se formou em seguida.
—Sua puta, eu vou presa de novo, mas essa merda eu não aceito. —A mulher devolveu o tapa, as das rolaram no chão trocando tapas e pontapés.
Nem parecem mãe e filha, céus. Pensava Harold horrorizado enquanto ligava para a polícia e logo em seguida tentava apartar a briga.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro