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[04] Encontro com o larápio maldito

#HeróiMedíocre

🐉

Existe uma cantiga muito famosa entre as crianças. Ninguém sabe de onde surgiu, quem compôs e como se espalhou pelos cinco reinos. Porém todos conheciam a letra, dito dos avós aos netos que era um aviso de quem eles deveriam ter medo; de quem eles jamais poderiam comentar sobre.

Chama-se "O Canto dos Gêmeos".

Quando o sol se põe, o som das lascas se sobressai

Ao contar a lenda da Mãe e dos gêmeos

Que um dia proverá e causará tantos tormentos.

Os ventos ao leste avisam e as folhas outonais se vão

O solstício põe medo a todos que esperam a união

é o encontro das duas almas

Amanhã talvez viveremos

Quando o Grito da Morte soar

Quem conseguirá se salvar?

Seja cauteloso, meu filho, eles te ouvirão

As lascas queimando são o sinal

Os dois irmãos se enfrentarão.

A Lua e o Sol. A Água e o Fogo.

O Azul e o Vermelho.

Ouça meu conselho, se esconda!

Quem conseguirá se salvar?

Quem conseguirá se salvar?

Na entrada de um vilarejo humano, crianças vestidas em trapos cantavam tais dizeres, batendo palmas e erguendo galhos de madeira com se fossem espadas, numa verdadeira brincadeira de ciranda. Contudo, ao ouvirem o som do galopar de cavalos, correram para longe da estrada de terra batida e esconderam-se atrás das árvores para observar a chegada de forasteiros.

Jungkook desceu primeiro, sondando o local à procura de um lugar que pudessem amarrar os cavalos. Logo avistou um estábulo próximo da entrada, ele ajeitou o capuz para cobrir grande parte de seu rosto e apontou a direção para Taehyung.

Jimin mantinha-se quieto, agarrado na túnica preta que outrora fora emprestado por Jungkook junto de botas de couro confortáveis. Sentia-se tonto e seu cóccix estava dolorido, era a primeira vez que andava de cavalo (ou melhor, correra) e não tinha ideia do quão desconfortável poderia ser. Tinha em mente que seria uma experiência única, mas só foi um grande incômodo ficar na mesma posição por cinco horas seguidas, sempre temeroso com a possibilidade de levar uma queda.

Quando perguntou aos dois lunáticos o que eles fariam a seguir, não passou pela cabeça que ele seria puxado até os cavalos, já com bolsas e montarias prontas e que partiriam numa aventura sem intenção de voltar. Rapidamente Jimin era posto sentado na sela com Jungkook atrás de si e galopavam de acordo com as coordenadas que Taehyung ditava.

― Acha uma boa ideia aparecermos aqui durante o dia? ― Jungkook perguntou após amarrar o cavalo e ajudar Jimin a descer. ― É imprudente. Poderíamos ter esperado anoitecer, você sabe que não é uma boa ideia andarmos por vilarejos humanos.

― Ele está escondido aqui, não havia outra opção ― Taehyung explicou, descendo do cavalo e ajeitando a máscara branca sobre o rosto.

Jimin questionou-se do porquê ele usar esse acessório, talvez fosse para se esconder de alguém ou, quem sabe, apenas um item de luxo. A máscara era realmente bonita e os detalhes em ouro davam um ar de quem usufrui de muitos bens.

Talvez Taehyung não fosse somente um lunático aspirante a Doutor Estranho que usava máscara do BJ Alex.

Um arzinho deixou seu nariz pensando na relação que fizera do super-herói da Marvel com uma história em quadrinhos que havia lido uma vez, o protagonista em questão era um CamBoy que usava uma máscara para cobrir todo o rosto enquanto dava prazer a si mesmo em lives muito, muito quentes.

Não conseguia levar a sério nem nessas horas.

Deu um tapinha no próprio rosto e passou a encarar os dois homens à sua frente. Eles pareciam discutir sobre algum ponto que Jimin não se atentou e que muito provavelmente ele deveria prestar atenção.

Havia dado carta branco para acreditar naquela loucura, então se tudo aquilo era real mesmo, e não um longo sonho, Jimin não gostaria de morrer uma segunda vez.

― Eu poderia capturá-lo, não seria uma tarefa difícil e evitaria possíveis dores de cabeça ― Jungkook argumentou.

― Agora quem está sendo imprudente é você.

― Nada nos garante de que esse mapa é verídico, e não uma armação para nos atacarem ― Jungkook tenta novamente e Jimin arregala os olhos em desespero. Há uns segundos atrás estava pensando que não queria morrer e agora isso!

― Não se preocupe, ele está em dívida comigo ― Taehyung afirmou, pondo a mão sobre o ombro de Jungkook. ― Controle essa sua afobação de cachorro louco, tu sabes que não podemos descartar qualquer pista que nos será oferecida.

Jungkook bufou dando um tapa na mão do outro, resignado, dirigiu-se para a bolsa presa na sela e tirou três adagas. Jimin arfou em espanto quando o viu se aproximar e segurar sua mão, pondo entre seus dedos uma das armas afiadas.

― Não pode andar desarmado ― Jungkook explicou ao perceber a face confusa e amedrontada de Jimin. ― Sempre que for usá-la, mantenha o pulso firme e segure no meio do punhal.

Jungkook ajeitou a mão pequena ― apesar de coberta por cicatrizes, era de uma maciez incomum; de alguém que nunca passou por dificuldades ― sobre o punhal metálico da adaga e Jimin engoliu a seco ao sentir o gelado do material contra a pele.

― Ataque de cima para baixo, sempre focando nas partes mais críticas do corpo ― Jungkook instruiu, segurando o punho de Jimin. Diferente da adaga, o toque da mão coberta por uma luva de pano era quente contra a pele do Escolhido. ― Cabeça e tronco.

Jimin assentiu sob o olhar firme de Jungkook.

― C-Certo.

Jungkook nada respondeu, tirou novamente a adaga da mão do outro e a prendeu no cós da calça do Escolhido, em seguida ajustou a túnica para que ficasse imperceptível para terceiros que Jimin estava armado também.

Taehyung, vendo-os prontos, seguiu na frente sabendo que os dois viriam atrás de si. Caminharam pela rua principal sendo alvos de muitas olhadelas desconfiadas, não era comum a chegada de forasteiros na região e sempre que apareciam, era para causar algum problema.

Ainda mais se esses forasteiros não fossem humanos.

Apesar disso, Jimin, como um bom contador de histórias e noveleiro, não deixava de ficar intrigado com o ambiente, as ruas irregulares e enlameadas não pareciam um problema aos moradores, muitos atravessavam descalços sem se importar com o quão sujo os pés ficariam, nem mesmo com vacas e porcos sendo arrastados de um canto ao outro.

As casas eram de madeira e barro e Jimin precisou se controlar quando se deparou com bazares de artesanatos e pequenos mercadinhos de comidas que nunca vira antes. Poderia não ter ideia como funcionava o comércio naquela realidade bizarra, mas gostaria de ao menos explorar o lugar. Talvez provar uma fruta.

Tão cena de uma Manhwa Isekai! Jimin pensou, empolgado.

― Para onde estamos indo? ― Jimin perguntou com animação, seus braços estavam jogados para trás e ele dava pulinhos enquanto andava no encalço de Jungkook.

Contudo, ao focar os olhos no homem ao seu lado, surpreendeu-se ao ponto de quase tropeçar nos próprios pés se não fosse aparado a tempo pelo outro.

― Cuidado! ― Jungkook alertou com voz aveludada uns bons tons mais graves, completamente diferente da que conhecia. Assim como sua aparência.

― C-Como? S-Seu rosto? V-Você...? Que porra!

Jungkook revirou os olhos.

― Eu não sou um humano, e sim um metamorfo ― explicou, largando o braço de Jimin que ainda o encarava de boquiaberta. ― Consigo transformar minha aparência e determinadas características para qualquer criatura viva que eu conheça.

Jimin arregalou os olhos.

― Sério?! ― perguntou, curioso. Naquele momento, Jungkook tinha adquirido uma aparência bastante diferente da que conhecia, a pele rosada de tão branca junto de uma volumosa barba trançada e cabelos ruivos, parecia um bárbaro. Até a fisionomia havia mudado para mais robusta, ficando quinze centímetros mais alto do que já era.

A única coisa que não mudava eram os olhos dourados.

― Sim, mas não temos tempo para falar sobre isso agora, há muitas pessoas em volta ― Jimin assentiu, a contragosto, segurando-se para não erguer os dedos e tocar a barba trançada. Gostaria de perguntar se ele conseguia se transformar numa abelha e se conseguia se comunicar com a colmeia. O Escolhido tinha uma teoria maluca quando criança de que as abelhas planejavam a extinção da humanidade.

― Para onde estamos indo? ― Jimin voltou a perguntar, agora mais calmo e atento ao caminho à sua frente.

― Estamos indo atrás de um informante de Taehyung, dizendo ele que este desconhecido tem o mapa que nos dá a localização de Ruber.

Jimin franziu o cenho.

― Tão fácil assim?

Jungkook dá de ombros, já acostumado com as decisões arriscadas e um tanto ingênuas de seu parceiro.

Logo o trio para em frente a uma taberna, de fora, era possível ouvir as conversas altas e o cheiro da cevada pura e mel impregnando os arredores. Sem dizer nada, Taehyung empurrou a porta e no instante que fez, as risadas cessaram e olhares afiados foram direcionados aos três.

Em silêncio, o trio aproximou-se do balcão e um homem de estatura mediana, mas de corpo grande, careca e caolho dispôs três canecas grandes sem nenhuma receptividade no ato.

Jimin engoliu a seco, observando a sua volta. Homens e mulheres os encaravam como se estivessem prontos para começar uma briga. Desejando ignorá-los, focou-se na caneca a sua frente. Por sorte, ele havia ficado no meio dos dois, isso amenizou a ansiedade em seu peito.

― O que vão querer, forasteiros? ― perguntou o taberneiro com grosseria. Jimin prendeu a respiração ao sentir o hálito fétido.

Taehyung por baixo da máscara sorriu, debochado.

― Creio que uma espelunca como essa não há outra coisa que não seja hidromel ― cuspiu de volta, sem remorso. O taberneiro à sua frente estalou o pescoço, ameaçando Taehyung com o olhar, mas isso não o afetou. ― Veja-me três. Do melhor e mais velho barril.

O homem bufou, servindo-os. Jimin encarou a caneca cheia e o cheiro forte de mel atingiu suas narinas, a coloração lembrava kombucha, uma bebida que costumava comprar nos intervalos das aulas da faculdade.

Acabou tendo lembranças de seu amigo Taemin, com quem sempre dividia e bebida; o peito doeu. Como ele estaria agora? Qual reação ele teve ao receber a notícia da sua morte? Mesmo que vivessem trocando farpas e xingamentos, criaram um laço desde o primeiro dia de aula, Jimin confiava nele mais do que confiava em si mesmo.

Sentia tanta, mas tanta falta.

Jimin suspirou pesado, decidido a ignorar o luto injusto que pesava em seu peito e levou a bebida à boca. O gosto era similar ao de vinho branco, porém um pouco mais forte e doce. Ele tomou um gole pequeno e tossiu em seguida com uma leve queimação na garganta. Não era bom com bebidas alcoólicas.

Observou Jungkook pelo rabo do olho e que muito diferente de si, bebia o hidromel em longos goles sem deixar uma única gota cair. Ao terminar, o metamorfo soltou um "Ah! Docinho!" com o semblante cheio de satisfação, soltando a caneca pesadamente.

Em seguida, espiou Taehyung tomar de forma elegante, levantando a máscara o suficiente para conseguir beber. Ele dava goles medianos, mas com uma segurança de quem já tinha costume e ao terminar, pegou um lenço guardado nos bolsos da túnica e limpou os cantos dos lábios.

Jimin respirou fundo e tentou outra vez, mas acabou parando na metade do caminho ao pegar o taberneiro encarando-o feio. Decidiu ignorar.

Novamente tossiu quando o álcool atingiu sua garganta.

― Não precisa se forçar a beber, deixa que eu tomo ― Jungkook murmurou, pegando a caneca de suas mãos. Jimin nem teve tempo de questionar, pois o metamorfo já havia bebido mais da metade.

― Obrigado ― Jimin murmurou em agradecimento, engolindo com dificuldade o amargor que a bebida deixou em sua boca.

― Tsc. Fraca. ― o taberneiro resmungou em escárnio e Jimin fingiu não ouvir. Não perderia tempo respondendo-o, já lidava com pessoas iguais a ele o tempo inteiro.

Mas o metamorfo ao seu lado não parecia compartilhar do mesmo pensamento, o fundo da caneca foi brutalmente de encontro ao balcão e Jimin estremeceu ao se deparar com o olhar assassino que Jungkook lançava ao taberneiro.

― O que mais vão querer? Conheço porcos como vocês, bebida não é a única coisa que procuram ― o taberneiro perguntou com arrogância sem se atentar aos olhos amarelos cintilando em aviso.

― Com certeza conhece... ― Taehyung desdenhou. ― Estou a procura de um sujeito chamado Willin Whitebrows.

Murmúrios reverberaram por toda taberna.

"Esse filho da puta ainda está vivo?!"

"Carne podre não se livra com facilidade."

"Na última vez que eu o vi, ele estava pulando o muro depois de ter comido a mulher do caseiro!"

"Um dia desses peguei esse traste tentando roubar minhas galinhas, levou umas cintadas do meu marido, mas nunca aprende!"

"Falando em marido... mulher, por que você está aqui se esfregando feito uma vagabunda no meu colo? Hahaha se ele te pegar, vai te dar umas cintadas que nem deu no lixo do Whitebrows."

"Ele não precisa saber, meu bombom!"

O taberneiro revirou os olhos, apoiando-se no balcão e apontando o dedo no rosto coberto de Taehyung.

― Naquela porta à direita ― sinalizou para uma portinha de madeira na parte mal iluminada da taberna. ― Não arranjem problemas. Não tenho medo de passar o machado na garganta de cada um de vocês.

Taehyung, satisfeito, bateu palmas para então estender uma pequena saca de moedas de prata, jogando-as sobre o balcão. Sem esperar uma resposta, os três seguiram para onde fora apontado, desviando das pessoas bêbadas e ignorando os olhares cheios de segundas intenções. Ao abrirem a porta, depararam-se com um homem albino esparramado no sofá velho com duas mulheres voluptuosas o acariciando, pouco se importando com quem estivesse presente.

Meu grande amigo Vante, quanto tempo não o vejo! ― disse Willin, erguendo a caneca em cumprimento, visivelmente bêbado ao ponto de soluçar em cada palavra dita.

― Willin Whitebrows, vejo que não mudaste nada. A última vez que o vi estava fugindo dos guardas da Capital, lembro-me bastante do seu olhar de desespero, larápio ― saudou Taehyung e Willin sorriu, cafajeste, trocando selares com as duas mulheres.

― Por que relembrar tempos tão sombrios? Estou apenas vivendo, Vante. Aproveitando do melhor que a Mãe nos ofertou: Mulheres, bebidas e ouro. ― apertou as duas amantes nos braços, marcando o pescoço de cada uma com selares barulhentos. Jungkook franziu o cenho em desgosto e Jimin abriu a boca, descrente.

Se a tia Irene ouvisse o que esse cara está falando, ela teria metido uma sandalhada na cara dele, Jimin pensou.

― Mas me diga, Vante, o que te traz aqui?

― Temos pendências a tratar, Willin ― Taehyung aproximou-se e Willin engoliu a seco, endurecendo a postura. ― Peço que as duas damas não deixem a sós.

Com um beijo em cada bochecha, as duas mulheres despediram-se de Willin. Assim que a porta foi fechada novamente, Taehyung ergueu os dedos indicador e médio e lançou um feitiço por todo cômodo.

― O que ele fez? ― Jimin perguntou com os olhos arregalados, boquiaberto com a fina camada azulada de magia que cobria toda a parede, janelas e portas.

― É uma barreira de silêncio, ninguém de fora pode ouvir ou entrar ― Jungkook explicou.

Jimin assentiu em compreensão, contendo a vontade de cutucar as paredes. Voltou a encarar o que acontecia à sua frente e foi pego de surpresa com os olhos de Willin vidrados em si.

― Quem são esses que te acompanham, Vante?

― Não vejo isso com algo relevante no momento, finja que os dois não estão aqui. O assunto é entre eu e você ― disse Taehyung com seriedade. ― Creio que não precisamos ser cordiais agora, me dê o que prometeste.

Willin revirou os olhos, petulante, secando as mãos no tecido da calça antes de se levantar. Ele era centímetros mais baixo que Taehyung.

― Não precisa ser tão inflexível, eu jamais descumpro com a minha palavra ― Willin defendeu-se com as mãos erguidas para cima.

― Eu tenho minhas dúvidas... ― Jimin murmurou para si e Jungkook concordou, em silêncio.

― Aqui está ― Willin tirou de dentro do colete da roupa o mapa enrolado e estendeu a Taehyung, mas antes que fosse pego, o homem albino recuou. ― Não foi fácil pegar esse mapa, os homens que o protegiam estavam armados, por pouco não fui dado aos cães.

― É por isso que está escondido nesse vilarejo?

Willin dá de ombros.

― Não estou escondido, só estou tirando um tempo para mim antes de partir para a Capital ― sorriu, abrindo os braços. ― Ouvi dizer que só há do bom e do melhor a minha espera por aquelas terras.

― Não sei quem o iludiu com essas baboseiras... ― Jungkook murmurou. Jimin quis rir.

― Me dê logo isso! ― Taehyung tomou o mapa de sua mão, abrindo-o.

Jimin tentou esticar-se para xeretar o mapa, mas não conseguiu. Taehyung manteve-se em silêncio enquanto encarava as coordenadas e após minutos, um riso fora ouvido por trás da máscara.

― Agora eu compreendo... ― Taehyung se pronunciou e Willin arqueou a sobrancelha, aproximando-se do outro.

― O que você compreende? Quando eu li esse mapa, nada fez sentido e eu não sou letrado o suficiente para entender a linguagem.

― É porque humanos como você não tem capacidade para entender ― Taehyung desdenhou, enrolando o mapa e estalando com os dedos para que o item sumisse. ― Nossa dívida acaba por aqui, Willin Whitebrows.

― Ei, ei, espera! ― Willin segurou o braço de Taehyung e o encarou com segundas intenções. ― Acho que mereço um agrado por isso... Como falei anteriormente, deu muito trabalho para conseguir.

― Salvar sua vida miserável não bastou?

― O mundo não funciona dessa forma, Vante. Eu mereço uma recompensa!

― Não tenho tempo para essa conversa furada ― Taehyung cuspiu, sem remorso, virando-se para Jimin e Jungkook. ― Estamos saindo agora e não tente nos impedir, humano larápio.

― E, e, e se eu quiser o mapa de volta? ― Willin soltou, sem medo, rígido e com o olhar desesperado.

Taehyung riu da coragem.

― Tem uma fera doida para meter as garras no seu pescoço, Willin. Não procure uma briga comigo, nossa dívida acabou de ser resolvida ― Taehyung respondeu e Willin engoliu a seco ao notar a figura alta e forte de olhos amarelos o encarando. Ele deu um passo atrás, trêmulo.

Taehyung girou o indicador e a camada azulada de magia sumiu do cômodo.

O trio deixou o quarto e novamente o som de conversas altas e canecas sendo batidas voltaram a serem ouvidas, caminharam para a saída da taberna em silêncio, esquivando-se de cada pessoa, mas antes que pudessem sair dali, a porta do cômodo, que anteriormente estavam, foi aberta de forma abrupta.

― O quê...? ― Jimin murmurou, confuso, ao ser barrado por caras grandes na entrada. Quando buscou o olhar tanto de Taehyung e Jungkook, eles encaravam o nada, indiferentes.

Contudo, ao olhar para trás, Jimin arregalou os olhos em desespero. Willin estava parado no centro do estabelecimento, encharcado de suor, apontando o indicador trêmulo na direção dos três.

Jimin temeu o que viria a seguir.

― S-São, são eles! D-demônios de R-Ruber! ― Willin gritou e um silêncio absurdo tomou conta do local. ― E-Eles me ameaçaram, q-querem destruir o v-vilarejo!

Jimin abriu a boca, indignado com a petulância daquele ladrão maldito.

Murmúrios enraivecidos tornaram-se presentes e xingamentos eram direcionados ao trio. Eles estavam rodeados e Jimin se encolheu próximo dos dois. Não tinha nem vinte quatro horas que estava vivo e já ia morrer outra vez!

Sob os olhares assassinos dos bêbados daquela taberna, Jungkook riu, estalando o pescoço e pousando as mãos sobre as adagas presas no cós da calça.

Enquanto isso, Taehyung revirava os olhos por baixo da máscara no mais puro tédio. Humanos eram tão previsíveis e egoístas que, na primeira oportunidade, o trairiam para tentar se sobressair e alimentar um ego medíocre.

― Eu falei para vocês não arranjarem problemas, porcos imundos! ― o taberneiro cuspiu com o machado brilhando em suas mãos. ― Farei questão de pendurar a cabeça de cada um de vocês na frente da taberna. Quero ver se demônios nojentos terão coragem de aparecer aqui depois disso.

― Meu jesus cristinho, quero minha tia... ― Jimin lamuriou-se; encolhido atrás de Jungkook.

Taehyung deu uns passos à frente.

― Cara criatura humana, dono desse estabelecimento de quinta, teria coragem de matar alguém que pagou mais do que deveria para tomar um hidromel tão medíocre? ― Taehyung riu, zombeteiro, e o taberneiro rosnou, emputecido. ― Vejo que o meu aviso de não procurar briga comigo não foi seguido, não é mesmo, Willin? Péssima decisão.

Willin engoliu a seco, cambaleando para trás do grupo que os rodeava.

Taehyung revirou os olhos outra vez. Larápio covarde.

"Demônios nojentos!"

"Ainda tem coragem de se pronunciar!"

"Vamos matar essas criaturas imundas!"

"Arranquem a pele deles! É cobiçada na Capital!"

A atmosfera era pesada, todos em volta pareciam ter pego algum objeto para se defender e Jimin mal conseguia respirar enquanto segurava o tecido da túnica de Jungkook por instinto, temeroso de desmaiar de tanta tensão.

― Não se preocupe, não deixarei ninguém chegar perto de ti ― Jungkook o assegurou por cima do ombro. Jimin engoliu a seco, sem conseguir responder. ― Lembra da adaga amarrada no cós da calça? Mantenha ela ao seu alcance, não precisará sujar as mãos de sangue, contudo...

― N-Não posso andar desarmado... ― Jimin completou com os olhos marejados, sustentando o punhal por baixo da túnica.

Jungkook sorriu e voltou os olhos para frente em alerta.

Cuspes fervorosos eram direcionados aos três e tanto Jungkook quanto Taehyung estavam atentos a todas as direções. A preocupação deles naquele instante não era se ambos se machucariam, mas sim com o Escolhido apavorado que não sabia se defender nem de uma mosca, quem dirá de um machado vindo ao seu encontro.

Eles tinham que protegê-lo.

Logo alguém gritou e todos começaram a ir para cima dos três. Jimin fechou os olhos e agachou-se por instinto, era certo para si que ele morreria naquele instante.

Sons de armas se colidindo, de objetos e vidro sendo quebrados, pessoas caindo e vozes enraivecidas clamando por toda a taberna. Jimin se recusava abrir os olhos, mas tinha plena noção do que acontecia, ainda mais quando o cheio forte de ferro impregnou suas narinas.

Sangue.

Jimin não sabe por quanto tempo ficou naquela posição, talvez fossem minutos ou horas, mas só relaxou quando sentiu uma mão tocar gentilmente seu ombro e a voz do metamorfo alcançar seus ouvidos.

― Pode abrir os olhos agora ― Jungkook avisou, agachado à sua frente. Jimin abriu os olhos com relutância e deparou-se com o metamorfo na sua forma original. Ele estava completamente suado e com alguns respingos de sangue de terceiros pintando as bochechas e queixo.

Jimin engoliu a seco e encarou a taberna por cima do ombro de Jungkook. Ele arregalou os olhos ao se deparar com o ambiente completamente destruído e pessoas desacordadas por todos os lados. O estômago embrulhou.

― E-Eles estão m-mortos? ― Jimin questionou com temor e Jungkook crispou os lábios, sem dizer nada. Ele não matou todo mundo, porém um ou outro que ousou se aproximar do Escolhido tivera seus interior dilacerado pelos golpes rápidos do metamorfo.

Ainda em silêncio, Jungkook ajudou Jimin ficar de pé, sussurrando para ele manter os olhos para o chão caso não quisesse ver a situação que o local se encontrava. Jimin acatou sem relutância.

Alguns passos a frente estava Taehyung, que diferentemente de Jungkook, nenhuma gota de suor desceu de sua testa. A sua forma de lutar não exigia combate corpo a corpo, mas naquele momento, com Willin jogado aos seu pés, clamando por piedade e perdão, o mascarado quis muito emprestar uma das adagas sujas de sangue do metamorfo e ele mesmo cravar no coração daquele larápio maldito, só pelo prazer do ato.

― Ande logo com isso, não vai demorar para entrarem aqui e já está anoitecendo ― Jungkook praguejou e Taehyung suspirou, entediado.

O mascarado ergueu o indicador e o médio e raspou os dedos no ar, no mesmo segundo o pescoço de Willin foi cortado por uma linha invisível e ele caiu sem vida no chão.

― Você é tão sem graça! ― Taehyung murmurou, virando-se para alcançar os dois. Jimin que estava cabisbaixo e se recusava a encarar a sua volta.

Os parceiros se entreolharam e deram um longo suspiro.

Pobre criatura mundana, você ainda passará por situações bem piores, Taehyung pensou.

🐉

*Manhwa - História em quadrinhos da Coreia do Sul 

*Isekai - gênero japonês de viagem para outro universo/fantasia

*BJ Alex - Manhwa BL (yaoi)

OIEEEE!!! MEU DEUS QUANTO TEMPO 😬

Tá sendo um começo de ano bastante corrido, mas finalmente consegui trazer uma atualização gostosinha para vocês! Espero que tenham gostado, me contem suas impressões e partes favoritas!

Tadinho do nosso Jimino, pela primeira vez presenciando o que é uma briga e não sendo aquela coisa bonita e fantasiosa que ele achava xD ai ai...

Sem enrolações, obrigado por quem foi paciente e e por quem chegou agora! Nas últimas semanas essa história ganhou novos leitorinhos, tô feliz, sejam bem-vindess!💕

Até a próxima, não esqueçam de conferir minha outra longfic IAAB! Está disponível no meu perfil e semana que vem tem atualização!

Se cuidem!

Abel xx

#HeróiMedíocre

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