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Território Inimigo-34

Nota 1: Emocionei-me pakas escrevendo o capítulo. Perdoem pelo atraso...
Nota 2: faltam 6 capítulos bolinhos;
Nota 3: Corram para o meu perfil e conheçam Avalon de Sem Limites e Haeger...

Boa Leitura.

KALAHARI

Villa Bonnatero/Ilha de Sicília

—Você tem certeza disso? —Questionou Enzo, pela sétima vez. Não que eu estivesse contando.

—Nunca estive tão certa... —retorqui. —Apenas cuidem deles, os protejam com as vossas vidas, por favor.

Olhei para Mariah que brincava com Tafadzua, elas eram realmente apaixonadas uma pela outra. Do outro lado da sala estavam os gêmeos, cada um no colo de cada avô. Gabriel estava agitado e muito atento como sempre o que era curioso para um bebê de apenas 2 meses, enquanto que Miguel dorminhoco que era dormia nos braços do avô, meu menino mais velho adorava colo.

—Você promete cuidar de si mesma?

—Sim. Eu prometo pai.

—Traga-o de volta para nós. —pediu minha sogra. Eu pude sentir que assim como eu, ela estava apreensiva.

—Não voltarei sem ele —abracei-a. —, isso é uma promessa.

A pior parte era ter que desmamar meus bambinos, ter que deixá-los ainda pequenos. Mas eu não podia seguir sem ele, já se haviam passado vários meses e eu simplesmente não podia cuidar de três sem ele, eu mesma precisava dele.

—A mamma volta logo. —murmurei para meus bebês.

Eles pareciam-se tanto com ele que chegava a doer.

—E você bambina, nada de berros e de deixar os tios sem dormir. —distribuí alguns beijinhos no rostinho da minha piccola, obtendo em resposta alguns resmungos e palminhas.

—Eu acho que isso foi um  “eu irei infernizá-los mamma”.  —Enzo exclamou, fazendo barulhos engraçados com a boca gerando uma onda de gargalhadas vindas de Mariah.

De uma coisa eu tinha certeza, Light pagaria caro por fazer-me ficar longe dele e das crianças. E com certeza eu mataria qualquer maldito que se metesse com a minha família outra vez.

Era inacreditável que eu já estava com saudade deles mesmo antes de sair da Villa. Seria realmente difícil ter que afastar-me por tempo indeterminado, porém os benefícios seriam maiores. Meu olhar arrastou-se para minha irmã que logo entregou Mariah para o-seu-agora-noivo, caminhando até mim e entregando-me uma maleta negra que aparentava estar repleta de itens de maquiagem.

Sorri agradecida.

—Tenha cuidado.

—Sempre. —murmurei.

• •

A ansiedade tomava conta de cada centímetro do meu corpo à cada passo que eu dava em rumo a grande Mansão Vitorini. Como se não bastasse as horas intermináveis dentro do maldito jato, eu tinha que enfrentar uma dúzia de soladados carrancudos e capos pretenciosos antes de chegar ao poderoso Capo dei Capi.

Por precaução permiti-me levar apenas dois Beserkers-Batedores comigo. Não tinha intenção de dar início a mais uma guerra, e se tudo que eu havia planeado corresse como a água cristalina de um belo rio numa manhã de Domingo, seria apenas uma questão de tempo até a Cosa Nostra acabar enterrada como qualquer cidade antiga que fora esquecida com o tempo. Tudo que eu tinha de fazer era a velha e boa prática da encenação. Se Vittorini acreditasse na história que eu contaria, então seria mais fácil traçar um plano para mandar o velho nojento ao inferno.

Tudo que eu precisava era acreditar, afinal ter fé era tudo.

A longa viagem terminou na entrada luxuosa da mansão renascentista. A Ilha de Sicília era inacreditávelmente deslumbrante. O verde das paisagens, as colinas e o mar. Até o ar era perturbadoramente envolvente.

Pena que sempre haveria uma parte podre no paraíso, ou talvez alguém que nunca estaria feliz com a simples vida em um paraíso. Assim como a cobra de Gênesis, Vittorini era o mal que se instalara nesse pedaço de paraíso. Não que a Cosa Nostra não tivesse suas raízes na ilha, uma vez que ela também era conhecida como Máfia Siciliana, mas o facto era que Vittorini estragara tudo que estava relacionada as regras. A morte por todos os lados gerava medo e criava ainda mais apreensão para os habitantes.

Respirei fundo. Não podia simplesmente divagar enquanto estava quase lá. Apenas um portão de aço separava-me daquele que era meu por direito.
Talvez eu tivesse que apelar.

Os grandes portões dourados ostentavam um grande V numa caligrafia elegante e bem moldada. A letra era de facto bonita e escrita para mostrar  o quão imponente era a mansão.

—Identificação. — disse um dos soldados que encontrava-se na guarita. O homem possuía grandes olhos negros e suas vestimentas negras combinavam perfeitamente com a cor do seu cabelo raspado os lados.

Zander que era quem dirigia, entregou ao homem uma série de documentos que nos identificavam. O homem não podia ver-me, mas isso não impedia-me de vê-lo. As rugas que emolduraram seu rosto rapidamente mostraram-me que ele ficou surpreso por saber que naquele caro encontrava-se a esposa do seu chefe. Um sorriso maroto tomou os meus lábios. Eu estava indo para surpreender a todos.

—A esposa do Chefe está aqui. Câmbio.  —O homem disse pelo rádio. A resposta não demorou a chegar.

—Libere a entrada. —outra voz soou pelo rádio.

O soldado acenou para outros que estavam espalhados pela entrada. De onde estava podia contar dez ou talvez onze, que rapidamente colocaram-se a procurar objectos explosivos de baixo do Bentley negro, arancando-me um suspiro. Os homens acenaram para o que parecia estar em comando.

—Abram os portões. —disse. —Vocês podem passar.

Zander acenou positivamente pisando no acelerador rapidamente.

Se eu não visse com meus próprios olhos, acharia que a casa fosse apenas uma mansão qualquer. Ela eram mais que uma maldita mansão, era uma mansão absolutamente explendorosa em sua suntuosidade e traços antigos. Levará três dias para estudar a planta daquele lugar. De jeito nenhum eu podia perder-me naquele lugar gigante. 

Assim que o carro parou de frente as grandes portas do lugar, vários soldados fizeram sua fila carregando metralhadoras automáticas. Duas mulheres encontravam-se no topo das escadas e ao lado delas estava Claude.

Zander apressou-se para abrir a porta do carro, enquanto Ártemis retirava minhas malas do carro.

Antes de sair do carro coloquei meus óculos escuros. Meus cabelos estavam presos em um coque bem preso sem deixar um foi crespo solto. Os magníficos saltos de 15 centímetros tocaram o chão duro que de certeza estava quente. Naquele momento caiu a ficha, eu estava pisando em solo desconhecido. Em território inimigo e em qualquer momento, tudo que estava sob meus pés podia simplesmente ruir e com ele eu estaria caindo num abismo mortal.

Mas era a única alternativa. Sempre fora. Eu não estava indo jogar para perder.

—Baronesa. —Pronunciou-se Zander. Sua voz era firme e seu olhar especulativo.

O homem de cabelos grisalhos, possuía olhos verdes intensos e um porte que definitivamente era o recomentado aos quartebacks do futebol.

—Trichet. —Sibilei.

Zander desceu os degraus que nos separavam. Seu andar era despreocupado e elegante. Seu olhar atentava-se diretamente a mim e isso fez com que os dois homens que estavam a minha trás aproximassem-se rapidamente fazendo com que o italianos sorrise de lado ainda despreocupado.

—É sempre bom ter uma mulher tão bela em nossa humilde casa.

O homem depositou um beijo demorado na minha mão, não deixando meu olhar escapar do seu.

—Eu gostaria imenso de dizer que é um prazer, mas nos dois sabemos o quanto eu o desprezo. —sorri largamente. Em momento nenhum meu olhar deixou o seu e pude ver a diversão brincar em seus olhos cor de esmeralda.

—Não nos conhecemos na melhor das ocasiões. —retrucou.

—Claro. De certeza para você, uma ocasião melhor seria se realmente tivesse conseguido levar a minha sogra a óbito. —Aproximei-me ainda mais dele. Alguns centímetros nos separavam e o homem era ainda mais detestável de perto. Sua beleza era simplesmente ofuscada pelo seu sorriso de escárnio e o mal que dançava em seus olhos. —E eu pergunto-me, o que o meu marido acharia se visse você tão perto de mim.

Dei mais um passo na sua direção. Menos de sete centímetros separavam nossas bocas.

—Não olhar com desejo para a mulher do seu irmão é uma regra que tem sido levada a sério pela Cosa Nostra certo? Quanto mais olhar com desejo bruto e cru para a mulher o seu chefe? Isso dá o quê? Pena de morte? —eu estava indo para fazer a vida de cada um daqueles seres miseráveis um inferno. Eu estava louca para jogar.

Seu sorriso havia morrido. O homem deu alguns passos para trás fitando-me com uma mistura de ódio e desejo, não podia culpá-lo por querer matar-me, seja lá de que modo for. No final do jogo ele seria a peça guardada dentro da caixa.

—Revistem-os. —ordenou ele. —Sem armas dentro da casa.

—Você vai querer que eu abra a minha maleta também? —indaguei, levantando a maleta negra feita de couro que Tafadzua preparara para mim especialmente para a viagem. —Talvez eu tenha colocado algumas roupas íntimas nela.

Uma das mulheres que encontravam-se no topo da escada sorriu uma para outra, não obtendo um sorriso de volta. Mas havia algo ali. Eu poderia jurar que nenhuma delas transbordava afecto por Trichet, o que era mais uma vantagem de guerra para mim.

—Não, Baronesa. —exclamou.

—Obrigada nobre cavalheiro. —sussurei no seu ouvido, passando por ele.

As mulheres rapidamente receberam as malas que estavam com Zander e Ártemis. Ambas vestiam longas saias negras e blusas de seda branca com grandes mangas bufantes, seus cabelos estavam arrumados em uma trança única e não havia vestígios de maquiagem em suas faces. Pela postura e vestimenta pude notar que elas eram criadas. Uma mais alta e bronzeada que a outra e enquanto a mais alta era sorridente a mais baixa estava em torno da sua própria seriedade mostrando claramente que a minha presença na casa não lhe agradara.

—Seja bem vinda senhora. Meu nome é  Domenica e assim como Giuliana, estou aqui para servi-la durante o seu período de estadia. —a mulher alta pronunciou-se, exibindo um sorriso simpático.

A outra mulher apenas acenou para mim sem pronunciar-se.

Grazie, Domenica.

Assim como eu já imaginava, a casa era realmente estonteante e luxuosa na parte interna. Cores neutras cobriam as paredes, várias obras de arte deste o hall de entrada até a sala de estar, os lustres eram simplesmente de tirar o fôlego em seu material cristalino e bem polido.

Assim que eu, Zander e Ártemis estávamos confortavelmente instalados em nossos aposentos, decidi que precisava urgentemente de sentir a água quente escorrer pelo meu corpo. Faziam quase duas horas desde que eu coloquei os pés na areia movediça que era a mansão do demônio, porém em momento nenhum ouvi falar de Light ou do ser asqueroso que era Vittorini, embora precisasse de um tempo antes de vê-lo novamente. Faziam mais de dez meses que eu não havia recebido nem um sinal de fumaça vindo dele ou talvez um pombo correio para evitar as desvantagens das novas tecnológicas. Claude com certeza estaria rastreado Light e não havia uma linha segura, todo o cuidado era mortalmente necessário, ja haviamos perdido aliados suficientes e alguns associados também.

Saí da grande banheira luxuosa cobrindo o meu corpo nu com um roupão confortável. De frente a banheira havia um grande espelho onde permite-me analisar minha aparência, embora eu já soubesse que tudo em minha face gritava cansaço e preocupação. Era difícil não poder ligar para casa, saber como meus filhos estavam ou avisar que estava viva e bem. Em todo caso, sabia que estava bem protegida.

Enquanto passava óleo em minhas pernas, duas batidas soaram. Bufei irritada. Precisava de algumas horas para colocar as idéias e todos os planos em ordem e tanta perturbação atrapalharia meu cérebro exausto.

—Entre.

A mulher morena e alta adentrou sendo seguida pela mais baixa. Domenica sorriu para mim e apressou-se a ajudar-me a tirar o roupão. Eu gostava dela, apesar de não poder confiar. Um gato em território de cães era um grande alvo estático.

—O Barão está pronto para recebê-la, por isso viemos ajudá-la com suas vestimentas. —Disse Giuliana. O desgosto em sua voz era facilmente detectável.

Grazie. —sorri. —Vocês trabalham aqui a muito tempo?

O olhar de Domenica passou de mim para sua companheira, enquanto ajudava-me a fechar o zíper o vestido negro que eu havia escolhido para a ocasião.

—Meu papà era um soldado da casa, então eu acabei crescendo nas terras Vottorini. —explicou Domenica.

—Era?

senhora. Ele acabou obtendo uma dívida imensa com a família e terminou fuzilado. —Não havia dor em sua voz, suas expressões mantinham-se neutras. Nem um traço se quer ousou falar aquilo que não saira da sua boca.

—E porquê você continua aqui? —mesmo sabendo da resposta, precisava ouvi-la saindo de sua boca. —Você poderia ter ido embora. Fugido.

Domenica sorriu fraco. Seu olhar passou do meu reflexo no espelho para o chão.

—Trabalho para pagar a dívida... 

—Chega Domenica! Ela não é confiável. — Definitivamente aquela mulher não gostava de mim. O que era bom. O sentimento acabara de tornar-se recíproco.

—Não sejas rude, Giuliana. —repreendeu a mais alta.

Olhei para Giuliana pelo reflexo do espelho da grande penteadeira metalizada. Haviam faíscas de ódio brilhado em seus olhos e grandes vincos em seu rosto.

—Está tudo bem. Vamos?

Saímos do quarto seguindo o corredor interminável cujas paredes eram efeitadas por grandes retratos de Vittorini. Não bastava ser louco, tinha de ser um grande sapo narcisista. Engoli duro para evitar cuspir para os retratos que mais pareciam seguir-me a cada passo. O corredor não era estreito e por mais que eu detestasse admitiria decoração vintage com toques modernos era bonita, aproveitava muito da estrutura da casa. No fim do corredor haviam grandes lances de escada, que estavam separados por uma grande estatueta de mármore, um lance de escadas do lado direito onde nos encontravamos e a do lado esquerdo que era mais longa e dava acesso ao segundo andar da casa. No final da escada estavam os meus fieis escudeiros.

—Por aqui senhora. —murmurou Domenica.

Seguia-a pela grande sala de estar seguindo até um grande salão que possuia três lustres grandes e esbeltos. No fim do salão haviam duas portas douradas onde dois homens vestidos de negro encontravam-se parados com as duas mãos para trás. Esboçavam perfeitas carrancas mal humoradas acompanhadas por um olhar nada amigável, acompanhavam cada passo meu.

Uma ovelha no território de lobos.

A Baronesa. —anunciou Giuliana.

—Por aqui. —indicou o homem que estava parado do lado esquerdo das grandes portas douradas. Mais alguns passos e eu o veria.

As portas abriram-se exibindo mais soldados na parte interior da sala, um grande tapete negro que ia da porta ao trono levaria-me até ele. Era exatamente isso, um trono totalmente dourado que parecia muito confortável pelo menos de longe. E sentado nele estava ele. Light. Ao seu lado direito estava Vittorini e em pé no fim dos degraus estava Claude Trichet.

A sala não era tão grande, mas era digna de um rei. Haviam grandes janelas cobertas por cortinas vermelhas atrás do trono e uma grande cobra fazia  parte da decoração do topo do trono.

Permiti-me respirar várias vezes, afinal não era todos os dias que vários pares de olhos inimigos observavam-me como uma presa fácil ao abate. Caminhei pelo longo tapete sem demostrar medo ou hesitação, a minha trás estavam Zander e Ártemis que seguiam-me a cada passo. Eu sabia que mesmo que não saissemos com vida daqui, eles fariam de tudo para me proteger antes do anjo da morte levar a melhor.

Eu não podia tropeçar em meus próprios pés.

—Finalmente Baronesa.

Levantei a cabeça e puxei meu olhar até o dono da voz rouca e surrada. Vittorini carregava um sorriso frouxo em seus lábios, cada traço do homem reflectia orgulho e velhice. Sua postura era recta e poderosa, reflectida como um Deus e seu olhar que estava ao redor de tudo e de todos, as rugas em sua face reflectiam o tempo que se passara e seus olhos azuis frios eram como duas pedras de gelo bem no meio da Antárctida. Mesmo não sendo o Capo dei Capi, ele detinha grande parte do poder da organização e uma das provas era o facto de ser o único tão próximo de Light. Seus dedos cheios de anéis brilhantes e grandes demais para não dizer extravagantes, passeavam tranquilamente pela mão da grande cadeira que se encontrava sentado.

Em momento algum ousei olhar em direção a Light, mas deste o momento que coloquei os pés naquele grande cômodo frio e imponente, senti ondas de calor espalhando-se pelo meu corpo. Seu olhar estava sobre mim desde o meu primeiro passo, e isso causava-me arrepios gostosos na base da coluna. Não estava pronta para olha-lo, isso era tudo que eu achava que poderia ser, afinal não estavamos num momento repleto de paz e amor e de alguma forma olhá-lo seria como cair no canto da sereia que nesse caso seria um grande Moby Dick, capaz de virar-me do avesso com um só toque. Saber que estava sob seu olhar tirava a sanidade fora da minha mente e como se não bastasse, minha missão era conseguir formas de fazê-lo tirar a cabeça de sua própria bunda e pensar por si mesmo; parar de agir como um boneco de pau telecomandado e chutar a bunda de Vittorini de uma vez por todas.

—Vittorini. —Não pude evitar. Mostrar-lhe o meu sorriso mais falso era tão fácil quanto soletrar meu próprio nome.

—A que se deve a tão inesperada visita? Para um almoço de Domingo é que não é. —o homem era com certeza asqueroso e cauteloso para não dizer meticuloso.

—Ah, não se preocupe com o almoço de Domingo —sorri. Definitivamente o sarcasmo era o meu melhor amigo. —, macarronada não faz parte do menu.

—Bom... Então o que trouxe até minha ilha? — Tão rápido quanto um relâmpago seu humor desceu menos cem graus.

—Talvez esse seja um assunto que o Chefe deva tratar.

—Fale. —a voz áspera revertebrou em meus ouvidos. Sua voz não havia mudado nada, tirando a parte do fodidamente frio e sem vida. Não se comparava ao Light que eu conheci e muito menos ao idiota que se negava a mim.

Não sabia ao certo o que haviam feito com o meu marido, mas soava profundo e assustador o suficiente para fazer-me recuar um passo e meus joelhos fraquejarem de medo. Eu estava malditamente com medo do meu marido. Daquele que compartilhou dúzias de vezes a mesma cama que eu e aquele que no calor da noite amou-me com tamanha intensidade que fazia meus olhos revirarem.

—Estou aqui para reivindicar os meus deveres de esposa. —disse alto o suficiente para que todos ouvissem. Não vou olhá-lo, não vou olhá-lo. —Segundo as regras da família, eu sou tua para tomar uma vez que não houve adultério e nem morte. Você casou-se comigo por livre e espontânea vontade e segundo as regras não pode simplesmente abandonar-me e deixar-me nas mãos e no radar dos inimigos.

Finalmente levei o meu olhar até o seu. Pareceu uma eternidade, nossos olhos fitado um ao outro. Suas grandes esferas azuis analisavam-me como se procurasse algo fora do lugar em cada parte do meu corpo. E maldita beleza dada pelos Deuses. Como era possível que ele estivesse ainda mais bonito com a barba por fazer e o cabelo penteado de forma desleixada, fazendo com que uma parte mais comprida dele caísse sobre seu olho esquerdo. Suas maçãs do rosto estavam ainda mais acentuadas e as linhas em sua testa revelavam aquilo que seus olhos não diziam. Preocupação.

—Papà. —murmurou para o homem sentado ao seu lado.

—Ela está certa filho. A família precisa de herdeiros fortes e ela me parece ser a mulher perfeita e não posso deixar de lado o facto dela pertecer-lhe, não queremos que um bastardo tome a cadeira, então sendo uma legítima esposa ela é ideal.

Light assentiu, em momento algum deixou seu olhar escapar do meu. O velho asqueroso não sabia a onda que estava indo inundar seus planos. Eu seria o dilúvio nas suas terras. Na sua maldita ilha explendorosa.

Depois de muita conversa vi-me sozinha diante daquele que era o meu marido. Light estava elegante dentro de um terno escuro com a camisa também escura, a gravata vermelha ficava-lhe perfeita e sua grande mão repleta de tatuagens e anéis, faziam meu estomago ter vida própria. Definitivamente eu estava presa eternamente pelo laço do matrimônio com um deus da beleza e imponência.
Observei-o caminhar em passos preguiçosos e despreocupado até mim, cada lance de escada ultrapassado equivalia ao som duro e forte do meu coração descompassado e perdido. Seu maldito olhar penetrante e hipnotizante faziam-me desejá-lo como nunca, seu olhar sem vida era como um enigma nível Deuses do Olimpo.

—Então...

Limpou a garganta. Menos de quinze centímetros separavam seu corpo do meu. Grande tortura, embora soubesse que deveria manter o foco. Sem distrações Kalahari.

—Então... —sibilei suas palavras.

Light caminhou mais alguns passos até mim e foi naquele momento, quando o seu maldito cheiro inebriante inundou meus sentidos que a raiva espalhou-se pelo meu corpo e sem pensar o som do estalo que minha mão fizera em sua face ecoou pela sala. Com certeza havia doido mais em mim do que nele. Ele não parecia chocado e muito menos com raiva, o que de uma forma inexplicável triplicava minha raiva.

—E-eu...

Light deixou seu grande corpo cair sobre o chão ajoelhando-se diante dos meus pés. Suas mãos envolveram minha cintura e sua cabeça pousou um pouco abaixo da minha barriga.

—Eu sinto muito... —Sua voz estava falha e embargada. —Eu sei que foi um monte de tempo, mas eu espero que possa me perdoar e-e... Por favor Kalahari, por favor eu...

—Eles tem uma mistura dos nossos olhos. —Ajoelhei-me para ficar da sua altura. —Eles são tão você... —o riso escapou da minha garganta saindo pelos meus lábios.

—Eles... Eles... Gabriel e...

—E Miguel.

—Oh, meu Deus. Obrigado Kalahari, obrigado por fazer-me o homem mais feliz dessa ilha de merda. Eu senti a sua falta e-e eu amo-te tanto.

As lágrimas traidores cobriram meu rosto. Como não ama-lo?

—Eu amo-te ainda mais amore mio.

E esta era a fase final daquilo que era a vida de merda que Vittorini o estava fazendo passar. Eu era a bola de demolição em sua vida e dessa vez estava pronta para demolir tudo aquilo que o atormentava e o fazia infeliz, e o primeiro passo seria a morte certa de Claude Trichet.



•E ai?  Gostaram? O que estão achando da Kalahari super Baronesa?
Comentem muito e Claro votem. Se puderem compartilhar seria tão awesome.

Aviso 2: Estou com livros novos na plataforma, não deixem de dar uma olhada.

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