Ω Narração Cristiano Ω

"Como raios eu entrei nessa situação ?" Me pergunto enquanto paro para finalmente analisar na merda em que me enfiei.

Pietro se masturbando na minha frente, enquanto me olha como se eu fosse a sua presa. Eu quero fugir daqui, mas tem algo que me faz querer me entregar a essa situação.

Eu prometi ao Alan e a mim mesmo que não iria ir para os braços dele e olha só onde eu estou. Com os meus olhos fixos no membro do Pietro e diga-se de passagem que belo membro.

Eu tenho tantos motivos para fugir daqui, mas eu só preciso de um único motivo para me entregar de vez a essa situação...

- Vai me deixar esperando, amor? - A voz do Pietro entra pelos meus ouvidos, me causando um arrepio por todo o meu corpo. Olho para baixo e o meu amiguinho dá novamente sinal de vida.

"Quer saber? É melhor se arrepender do quê passar vontade. " Penso enquanto termino de tira a minha bermuda e depois tiro a minha camiseta.

Vou caminhando em sua direção e me ajoelho diante dele. Meu tesão é tanto que eu nem me importo de estar no chão do banheiro, completamente entregue a ele, entregue aquela situação.

Aproximo meu rosto do seu membro que já libera pré gozo e passo a língua na sua glande. "Pietro ainda tem o mesmo gosto no qual eu me lembrava." Penso ao passar a língua pelos meus lábios.

Olho para cima e o mesmo me olha como se controlasse para não me possuir nesse chão do banheiro. Ele exala uma aura de dominação que me faz querer me render a qualquer coisa, acatar qualquer decisão dele e isso me assusta.

Volto a minha atenção para o seu pênis e começo sugar o mesmo. Faço movimentos de vai e vem. Uso a minha língua da forma que eu aprendi com o tempo.

- Nossa, você melhorou bastante o seu boquete. - Pietro diz e eu deixo escapar um sorriso. - O quê me deixa puto é saber que você não treinou comigo, mas teremos tempo para recuperar o tempo perdido.

- Não haja como se tivéssemos voltado ou algo do tipo. - Digo me levantando e ficando de frente a ele. - Eu só estou aqui aproveitando uma oportunidade.  - Sento em seu colo e encaixo a minha entrada no seu pau.

- Pera, não usamos lubrificante e não lhe preparamos. Você vai se machucar. - Pietro diz mudando toda a sua postura e aparentando preocupação.

- Não se preocupe, "amorzinho". - Digo irônico. - Meus pais não fizeram um filho fraco. - Após dizer isso eu sento em cima do pau dele todo de uma vez.

Sentir o membro dele me invadir com agressividade me causa um grande choque. Ainda bem que nessa madrugada eu resolvi brincar lá trás para aliviar o estresse, senão eu estaria perdido.

Olho para o Pietro e ele já me beija de um jeito feroz. Me invadindo pela segunda vez com a sua língua insaciável.

Como explicar esse beijo? Puro êxtase e luxúria. Sinto o meu corpo arder da cabeça aos pés. Sinto que irei gozar de novo e nem comecei a me mexer.

Após ter certeza que meu corpo já havia se acostumado, eu começo a cavalgar lentamente naquele membro. Sentir esse pedaço pulsante de carne me invadindo é um pouco incômodo, mas sei que irá melhorar em breve.

Contínuo com os meus movimentos até sentir ser tocado na minha próstata. Não consigo segurar o gemido e acabo abraçando o pescoço do Pietro e repousando minha cabeça em seu ombro.

O mesmo entende o recado e começa a se movimentar. Nossos gemidos soam em uníssono, como se nossas almas estivessem entrelaçadas. Sei que é bobagem pensar uma coisa dessas, mas essa seria a única explicação plausível para esse momento.

- Droga, vou gozar. - Ouço a voz rouca do Pietro em meu ouvido e logo sinto jatos quentes me inundando. Acabo gemendo por puro instinto...

Segundos se passam e nós dois ainda continuamos ofegantes. A ficha daquilo que eu acabei de fazer acaba caindo. "Eu não deveria, nós dois não deveríamos." Penso enquanto sinto os meus olhos encherem de água. "Isso não é justo." Eu quero me levantar daqui, fugir daqui, mas eu não tenho forças.

"Droga, eu não suporto ser tão fraco." Não tenho coragem de levantar o meu olhar. Eu definitivamente estou preso nessa situação.

- Cris, Cris? Você... Está chorando..? - Pietro me pergunta, mas eu não consigo responder. Minhas lágrimas não param de rolar. Quero fugir. Quero me esconder. - Meu amor, olha pra mim, por favor. - Mesmo relutante eu levanto o meu olhar para ele.

Acabo me deparando com aqueles olhos escuros que me fizeram entrar nessa grande furada. Me sinto ser teleportado para o meu primeiro, quando eu fui pego por esses malditos olhos.

Sou tirado dos meus pensamentos pelos lábios do Pietro. Nosso beijo de agora não possui toda aquela carga de desejo, mas sim de calmaria, de afeto.

Eu me entrego a esse sentimento que não sei ao certo o quê seja. Menti para mim mesmo esse tempo todo. Eu sinto falta dessa parte do Pietro, infelizmente.

Me permito me afasta aos poucos. Devagar me levanto, mesmo não querendo. Vou em busca de minhas roupas e as pego do chão. Me visto com elas devagar, pouco me importando com o sêmen que escorria do meu ânus.

"Nem usamos camisinha." Penso e acabo soltando um leve sorriso. Espero que ele não tenha se descuidado com mais ninguém além de mim...

Não suporto a idéia de encarar o Pietro, por isso eu não o olho e muito menos lhe dirijo a palavra. Pelo canto dos meus olhos, consigo ver ele me encarando. Tento ignorar, falta pouco para eu colocar a minha roupa e sair daqui.

Quando finalmente termino de me vestir, vou até a porta. Só queria esquecer que isso tudo aconteceu. Quero ir embora, mas sou impedido pela mão do Pietro que segura o meu braço.

Eu queria xingar ele e me soltar, mas eu não tenho forças para lutar. Eu lutei por tanto tempo, mas aqui estou eu...

- Por favor, não vai assim. - Escuto a sua voz. Será se esse tom  de voz é um tom de súplica?

- Por que não? Da última vez que transamos você me dispensou no dia seguinte. Por que seria diferente? - Pergunto me controlando para não voltar a chorar.

- Naquela época eu fui um covarde, já admiti isso. Dessa vez será diferente porque eu prometi que ninguém irá lhe afastar de mim. Eu te amo e agora sei que você ainda me ama.. Eu sei que estou parecendo um babaca, mas juro que não quero lhe perder de novo... - Olho para o Pietro e vejo pela primeira vez ele chorar.

Ver ele nessa situação me faz querer cuidar dele, me entregar de corpo e alma como fiz no passado, mas eu não posso simplesmente ceder a ele assim tão fácil. Eu sei o quanto isso tudo me machucou, então, não vou arriscar me machucar novamente.

Me solto da mão do Pietro e vou caminhando para fora daquele banheiro. Quando chego na porta, eu olho para trás e digo algo que eu jurei que nunca iria admitir.

- Eu realmente ainda lhe amo, Pietro. Entretanto, não acho que esse sentimento seja o suficiente para o nosso retorno... Apenas entenda a situação: você tem que sumir, então apenas vá embora da minha vida...

Saio daquele banheiro com a minha alma despedaçada. Sei que uma parte dela permaneceu lá com o Pietro, por isso juntarei o quê sobrou de mim e irei seguir em frente... Custe o quê custar...

X = X = X = X = X = X = X = X = X

N/a: Como eu havia prometido trouxe a atualização dupla. Espero que tenham gostado e me desculpem os erros que tenham passado despercebidos. Vejo vocês na próxima.