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Capítulo 21

      — Olha que linda! — Jaqueline aponta o indicador para a vitrine, atrás da qual está uma linda bota de cano alto e salto fino.

      Meus olhos brilham enquanto se fixam no calçado tão lindo. É linda, sem exagero. E do meu número. Mas o sorriso em meu rosto se desmancha quando inclino o olhar e vejo o valor.

      — Nem que eu trabalhe três meses posso comprar isso — murmuro com voz lamentosa, dando as costas para a peça fora do meu alcance.

      — É tão chato ser pobre! — Jaqueline suspira, andando ao meu lado.

      Concordo, acenando a cabeça. Solto um suspiro resignado, esboço um meio sorriso.

      — Quem sabe um dia? — não custa ter um pouco de esperança.

      Apliquei o dinheiro que ganhei em Barra Bonita em itens básicos e indispensáveis. Comprei três calças jeans, algumas camisetas e dois pares de tênis (todos em liquidações de inverno), e o restante guardei para eventuais emergências. Talvez um ou dois collants para ensaios, ou meias-calças.

      — Olhe pelo lado bom: ninguém usa bota no calor — Jaqueline tenta me animar.

      — Jaque, meu bem, isso não faz com que eu deixe de me sentir pobre.

      Assim que entramos no shopping há uns quinze minutos, vários olhares se dardejaram em nós duas. Não que estejamos bem produzidas (só estamos de calça jeans e usando a camiseta da escola Vitória Spoladore), mas somos duas garotas negras lindas e chamamos atenção. 

      Jaque me disse um dia que é em São Paulo que tudo acontece, por isso ser notada te dá muita auto estima. Se bem que nunca tive problema com minha auto estima.

      Damos um passeio pelo interior da livraria do shopping. Alguns livros estão em promoção, o que seria motivo pra eu comprar alguns caso não estivesse firme em meu propósito de poupar. Jaque comprou um livro de Nicholas Sparks.

      — Obrigada — minha colega agradece à operadora de caixa ao receber o livro embalado na sacola.

      — É uma pena você ter que ir ao balé, bem que a gente podia dar um passeio pelo centro — ela lamenta enquanto a gente anda pela calçada da Avenida Antárctica, em direção à rua Caiowáa.

      — Na hora que sobrar um tempo, a gente vai. Tô querendo muito conhecer a Avenida Paulista, a Rua Augusta, o Parque Trianon-Masp. 

      — E se você faltar um dia?

      — Nem pensar — nego com veemência. — Eu não perco um dia de balé de jeito nenhum.

      Jaque dá de ombros. 

      — Bombom, posso te perguntar uma coisa?

      — Fala.

      — Você… tá gostando do Léo?

      Feita de supetão, a pergunta de Jaqueline me acerta como uma pedrada na testa, embora eu devesse estar preparada. 

      Há dias Léo temos chegado juntos ao colégio. Eu não combino nada com ele, mas enquanto estou andando ele aparece por trás de mim, segura minha cintura e a gente faz o resto do trajeto juntos. Todo mundo sabe que ele namora a Rebeca, então é normal que desconfiem que exista um lance entre nós.

      Embora essas desconfianças sejam absurdas.

      Na hora do recreio, ele costuma se sentar à mesma mesa em que estou e ficamos conversando e rindo até o sinal tocar. Mas somos só amigos e não pretendo que isso mude.

      — Eu gosto dele — confesso —, mas não do jeito que você tá imaginando. Gosto dele como amigo.

      Jaqueline me fita com desconfiança e volta a olhar para frente. O sinal abre para que atravessamos o semáforo, estamos já em frente ao Allianz Park.

      — Vocês dois fariam um belo casal — ela diz com malícia na voz.

      — Não começa, Jaque — bufo, olhando para o alto, para esse céu azul sem nenhuma nuvem e o sol escaldante.

      — É sério. Ele não combina nem um pouco com aquela Rebeca Horowitz, tá na cara que só está com só pra… só pra…

      Sem desacelerar o passo, me viro empinando o queixo para minha colega.

      — Só pra foderem! Pronto, falei!

      — Que linguagem vulgar, Jaque — reviro os olhos, horrorizada.

      Mas talvez seja isso mesmo.

      Só de pensar que Rebeca não é mais virgem e que nunca vi a anatomia de um homem, tenho um momento de auto depreciação. Mas quem teria coragem de chegar em uma garota briguenta como eu?

      — O Léo e eu somos amigos. Não tem e não vai ter nada entre nós, ok? Nada, além de uma amizade sem interesses.

      O gesto dela a seguir, de levantar e abaixar os ombros, diz que não acredita nas minhas palavras. Muito engraçado.

      — A gente se vê na aula amanhã — me despeço dela trocando um beijo no rosto. — E torce pra que eu tenha sido aprovada para o Festival de Posadas.

      Jaqueline abre um sorriso adorável.

      — Tenho certeza que você passou.

      Reviro os olhos. Porém, mesmo sendo ateia, não tem nada de mais fazer de conta que acredito em intervenção de entidades espirituais.

      Adentro o estúdio, e enquanto caminho pelo corredor, penso no quão louco é eu estar cercada de pessoas que têm um lado espiritual. Jordana é protestante. Rebeca e Alice são judias. Jaqueline é católica, como a maioria dos nossos colegas – não uma católica que sempre vai à igreja, nem que usa crucifixo no peito, mas do tipo que duas ou três vezes por ano assiste uma missa. E eu sou a única ateia.

      A religião é uma coisa que me causa indiferença, nunca tive vontade de entrar numa igreja. Até hoje só pude contar com meu próprio esforço e acho que vai ser assim até o fim da minha jornada.

      Por outro lado, seria uma chatice se todo mundo pensasse igual. Se num mundo tão grande todas as pessoas pensam do mesmo jeito, então ninguém pensa.

      — Boa tarde, Clara — aceno para a mulher de confiança de Letícia, que está enchendo uma garrafa na torneira do bebedouro.

      Ela retribui ao meu cumprimento, sigo a passos decididos até o quarto. Ponho minhas coisas na cama, abro o armário e retiro um collant e uma meia calça limpos, que visto após tomar banho.

      Já faço o coque antes de ir para a aula. Gosto de chegar já pronta, e além disso, depois que a Eva chutou minha caixa de grampos (ela jurou que foi sem querer, mas duvido), sempre evitei ao máximo me arrumar na sala de aula.

      Calço a bota de aquecimento depois de prender o coque com redinha e grampos, saio do quarto e vou à cozinha. Jordana não está. Por sorte há pão, presunto e queijo, e como cozinhar não é meu forte, preparo um misto quente no fogão. Tomo o resto de suco de uva integral.

      Nota mental: se eu me casar um dia, tem que ser com um homem que cozinhe, lave e passe pra mim, já que não nasci pra ser dona de casa. E que me obedeça.

      Deixando de lado esse devaneio, depois de comer o lanche me dirijo à sala, e faltando alguns passos para chegar até a porta escuto sons de conversas, um burburinho incomum. Normalmente eu sou a primeira a entrar, o resto do pessoal chega quase meia hora depois.

      — Olha quem chegou! — Letícia está com o corpo jogado para trás, as mãos apoiadas numa das barras da parede.

      Meus colegas estão todos aqui e me dirigem olhares variados: alguns denotam alegria, outros indiferença e raiva. Tamires, ao me ver, me vira as costas e vai para seu lugar na barra. 

      Rebeca bufa, anda até a parede de braços cruzados. Se ela está aborrecida, então algo bom aconteceu.

      Jordana vem até mim. Atrás dela estão Alice e Angel, todos com sorrisos nos rostos.

      — Eu não disse que você conseguria? — a ruiva segura minhas mãos por entre as suas. Posso enxergar através de seus olhos uma empolgação incomum, o que quer dizer que algo bom aconteceu.

      Minha boca se abre em descrença, olho para os lados buscando respostas nas fisionomias de Angel e Alice.

      — Jordana, você estragou todo o clima — Letícia observa a modo de reprovação, balançando a cabeça. O sorriso dela é discreto se comparado aos dos três bailarinos do Balé Avançado.

      — Ah, ela iria sacar de qualquer jeito — Jô faz com desdém, seus olhos claros se fixando nos meus.

      Um sorriso inevitável se desenha em meu rosto.

      — Eu passei? — falo com voz abafada, sob efeito da emoção inevitável.

      Jordana morde o lábio inferior, balançando a cabeça afirmativamente várias vezes.

      — Nós quatro vamos para a Argentina, meu bem — Alice fica ao lado da amiga e põe a mão em meu ombro. 

      Nós quatro, repito mentalmente.

      Jordana, Alice, Angel e eu. 

      — Caramba! — me desvencilho das mãos da minha colega de quarto e uno as mãos diante dos lábios. — Nem sei o que dizer. É como um sonho.

      — Como representantes da nossa escola na Argentina, vocês vão ensaiar e treinar com mais afinco — Letícia determina com firmeza. — Cada minuto, cada intervalo de aula, deverão ser usados para isso. Ou seja, nada de saidinhas do estúdio para comer lanches na padaria ou coisas do tipo, nada de desperdiçar tempo com coisas frugais. Nós vamos trabalhar e muito.

      Aceno a cabeça em concordância. Pamela e as outras meninas vem me cumprimentar, e minha colega de barra me dá um abraço caloroso. 

      — Tô muito feliz por você ter sido aprovada — ela me balança de um lado para o outro.

      — Eu também tô muito feliz — confesso. A ficha não cai.

      — Parabéns, Bombom.

      — Vai lá e mostra para aqueles argentinos como uma brasileira dança.

      As frases de encorajamento e apoio se perdem na minha mente, e só quando meu olhar finalmente encontra a silhueta aborrecida de Rebeca Horowitz é que volto do estado de êxtase.

      Ando até ela de um jeito cauteloso. Não quero ser arrogante. Não hoje. Pouquíssimas vezes eu soube o que é ficar de fora de alguma coisa importante, mas sei que é chato.

      Paro a dois passos de distância e seus olhos azuis se cravam nos meus.

      — Vai rir da minha cara, por eu não ter sido aprovada?

      — Deixa de se vitimizar, Rebeca. Eu não rio da cara de ninguém, não tenho nenhum tipo de prazer em tripuduar de quem está por baixo.

      — Então?

      Solto o ar por entre os lábios.

      — Não ter sido escolhida para dançar em Posadas não faz de você uma bailarina sem talento. Você é boa. Não tem que ficar abatida por causa disso. Erga a cabeça.

      A boca de Rebeca, cujo formato lembra o de um coração delicado, à princípio se abre. Logo seus lábios comprimem uma linha reta fininha, e girando nos calcanhares, se retira. Ela é covarde, emocionalmente fraca, e com certeza está indo ao banheiro pra chorar.

      Me aproximo de Bruno, seu parceiro de dança. Ponho a mão em seu ombro.

      — Haverá outras oportunidades — o encorajo a ver o revés como motivação.

      — Eu sei — consegue sorrir, apesar de sinais de frustração pontilharem seu semblante —, e vou fazer de tudo pra melhorar.

      — Como deve ser¹.

      Letícia bate palmas e pede para que nos aqueçamos um pouco, já que dará aula de chão.

      Depois de horas de aula e ensaios que pareceram infindáveis, me despeço de todos e corro para o quarto. Salto sobre a cama de um jeito afoito, me debruçando e sorrindo de um jeito patético, com ondas de felicidade correndo por meu corpo e transpondo o collant que ainda estou vestindo. Preciso dividir com as pessoas que eu amo a notícia de que vou para a Argentina.

      — Isso mesmo, pai — quase encosto o celular no queixo. — Eu vou com os melhores bailarinos da Letícia para Posadas, dançar no Parque del Conocimiento.

      — Que notícia maravilhosa, minha filha. Parabéns — papai comemora do outro lado da linha.

      Converso com ele por quase vinte minutos. Mamãe não se encontra em casa, precisou sair pra fazer algumas compras. Mais tarde ligo pra ela.

      Minha conversa com a Gigi é um pouco mais longa, mesmo porque somos mulheres e gostamos de fofocar. Ela me coloca por dentro de tudo que está acontecendo em Campos do Jordão. Pouca coisa mudou desde que saí, tirando o fato de que Eva agora é solista da Pulse – ela ocupa a vaga que eu deixei – e que a ruiva está dando aula de Baby Class.

      Pobres garotinhas, penso com saudade das minhas ex-alunas. 

      Quando converso com Gigi, nem parece que estamos há várias semanas longe uma da outra. Amizade de verdade não muda, mesmo com a separação física, e ela não vai acabar nunca, não importa pra onde a vida nos leve.

      Como ligar ou mandar mensagens de whatsapp demandaria muito tempo (e o meu é escasso), opto por botar no Instagram uma foto que Jordana, Alice, Angel e eu tiramos no estúdio há algumas horas, com a legenda Vamos dançar na Argentina.

      Fico pelada e entro no banheiro com uma muda de roupa. Tomo um banho demorado, sentindo o frescor voltar a minha pele negra, sensível e saio só de calcinha e camiseta. Pra minha surpresa, ao me debruçar de novo na cama, constato que meu story já tem cinquenta visualizações e um número quase igual de curtidas. 

      Tenho orgulho de ter participado da sua jornada. Parabéns, Bombom.

      Este comentário é de dona Fernanda. Sorrio emocionada e agradeço.

      As visualizações e curtidas não param de aumentar, meu sorriso aumenta à medida que vejo nomes conhecidos, de gente por quem tenho consideração.

      Tem inclusive da Duda, que começou a me seguir há uma semana. E como fã confessa da Pérola Negra, claro que sigo tudo o que ela posta.

      Voe alto e toque o céu. Você merece o mundo.

      Não há coisa que mais empolgue uma bailarina do que ser seguida por uma artista que sempre foi sua inspiração. A verdade é que a Duda é um modelo de dançarina pra mim. Quero trilhar o mesmo caminho que ela, ser tão aclamada quanto ela é e inspirar pessoas como ela inspira.

      Há mensagens de outros bailarinos, de gente que nunca vi.

      Desço pela barra de notificações, e de repente percebo que a Danny Shushunova também está me seguindo.

      Ela. A Princesa de Cristal. O Cisne Negro.

      Se a bailarina mais linda que já dançou num palco está me seguindo, então cabe a mim demonstrar gratidão e respeito.

      Começo a segui-la.

                           …

      Nos apresentamos em mais dois festivais. Um deles foi em Presidente Prudente. Dancei Variação de Cupido e também o Contemporâneo, e conquistei o primeiro lugar em ambas as modalidades. Rebeca ficou em segundo lugar nas duas. 

      Outro foi em Campinas, cidade que recebe festivais também da Pulse. Nesta competição, em particular, aconteceu algo que achei incrível: três bailarinas negras ganharam as três medalhas em disputa. Desta vez fiquei em segundo lugar com Variação de Cupido. A vencedora foi a Naiane Santos, com Coppelia; a Laís Fernanda, ficou em terceiro, com Harlequinade. 

      Não ter conquistado o primeiro lugar não me deixou chateada, pelo contrário. Fiquei feliz pela conquista da Naiane, e além disso, torço para que pódios só com bailarinas negras se tornem frequentes de agora em diante. 

      A foto que nós três tiramos juntas foi publicada na primeira página da revista virtual da Promoarte e me encheu de orgulho. O título dizia: TALENTO NEGRO.

      Com certeza, Tânia Dressler deve estar feliz, pois ela nunca escondeu de ninguém que é fã de bailarinas negras. 

      Léo e eu temos conversado bastante, mas nem tanto como nos dias precedentes aos dias de disputas. Ele está bastante empenhado com um campeonato de futsal entre escolas, inclusive vai enfrentar os arrogantes alunos do Colégio Santa Eudóxia. É o colégio particular mais caro de São Paulo e onde a Danny estudou.

      — Chute os traseiros deles por mim — pedi.

      — Com todo prazer — os lábios carnudos dele projetaram um sorriso de pura marra que eu adoro.

      Não vejo os minutos passarem quando estamos juntos. A risada fácil dele, junto com seu jeito de que não está nem aí pra nada e ao mesmo tempo enxerga as coisas com maturidade, são qualidades que eu gosto.

      Eu sei que ele gosta de mim, não só como amiga. Algumas vezes ele diz coisas que eu sei que insinuam duplos sentidos, segundas intenções, mas sei me blindar. Não posso me jogar numa aventura. Nem malícia pra isso tenho. 

      Sei que uma hora vai acontecer. Terá de acontecer. Já tenho dezesseis anos e meus hormônios estão aflorando. 

      Tomara que eu saiba me valorizar e manter minha carreira como prioridade.

                              …

      Jordana e eu entramos juntas no nosso quarto. Enquanto me deixo cair como uma boneca de trapos na cama, com o collant colado ao meu corpo, a ruiva tira seu short de aquecimento e a meia calça que estava usando por cima de seu maiô e vai ao guarda-roupa.

      — Vai sair? — pergunto com curiosidade, vendo-a tirar dos cabides uma saia social, uma camisa e um blazer.

      — Que pergunta. Hoje é dia de culto — ela está radiante. Os dias em que ela sai congregar são, para a ruiva, os melhores da semana.

      — Então eu vou ficar sozinha? — faço um beicinho.

      — Se quiser, pode vir junto.

      Balanço a cabeça em sinal de recusa.

      — O que você tem contra Deus, Bombom? — Jordana não me olha, mantendo-se escrupulosa na escolha de meias calça e calcinhas, que põe sobre sua cama.

      Normalmente fico aborrecida quando me perguntam por que não acredito em Deus. Por mais estarrecedor que seja, as pessoas não são simpáticas a quem não tem religião, como se a falta de uma crença definisse caráter.

      — Não posso ter nada contra alguém que eu acho que não existe — respondo de forma inequívoca.

      Jordana me olha com uma expressão carregada de reprovação. Eu a respeito como pessoa, e além disso, é adulta, mas não é bom pra nós duas irmos por um caminho que vai levar a um debate inútil.

      — Eu não demoro — ela renuncia a contestações, correndo para o banheiro com a muda de roupa. Deve estar em cima da hora, e o Samuel nunca se atrasa para vir apanhá-la.

      Enquanto espero ela tomar banho, faço o que toda adolescente faz quando está livre: me debruço na cama e destravo o celular esperando que alguma coisa legal e que chame minha atenção apareça diante dos meus olhos. Infelizmente, não há nada.

      Revirando os olhos, soltando um suspiro entediado, rolo na cama feito uma gata e por fim cruzo os braços atrás da nuca. Jordana sai vinte minutos depois, linda, já com as botas calçadas e o cabelo ruivo solto. O cheiro de seu perfume dela é agradável, feminino como seu jeito.

      — Tchau — ela diz ao beijar minha testa, carregando seu violino.

      — Tchau, amiga — retribuo ao seu sorriso acolhedor.

      Ela fecha a porta sem fazer barulho.

      Sozinha, cansada da aula puxada, fico pelada e caminho em passos só com uma toalha, uma camiseta e uma calcinha. Ligo o chuveiro, esperando que talvez um banho revigorante e uma noite de sono aliviem minhas dores musculares.

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