4-a fuga
Não sei o que fazer. Só sei que não posso ficar aqui. Segurei na sara e corri. Corri para fora de casa. Ainda estou descalça e coberta de sujidade mas neste momento não quero saber. Eu corro até os meus pés estarem a sangrar sobre o asfalto a escaldar sobre o sol do meio-dia. Corro até já não saber onde estou. Até á sara chorar com fome. Corro até ao anoitecer. Corro... até á culpa por ter assassinado os meus pais desaparecer
Estavamos as duas com fome. Decidi bater de porta em porta para ver se alguém nos podia ajudar. Na 7° casa alguém nos abriu a porta. Era uma velhinha pequena e enrugada. A sua casa era uma verdadeira mansão
- o que é que vocês fazem aqui?- ela olhou para os meus pés queimados e cobertos de feridas.- Meu Deus! Pobrezinhas! Entrem. Podem tomar um banho enquanto eu vos faço uma ceia.
Subimos em direção a uma casa de banho no andar superior. A velha senhora pelos vistos devia ser uma pintora famosa, pois a sua casa estava cheia de quadros e cavaletes, com quadros inacabados.A sara chorava agarrada a mim. Segurei a nós braços e consolei a. Com certeza aquela senhora arranjaria um biberão com leite. Olhei para a cara de querubim da minha pequenina. Soube nesse momento que poderia sacrificar tudo para a ver feliz. Tomei banho com ela. Estava a vestir as minhas roupas velhas e poeirentas quando ouvi alguém a bater na porta da entrada. A porta foi aberta e uma voz grave e rouca gritou:
- Olá mãe
-josh...
- vim só comprimentar a minha mãezinha favorita
- Vieste aqui pedir dinheiro outra vez não foi?
- mãe... Pensa nisto como um adiantamento da minha herança... Afinal... Devo estar quase a recebe la
- o que fizeste com o dinheiro que te dei?
-...
- Gastas te o na droga outra vez não foi?
- não mãe... Claro que não...
- para de me mentir
Eu desci as escadas. A sara presa às minhas costas, com um pano que eu encontrei. Olhei para o homem que tinha entrado. Pele pálida, olheiras profundas, ar perverso e os olhos mais cruéis que eu jamais vira. Ele estava a aproximar-se da senhora. Segurava uma faca
- j...josh? O que estás a fazer
- nada pessoal mãe- um sorriso psicopata- pensa nisto como um adiantamento da minha herança.
A parede ficou coberta de sangue. Eu contive um grito abafado mas ele ouviu na mesma. Olhou para nós. Sorriu e aproximou se com a sua faca. Eu corri. Saí de casa. Corri pela rua acima aos berros. Os moradores das casas em redor saíram para ver o que se passava. O homem veio atrás de mim. Um carro da polícia estava estacionado. Corri naquela direção. Os policiais apanharam no mas eu não parei de correr. Porque ele não fora o único que matara alguém. Eu também não podia ser apanhada
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro