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Capítulo 6

Eu mal podia acreditar que havia permitido que um foragido, traficante e ex-policial permanecesse sob o meu teto. A ideia de Lucas estar a poucos metros de mim, enquanto eu tentava descansar na cama, me causava pânico. Meu corpo rodava de um lado para o outro, inquieto. Quando percebi que dormir seria impossível, levantei. Precisava me manter calmo. Precisava de um café forte.

Desci até a cozinha, em busca de algo rápido para comer ou beber. Não havia sinal de Lucas. A cama improvisada onde ele estava dormindo permanecia desarrumada, mas não encontrei nenhum rastro dele. Um breve alívio me percorreu. Talvez ele tivesse ido embora, finalmente. Talvez eu tivesse me livrado de um problema. Enquanto preparava o café, a sensação de tranquilidade foi rapidamente substituída por uma inquietude que parecia crescer dentro de mim.

O café não ajudava. Decidi sair para o quintal, na esperança de que o ar fresco da madrugada pudesse aliviar a tensão que pesava sobre meus ombros. Assim que abri a porta dos fundos, meus olhos se depararam com uma cena inesperada: Lucas estava sentado numa cadeira de madeira, encostada contra a parede, fumando um cigarro tranquilamente. Seus olhos estavam fixos no horizonte, onde o mar refletia o brilho prateado da lua. Parecia uma cena serena demais, considerando o caos interno que eu vivia.

Por um momento, hesitei em me aproximar. Queria fugir daquele cenário, me esconder no conforto do meu quarto. Mas a necessidade de confrontar a realidade falou mais alto. Caminhei lentamente até ele, sentindo a grama fria sob os meus pés.

Lucas... — minha voz saiu hesitante, carregada de desconfiança. Ele virou o rosto para mim, seus olhos se encontrando com os meus. Era como se entendesse o que eu estava sentindo, sem que eu precisasse dizer nada.

— Te acordei? Espero não tê-lo assustado. — sua voz era calma, o que contrastava com a agitação que eu sentia por dentro.

Fiquei em silêncio por um momento, observando enquanto ele dava uma última tragada no cigarro e o apagava no cinzeiro ao lado. Como ele conseguia ficar tão à vontade em uma situação tão absurda? Eu não conseguia compreender.

— Você não deveria estar... — comecei, mas as palavras pareciam desaparecer na brisa noturna.

Lucas balançou a cabeça levemente, como se já soubesse o que eu diria.

— Eu sei, Marcus. Não precisa se preocupar comigo. — ele disse, sua voz suave, quase reconfortante. Mas isso só aumentava minha confusão.

Me sentei ao seu lado. Estiquei os pés até sentir a grama nas pontas dos dedos, tentando me acalmar. Olhei para Lucas, que mantinha o olhar perdido no horizonte. Não conseguia entender como ele, um ex-policial, se tornara parte do mundo que um dia jurou combater. As tatuagens em seus braços, quase que por instinto, chamaram minha atenção. Talvez houvesse alguma pista ali, algum sinal do que o levou a cruzar para o lado errado.

Antes que eu pudesse dizer algo, ele quebrou o silêncio, sua voz carregada de uma mistura de cansaço e resignação.

— Está se perguntando se fez a escolha certa ao me deixar ficar? — ele perguntou, seu tom era tranquilo, mas as palavras me atingiram em cheio.

— Na verdade, me pergunto o que te fez entrar nessa vida. E por que escolheu vir até mim? — retruquei, encolhendo as pernas, sentindo o desconforto de estar numa situação tão delicada.

Ele sorriu de canto, o olhar misterioso que já começava a me irritar.

— Você é direto, não é? — disse ele, e eu quase sorri com a leveza na sua voz. — Está com frio? Posso pegar uma manta.

O gesto quase quebrou a tensão entre nós, e um sorriso involuntário surgiu nos meus lábios.

— Não, estou bem. Obrigado. — minha voz suavizou, e por um instante, as barreiras entre nós pareceram baixar.

Lucas assentiu e voltou a olhar para o mar, sua expressão pensativa. Ele parecia estar em outro lugar, distante dali.

— Sabe, eu costumava acreditar na justiça, na lei. Acreditei nisso por anos. Mas a vida tem um jeito estranho de nos ensinar que as coisas não são tão simples. — ele disse, sem tirar os olhos do horizonte. — Perdi pessoas, Marcus. Gente que eu amava. Pessoas que nunca deveriam ter saído da minha vida. Isso me fez questionar tudo... — sua voz vacilou, revelando a dor que ele tentava esconder.

O silêncio pairou entre nós. Queria dizer algo, mas as palavras não vieram. Eu só conseguia imaginar o tipo de sofrimento que o levou a se perder tanto.

— Eu entrei nesse mundo achando que poderia fazer a diferença. Que poderia mudar as coisas de dentro para fora. Mas me perdi no meio disso tudo. Deixei a ambição me consumir. — Lucas suspirou profundamente, como se cada palavra fosse um peso que ele precisava descarregar. — Eu sei que machuquei pessoas. Sei que traí a confiança de quem me amava. Mas agora só me resta tentar seguir em frente, tentar fazer as pazes com o que fiz...

Olhei para ele, tentando entender o que se passava em sua mente. Havia arrependimento, mas também uma luta interna para encontrar redenção. Era difícil para mim acreditar que ele poderia mudar. Nem no meu próprio pai eu confiava, por que deveria acreditar em Lucas?

Ele desviou o olhar do mar e me encarou com uma sinceridade inesperada.

— Fernando... ele sabia que você ajudava famílias da comunidade. Não demorou para ele imaginar que você me ajudaria também.

Assenti, processando a informação.

— Entendo... — murmurei, mas a confusão e o medo ainda rondavam minha mente. Eu estava preso entre o desejo de ajudar e o medo das consequências.

Lucas me olhou com gratidão. Eu sabia que já estava envolvido demais para voltar atrás.

///Nota do Autor///

Oi, estou acompanhando vocês com os likes e alguns comentários, mas estou sentindo falta do engajamento de vocês com a história e com os fatos que vieram acontecendo... deixe nos comentários com está achando da história e o que vocês acham quem está por vir...

Um beijo e até a próxima.

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