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A Baronesa-22

Hey Cakies—finalmente capítulo novo.

Não se esqueçam de comentar o quê estão achando e claro de votar –votar –votar... Afinal se eu escrevo é por vocês.

Boa Leitura.

Toscana/Itália

KALAHARI

Eu estava ofegante, com os fios do cabelos lutando uns contra os outros e — fuzilando meu marido que como de costume, estava elegantemente trajando um terno negro de três peças, complementada por uma gravata azul turquesa — a cor que eu sabia que era a sua preferida, mesmo que ele não admita — combinava com seus olhos azuis intensos; seus cabelos revoltos para o lado e alguns fios rebeldes e longos que escapavam, combrindo parte dos seus olhos. Estar puta da vida era um eufemismo — eu queria matá-lo e beijá-lo. E eu sabia que isso não estava certo. Mas está era a minha vontade, matá-lo e depois revivê-lo aos beijos, porém o que mais irritava, era sua maldita calma, sua postura sempre correcta e tranquila; a expressão impassível que era ao mesmo tempo é despreocupada — sem deixar de lado sua mania excessiva por organização —, seu perfeccionismo de chegava a arrepiar-me, não apenas a mim, mas acredito que à qualquer ser humano com o juízo perfeito. Um pouco de desorganização nunca matou ninguém.

—Eu sou assim Kalahari —Seus olhos brilhavam quando a luz do sol, que divinamente entrava pela janela, refletia na cor azulada dos seus globos. —, excessivamente controlador com as minhas coisas.

Bufei irritada.

Algo que passou a fazer parte da minha rotina. Bufei novamente para que ele notasse o quão puta da vida eu estava com ele. Ao menos admitiu que é um maldito controlador — depois de negar várias vezes. Maldito homem.

—Eu não sou uma coisa Light. Sou uma pessoa... Um ser humano, você sabe o que é isso? —tentei pacientemente explicar-lhe. —O que são pessoas?

O maldito estalou os dedos —, fitando-me com malícia. Truque baixo e jogo sujo, bem típico dele quando queria controlar-me.

—Não sejas ridícula. —Retrucou, olhando para a cama desarrumada e os meus chinelos fora de lugar. —Sou excessivamente controlador, quando trata-se de todas ás pessoas que me pertecem também piccola mia.

Fuzilei-o mais ainda, semicerrando os olhos. Quero tanto degolá-lo.

—Todas as tuas pessoas? No plural?- dois podem jogar esse jogo. —Por acaso Bianca Casi, está inclusa na tua lista de pessoas que pertecem a ti?  Ou aquela outra mulher?

Light olhou-me como se eu fosse louca —e não o culpo, jamais o faria pois, o meu cabelo deixa muito a desejar, e quem pensa em discordar — que talvez eu seja uma louca que fugiu do manicómio, não o faça. Meus cabelos cacheados e volumosos, balançavam de um lado para outro, a medida que eu movia-me para frente e para os lados, os fios grossos e quase crespos estavam amarrados uns aos outros — resumindo eu parecia um belo desatre ambulante.

—Não distorça as coisas Kalahari. —Disse, calmamente como se não quisessem continuar com a discussão. —ate porque Kazama estava marcada para morrer.

Mas eu quero.

—Não fuja do assunto Senhor Bonatero. —Tentei soar o mais sarcástica possível. Não vá por esse caminho.

Light cemicerrou os olhos e caminhou lentamente até mim. Pensei em dar alguns longos passos para trás, entretanto seu olhar azul preso no meu escuro, imobilizou-me. Que raios! Um olhar intenso e mortífero desses seria capaz de dizimar legiões de mulheres. Isso era um crime contra a minha intimidade e a minha sanidade mental.

—A única pessoa que pertece é mim... És tu Kalahari. —Eu fiquei muda. Sua mão segurou meu queixo com solidez obrigando-me a fitá-lo — perdi-me por completo no seu olhar profundamente glacial. Suas palavras eram quentes como o sol, entretanto seu olhar era frio como a neve que era complementado com a expressão impassível e a mandíbula firme. —Você é minha. Apenas esqueça Bianca e todas as outras.

Estava na hora de rever meus conceitos? Talvez. Não podia negar que ele era a minha fortaleza, que seu olhar assombroso e sua inabalabilidade faziam-me amar-lhe ainda mais.

Nível difícil da missão que poderia ser considerada impossível. É algum mal eu querer matá-las e depois cuspir em seus corpos sem vida? Olhe só para mim — pareço a versão feminina do meu marido.

—Coloque sua toalha no devido lugar e arrume aquelas armas mortais que carinhosamente chamas de sapatos de salto alto. —ironiza. Seu corpo é um puro deleite para os meus olhos. Preto combina tanto com sua aura quanto com seu olhar, que é uma mescla de perigo e frieza — parece vilão de novela mexicana que saiu do anime policial.

Carinhosamente largou o meu queixo — rápido até demais —, como se tocar em mim por demasiado tempo o queimase. Light era mais bipolar que o clima em algumas cidades de países africanos.  Com a mesma rapidez que usou para afastar sua mão da minha face, retirou-se do quarto com o aviso explícito no seu olhar escurecido: arrume o que está fora do lugar. Cai mole na cama, parecendo uma gelatina que não ficou tempo suficiente na geleira e mesmo á metros de distância dele, ainda conseguia sentir o formigamento causado pelo seu toque. Maldito Bonatero filho da mãe. Minha barriga que estava contraída desde quando ele colocou ás mãos em mim — minha calcinha estava vergonhosa e obviamente húmida e minha face estava quente, poderia até dizer que sinto-me envergonhada. Maldito homem de lata. Eu poderia beijá-lo e talvez dar-lhe um coração.

Ás constantes ligações de Judith Kazama — que foi um dos motivos da nossa pequena desavença — fizeram-me buscar inocentemente por alguma forma inofensiva de atingir meu marido. Ele realmente fuzilou-me como se fosse comer-me viva —, o que não seria uma má ideia. E na minha busca incansável pela vingança, acabei colocando em lugares estrategicamente pensados roupas e objectos que não pertenciam ao lugar.

Light bufou. Sorrio de lado e beijou-me como se já soubesse do motivo, ou seja falhei absolutamente na minha missão, entretanto ao mecionar a visita aos meus pais ele não me pareceu feliz.

—Seu palpite estava certo fratello. —Franzi o cenho ao escutar o papo interessante na cozinha. —A puttana estava por trás do atentado que nossos país sofreram.

Mordi o lábio inferior parando no batente da porta sem que eles notassem a minha presença. Não que uma hora ou outra não fossem notar, mas pareciam tão compenetrados na conversa que até o próprio clima da cozinha tornou-se denso e sufocante. Eram apenas os três fratellos, nenhum sinal dos meus sogros e muito menos das minhas cunhadas. A primeira impressão que tive é que, era algo que mais ninguém deveria saber — eles guardavam um segredo, concluí após perceber três pares de olhos sobre mim.

Boa! Se eu fosse uma espiã estaria morta nesse exacto momento.

—Continuem garotos —sorri de lado, escondendo o nervosismo que começava a tomar conta de mim. —está longe dos meus planos atrapalhar a reunião secreta dos Bonatero. Sei que vocês são verdadeiros confidentes.

Light deu de ombros reconstando-se na cadeira e fechando os olhos como se não minha presença não tivesse importância —, na verdade ele não se importava e raramente o fazia. Na maior parte do tempo, ele se parece com um cyborg, cuja missão era desconhecida. Sei que a melhor definição seria o homem de lata, mas seria injusto ao pobre homem de metal.

—Bom dia cunhada. —Revirei os olhos, ao ler a frase da camisa do meu cunhado que como sempre acordava bem humorado. Deveria ensinar ao irmão mais velho.

Eu tenho uma língua mágica. —li a frase estampada na camisete preta do meu cunhado e sorri arrastando rapidamente minha mão para a boca para abafar o som. —Sério mesmo?

—Ah! Sabia. —Enzo mordeu um pedaço de queijo, piscou sorridente para mim e ganhou em troca um sorriso horripilante de volta. —Eu vou mandar estampar uma colorida para o seu marido.

Meu marido passou a língua pelos dentes fitando Vicenzo, que estava despreocupadamente sentado de frente para ele. O ar descontraído de Enzo e suas provocações fizeram-se relaxar.

—Cenzo passa-me a faca per favore. —Light pediu gentilmente, ganhando um olhar engraçado de Vicenzo e outro amedrontado de Enzo.

—Se vai cortar o pénis pequeno dele, não se esqueça de remover junto com ás bolas. —Vicenzo disse zombeteiro, arrastando a faca sob a superfície da mesa até Light, que pegou-a girando habilmente com os dedos e sorrindo ao perceber que Enzo engoliu em seco.

—Eu sou seu irmão, seu traidor. —Não pude deixar de gargalhar. —E quem tem um pénis do tamanho de um feijão é você.

Era cómico e na medida em que Light sorria, e eu gargalhava pela expressão assustadora que emoldurava a bela face do meu cunhado.

—Eu aceito uma versão colorida da camisete. —eu disse, fazendo Light fuzilar-me com o olhar e morder o lábio inferior.

Eu ainda o farei vestir uma. Sorri de lado com o pensamento.

Absolutamente sexy. Bufei exasperada dando de ombros bebericando café preto e amargo que obviamente não me pertencia e que já não estava tão quente. Exactamente como eu gostava. Light laçou-me um olhar descrente, porém seu sorriso fez-me sorrir.

—De quem vocês falavam? —indaguei, fingindo inocência. Sei bem de quem falavam.

O clima descontraído foi rapidamente substituído pelo mais pesado dos climas —, e os belos sorrisos que emolduravam as faces bem esculpidas dos meus cunhados, foram sugados por um buraco negro.

—Termine seu pequeno-almoço, sairemos em meia hora... Seja rápida.

Ele simplesmente ordenou.

Light não deu-me oportunidade para argumentar ou recusar — não que eu fosse fazer isso. Levantou-se da mesa, caminhou em passos largos e calculados para fora da cozinha, deixando-me curiosa e igualmente perdida. Meus cunhados trataram de bebericar seus cafés como se não soubessem o que acontecera, entretanto eu sou muito mais esperta que eles. Eu tenho uma boa audição e uma super memória.

—Vocês sabiam não sabiam? — Respirei profundamente, deixando que o ar rapidamente escapasse dos meus pulmões e fitei-os impassível.

Os gémeos entreolharam-se deixando bem claro — pelo menos para mim, que estavam cientes. Enguli em seco, era impossível espantar o sentimento de traição tripla que fluía. Eu era a Baronesa deles e eles simplesmente esconderam isso de mim. Seria tolice da minha parte pensar que eles o trairiam, são irmãos e além disso, são ligados por um juramento de sangue que nunca quebrariam. É difícil esquecer, ás vezes mais do que perdoar.

Dirigi o meu olhar para as minhas mãos pálidas e trémulas, respirando com dificuldade. Não tinha forças para levantar-me ou refazer a questão. Levantei-me rapidamente, sentindo o cómodo girar e pisquei varias vezes, na tentativa de espantar a tontura que atingiu-me de repente. Evitei olhá-los uma segunda vez e receber os mesmos olhares de pena, culpa e compressão que se faziam ver nos olhos azuis de cada um. Foi nesse momento que percebi que, na verdade eu não queria que eles confirmassem — algo que de facto era verídico. Eu queria apenas que eles soubessem que eu já sabia do adultério do meu marido. Eu tinha medo de ouvi-los dizer em voz alta, que ele realmente traiu-me. Mais uma lição para adicionar a minha vasta lista de lições em via de aprendizagem — Não pergunte algo se não tiver a certeza de que quer ou não saber da resposta.

—Vá com ele e você entenderá. —foi a vez de Vicenzo murmurar, não olhando directamente para mim obviamente.

Caminhei até a porta da cozinha e assim que estava prestes a sair dela, Enzo chamou-me fazendo meu coração palpitar freneticamente

—Kala, nós sentimos muito. —disse ele, exibindo uma expressão culpada e arrependida. Ele mais que Vicenzo, estava desconfortável e sem me olhar foi levantando e saindo da cozinha antes de mim.

Faziam quase quarenta e oito minutos e trinta e três segundos que Light assobiava, dirigindo despreocupado para prestar atenção nas perguntas que eu fazia sobre qual seria o nosso destino. Na rádio tocava a música de algum grupo masculino, os efeitos sonoros eram irritantes e a voz de um deles parecia demasiadamente aguda e parcialmente arranhada para o meu gosto. Bufei frustrada, levando a mão até o pequeno botão preto do volume para diminuí-lo.

—Está tudo bem? —depois de eu quase morrer de ansiedade e de tanto bufar irritada ele resolveu indagar. Sim, esta tudo bem. Posso esmurrar sua cara agora?

Dei de ombros. Virei minha face para olhar a paisagem pela janela — paisagem essa que por vivermos longe do centro de Toscana, era composta por vinhedos e campos floridos. Não eram as minhas flores favoritas, mas não deixavam de ser igualmente belas e perfeitas aos olhos.

—Não me faça repetir amore. —meu marido sorriu de lado, revezando sua atenção entre mim a estrada. —O que a tem preocupado?

Seu bom humor.

—Nada. —murmurei.

Em momento algum tirei meus olhos da paisagem. Agradeci a Deus pelo carro ser mais confortável do que eu esperava —, pois a viagem estava se saindo uma grande merda. A Mercedes com aparência de Jipe era confortável e mesmo que fosse uma tortura, eu gostava de saber que o cheiro amadeirado de Light estava  por toda parte dele. Permiti-me inalar o cheiro, que na maior parte do tempo mantinha-me calma, porém na outra parte do tempo excitava-me. Alerta ninfomania.

Em alguns minutos a paisagem verde com detalhes coloridos — das flores, foram deixadas para trás, sendo substituídas por edifícios renascentistas magníficos que estavam entre alguns modernos, mostrando mais o estilo romântico toscano.

—Estou entediada. —balbuciei. Em parte era apenas para chamar sua atenção.

—Lembras-te que pediste algo alguns dias atrás? —indagou Light, franzindo o cenho.

. —murmurei. Não podia arriscar-me a dizer mais que isso — ele notaria a inconsistência em minha voz e claramente o meu nervosismo.

Passei as minhas mãos trémulas e suadas nas calças, olhando-o de esguelha para capturar qualquer sinal de que ele realmente faria o que eu pedi. Claro que ele faria, afinal é o que ele mais gosta de fazer.

—Você tem certeza? —questionou preocupado. Pela primeira vez, eu percebi que ele parecia em dúvida . —Pergunto isso porque… Para mim é algo simples e faz parte do que eu sou Kalahari. —Light respirou profundamente, como se estivesse a procura das palvars certas. —Não quero que isso lhe faça mal depois, pois eu sei como é.

Suas últimas palavars foram nada mais que sussuros —audíveis sussuros. Ele preocupava-se com a minha saúde mental. Talvez ele realmente se preocupe comigo.

—Eu estou certa disso.

Não admiti falhas no meu tom de voz. Se eu o fizesse, Light daria meia volta e eu teria que engoliar a humilhação para o resto dos meus dias. Eu sou a Baronesa.

—Eu amo-te. —disse-lhe, segurando possessivamente suas coxas.

Seu olhar foi caloroso e brilhante. Light levou suas mãos até meus cabelos desprendendo-os do coque. Aproximou meu rosto ao seu, para que nossos narizes tocassem um ao outro e também para que permanecessemos olhando fixamente um ao outro. Um minuto já havia se passado.

—Eu amo-te Baronesa. —Sussurou. Seu tom de voz receoso, mostrava o quão era difícil para ele dizer aquelas palavras e não o culpo.

Um sorriso largo emoldurou minha face e pude sentir ás lágrimas a espreita. Meu peito aqueceu-se e engoli o choro de emoção. Ele havia dito que ama-me. Ele ama-me — essa é a parte que eu saio do carro e faço a dançinha da felicidade. Só nesse momento, dei-me conta de que o carro já não mais se movimentava e que estávamos em frente à um condómino bem localizado e muito luxuoso por sinal. Engoli em seco nervosa. Eu podia voltar pra trás, mas eu não o faria. Eu sou a Baronesa.

—Fique calma. —pediu num sussuro, acariciou minha face com carinho e delicadeza. —Eu jamais deixarei que algo de mal te aconteça. Eu prometo.

Sim. Eu sempre soube que ele me protegeria e agora, mais do que nunca tenho certeza disso. Eu o amo e agora sei que ele também ama-me.

Colei minha boca na sua, querendo tudo que ele podia dar-me. Nossas bocas chocaram-se dando inicio ao beijo fervoroso e desesperado. Nossas línguas dançavam ritmicamente, numa mistura de desejo e felicidade. Seu piercing na língua chocava-se com a minha, deixando-me cada vez mais necessitada não apenas por seu beijo, era como seu pudesse ter muito mais que aquilo. Light chupava minha língua fazendo movimentos eróticos com a sua dentro da minha boca. Era um pacto sendo selado.

—Vamos Baronesa. —disse, separando nossas bocas.

Sorri de lado guardando o anjo que ele me dera na bolsa. Sim, agora um dos anjos da morte é meu. 

Descemos do carro estacionado no meio fio e seguimos até a guarita do segurança que, ficou ainda mais impassível assim que viu Light. Ele parecia conhecer meu marido bem demais para o meu gosto — talvez Light seja frequentador assíduo do condomínio. Tenho de relaxar ou então não vai adiatar nada — lembre-se que ele ama você.

—Senhor. —o homem trajando um terno preto e óculos escuros acenou para Light. Esse não era o nenhum segurança do condomínio. Ao passarmos pela guarita, o sangue no vidro da mesma assustou-me. Um homem de meia idade estava caído aparentemente morto.

—Limpem essa merda. —ordenou Light, segurando ainda mais minha mão, após perceber a vacilaçao dos meus pés. —Relaxa. Você é minha minha Baronesa, haja como tal.

Seu tom de voz firme não deixou espaço para negação. Cada passo que ele dava, era como se a terra tremesse, os homens o temiam e eu não podia decepcioná-lo. Sua face bem moldada estava impassível, sua mandíbula firme e seus dentes trincados. Quando o conheci, Light tinha dois piercigs no nariz, uma argola do lado esquerdo e um simples no direito, mas naquele momento tinha apenas a argola. Nas suas orelhas dois brincos de argolas pequeninas, davam-no a aparência ainda mais obscura como a de bad boy assassino. Sua expressão fria distribuía leves arrepios por minha espinha e braços, como se eu estivesse com frio e seus intensos globos azuis estavam mais escuros que o normal.

Em menos de cinco minutos estavamos de frente para uma porta branca feita de madeira Imbuia, bem moldada e como o restante do condomínio de um luxo puro. Os homens de Light estavam posicionados estrategicamente o que fez meu medo aumentar ainda mais.

—Não tenha medo. —sussurrou, acariciando as costas da minha mão. —Isso é algo que eu deveria ter feito logo que consegui o que queria. Sê firme Piccola.

—Está certo. —balbuciei, deixando a tensão abandonar meus ombros e pigarreei baixo.

Light entregou-me a pequena chave e abri a porta principal daquela casa, que mais parecia uma mansão. Assustei-me com a primeira visão que tive da sala de estar. Haviam duas pessoas, uma delas reconheci como sendo a mãe dela —daquela mulher. Estavam igualmente assustados e tentavam gritar sob a mordaça negra de bola. Eles pareciam desesperados e isso deixou-me um pouco apreensiva.

—Ora, ora… Se não são a matriarca e o patriarca Kazama. —Light assumiu uma postura relaxada demais para a ocasião —diferente do seu tom de voz frio e cortante.

Ele largou minha mão. Senti-me frágil e ao mesmo tempo assustada. Light desapareceu entre uma das portas e eu quis segui-lo, mas eu tinha de mostrar o quão sou forte. A matriarca Kazama olhava-me desperada num pedido silencioso e suplicante por ajuda — talvez seja isso que Giordanna sentiu, mas o filho deles não deixou de machucá-la. Sorri de lado dando de ombros. O homem que fitava-me sério e com a expressão indecifrável parecia com nojo e muito ódio. Tenho certeza que em outras ocasiões eu teria ganhado uma pela cusparada na cara. Seus olhos castanhos escuros transbordavam ódio e as veias saltadas no seu pescoço eram a prova do quão era sua vontade em matar-me.

—Tragam-na. —pediu Light, para dois dos seus homens, que posicionados nas escadas que davam para o andar superior.

Por mais que eu não quizesse admitir, eu estava ansiosa e curiosa para os acontecimentos daquela tarde ensolarada de Setembro. Light empurava a cadeira despreocupadamente assobiando a cada passo sem importar-se com o barulho. Sorri com a visão. Diferente de outros dias, ele pareciar calmo e despreocupado — o que na verdade é mais amedrontador que excitante. A cadeira dourada podia ser facilmente confundida com uma versão menor de um trono.

—Seu trono minha Baronesa. —disse Light, posicionando a cadeira bem a frente do casal amarrado e amordaçado.

Levei as mãos para seu rosto acariciando-o e posicionando o meu queixo entre seu pescoço inalando seu cheiro inebriante. Colei minha boca na sua dando início a um beijo lascivo e erótico —dando uma visão privilegiada ao casal que parecia incomodado. Light passou sua mão pela minha cintura até minha bunda segurando-a possessivamente.

—Larguem-me seus brutamontes. —a voz dela soou pelo cómodo, forçando-me a acabar com o beijo. —Meu irmão ficará sabendo disso.

Sorri de lado com o olhar incentivador de Light.

—De você é que não será. —sibilei malévola. —Seja bem vinda a festa Judith. Prepararda para morrer?


Hey Cakies... Gostaram do capítulo?
Ansiosas para mais? Aaaaah prometo não levar muito tempo para postar Okay?

Não se esqueçam de votar e comentar até os dedos ficarem dormentes... Aaaah. Partilhem e obrigadaaa amores.

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