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Mudanças?-19

HEY Cakies: Grazie, Obrigada, Thanks, Arigatô, Gomapda pelos votos, comentários e principalmente por estarem lendo o livro com avidez.

Pela demora, presenteio-vos com o BookTrailer que está bem ai na multimídia e já agora convido á vocês para seguirem o DarTaLivros e inscreverem-se lá no canal do YouTube.

Boa Leitura.

Toscana/Itália

LIGHT

Alguns minutos se passaram enquanto eu reflectia sobre as reviravoltas da minha vida. A um mês, se alguem dissesse-me que eu estaria casado e que permiti que minha esposa me visse despido e vulnerável, eu certamente mataria o ser e iria desovar seu corpo em qualquer lugar á céu aberto para servir de refeição aos Corvos e Abutres. Estou eternamente acorrentado e de alguma forma isso faz-me bem, seria extremo se eu usasse a palavra feliz o que não combina comigo e tão pouco faz parte do meu vocabulário diário. A verdade é que Kalahari trás me paz e isso alimenta a vontade de ficar com ela para a eternidade.

Saio dos meus desvaneios quando abercebo-me que batem na porta. Com a voz firme mando-o entrar, sei bem quem é.

—B-boa tarde senhor. —Felipo comprimenta, posso sentir o medo que emana dele.

—Boa tarde Felipo. —digo frio, encosto-me na minha cadeira de modo a ficar ainda mais confortável. —Senta-te.

Ele é muito alto para um rapaz da sua idade, pode ser confundido com um rapaz maior de idade, o que o faz ainda mais qualificado para trabalhar directamente com minha mulher. Aparenta inocência, porém é letal.

—Como vai o seu pai? —indago curioso. —Não tenho tido notícias dele.

—Ele está a trabalhar directamente para o sottocapo senhor. —diz apreensivo. Não olha directamente para mim. —Eles retornaram da Rússia está manhã.

Respiro profundamente. Coloco as minhas canetas por ordem e fito o rapaz que olha-me com medo mesclado de admiração. Eu sou sujo, como pode ele admirar-me por ser o que eu sou? Sendo quem eu sou e tendo feito o que fiz?

—Darei-te-ei uma chance para sair e juntar-se ao teu pai —digo, tomando um gole do líquido incolor que está no copo á minha frente. —, depois que entrares exigo lealdade total. Cuidarás da minha mulher e com ela não admito falhas, seja sábio e inteligente o suficiente para escolher de que lado vai ficar.

—Sou leal ao senhor dos dois lados. Sempre serei.

Felipo não exita, não parece inseguro ou incerto e muito menos indeciso. Ele olhou-me profundamente e respondeu, o rapaz sabe o que quer mesmo que isso signifique lutar contra seu progenitor. Em meio aos seus medos e receios, foi firme o suficiente para saber o que realmente quer. Minha mamma disse-me uma vez, que escolhas são como um cubo mágico, difíceis e complicados, mas quando usa-se a sabedoria e inteligência, tudo parece fluir mais facilmente.

—Fico feliz em ouvir isso meu rapaz. —digo, prestando atenção na porta que é rapidamente aberta depois de duas batidas.

—Atrapalho? —Kalahari questiona, colocando a cabeça pela fenda da porta aberta. —Posso voltar outra hora.

Sorrio de lado. Ela é tão linda e quebrável.

—Vem cá. —chamo fazendo-a sorrir, entrar e fechar a porta.

—Olá. —diz para Felipo, que levanta-se rapidamente para cumprimentá-la de volta.

—Boa tarde Baronesa. —o rapaz responde timidamente, mas sua postura firme e erecta.

Kalahari franze o cenho pela formalidade, mas sorri balançando a cabeça para os dois lados. Seus cabelos estão presos num coque japonês perfeito, traja um vestido de verão solto de alças acima do joelhos e a maldita está sem o sutiã. Consequentemente seus mamilos estão visíveis para quem os quiser vê-los e punhetar-se com a visão. Até eu bateria uma só de olhá-la.

—Como você percebeu Felipo, está é Kalahari Bonatero —faço sinal para que ela venha até mim e prontamente ela o faz. —, minha esposa.

Kalahari senta-se no meu colo, passando um braço pelo meu pescoço e depositando um selinho na pele exposta.

—Piccola, este é Felipo Galari. —apresento-o. —E assim como Kammily e mais dois homens da minha confiança, está encarregado de cuidar da sua segurança.

Kalahari bufa um pouco irritada, percebo pelo seu maxilar duro e corpo tenso. Teimosa e muito linda. Não me canso de dizer isso.

—Bem vindo ao inferno Felipo. —retruca zombeteira. Essa mulher gosta de provocar-me. —Eu sou a esposa do diabo. —sorri divertida.

—Obrigada senhora.

O rapaz responde hesitante e tímido. Kalahari fará a vida dele um inferno, já posso imaginar.

—Por nada Felipo, prevejo que seremos bons amigos. —retruca toda simpatia.

—Ele está aqui para assegurar que nada te aconteça Kalahari, não para ser teu amigo. —respiro fundo, preciso ser paciente com ela. Sei lá por qual motivo.

—Não sejas um velho mal humorado amore mio. —devolve ainda mais zombeteira. —Felipo, se não te importas podes deixar-nos a sós?

O rapaz acena várias vezes levantando-se apressadamente e um pouco atrapalhado. O que ele tem de esperto e inteligente, tem de mente fértil e tímido.

—S-sim Senhora.

Felipo saí do cómodo feito um foguete de tão rápido. Kalahari levanta e põe-se a gargalhar. Ela está a diverti-se as custas da timidez e inexperiência do rapaz.

—Ele é tão fofo. —diz entre risos. —Não achas?

Franzo o cenho levemente irritado, levanto-me fitando-a. Cada vez que ela ri, seus seios balançam chamando atenção para seus mamilos entumescidos. Parece uma loucura, mas é como se eles me chamassem.

—Não. —caminho em sua direção. —Não acho. —retruco puxando-a para mim.

—Ciumento. —Kalahari tosse.

Fito seus belos olhos, podem ser comparados a folhas secas na primaveira ou talvez a areia quente da praia no verão. Kalahari engole em seco e fita-me de volta. Sua aura emana inocência e perigo, e de facto ela é perigosa e me da um tesão que faz-me querer afudar-me nela por completo. Não era suposto eu estar tão atraído por ela, isso não é bom e trará consequências se não mortes.

—Como te sentes? —indago, fitando seus lábios.

A morena morde os lábios timidamente, baixando a cabeça. Sua zombaria morre no mesmo instante.

—Um pouco dolorida, mas irei sobreviver.

Sinto meu membro latejar vida. Merda! Praguejo para mim mesmo. Efeito Kalahari. Pego seu queixo que assim como todo seu corpo, é frágil e milimetricamente desenhado. Uma Deusa, que em momentos muitas vezes inoportunos, torna-se numa feiticeira irresistível. Sorrio de lado.

—De que te ris? —indaga curiosa. O que tem de bela, tem de curiosa e tenaz.

Inclino-me na direção do seu pescoço. Ela é mesmo baixinha, quero rir,  porém Kalahari irá esbofetear-me na certa. Beijo seu pescoço, chupando a pele tão negra e sedosa. Deliciosa, penso passando a língua por toda extensão.

—Eu gosto de saber que você ainda sente que estive ai dentro. —desço minha mão pelo seu vestido, subindo-o e tocando sua intimidade. Tão quente.

Kalahari fita o chão envergonhada. Como ela pode ficar envergonhada depois de tudo que aconteceu? Depois de simplesmente ter me colocado dentro dela.

—Você é muito linda. —sussurro, beijando seu pescoço. —Por alguma razão, não canso-me de dizer isso.

—E tu és um galanteador barato —Kalahari faz o mesmo gesto que o meu e pisca sensualmente. —, tão barato que acho que estou molhada.

Engulo em seco. Preciso entender a razão de eu parecer um adolescente que acabara de perder sua virgindade com a primeira namorada, cuja paixão vem de muito tempo atrás. Beijo seus lábios levemente, acho que nunca irei cansar-me de beijá-la e acho que estou totalmente perdido. Eu estou realmente fudido.

Kalahari fita-me por alguns segundos, engole em seco várias vezes durantes os poucos minutos que permanecemos na nossa troca de carinhos e olhares; suspira alto o suficiente para que eu perceba que algo lhe perturba.

—O que me queres dizer? —indago.

—E-eu meio que liguei para o Dr. Scott e avisei-o que o encontrarias ainda hoje. —há receio e medo em sua voz.

Ela evita olhar para mim, e pergunto-me do que ela tem medo? De mim? E porquê raios eu não estou chateado? Ser pressionado é algo com que eu nunca soube lidar e muito menos permitir, ainda mais tratando-se de uma consulta de merda por causa de algo que aconteceu há tempos atrás. Algo que definitivamente não me interessa nem um pouco. Ou talvez sim.

—E-eu —gagueja. Pela sua expressão e o olhar assustador, deve estar apavorada. —Eu… me desculpa Light, eu não deveria ter feito isso, não sem a sua permissão. Eu sinto muito.

Suas palavras perdem-se no cómodo, não há eco e muito menos mentira nelas. Quantos dias fazem que eu não mato alguém? Que não torturo e que não saio em campo? Desde que casei-me com Kalahari, essa é a única resposta quem me vem a mente. Talvez eu seja um psicopata, cujo desejo de sangue e fazer as pessoas sofrerem é maior que os sentimentos fraternais e amorosos. Tanta divergência dentro de uma só pessoa.

Mas talvez o psicopata também ame.

Envolvo minhas mãos sobre seu cabelo, puxando-a até que nossas bocas se choquem. O prazer de tê-la perto de mim é maior que a vontade de matar alguém, sua preocupação comigo é tão inexplicavelmente bom que tudo que consigo fazer é beijá-la avidamente.

Mordo levemente seus lábios enroscando nossas línguas, seu gosto é divino, seus lábios são macios e carnudos o suficiente para fazer-me ficar excitado em questão de segundos. Kalahari geme enquanto segura-se fortemente em mim, seu corpo mole e entregue faz-me grunhir como um animal louco. Aperto-a ainda mais no meu corpo, envolvendo minha mão na sua cintura de boneca e descendo até sua bunda farta. Tudo nela é perfeito. Maldita mulher que tem de ser tão perfeita para mim. Num impulso viro-me colocando-a por cima da mesa de e puxando seu vestido. Sem querer mesmo eu acabo rasgando-o. Kalahari grita pela suspresa, em menos de dois segundos sua roupa foi transformada em trapos.

—Deita. —sibilo.

As coisas que estavam antes por cima da mesa, estão no chão e realmente não sei como lá foram parar. Sou tão exigente tratando-se de tudo o que me pertence, que não admitiria que colocassem minhas coisas no chão, ainda mais com brutalidade, mas nesse momento, eu simplesmente não me importo. Nada além de dar prazer a minha esposa importa.

Lambo toda a extensão do pescoço de Kalahari que arfa desesperada pedindo que eu a tome urgentemente. Longe de mim machucá-la. Chupo seu pescoço com avidez enquanto brinco com seus mamilos; beijo seus ombros até seus seios fartos abocanhando-os em rapidamente. Eu preciso ter tudo dela, tudo que ela tem para dar-me e nunca vou permitir que ela se afaste. Não enquanto eu estiver vivo. Chupo seu mamilo mordendo de leve e passando a língua desesperadamente por toda a pele sensível.
Controle o tesão, não o deixe te controlar. Impossível. Nesse momento a vontade que tenho dela é maior que a minha vontade de viver. Eu preciso dela para viver, constato.

Desço até sua intimidade beijando e lambendo-a inteira, de cima para baixo, seu gosto é tão bom que lembra-me sorvete de chocolate com menta, seu cheiro é  hipnotizante e ela é tão rosinha que não resito e caio de boca.

Abrace o seu demónio e sorria. Alimente-o e não resista à ele, no final das contas ele será o único com quem poderás contar.

Faço movimentos circulares chupando seu clítoris e colocando a língua bem fundo nela, Kalahari geme puxando meus cabelos e implorando por mais.  Nunca vou me importar em dar-lhe tudo de mim, tudo o que sou, pois seu amor por mim é tão grande que ela não se importa de eu ser quebrado e marcado.

A mulher que com um único lance arrematou meu coração. Arrematou-me por inteiro.

—Porra, isso é...

Suas palavras cessam assim que chupo mais avidamente seu clítoris, segurando cada uma de suas pernas. Toda aberta para mim, totalmente minha.

—Light, seu filho da puta. —grita entre gemidos puxando ainda mais meus cabelos. —Eu amo-te, eu amo-te, porra eu amo-te caralho.

—Isso. —grunho lambendo sua intimidade. —goza para mim, goza na minha boca. —ordeno. Kalahari grita meu nome, gozando na minha boca, seu corpo trémulo e respiração ofegante são a prova do seu orgasmo intenso.

Eu acho que gozei nas calças com a visão dela apertando seus seios e gozando para mim. Lambo tudo o que ela tem para me dar, deixando-a limpinha e pronta para outra.

Kalahari ainda está ofegande sobre a mesa com olhos fechados e a boca semi aberta. Tenho certeza que ela fora esculpida pelos deuses.

—Isso foi...

—Muito bom. —completo cobrindo seu corpo com o meu paletó, carregando-a até o nosso quarto.

—Foi bom até demais. —sussura tímida. —agora vamos fazer você gozar.

Sorrio de lado.

—Eu já gozei. —digo tímido. Kalahari erregala os olhos ainda mais tímida e surpresa. —senti-la e vê-la gozar na minha boca, chamando por mim foi demais para eu resistir.

—Eu amo-te. —diz. Sorrio depositando um beijo na sua testa.

E eu estou apaixonado. Constato desesperado. Isso não podia ter acontecido. Isso não é bom, nem um pouco.

—E como você se sentiu Light? Qual foi a sensação? —Pela primeira vez na vida eu sinto-me confuso, não esperava essa pergunta entre tantas que ele pode fazer. Eu acho que o efeito Kalahari está a fazer-me mal.

—Pra quê isso interessa? Eu gostei, eu sempre gosto. —digo calmo, mas meu tom de voz falha, o que não acontece faz muitos anos. O que raios esta a acontecer comigo?

—Light, eu conheço você desde seus cinco anos, quando você entrou por aquela porta junto com seus pais, pois eles estavam preocupados. —ele faz uma pausa e fita-me, cruza seus pés em quatro e estes balançam, o que deixa-me inquieto. —Beatrice Alencar Bonatero, entrou de mãos dadas com um garoto moreno de olhos intensamente azuis que tinha postura de um homem, e ela estava preocupada, por que seu filho matou o coelho de estimação da irmã estrangulando-o e assassinou a sangue frio o gato de estimação da outra irmã, e o incrível é que o garoto repetia que eram preciso cinco facadas para ele parar de se mexer e se debater.

Dr. Nataniel Scott é o psiquiatra das famílias, renomado e muito bem pago mas, eu prefiro analista mental é o correcto e prefiro chamá-lo assim. Um homem de cabelos grisalhos e de pele negra, olhos excessivamente castanhos e a postura um tanto quanto erecta.

Conheço-o a vida toda, pelo menos desde os cinco anos. Uma vez por semana meu pai com muita influência da minha mamma, obriga-me a sentar nessa poltrona de couro reclinável que possui três falhas, o couro é espesso demais, o pé esquerdo frontal tem uma pequena falha o que o faz balançar pouco, que é quase imperceptível e o encosto é duro demais. O que torna a poltrona desconfortável.

—O que me chamou atenção Light, foi a falta de remorso naquele ser pequeno. O quão certo ele se portava e o quanto seus olhos eram um espelho de frieza. —Lá vem ele de novo. —Então isso interessa sim. Como você se sentiu Light?

A pessoa simplesmente pergunta como que um homem que sente-se prazer ao colocar um fim na vida de outro homem. Como sentiu-se durante o acto. O mesmo que perguntar para um alcoólatra qual é a sensação de beber e estar bêbado. Qual é o sabor do chocolate para um viciado em chocolate e o que sente um viciado em cocaína ao cheirá-la.

Solto uma respiração exasperante e sorrio de lado. Vamos brincar.

—De início eu apertei sem o intuito de machucá-lo, seria apenas um susto que eu daria nele, mas ai... —faço uma pausa e dou um meio sorriso. —, fiquei euforico e talvez extasiado, sua expressã de desespero e falta de ar foi prazeroso de ver, ai eu apertei, apertei mais e ele se debatia como o coelho da minha irmã. Mas não foi tão rápido quanto o Rabit, o que me encheu de prazer e a melhor parte foi fazê-lo olhando nos seus olhos. Então Nataniel, eu senti prazer e excitação. Foi prazeroso estrangular até a morte meu melhor amigo ou como vocês preferirem chamar.

—Você está fazendo a medicação que prescrevi semana passada? —Ele muda o rumo da conversa, sempre o faz quando sabe que estou jogando com ele, sendo sincero demais e invertendo os nossos papéis ou manipulando meus sentimentos o fazendo sair da sua zona de conforto.

—Tenho uma mãe coruja, e acredite tenho medo dos anjos da Baronesa. —digo, lembrando-me da vez  em que minha mãe ameaçou-me com um dos seus anjos, pois desobedeci o grande Barão coração de manteiga.

Ela enche-me muitas vezes a paciência por causa da porra da medicação.

—E como você se sente em relação ao casamento? —Meu corpo enrijece em desconforto, não é um assunto que eu gosto de tocar apesar de saber que é parcialmente por ele que matei o Louis. —Como está sua noiva?

—É esposa e não noiva. —retruco entredentes. —E já está na minha hora. —digo me levantando e ajeitando minha roupa.

Nataniel Scott olha-me com pena e eu detesto que me olhem assim, sinto-me mais sujo do que eu sou e isso aumenta a minha vontade de ver alguém sangrar. Eu posso matá-lo e pedurar seu corpo no batente da porta do seu consultório. Sim eu posso.

—Light ainda não terminamos. —grita, enquanto eu já estava de saída. Merda que não. Já terminamos, penso comigo mesmo.

Minha vida é puramente fodida e meu mundo é completamente distorcido, cansei dessas sessões ridículas que não ajudam em nada. Criaram-me para ser um assassino cruel e sem remorso e agora temem por eu ter me tornado exactamente o que queriam.

—Você não, mas eu já. —digo, sem virar-me para o encarar e fecho porta á minha trás.

Após tantos anos, ainda é difícil falar sobre sentimentos que até alguns meses atrás não faziam diferença alguma na minha vida. Agora minha vida pode facilmente ser comparada a um puzzle de cenetenas de peças, mas por mais complicada e difícil que seja, eu gosto dela até certo ponto. É impossível esquecer o passado pois ele molda-nos.

Meu passado foi cruel o sufuciente para fazer-me querer esquecê-lo á todo o custo, mas como diz Beatrice Bonatero: ou você dá um jeito de viver com as lembranças do passado ou você se afogara nos fantasmas que ele trará. Talvez eu já tenha me afogado e seja apenas uma questão de tempo até os fantasmas do meu passado arrastarem minha alma para o abismo para não dizer aquele inferno.

Eu tenho medo de rejeição e principalmente de não ser bom o suficiente para aqueles que eu acho que merecem a boa parte existente em mim. Eu sou tão fudido e perdido. Vivo num deserto próximo ao mar com uma bússula quebrada.

—Você sabe que não pode fugir daqui bambino. —ele disse olhando-me nos olhos.

—Mas eu quero ir para casa —minha voz estava trémula, eu estava com medo o suficiente para querer chorar. Sempre fui uma criança forte, mas depois de uma semana de trotura doze horas por dia, eu diria que aguentei bem até derramar minha primeira lágrima. —, eu quero ver a mamma e o papà.

O homem de cabelos grisalhos e olhos azuis fitou-me profundamente e acariciou meu rosto. Ele era diferente dos dois outros que batiam-me e chamavam-me nomes, era mais limpo e organizado. Ele era o chefe e eu tinha quase certeza de que aquele homem mudaria minha vida.

—Depois disso mio bambino, tu voltarás para casa. —gargalhou alto e os outros homems acompanharam sua gargalhada. —Depois disso piccolo, tu serás um novo homem. Mio filho.

Saio das minhas piores lembranças quanto sinto meu telemóvel vibrar. Número internacional. Sorrio de lado, depois de tanto tempo o homem resolveu lembrar que existo, se bem que eu nunca importei-me de ligar-lhe. Atendo rapidamente e posso ouvir sua respiração pesada do outro lado da linha. Talvez além de Zander, ele seja a pessoa que eu mais considero, pelo tempo que passamos juntos e por ter salvo minha vida mais vezes do que posso contar. Por ter tirado-me daquele lugar.

—Arco íris. —minha voz sai neutra.

Sorrio de lado quando ouço ele bufar irritado e gargalhar de leve. Sempre bem-humorado, penso.

—Sentiu saudades? —indaga e posso vislumbarar na minha mente, seu sorriso largo. —Caderno de desenho.


E ai? O que estão achando desse Light que até alguns capítulos atrás desconhecíamos?

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