Capítulo 29
— Estamos parcialmente cercados, senhor. — um dos policiais respondeu.
— A aglomeração está concentrada na parte da frente, estendendo-se até as laterais. Livre mesmo, só a parte dos fundos. Lá não há vivalma, senhor. — o outro tira concluiu.
Os ocupantes da torre permaneciam em silêncio e em desobediência às ordens da polícia. Simultaneamente, o delegado tentava uma estratégia segura e, como sempre, o fazia em voz alta:
— Podemos sair todos pelos fundos. Vocês aguardariam em segurança dentro dos carros que deixamos às margens do lago, enquanto nós — apontou para os policiais — tratamos das negociações... Mas e a tal janela? Será que... Senhor Winks, acaso esta torre possuiria mais uma janela que desse para os fundos?
— Lamento informar, mas há apenas uma e dá para o jardim.
— Não, não. O jardim está tomado, pode ser perigoso...
Mal terminou de falar, e duas tochas quase que de forma sincronizada estilhaçaram novos vidros e foram parar ainda acesas na cortina e no tapete, provocando novos princípios de incêndio, que foram abafados energicamente aos tapas a pisões por Dara, Margot e Sebastian.
— Mais perigoso é continuarmos aqui. Morreremos queimados! Eu não vou ficar esperando que uma tragédia aconteça, nem vou permitir que destruam a minha casa! — após vociferar firmemente essas palavras, Edgar tomou a direção da porta principal, mas foi detido a tempo pelo delegado.
— Senhor Winks, não seja imprudente! Se pretende deixar a casa, vá pela parte de trás. Não vê que leva desvantagem? Se a situação sair do controle, não poderá correr com essas coisas nas pernas.
Edgar suspirou fundo e olhou para a mão do delegado em seu ombro. Logo foi solto e, em seguida, encarou-o com os olhos muito amarelos.
— Essas "coisas"; confeccionadas por mim; tornaram possível para mim estar de pé hoje. Já quanto à sua sugestão descabida, é bom que saiba que sou Edgar Thomas Winks, e não vou sair da minha casa pelos fundos JAMAIS! — dito isso, apressou o passo, fazendo tilintar todas as suas engrenagens, encaminhando-se, obstinado, à porta da frente da mansão.
Dara foi a primeira que o seguiu, e a seu exemplo, seguiram todos.
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