Desabafo-35
Hey pedaços de céu, aproveitem o capítulo e não se esqueçam do ritual Comentar + Votar.
Boa Leitura.
KALAHARI
Melhor sensação do mundo. Era tudo que eu podia dizer. Acordar com beijos molhados em meu dorso e meu marido sendo o causador de todas as sensações inexplicáveis que possuiam minha mente e corpo era definitivamente a melhor coisa do mundo. No entanto, Por mais que ele estivesse carinhoso e sorridente, eu sabia que não estava bem, e tudo que ele queria era fazer-me acreditar que ele estava bem e que daria tudo certo, embora seu olhar distante e preocupado dissesse exactamente aquilo que eu ja sábia. Light travava uma guerra dentro de si e de todos nós era o mais afectado.
Como culpá-lo? Como sentir raiva por ele ter me deixado para trás se tudo que ele fizera foi dar-se por todos nós. Sem pensar duas vezes ele entregou sua vida para o homem que o tornou na pessoa mais infeliz do mundo. Aquele homem que carregava mais dor que qualquer outra coisa. Na verdade séria fácil demais para qualquer um culpá-lo ou até para mim mesma, uma vez que ele não estava comigo quando eu precisava dele, porém a questão era: e quem estava com ele quando teve seu corpo marcado, sua voz calada e suas escolhas tiradas? Não havia um ser humano se quer para dar-lhe amor ou dar-lhe esperanças de que um dia aquilo acabaria e por mais que acabasse, o medo, a raiva, a dor, a mágoa, a solidão e o sentimento de abandono sempre estariam ali, sendo seus melhores amigos porque durante vários anos eram os únicos que se faziam presentes na sua vida enquanto tinha pessoas como Claude tirando o que havia de mais precioso nele. A vontade de viver.
Nesse ponto eu passei a perceber exactamente o que Atena quis dizer quando falou que era mais irmã de Light que qualquer um dos seus irmãos, ou que ela era mais família que qualquer outro Bonnatero. Light confiava nela e o olhar repleto de amor que ela lançou para meus filhos era a prova de que realmente amava meu marido, de que ela amava meus filhos e que estava orgulhosa daquilo que ele conquistara.
-Bom dia...marido. -Bocejei espreguiçando-me. Afinal somos todos humanos. -Acho que dormi demais.
Light sorriu. Levantou-se da cama exibindo sua nudez, que por parte era coberta pelas tatuagens espalhadas por seu corpo. Suas costas largas flexionavam-se a medida em que ele andava fazendo com que um bocado de ar mal escapasse pelos meus pulmões.
-Bela bunda. -Elogiei. Não havia como tirar os olhos daqueles dois pedaços de carne. O homem era gostoso.
-Gulosa. -Zombou, virando sua cabeça para olhar-me. -Bom dia preguiçosa.
-Ei! Eu não sou preguiçosa...-reclamei. -Eu só...
-É uma parte fodidamente importante da cama. Eu sei... Vocês são velhas amigas, ela contou-me. -deu de ombros.
-Você seu espertinho.
Atirei a almofada em sua direção fazendo-o exclamar, embora não tivesse sido atingido. A noite anterior havia sido regada de muitos sexo-pós-resguardo, e céus, eu sentia-me radiante. Sem contar que o clima próximo ao mar mediterrâneo ajudava, o sol brilhava em seu explendor ofuscando tudo ao seu redor e espiando pelas amplas janelas envidraçadas. A coloração clara do quarto combinava perfeitamente com a paisagem verde que cobria as terras da Cosa Nostra.
Coloquei-me rapidamente em pé não querendo perder mais horas do dia e nem ficar a um centímetro longe dele. De alguma forma eu estava feliz e por enquanto era tudo que importava. Light escovava os dentes enquanto eu preperava a banheira para o banho cantarolando PainKiller, por mais que a música clássica fosse o meu calcanhar de Aquiles sonoro, a música popular havia levado uma parte do meu cérebro para as terras além das músicas para loucos esquisitos como dizia Enzo.
-Prontinho. -exclamei.
Light sorriu deixando a lâmina de barbear em cima da grande extensão feita de mármore, levando sua bunda até o outro lado do banheiro. Arqueei a sombrancelha pelo seu comportamento humanamente desleixado. Seus olhos intensamente azuis piscaram para mim exibindo um sorriso lânguido que fez-me engolir duro por um rápido segundo, seus cabelos estavam meio dedo mais longos fazendo com que balançassem acompanhando o movimento do seu pescoço quando ele estalou-o e despreocupadamente passou a mão em seus longos e grossos fios negros levando-os para fora do lugar. Era fodidamdnte sexy, não apenas o gesto em si, mas o calor em seu olhar, embora fosse o mesmo que me dera na noite anterior, eu simplesmente não conseguia ter uma quota da visão dos seus largos ombros, seu sorriso brincalhão e muito maldoso, seus lábios cheios perfeitamente moldados e rosados que eram a minha perdição. O caminho que levava até seu monte de pêlos escuros levemente depilado era bem trabalhado, seu abdómen duro e o V que era sem dúvida fazia o caminho sem volta ao inferno.
Seu membro semi-erecto era moldado por veias saltadas e o líquido transparente brilhava em sua gorda coroa. Arfei pesadamente querendo tocá-lo, tê-lo enterrado profundamente em mim e nunca séria suficiente, não importa quantas vezes fossem, por ele tornei-me completamente insaciável.
-Nunca consigo ter o suficiente quando trata-se de você. -disse num murmúrio rouco. -Sempre quero mais e mais e... É como se fosse a porra de um vício enlouquecedor.
Sorri. -Não posso reclamar.
Light entrou na banheira sentando a minha trás e envolvendo seus branços musculosos em minha cintura. Puxou-me para mais perto do seu corpo cutucando a minha bunda com seus membro duro e grosso, um arrepio espalhou-se pelo meu corpo fazendo-me arfar, suas mãos acariciavam minha barriga subindo e encontrando o seu caminho até meus seios. Seu abdômen colado as minhas costas dava a melhor sensação de pele contra pela, seu corpo era quente e com uma boa porção de músculos definidos e duros. Suas mãos cobertas de veias brincavam com meus mamilos entumescidos, criando expectativas em meu corpo, depois de tanto tempo sem ele seu toque tornou-se minha total fraqueza.
Soltei um longo suspiro, na medida em que ele brincava com meus mamilos e deslizava sua língua por toda a extensão do meu pescoço, sentia meu estômago contraíndo, querendo cada vez mais do seu toque, dos seus beijos e principalmente dele profundamente em mim.
-Seu gosto... -mordeu de leve meu pescoço, passou sua língua por cima da mordida logo em seguida acompanhado pelos movimentos dos seus grandes e grossos dedos em meus mamilos. -tornou-se o meu sabor favorito. Vire-se.
Murmurei uma série de palavras inaudíveis virando-me com sua ajuda para que nossos corpos ficassem de frente um para o outro. Light desceu seu olhar até meus seios e subiu até meu rosto abrindo um largo sorriso regado de promessas sujas.
-Gosta do que vê?
-Muito. -Sibilou, pegando minha mão e arrastando-a até seu membro duro. Mordi os lábios evitando o sorriso safado que queria exibir em meus lábios. -Vê? Gosto muito do que vejo.
Estava pronta e molhada o suficiente para ele, literalmente. Passei a uma mão em volta do seu pescoço, levando outra até seus cabelos e agarrando-os com firmeza, levei minha boca até a sua possuindo-o. O choque entre nossos lábios fiz com que gemessemos em uníssono, suas mãos estavam possessivamente em minha bunda e só para provocá-lo roçava meus seios em seu peito fazendo-o grunhir e intensificar cada vez mais seu aperto. Nossas línguas estavam enroscadas uma na outra num duelo de sabores e sensações, mordi seus lábios macios e carnudos puxando seus cabelos ainda mais duro. Tudo nele era bom, era doce e malditamente viciante.
-Cazzo! - suas mãos subiram rapidamente até minha cintura, Light levantou meu corpo como se o meu peso fosse menor que de uma formiga. -Você será a minha morte.
Habilmente encaixou sua longa e gorda extensão coberta de veias em minha entrada e desceu meu corpo de uma vez só arrancando um grito agudo da minha garganta que ficara seca. Levei meus lábios até ele novamente mordendo-os fortemente, o sabor metálico inundou minha boca e suguei-o mais forte. Light movia-se rapidamente para dentro e para fora levando por um momento sua cabeça para trás e fechando os olhos enquanto gemia rouco e cheio de prazer. Fiquei sem fôlego quando ele moveu seu eixo rígido e aveludado lentamente mudado o ritmo dos seus movimentos, podia sentir meu cérebro entrando em curto-circuito a medida em que ele me preenchia com o seu pênis.
Não levou mais tempo para que o orgasmo avassalador me atigisse como um camião em alta velocidade. Engasguei quando ele moveu-se e tocou no meu ponto mais sensível levando-me ao êxtase. Levei meu corpo para cima e para baixo massageando suas grandes e pesadas bolas enquanto chupava seu pescoço com fúria fazendo-o entrar em erupção e libertar-se por completo dentro de mim.
O cheiro do sexo e do sêmen era um afrodisíaco. Suspirei sentindo-o vibrar ainda dentro de mim enquanto estava agarrada possissivamente a ele. A porta que dava acesso ao quarto estava semi-aberta e quando meu olhar seguiu até o movimento na fresta dela, o olhar brilhante e cheio de luxúria fitou-me com surpresa. Ela estava lá o tempo todo, assistindo aos nossos movimentos o tempo todo e não passara batido o seu olhar repleto de desejo, esse era o motivo pelo qual ela me odiara. Seu desejo por Light. Sorri sem tirar os olhos dela e passei a língua pelo lóbulo do meu marido arancando um gemido rouco de sua garganta. Ela o queria, mas para isso teria que passar por mim antes. Tão rápido quanto foi seu olhar mortal destinado a mim, foi sua saída do quarto.
Envolvi meus braços por volta do pescoço do meu marido descansando minha cabeça por cima da sua. Aquele era o meu lugar, o único certo e perfeito para mim.
• •
-Cada movimento tem de ser bem calculado. Você sabe do risco que nós dois corremos e eles não são burros Light.
Light sorriu, acertou seu último botão da camisa e virou-se para ficar de frente ao espelho. -Eu estou contando com tudo muito sorrateiro bebê. Não terão uma maldita chance.
-Não sejas tão positivo... Ou presunçoso.
-Você tem a maleta e eu tenho todos os recuros necessários para evaporá-los. Depois de terminarmos com eles, não restará Cosa Nostra para visita ao museu se antiguidades. -sua voz apesar de sarcástica era dura e inflexível. Os músculos do seu rosto estavam igualmente rígidos não demostrando um mínimo de compaixão.
Mordi o lábio inferior num gesto explícito apreensão e dúvida. -Você tem certeza disso? Eu sei... Eu também quero afundá-los, mas você sabe.
Light devolveu o pente que usara para pentear seu cabelo no lugar, organizando-os todos partindo da cor até o tamanho. Quando eu toqueio-o durante o sexo, senti sua pele frágil sobre minha mão. Eles haviam feito novamente e o olhar destruidor que faziam seus lindos globos azuis escurecerem era a prova de que ele estava indo destruí-los a todos, sem piedade e certificando-se de que teria cada um deles por baixo dos seus pés para esmagá-los como insectos nojentos que eram.
-Fale comigo. Light! - ele havia se fechado no momento em que fiz-lhe a pergunta. Era difícil para ele e por mais que fosse doloroso admitir, eu sabia. Aquelas pessoas eram tudo que ele conheceu durante o início da sua infância e adolescência, eram seu modelo de gente para seguir e colocar fogo em tudo para em seguida assisti-los desmancharem-se queimados nele, devia ser mais difícil do que qualquer um podia imaginar.
-É difícil OK? É uma dor na bunda constante e por mais que eu queira apenas destruí-los eu também quero agradecer-lhes por tornarem-me no que sou, ser o que eu sou ajudou-me a sobreviver e você sabe, essa merda de submundo é pior que a selva. Mas no momento em que eles ultrapassaram a linha eu não pude sentir nada além da vontade abominável de torcê-los em meus dedos e olhá-los nos olhos quando a vida esvair-se deles. O que mais eu poderia dizer? Eu sou uma merda como pessoa, eu definitivamente sou uma merda como Chefe, como pai e como marido, mas que culpa eu tenho. -suas mãos apertaram fortemente seu cabelo que a alguns segundos estavam bem penteados. Seus olhos estavam longe dos meus e por mais que eu quizesse aproximar-me eu não podia. Ele precisava de seu espaço pessoal e eu não podia ultrapassar o limite do toque, não agora.
-Você está certo, não é sua culpa...
-Então de quem é? Cazzo! -o grito estridente fez-me dar alguns passos para trás. Eu não estava com medo. Talvez um pouco. -Eu fui torturado durante anos, anos sentindo as seringas em minha pele, as balas em meu corpo, os chicotes que abraçavam minha pele como se eu merecesse aquilo. Eu fui marcado como um animal, um maldito animal e tudo que eu podia fazer era chorar até quando eu já não tinha mais lágrimas para derramar e a alternativa seguinte fora gritar, mas advinha... Os gritos sessaran em menos de uma semana. Onde estavam meus pais? Ele sabia que eu estava aqui o tempo todo e o que ele fez? Eu não posso mais Kalahari. Eu tentei entender seus motivos, eu juro que eu tentei entender seus malditos motivos para deixar-me ser múltiplas vezes espancado e...
-Light...
-Eles fizeram todo o seu maldito caminho em meu corpo e en torno do meu cérebro. Não bastavam ter me introduzido na maldita vida de Deus das prostitutas, eles fizeram-me sua prostituta em todo o momento que eu me neguei a cortar a garganta de uma criança ou de um homem inocente. Isso tudo é tão errado. Muito errado e eu não aguento mais. Tem vezes que a dor e as lembranças são tantas que tudo que eu quero fazer é enfiar uma maldita adaga profundamente em meu coração.
-Você precisa lutar Light, não por eles, não por Pietro ou por sei lá quem... Você precisa lutar por você mesmo, por mim e pelos nossos filhos. -Engoli duro. Cada passo até ele sufocava-me. Ele sofrria calado, ele sofreu por anos calado e não havia ninguém com quem contar. -Você tem a mim agora, tem a sua própria família e você sempre foi um super papà para a Mariah, tenho certeza de que daqui a alguns anos Gabriel e Miguel o verão como o seu herói. Depois disso tudo, nós iremos dar um jeito OK? Eu juro! Eu prometo.
Seu respirar foi profundo. Meus olhos marejados alcançaram os seus tristes e mortos. Como tirar a dor de dentro dele? Tudo o que fizeram para ele? Tudo aquilo. A morte que haviamos planeado era pouco para aqueles homens.
-C-como você saiu daqui? -indaguei num sussuro.
-Digamos que Zander e eu nos tornamos amigos, ele com 15 anos e eu com 13. -Sorriu amargo. -Ele foi vendido como um soldado pelo chefe siciliano do tráfico humano e tornou-se um soldado para Vittorini. Sua mãe era uma maldita puta viciada e vendeu-o por 50 dólares de pó. Mulher de merda.
-Oh... E-eu...
-Quando nós descobrimos que existia a Ordem Knight e que por algum motivo eles não gostavam nem um pouco de Vittorini, nos fugimos e por uma sorte de merda Helton Knight levou-nos até sua mansão. Existiam outros como nós e foi lá que eu conheci meus irmãos...
-Atena também?
Ele maneou a cabeça em concordância. -Atena, Apollo, Aquiles, Adónis e todos os outros 6 Beserkers. Nos tornamos uma família. Lugares do mundo diferentes, mas de olhos uns nos outros e por alguma razão Helton gostava muito de mim e deixou-me treinar meus próprios homens um ano depois.
-E Hunter? Ele é o Pakhan da Bratva eu achei que a Mafia Italiana não fosse colega da Russa.
-Aos 11 anos eu tinha uma missão. Eu a chamei de "Missão de sobrevivência". Aos 11 anos sozinho na Rússia com uma simples missão. Matar sem deixar rastros o segundo homem mais importante da mafia Russa.
-O seu subchefe...
-Exacto. Era uma missão dada ao filho do Pakhan, que a partir do momento em que seu pai lhe foi enviado numa caixa de presente esquartejado, tornou-se o Pakhan com apenas 13 anos. Seu tio havia contratado os meus serviços e por mais que eles o tivessem feito eu não podia aparecer para eles, afinal eu era o inimigo e se algo falhasse eu seria tratado como um espião da máfia italiana e executado sem pena. Então era uma questão de sobrevivência, eu não podia sair da Rússia sem completar a missão e ao mesmo tempo não podia ser pego e porra eu era apenas uma criança. Mas eu o fiz e no processo conheci Hunter e fora a primeira vez que alguém tratou-me bem. Ele deu-me uma cama com um cobertor, água quente para banho, roupas limpas e uma refeição digna de um rei, disse que era meu amigo e pela minha bunda, ele se introduziu na minha vida mesmo quando eu queria tirá-lo dela pelos cabelos. Eles são a minha família e por mais que eu ame meus pais e meus irmãos biológicos, não posso ser o que eles querem, quem eles querem. Eles perderam-me no momento que a faca de Vittorini enfiou-se em minhas costas, no momento em que minha pele fora marcada pela primeira vez.
Dexei o ar que estava preso em meus pulmões sair calma e profundamente. Pensar em tudo que passou e mesmo assim conseguir demosntrar empatia mesmo que de forma muito rara e mesmo quando sua vontade de matar fosse bruta em sua mente, era digno de apreciação. Light era um guerreiro que estava caminhando para o fim de sua batalha não apenas contra seus inimigos, mas contra ele mesmo e eu o protegeria quando ele não o pudesse fazer.
Sinceramente é muita dor que esse homem carrega e é tão doloroso para mim ter de escrever isso.
Espero que tenham gostado e conhecido mais um pouco do passado do nosso Capo dei Capi.
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