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Ódio e atração


Bettany despertava o pior lado dele, o lado que desejava vê-la morta e destruída. Rigion tinha medo de estar perto dela, não queria perder o controle e virar um assassino em Acátion também.

- Garota soberba. Eu te odeio, Bettany - ele gritou e jogou uma pedra bem forte, a pedra caiu bem longe.

- Por que me odeia tanto? - ela disse, se sentando do seu lado - se me odeia tanto, me mate - o desafiou e Rigion rangeu os dentes, tentando controlar seus instintos.

- Sinceramente? - ele disse irônico e se virou para a encarar - porque você é egoísta, soberba, cruel e não tem um pingo de amor ou piedade nesse seu coração.

- Quem precisa de amor são os fracos, nós fortes precisamos de poder - revirou os olhos com aquele discurso infantil do homem - não que eu me importe com sua opinião, mas você nem me conhece para falar essas coisas!

Se ele conhecesse falaria do mesmo jeito, Bettany sabia daquilo. Até as pessoas mais próximas dela diziam aquelas coisas, mas ela tinha aprendido daquele jeito.

O mundo não pegava leve com ninguém, então ela tinha que fingir ser a mais forte para que ninguém tivesse coragem de se aproximar e a destruir.

- Eu tenho observado seu governo desde que me mudei para Acátion, você não liga para ninguém além de si mesma - falou com ódio e se levantou - como eu disse ontem, melhor você não se aproximar de mim.

Rigion sentia que algo estava mudando dentro dele e o lado ruim da sua personalidade estava prestes a aparecer, mas ele não queria aquilo. Era doloroso para ele, o garoto tinha um bom coração.

Ele não fazia ideia de que era um híbrido, nem sabia o motivo de ter asas, mas estava decidido a descobrir.

- Você acha que eu tenho medo de um fracassado como você? - ela ironizou e Rigion perdeu totalmente o controle.

Seus olhos ficaram pretos e sua mão foi parar no pescoço da rainha, que tentou se defender com fogo, mas não adiantava, era como se ele não fosse capaz de queimar.

- Me solta, Rigion - falou em um fio de voz, ainda tentando se livrar das grandes mãos do homem - por favor - ela engoliu todo seu ego, nunca tinha pedido clemência na vida.

- Grita mais alto que eu solto - e então ela soube que não estava lidando com o Rigion, mas com algum monstro que tinha invadido ele. Gritou mais alto como o monstro pediu e ele a soltou.

Os olhos dele começaram a esclarecer e pareciam confusos, Rigion estava voltando ao normal. Bettany estava tão aterrorizada que não conseguia sequer pronunciar alguma palavra, sabia que tinha que correr, porém, seus pés não saíam do lugar.

- Foge, Bettany! Agora! - Rigion gritou, cravando uma luta contra si mesmo. Era muito difícil vencer seu lado ruim, ele vivia tentando o sufocar, queria tomar conta de qualquer jeito.

A questão era: como Rigion ia lutar contra algo desconhecido? Aquilo dentro dele não tinha nome, mas ele não queria se render, aquele corpo era dele, aquela vida era dele e seu lado obscuro não tinha nenhum direito sobre sua vida.

O garoto arfava como se fosse perder o ar, e Bettany estranhamente se preocupou em ajuda-lo, porém ela estava com medo de se aproximar novamente e morrer.

Ela fez uma algema com o próprio fogo e prendeu as mãos dele, então tomou uma atitude meio maluca. Se ele não sentia dor com o fogo, não ia mata-lo se ela tentasse fazer uma respiração boca a boca.

Colou os lábios nos dele e tentou ajuda-lo a respirar, ela nunca tinha testado essa técnica com ninguém, nem podia. A pessoa morreria pelo simples ato dela grudar os lábios, menos se fosse alguém que soubesse manusear o fogo também.

A atitude dele foi meio estranha, porque ele transformou aquilo em um beijo, ele não, o lado obscuro dele. Rigion queria entender o motivo de seu lado ruim tentar matá-la e depois a beijar daquela forma.

- Sai de cima de mim, maluca - ele a empurrou, finalmente tomando o controle do seu corpo - o que você pensa que está fazendo?

- Eu estava tentando te ajudar - protestou, tentando não perder a pose, porém estava se sentindo perdida e inerte - espero te ver amanhã no castelo, até breve - deu as costas andando lentamente, apesar de a vontade ser de correr.

Que vergonha! Nunca pensou que seria rejeitada, mas também nunca pensou que beijaria alguém, a realidade é que ele a beijou! Ainda assim doeu quando ele tentou a afastar, sempre sendo rejeitada...

No fundo, os dois combinavam perfeitamente, duas pessoas rejeitadas em busca da aceitação. A questão é que Bettany fingia bem que não gostava de atenção e afeto, mas Rigion era um garoto carente.

Ele estava confuso, não entendia o porquê de seu outro eu ter tentado beijar aquela garota. De todas as garotas do mundo, por que ela? Com certeza ela despertava o pior dele, e a vontade era de manter distância, ou podia simplesmente matá-la...

- Não, eu não sou assim - balançou a cabeça, tentando negar aquela crueldade - talvez torturar, roubar o trono, matar não - ele queria se convencer de que não mataria mais ninguém.

Decidiu ir ver seu amigo, Gabe, que morava a alguns metros da sua casa. O dia estava ensolarado e ele odiou aquilo, preferia que estivesse frio, mesmo que ele fosse tremer a noite inteira.

Chegou rapidamente no local que tinha tanto apego, o amigo tinha o chamado para morar lá, mas ele era muito orgulhoso para aceitar. Rigion também tinha medo de ficar muito tempo perto de alguém, foi assim que ele matara os pais, não podia matar mais alguém que amasse.

Bateu na porta e quem abriu foi Angel, sua amiga e pessoa pela qual ele tinha uma paixão avassaladora. Aquele tinha sido um dos motivos para ele ter ficado com mais raiva ainda de Bettany, ele queria que seu primeiro beijo fosse com Angel.

Era impossível voltar atrás do que já tinha acontecido, talvez isso nem fosse algo tão importante assim também. Não fazia ideia dos sentimentos de Angel, e não fazia mal beijar outra pessoa, só não queria que fosse alguém que ele odiava.

Angel tinha cabelos longos e negros, cacheados e sedosos, sua pele era morena e os lábios se destacavam demais em seu rosto por serem carnudos e ela viver de batom vermelho.

Era uma garota doce, totalmente ao contrário de Bettany, que era amarga e fria. Angel via o garoto como um irmão mais novo, não o considerava daquele jeito.

- Rigion, meu garoto, quanto tempo faz que não te vejo - ela abraçou o garoto e lhe ofereceu um sorriso - entre, vou chamar Gabe.

Rigion odiava quando ela o tratava como uma criança, os dois só tinham dois anos de diferença! Entrou na pequena casa e se sentou em uma das cadeiras desconfortáveis do lugar, mas ele já era muito acostumado com aquele ambiente.

Esperou ansiosamente o amigo chegar, precisava contar para ele o que tinha acontecido, pelo menos precisava conversar sobre alguma coisa. Ele sentia que iria enlouquecer a qualquer segundo e a única coisa que o salvaria seria uma boa conversa.

- Gabe! - Angel gritou e foi para o fogão - vou preparar um chá para nós, você parece que não se alimenta direito há dias - ela reclamou - eu já disse que se estiver precisando de algo, pode falar. Não quero ver meu amigo morto.

- Desculpe-me, só não queria ser um estorvo para vocês - bagunçou o próprio cabelo e começou a balançar as pernas. Ela o deixava ansioso e confuso, nunca sabia o que fazer em sua presença - você tem passado bem?

- Tirando que o meu irmão tem me dado bastante trabalho recentemente - Angel deu de ombros e começou a colocar o chá em uma xícara e entregou para Rigion - espero que esteja bom, deixa eu ver se acho os biscoitos.

Ela já tinha achado os biscoitos e servido, quando Gabe passou pela porta do quarto. Seu amigo era baixinho, porém tinha músculos fortes, cabelo liso e jogado para o lado e os olhos castanhos.

- Desculpa a demora, Rigion - Gabe disse enquanto arrumava sua blusa e jogava uma mecha do cabelo para o lado - confesso que estou bem cansado nos últimos dias.

- Cansado de me dar trabalho, certo? - a irmã retrucou e ele olhou seriamente para ela - ele é seu amigo, não custa contar a verdade - Angel limpou as mãos no longo vestido dela, que era rosa e bem simples.

Os pais deles viviam em uma casa melhor, mas deixavam eles abandonados por causa da reputação. Aquele mundo era tão ridículo que as vezes Rigion sentia vontade de matar a si mesmo.

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