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Por tudo o que existe
E o que resiste
E por tudo o que ainda há de vir

Nós ainda estamos aqui
Ainda estamos aqui
Eu ainda te tenho a ti
E nós ainda estamos aqui

Miguel Araújo, ainda estamos aqui

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Pov. Yara

E naquele silêncio pesado, onde escutávamos as primeiras palavras daquela que seria um dia uma das pessoas mais poderosa da nossa geração, eu senti um temor na cabeça, sendo imediatamente exposta a uma decisão.

Percebi que, independentemente de estar a presenciar um momento histórico, os outros heróis estavam lá em baixo, confusos assustados e a perder a paciência.

- Bom... Por muito que me custe vamos ter de ir lá para baixo... Esta parte da casa não está preparada para aguentar possíveis explosões de impaciência de alguns heróis....

Ela olhou para mim confusa, mas percebeu que tínhamos uma certa urgência em ir lá para baixo. Ela pegou na Sara ao colo e mal os seus pés descalços, grandes demais para caberem nos sapatos que usava quando saiu de casa, tocaram no chão, ela veio a correr até mim. Ela abraçou me, olhando para cima, com os olhos cor de estrelas e um sorriso brilhante e honesto.

- O... obrigada.... Eu n-nao sabia o que se pa-passava. Tu sabes. Eu confia em ti..... Tu proteges eu e mana?- ela disse, de forma lenta e relutante

A Sofia parecia confusa, mas ao mesmo tempo orgulhosa pela irmã. Não imagino como deve ser... Amar alguém tão estranho... Tão estraordinario. Talvez eu também tenha amado alguém assim, mas como saberia?

Saímos do meu quarto e percorremos o caminho até á sala de jantar, que ,de momento, servia como sala de reuniões.

O espaço em que nos encontrávamos tinha duas portas, uma levava á cozinha e a outra ao corredor por onde acabávamos de entrar. As paredes eram cobertas de janelas, que a Bells tratara de abrir. Varias plantas exibiam os seus tons verdes brilhantes, que luziam ao sol da manhã.No centro um tapete azul e uma mesa, onde três rostos confusos me olhavam.

A Sara e a Sofia ocuparam os respectivos lugares, junto á bells, que olhava para mim. Ela era a minha melhor amiga e , por alguma razão, compreendia-mo-nos uma á outra, com apenas um olhar. Soube que ela me estava a desejar boa sorte. Tenho a certeza de que, quando estávamos lá em cima, todos a tinham enchido de perguntas. Mas tenho a certeza que elas não respondera a nada. Ela sabia que queria ser eu a dar a notícia que lhes mudaria a vida.

Assim que olhei para cima e lhes vi os rostos apeteceu me rir. Gargalhar como uma louca, feliz demais para me importar com o que os outros pensam. Porque isto estava mesmo a acontecer. Não me interpretem mal, não costumo rir me dos outros. Simplesmente foi um momento tão estranho, tenso e obtuso que foi isso que me apeteceu fazer.

Contive as gargalhadas e olhei séria. Eles estavam assustados, e precisava de lhes explicar rapidamente ao que vinham, então comecei a falar.

- Bom dia a todos... Bem vindos a minha... Casa. O meu nome é Yara.
Espero que tenham chegado aqui sem incómodos. Bom... Vamos diretos ao ponto... Há muitas pessoas extraordinárias neste mundo... Vocês sabem disso em primeira mão não sabem? Pois bem... Essas pessoas adquirem os seus poderes de uma das duas maneiras. Ou eles são genéticos, passando de pais para filhos, ou sofrem uma mutação. Acidentes, explosões ou até eventos traumáticos podem mudar a constituição genética de uma pessoa, alterando a a um nível profundo. Criam uma espécie extraordinária capaz de coisas inexplicáveis. E pessoas assim nunca poderiam viver no mundo atual. Numa sociedade onde todas as aventuras foram destruídas, a única aventura que resta é destruir a sociedade. E pessoas como nós poderiam facilmente destruí-la. Têm medo de nós. Decidiram caçar nos, até nos eliminar. Por isso escolhemos esconder nos. Nós subterrâneos. Cidades, apoiadas por pessoas normais, que simpatizam com a nossa causa, planeiam uma maneira de se erguer e exigir que todos os extraordinários sejam tratados de maneira igual. Uma revolução que não daria escolha aos intolerantes, senão aceitar quem nós somos e dar nos os nossos direitos. Mas não foi por isso que vos chamei aqui hoje. Vocês sabem que são especiais. E eu preciso da vossa ajuda. São as pessoas mais poderosas que encontrei- ( e as mais desesperadas, acrescentei eu mentalmente, pois ninguém no seu perfeito juízo aceitaria uma missão suicida como a minha.) Há alguém que ameaça todos os extraordinários. Alguém poderoso na sociedade atual, a quem a revolução destruiria a vida de riqueza e opulência. Então ele dedicou se a matar os extraordinários. A destruir toda uma família poderosa, apenas porque ela quer parar de viver no subsolo e reclamar o seu lugar ao sol. Eu tenho um plano. Um plano perfeito e infalível para o matar. Para acabar com o seu reinado de terror. O nome dele é desherdeiro ao trono. Então? Estão comigo ou não?

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Então? O que acharam? No próximo capítulo irei descrever os personagens, o seu modo de ser e a sua decisão.
Se gostaram votem e comentem o que acharem por favor.
Obrigada a todos os que leram até aqui
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