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Capítulo 24

"Mesmo quando as lágrimas vêm
Nas memórias dispersas
Você permanece sozinho
Amor na minha memória
Como uma estrela
Mesmo que você não possa alcançar meu coração
Já em meus sonhos
Eu vejo seu rosto." - Memory, Ben


Miyuki abriu os olhos encarando os adesivos de estrela no teto. Então, sentou na cama passando a mão pelo longo cabelo e o jogando para trás. Ela se encontrava em seu quarto, esquecendo por breves segundos que já havia se passado uma semana desde a viagem à França. Quando recordou da noite – ou início da manhã – com o seu chefe, Dinesh Yamir, questionou a veracidade de suas lembranças. Afinal, tratava-se de um homem que sempre a provocou deixando-a com vontade.

Então, a minha noite com ele não passou de um sonho, pensava.

Após um breve suspiro, saiu do quarto indo até o banheiro onde tomou um longo banho e fez sua higiene pessoal. Ela não conseguia esconder a frustração de não ter realmente transado com o seu chefe que, coincidentemente, é a pessoa a qual amava. Depois de secar o cabelo e vestir a sua roupa social, andava pelos corredores até sentir um cheiro extremamente agradável vindo da cozinha.

— Mas o que...

Ela quase caiu para trás ao encontrar o Dinesh cozinhando apenas de cueca e avental. Ele havia prendido o longo cabelo para não ser atrapalhado pelos fios. Os olhos negros concentrados em subir a massa da panqueca enquanto assobiava uma melodia aleatória.

— Hein?!

Por causa da exclamação surpresa, o Yamir perdia um pouco o equilíbrio da massa mas conseguia mantê-la na frigideira com sua agilidade. Diferente do Kiran que é desastrado, ele possui uma grande habilidade na cozinha.

— Bom dia para você também, Miyuki. — brincava ainda de costas. — Você dorme demais, quase ligo para a guarda florestal te levar ao habitat dos ursos em hibernação.

Devido à surpresa do momento, ela decidiu deixar essa piada passar.

— Nós... Nós dormimos juntos?

— É o que temos feito durante uma semana. Por acaso, está com amnésia?

Miyuki teve flashes das suas últimas noites com o seu chefe, onde os dois tinham um contato bem íntimo. Os gemidos, o cheiro do suor e o ranger da cama surgiam em sua mente. Então, ela apoiou ambas as mãos no rosto vermelho com um sorriso bobo.

— Então, é verdade. Eu estou sentando em você.

Dinesh solta uma risada escandalosa, depositando a panqueca no prato localizado no centro da mesa.

— Seria um dos seus objetivos antes do ano acabar? Interessante. Então, posso dizer que eu também realizei o meu.

— E qual seria?

Contudo, ele apenas sorria de canto e gesticulava com desdém.

— Coma, eu gastei toda a sua energia na última noite.

— Convencido...

— Claro.

Ele tinha um sorriso vitorioso nos lábios, sentando-se em uma das cadeiras.

A mulher desviou o olhar para a mesa onde havia dois bules, um com café e outro chá, além de uma jarra de suco de laranja. No centro, destacava-se o bolo de baunilha com cobertura de morango rodeado por pequenos potinhos com salada de fruta e outros contendo queijos dos mais variados tipos. Ela não deixou de notar as torradas, geleias, ovos mexidos e as panquecas recém feitas por seu chefe.

— Eu... Eu não faço ideia por onde começar. — comenta sentando-se à mesa. — De onde tirou tanta comida?

— Eu acordei cedo para comprar alguns ingredientes. Sério que você come somente torrada pela manhã?

— Essas coisas são caras.

O Yamir arqueia a sobrancelha fitando-a interrogativo, mas prefere deixar o assunto de lado e beber um pouco do seu chá.

— Realmente obrigada, Dinesh. Eu espero não passar mal no trabalho de tanto com-... Espera! Eu vou me atrasar para o trabalho.

— Não se preocupe com isso, eu também irei.

— Mas você é dono, pode faltar.

— Eu te dou uma folga hoje, está bem? E, óbvio, tiro uma para mim.

— Nada disso! Você tem uma reunião importante, esqueceu?

Dinesh fazia uma careta de desagrado, mordiscando uma torrada enquanto resmungava em hindi.

— Merda, só porque eu queria transar depois do café da manhã. — murmura. — Tudo bem, mas não tenha pressa para comer a menos que seja francesa.

— Como assim?

— Na França, há o termo petit dejeuner que significa "pequeno almoço". Para eles, o café da manhã não é uma refeição importante e por isso comem tão pouco.

— Oh, entendi. Onde aprendeu isso?

— No curso de gastronomia, agora coma.

Ela acena positivamente com a cabeça, atacando uma panqueca em questão de minutos e já partindo para a salada de frutas. Por ter gastado muita energia na noite passada, sentia-se na obrigação de repor todas as calorias gastas. Durante a refeição, Miyuki analisou a calma do seu chefe enquanto mandava mensagens no celular – provavelmente para sua mãe ou Masaichi – como se o atraso para uma reunião pouco o afetasse.

Depois de comerem e terminarem de se arrumar, os dois entram no carro dele e dão partida ao seu destino ou, ao menos, é o que Miyuki pensava até o Dinesh mudar de rota.

— Para onde vamos?

— Eu tenho que resolver umas coisas antes.

O carro parava na frente de um enorme bar e Dinesh seguia, segurando uma maleta prata, para a porta vermelha que servia como saída de emergência, localizada no beco. A mulher o seguiu com certo receio, engolindo seco ao vê-lo conversar com dois seguranças na entrada. Após conseguirem permissão para entrar no bar, Miyuki escondia-se atrás do Yamir quando percebe se tratar da sede da máfia local.

Ele é conduzido para o centro do bar que, devido ao horário, se encontrava vazio. Alguns dos capangas jogavam cartas enquanto outros arrastavam caixas para o interior do ambiente. Takeo observava tudo de braços cruzados até virar o rosto em direção à Dinesh, apertando a sua mão com um sorriso cortês.

— Olá, senhor Yamir. Gostou do meu serviço?

— Não posso negar, você é competente. — comenta abrindo a maleta prata, expondo a massiva quantidade de notas. — E aqui está o pagamento, como o prometido.

— Foi bom trabalhar com o senhor. Eu espero que possamos negociar mais vezes.

— Devo dizer que não compartilho da mesma vontade. Ao menos, aquele miserável está em minhas mãos.

— Aposto como é uma sensação gratificante.

Miyuki encolhia-se mais ainda atrás do Dinesh quando Takeo notava a sua presença. A aparência imponente e a postura autoritária do mafioso criaram uma imagem que fazia jus ao seu apelido, "O Demônio do Submundo".

O homem esticava a mão em sua direção mas o Yamir segura o pulso dele, meneando a cabeça de forma negativa.

— Você não vai querer tocá-la, Takeo.

— Ora, por que?

— Porque será a última coisa que fará nessa vida.

Os funcionários param suas funções para encararem o Yamir abismados. Takeo arregalou os olhos recuando a sua mão, mas não expressava medo. Pelo contrário, divertia-se com o semblante sério do empresário à sua frente.

— Como quiser, senhor. — comenta a última palavra com ironia. — Eu admiro a sua coragem em me desafiar.

— Eu não estou te desafiando, apenas dei um aviso. O Thomas, o homem que você me ajudou a destruir, foi desafiado por mim e olha onde ele se encontra. Então, acho que deu para perceber a diferença na minha forma delicada de tratamento.

— É, está bem evidente. O que fará agora que conseguiu destruí-lo?

— Focar em meus anseios pessoais. — dizia olhando Miyuki por cima dos ombros. — E proteger adequadamente quem eu considero importante.

Ela corou bruscamente e sorriu sem jeito.

(...)

Thomas Adams batia com força na mesa trincando os dentes, irritado. Dylan bebericava o café olhando para o lado enquanto Tomio tentava recolher os papéis voltando no ar.

— Aquele filho da puta!

— Calma, Thomas.

— Como ficarei calmo, Tomio? A minha empresa e a de vocês estão em processo de falência!

— Mas não dá para acusar o Dinesh. — comenta Dylan. — Afinal, que prova temos?

— E a empresa dele está caindo de pontuação. — dizia Ryan afastando o cigarro dos lábios.

— Eu não sou tolo, sei muito bem que foi esse miserável.

— E o que faremos, então? — pergunta Dylan.

— É. Você sempre tem uma ideia boa, Thomas.

— Deixe-me pensar, Tomio.

O mais velho apoiava as mãos nas costas, andando de um lado para outro com um semblante pensativo. Os demais o acompanham com o olhar, tão apreensivos quanto seu líder. Desde que as ações da empresa do Thomas caíram bruscamente, os seus sócios sofreram as consequências. As dívidas e processos acumulados foram cobrados com urgência, pois as vítimas temiam perder seus direitos caso a empresa entrasse em falência. Então, após tirarem o máximo possível de capital, deixaram os negócios do Thomas Adams em uma situação de grande necessidade financeira. Por isso, ele trabalhava a sua mente à mil em busca de uma solução.

Após longos minutos de silêncio, a ideia vinha em sua mente.

— Eu sei de uma forma de conseguir recuperar o capital das nossas empresas e também tomar a presidência daquele miserável.

— Conte. — pedia Ryan aflito.

— O Dinesh é legalmente legitimado para ocupar o cargo da presidência, mas não é uma posição vitalícia pois há uma cláusula que o expulsa da empresa.

— Da empresa?! Tão radical assim? — pergunta Tomio.

— Sim.

— Qual seria?

— Se ele cometer um crime inafiançável.

— Faremos ele cometer homicídio?

— Não seja burro, Ryan. O Dinesh provou ser incapaz de matar alguém, eu posso afirmar pois ele se manteve inerte após a descoberta sobre a morte do pai dele.

Antes de outro sócio fazer uma pergunta, Thomas mostrava a palma da mão interrompendo a fala enquanto ligava para o Yamir.

O que você quer, filho da puta?

Que forma rude de tratar um velho amigo do seu pai, Dinesh. — ele brincava. — Eu gostaria de te convidar para sair amanhã à noite.

Está usando drogas, por acaso?!

— Estou falando sério. Seja lá o que estávamos jogando, você venceu. Eu não posso fazer nada com a minha empresa em falência, por isso quero uma última reunião com você e os demais.

Cometerá suicídio? Ganesha ouviu as minhas preces!

Ele vira os olhos controlando um possível xingamento o qual sairia dos seus lábios.

— Eu voltarei para os Estados Unidos, Dinesh. Assim, ao menos, tentarei recuperar a situação econômica da sede.

— Hum... E você quer reunir todos nós?

Exatamente.

Eu não me importo desde que seja em um local público para que não tente nenhuma gracinha.

— Como quiser. Por sinal, deixarei que decida o local.

Que seja.

Nós entraremos em detalhes depois.

E logo após, desligava a chamada abrindo um sorriso de canto.

— O que você está tramando? — questiona Dylan.

— O meu ultimato. Ryan, consiga a droga mais forte disponível no momento.

— Como quiser!

— Dylan e Tomio, unam seus capitais para subornar a polícia.

— Espera, espera! Pretende envolver a polícia nesse meio? Isso é perigoso!

Thomas dava nos ombros, sentando-se em sua cadeira e cruzando as pernas. Ele possuía um sorriso confiante desenhado em seus lábios enquanto o seu plano, mentalmente, se desenvolvia.

— É necessário. Não quero questionamentos, apenas façam.

— C-Certo...

Eu vou destruir o seu último resquício de humanidade, Dinesh Yamir, ele pensava.

(...)

Durante a reunião, Dinesh encarava o empresário, dono da empresa em segundo lugar em mineração, falar sobre as suas ofertas no mercado. O Yamir teve a ideia de se aliar aos seus concorrentes mais fortes e o seu alvo, Satoru Takoya, encontrava-se na mesma sala ouvindo as propostas. Ele também dava a sua opinião sobre a possível aliança e analisava atentamente o discurso dos sócios.

Miyuki aproximava o carrinho com doces e café, oferecendo para todos presentes parando ao lado de Dinesh. Ela depositava a xícara sobre a mesa sem tirar o sorriso gentil dos lábios. Masaichi os encarava desconfiado e não demorava muito para sorrir maliciosamente, mas recebia um chute do diretor que o fez grunhir baixinho.

— Algum problema, senhor Takeda? — pergunta Satoru preocupado.

— N-Não, nada. Eu só tive câimbra.

— É algo frequente. — comenta Youko ajudando-o na mentira. — Pode continuar, senhor Takoya.

— Pois bem, como eu ia dizendo...

O cheiro adocicado de Miyuki invadia as narinas de Dinesh, deixando-o em completo estado de êxtase. Então, aproveitava a presença da mulher ao seu lado ainda depositando o café na xícara para, lentamente, subir a mão pelas pernas dela. O trajeto passava da sua panturrilha, percorrendo a coxa até repousar entre suas pernas, onde acariciava o local. Por ela estar levemente inclinada para frente e usando uma saia na altura dos joelhos, o movimento do rapaz não foi percebido pelos demais presentes que, por sinal, estavam concentrados na proposta que poderia mudar o destino da empresa.

Contudo, o Yamir tinha certas prioridades no momento.

De forma discreta, Dinesh afastava a calcinha dela e inseria dois dedos em seu interior. Miyuki arregala os olhos surpresa, já sentindo o rosto esquentar e mordeu o interior das bochechas para nenhum som escapar da sua boca. Todos ao redor estavam focados demais nos argumentos de Satoru que mal notaram a expressão de prazer da mulher. Por outro lado, Dinesh sorria de canto aumentando o movimento dos seus dedos e a vendo se contorcer de prazer.

— D-Dinesh, aqui não...

— O que posso fazer? Sempre que vejo esse corpo, sinto vontade de tomá-lo para mim. — murmura próximo ao ouvido dela, inserindo os dedos tão fundo que Miyuki quase atingiu o ápice. — Independente do local e do momento. Por mim, eu expulsava todos dessa reunião e te foderia nessa mesa. Aqui e agora.

Ela revirava os olhos de prazer mas conseguia se controlar, principalmente porque Dinesh afastou de forma brusca os dedos e os chupou discretamente, antes de repousá-los em seu colo. Quando Miyuki abriu a boca para contestar o porquê, ele meneou a cabeça para frente a fim de fazê-la entender que os presentes na reunião perceberiam se continuassem assim. Após soltar um longo suspiro de frustração, a mulher se dirigiu para a parede ficando ao lado do carrinho.

Mesmo sendo errado, não podia negar como queria ter atingido o orgasmo naquele momento.

— Eu gostei das suas propostas, mas é difícil ver grandes vantagens para mim. — comenta Satoru. — Se fosse antigamente com... Vocês sabem...

— Com o meu pai na empresa. — completa Dinesh em um tom amargo. — Eu devo admitir que nossas estratégias divergem muito, mas a minha empresa é tão poderosa quanto a sua. Essa classificação mundial é apenas para causar uma falsa impressão de liderança, uma ideia tão fugaz se não for trabalhada da forma correta. No mundo, há líderes de verdade e marionetes.

— E por que eu devo confiar minha empresa ao senhor?

— Porque você está diante de um líder de verdade.

Os demais se sentiram intimidados, mas Satoru sorriu com entusiasmo. Em sua rotina, encontrava poucas pessoas corajosas o suficiente para enfrentá-lo e não podia ignorar o efeito positivo que a audácia de Dinesh causava. Por isso, decidiu dar continuidade à reunião ouvindo as propostas dos sócios e responsáveis pelos setores.

Como o esperado, Youko mostrou um pouco do seu trabalho na publicidade e os gráficos de crescimento chamaram a atenção de Satoru. Masaichi começou a conquistá-lo com toda a sua simpatia e carisma que, anos atrás, foram o motivo pelo qual Raj o colocou em uma posição de confiança.

— Eu ainda me encontro receoso. — admitia Satoru. — Mas não estou duvidando do potencial de vocês, até porque admiro como estão dando um sábio passo.

— Nós queremos trabalhar com a empresa do senhor. Eu aposto que o café de vocês é mil vezes melhor. — brincava Masaichi. — De qualquer forma, seremos pacientes.

— Isso mesmo. É uma escolha que requer tempo. — concorda Youko. — Mas contamos ansiosamente por uma resposta positiva.

— Eu deveria destruir o seu futuro império e esmagar suas esperanças como uma ameaça caso não aceite? — comenta Dinesh recebendo olhares abismados, principalmente de Satoru, em sua direção. — Desculpa, eu penso alto demais.

Todos presentes arregalam os olhos surpresos com as palavras do Yamir. Porém, ele dava uma alta risada.

— Eu estou brincando, pessoal! — o seu sorriso diminuía aos poucos, dando espaço para uma expressão vazia. — Esse é apenas o meu plano "B".

Diante das expressões nada agradáveis das pessoas ao seu redor, Dinesh gesticula com desdém pedindo para que prosseguissem.

De fato, a reunião seguiu bem apesar da ameaça nada discreta do Yamir e Satoru considerou seriamente a proposta de se aliar à empresa deles. Masaichi deu algumas broncas em seu amigo porque, devido à arrogância do rapaz, quase perderam uma grande carta na manga. Por sorte, a simpatia do vice-diretor e os demais serviram para anular o clima tenso.

Ao final do expediente, o qual se resumiu em outra reunião com o setor de contabilidade e o típico trabalho rotineiro, Dinesh saiu da sua sala jogando o terno por cima dos ombros. O dia foi cansativo, mesmo aproveitando o intervalo para provocar sua secretária, por isso uma forte dor de cabeça o atingia em cheio. Ele estava sem ânimo para pensar em algum lugar para levar seus queridos amigos no dia seguinte, então decidiu que perguntaria ao Kiran. Afinal, o irmão mais novo tinha maior conhecimento da cidade por causa das suas caminhadas matinais.

Miyuki desligava o computador e, em seguida, juntava os papéis em suas devidas pastas. Repentinamente, sentia uma presença atrás de si que fez seus pelos se ouriçarem. Por causa do perfume importado o qual conhecia muito bem, murmurou o nome dele:

— Dinesh... V-Você quase nos encrencou naquela reunião.

— Não me culpe, eu já falei que é difícil se segurar com você por perto. — sussurra em seu ouvido antes de se afastar. — Vamos, eu te deixarei em casa.

— Não terá problema se nos virem juntos? Os funcionários podem começar boatos.

— Eles já falam mal de mim, então eu não me importo. Porém, caso o seu nome seja citado, eu farei com que nunca pisem os pés nessa empresa novamente. — comenta esticando a mão em sua direção. — Não fique tão tensa perto de mim, apenas relaxe.

Ela abria um leve sorriso mais calma e segurava a mão dele para que os dois seguissem em direção ao carro do Dinesh, localizado no estacionamento subterrâneo. O rapaz optou por ficar em silêncio durante todo o caminho e, por sorte, eles não encontraram nenhum funcionário no trajeto.

Devido ao movimento na rua, Dinesh estacionou o carro na outra quadra e eles caminharam pela rua enquanto conversavam. A brisa agradável da primavera combinava com o momento de completa paz, além de que algumas pétalas de cerejeira embelezavam o local flutuando ao vento.

— A primavera é a minha estação favorita. — ela exclama eufórica sentindo algumas flores caírem em seu cabelo. — E a sua?

— Outono. — responde calmo com as mãos nos bolsos. — É melhor do que todo esse showzinho da primavera.

— Insensível.

Ele ria baixo focado no horizonte.

Miyuki encarou de canto o seu chefe, tendo a imagem dele preparando o café da manhã apenas de cueca. Porém, essa cena mudava para o seu semblante e tom de voz ameaçadores quando Takeo tentava tocá-la. A jovem lembrou de como o Dinesh agiu de forma intimidadora com o futuro sócio da empresa, não tendo medo das consequências. Ainda assim, não conseguia visualizar por muito tempo a imagem de alguém ruim. Os momentos do leve sorriso dele, sua risada escandalosa e a gentileza que ela só encontrava em seus braços, domavam toda a sua mente. Por isso, deixou uma pergunta escapar:

— Por que não deixa as pessoas verem o lado bom em você?

— Eu não quero.

— Por que?

— Porque quando elas viam o lado bom em mim, esperavam que eu só fizesse coisas boas. — Dinesh dizia fitando Miyuki com pesar. — E eu cansei de viver sob as expectativas dos outros.

Então, Miyuki compreendeu o quão machucado aquele coração estava. Dinesh sempre viveu na expectativa de ser um bom filho e, principalmente, uma boa pessoa passando muito tempo da sua vida mentindo para si mesmo.

— Entendo...

Ela via que estavam próximos da sua casa, mas ainda queria puxar algum assunto. Afinal, os dois se encontravam mais íntimos do que nunca.

— Dinesh, se a minha resposta fosse "sim" para qualquer coisa. O que você perguntaria?

O Yamir a lançou um olhar confuso, franzindo o cenho enquanto elevava uma mão à cabeça dela para remover as pétalas.

— Hum... Qualquer coisa?

— Sim! Então, qual a sua pergunta?

Os dois paravam na frente da casa dela e uma brisa suave circulava o local, balançando as longas mechas do cabelo de Dinesh – já que Miyuki havia amarrado o seu.

— Casa comigo?

Miyuki arregalou os olhos surpresa e, repentinamente, tudo ao seu redor desapareceu até mesmo o som. Ela só podia se concentrar na expressão serena do rapaz antes dele aproximar o rosto, roubando um longo selinho dos seus lábios. Ao se afastar, dava uma piscada com seu típico sorriso convencido.

— Nos vemos amanhã, senhorita Sato.

Por mais que ela quisesse responder a sua pergunta ou, ao menos, questionar a veracidade das suas palavras, Dinesh adiantou os passos sumindo entre a bela visão do pôr do Sol. Então, ela apoiou a mão sobre o coração que batia freneticamente e um largo sorriso surgiu em seus lábios, devido à pergunta do Dinesh ecoando em sua mente.

Verdade ou não, sentia-se extremamente feliz.

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