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Capítulo 18

      Por quase dois minutos um silêncio constrangedor fica debruçado sobre nós. Fico intercalando olhares entre o rapaz louro e o chão, enquanto Odin vira o vazio diante de si.

      Como não posso ficar quieta indefinidamente, crio coragem e quebro o silêncio.

      — Não precisava ter saído daquele jeito.

      Ele se vira pra mim. Seu semblante é de indignação.

      — Daquele jeito como? 

      — Como uma criança. Devia ter ficado lá, encarado sua mãe de frente.

      — Ao contrário dela, eu tenho classe e não faço cena na frente de outras pessoas só pra chamar a atenção.

      — Pois se eu tiver razão, não me importo de criar uma cena. Eu não aceito que tentem me jogar pra baixo. A sua mãe fez isso com você, te jogou no chão e te pisou na frente dos bailarinos dela.

      — Você veio atrás de mim por quê? — a voz de Odin se eleva em uma oitava.

      O canto esquerdo do meu lábio carnudo se levanta num meio sorriso.

      — Eu queria olhar a cara de choro do garoto que se acha a oitava maravilha do mundo. Tô precisando me divertir um pouco.

      A respiração dele fica pesada.

      — Você é uma peste, Bombom.

      — Acho que sou. Sou marrenta, boca-suja, convencida e arrogante. Mas posso ser legal também.

      Odin ri de uma forma nasalada e também irônica. Fico um pouco ressentida, porque odeio que não me levem a sério. Porém brigar com ele é a última coisa que quero neste momento.

      — Ter saído como uma criança que fica magoadinha por qualquer coisa fez as pessoas pensarem que sua mãe tem razão. Que você é um garoto irresponsável, que não tá nem aí pra nada. Que só quer curtir a vida.

      — Você sabe o que eu fiz esse fim de semana? Sabe? Fui eu quem escalou TODOS VOCÊS. Eu é que imprimi a ordem em que os bailarinos dançaram, depois de durante duas semanas me informar com os diretores das escolas o que seus bailarinos e bailarinas dançariam. Acha que é um trabalho fácil? Pode acreditar que não é. Além disso, eu convidei professores para dar aulas, ministrar workshops e fazer palestras, e vários se recusaram, então o irresponsável aqui ligava para outros professores para que um cronograma fosse criado. Várias noites fui me deitar tarde porque ficava aguardando a resposta desses professores. E a minha mãe exigindo a confirmação deles.

      Minha boca semiabre em espanto. Não imaginava que um assistente fizesse tudo isso, que houvesse tantos detalhes. Sou tomada por um sentimento de vergonha. Eu não devia tê-lo subestimado.

      — Devia ter jogado tudo isso na cara da sua mãe.

      — Eu não sou de fazer isso.

      — Então prefere abaixar a cabeça?

      — Você nunca vai entender, Bombom.

      — Tem razão. Acho que nunca vou entender. Você fez um monte de coisa pra que esse evento fosse um sucesso, se desgastou, e no entanto quem reivindicou todo o mérito foi sua mãe. Acha isso justo?

      — A vida não é justa, Bombom.

      — Isso parece desculpa de quem tem medo de bater de frente com as pessoas.

      Ele solta o ar pela boca.

      — Odin… Por que você voltou do Rio de Janeiro? Qualquer um vê de longe que você e sua mãe não se dão bem, então não consigo entender por que você quer trabalhar com ela. E não venha me dizer que é por causa da Promoarte.

      — Você quer mesmo saber? — o olhar fulminante de Odin me atinge, fazendo com que eu me retraia no meu lugar.

      — Minha mãe está muito doente, Bombom. Ela tem câncer.

      Desta vez minha boca escancara em surpresa. Balanço a cabeça para os lados, perplexa com a revelação.

      — Não pode ser. Ela parece uma mulher tão saudável — não conceber a ideia de que Tânia Dressler esteja doente.

      — Ela faz tratamento… Quimioterapia. Aposto que você não percebeu que ela é careca, não é?

      Respondo que não com a cabeça.

      — As pessoas sabem? Os bailarinos da Letícia…

      — É claro que sabem!

      — As meninas nunca me falaram — olho para o chão, me perguntando por que Pamela não me contou algo tão sério.

      — Deve ser porque bailarinas são egocêntricas e só têm ouvidos para elogios e aplausos, não é? Por que suas amigas se importariam?

      — Nem todo mundo é assim, cara.

      O louro faz um meneio negativo com a cabeça e se esquiva ao meu olhar.

      Numa coisa tenho que concordar: num meio onde a concorrência é acirrada e onde a busca pelo status de estrela de uma companhia nos torna insensíveis aos problemas dos outros, é incomum que haja alguém que se importe.

      De repente penso que posso dar um passo a mais e começar a gostar um pouco de Odin, ou até ter um gesto acolhedor, segurando sua mão. Ele se importa com alguém.

      — Agora eu entendo — murmuro.

      — Eu gosto da minha mãe, embora não pareça. E ela joga isso a seu favor. É controladora, calculista, nunca aceitou numa boa eu ter parado de fazer balé e ter ido morar com meu pai no Rio de Janeiro. 

      — Tenho que ser sincera. Eu nunca seria capaz de me anular por causa de alguém. 

      — Não precisa entender meus motivos, Bombom. Eu só não quero virar as costas para uma pessoa que é importante pra mim, como eu fiz uma vez.

      Minha testa se franze.

      — Você se afastou de alguém no passado?

      Me arrependo de fazer essa pergunta tão logo as palavras saem de minha boca. O passado das pessoas não é da minha conta.

      — Não precisa falar.

      — Eu não vou falar.

     Ao dizer isso, ele se levanta e o seguro pelo pulso pra que não se afaste.

      — Odin…

      Meu coração bate mais forte. Posso sentir minha boca secando.

      — Se você trabalha com a sua mãe porque acha que vai perdê-la e quer salvar alguma coisa do que existiu entre vocês dois um dia, acho que tá indo por um caminho errado. Não vale a pena implorar por migalhas. A vida é curta demais, e a gente só tem uma.

      Os olhos dele se conectam aos meus. Meus pensamentos de repente ficam confusos e sinto meu equilíbrio de bailarina oscilar. Me pergunto: por que não fiquei lá no restaurante?

      Então o inimaginável acontece. Odin me oferece um sorriso. E não um sorriso sarcástico, mas sincero, do tipo que permite que a gente enxergue de uma pessoa além do que nossos olhos vêem.

      — Obrigado pelas palavras — ele agradece. — São um pouco duras, mas talvez eu precise disso.

      Dou um sorriso em troca.

      — Dizer palavras duras é o que eu faço de melhor.

      O louro ri e faço o mesmo.

      — Tá a fim de ir pra um lugar legal?

      Reajo com estranheza ao convite. 

      — O quê?

      — Há um barzinho aqui perto. Tem música ao vivo, gente bonita. Bem melhor do que ficar naquele restaurante ouvindo a conversa chata da minha mãe e da Letícia.

      — Hã… Eu… deixei minhas coisas lá e…

      — Não vamos ficar muito tempo. Além disso, se você tá preocupada com o horário de voltar pra São Paulo, é bom que saiba que Tânia Dressler e Letícia Espinoza ficam conversando por horas depois do jantar.

      Mordo o lábio inferior, desconfiada. Minha vontade é dizer não, mas há alguma coisa dentro de mim que me pede pra aceitar o convite, um tipo de magnetismo forte que emana dele e que não sei como explicar.

      E agora? Eu não gosto dele, não é? Ele é um babaca, arrogante, e eu odeio gente assim. Ou será que não odeio? Mas eu também sou arrogante, então se posso aceitar meus defeitos numa boa, por que não posso aceitar os dos outros?

      — Vamos? — ele se põe de pé.

      Meus olhos se pousam na mão que é estendida a mim. O impasse se quebra.

      — Tá. Mas nada de gracinha comigo ou quebro sua cara.

      Me levanto aceitando sua mão e começamos a andar lado a lado. O calor na minha pele e as batidas descompassadas do meu coração são pistas de que algo que eu nunca experimentei antes estão me atirando dentro de um jogo do qual não conheço as regras. Isso está me deixando irritada. Ainda bem que ele não está percebendo isso.

      Nos movemos sem pressa pelas calçadas do centro de Barra Bonita, cada vez mais longe do restaurante onde estávamos há pouco. Tomara que meu celular não toque. Eu ficaria encabulada se tivesse que responder que tô indo para um barzinho com o filho da dona da Promoarte.

      As conversas que temos durante o caminho são aleatórias e dispersas, intercaladas com expressões divertidas. Odin tem bom humor, e quando lhe dou uma invertida (marca do meu humor ácido), ele fala algo engraçado que me faz rir.

      Ele me convida a entrar num pub com ares de taverna inglesa. As mesas e cadeiras tem um aspecto rústico e é tudo muito intimista. Nunca estive num lugar assim. Como ele disse, tem gente jovem e bonita.

      O louro escolhe uma mesa, me convida a sentar. Faço um estudo visual, olhando para todas as direções. Pareço uma caipira que se impressiona com tudo.

      Lá no fundo e em pé, uma moça ruiva canta uma canção da Adriana Calcanhoto enquanto um homem toca sentado seu violão acústico. Não é o tipo de música que curto (como funkeira assumida, gosto de música que tem batida envolvente), mas a melodia é bonita e toca a alma.

      — Faz tempo que eu não vinha aqui. Muita coisa mudou, mas a música continua boa — Odin dá um meio sorriso.

      — Você conhecia esse lugar? — fico surpresa.

      — Quando eu era bailarino, competi nessa cidade várias vezes e minha mãe fazia confraternizações com os alunos de algumas escolas depois das apresentações.

      — Mas se você deixou de ser bailarino há muito tempo, então você era menor de idade, tipo…

      — Eu tinha doze anos quando parei de fazer balé — o modelo explica de modo inequívoco.

      — Sua mãe trazia garotos para barzinhos?

      — Aqui em especial ela trazia bailarinos da categoria Sênior. O único menor de idade era eu. E fique tranquila, eu não tomava nada alcoólico. Minha mãe era tão cheia de escrúpulos que sabia que assistentes sociais fazem cara feia quando crianças bebem.

      Dou risada ao ouvir sua explicação. No mesmo instante me dou conta que minha mãe não pularia de felicidade se soubesse que eu tô num pub com um cara que ela não conhece e que já é maior de idade. Mas quem disse que ela precisa saber?

      De novo mordo meu lábio inferior, um de meus claros sinais de nervosismo que espero que ele não perceba. O garçom se aproxima com o cardápio.

      — Uma garrafa gelada de Smirnoff Ice — Odin pede. — E você, Bombom?

      Meus pensamentos se dispersam como pombos assustados num parque diante da aproximação de pessoas.

      — Sei lá. Não, espere…! Um guaraná gelado. Com limão.

      O rapaz, que tem cabelo cortado em estilo militar e cavanhaque, deixa escapar um risinho idiota. Deve estar me achando uma emocionada.

      — Nunca pisei num lugar como esse — acabo confessando.

      — Eu não teria percebido se você não me contasse — Odin ri. Confesso que isso me aborrece, solto o ar pela boca. Me distraio um pouco com a dupla de músicos.

      — Bombom? — me viro para o louro.

      — Oi?

      — Há quanto tempo você faz balé?

      Não preciso pensar pra responder. É uma pergunta fácil.

      — Eu comecei a estudar aos cinco anos, na escola de dona Fernanda. Fiz uma aula teste. Ela achou que eu tinha talento e me deu uma bolsa de estudo integral. 

      — Huummm… Um gesto legal da parte dela.

      — É, eu dei sorte. Dona Fernanda não dá bolsa pra menina, mesmo que ela dance muito. No meu caso, ter nascido negra abriu pra mim uma porta.

      — O que a sua cor tem a ver?

      — Não tá na cara? Quase não tem bailarinas pretas nas escolas. Imagino que alguém que trabalha na área da dança sabe que, quando uma bailarina da minha cor aparece, as escolas dão oportunidades.

      — Então você acha que estudou de graça na escola dessa senhora e agora está na Letícia só por causa da sua cor?

      — E não é?

      Odin balança a cabeça em negativa.

      — Eu não conheci sua ex-professora, mas conheço a Letícia. E tenho certeza que ninguém estuda de graça na escola dela se não tiver muito talento. Se você foi convidada pra estudar na Letícia Ballet, se a minha mãe topou te bancar, é porque você tem garra e vontade de vencer. 

      Estou gostando de ouvir essa explicação dele. Tais palavras vão de encontro ao que eu sempre quis que fosse verdade: que eu tenho um talento que não pode ser desprezado. 

      Sempre achei um saco as pessoas dizerem merdas tipo a Promoarte dá chance para bailarinas negras. Eu nunca quis depender de nenhum benefício de um sistema de cotas. Posso me virar sozinha, só com meu esforço.

      — De vez em quando você diz umas coisas legais — respondo num tom maroto.

      — Eu sempre digo coisas legais.

      — Ah, não me venha com caô, Odin.

      Nossos pedidos chegam e nossa conversa se interrompe. Olho de um jeito discreto para as orbes azuis do modelo enquanto beberica um gole da Smirnoff Ice, mas logo ele se vira pra mim e tenho que disfarçar.

      — Quais são seus objetivos na dança, Bombom? 

      Essa pergunta também é fácil de ser respondida e não sinto nenhum constrangimento em jogar a real.

      — Eu quero dançar numa grande companhia estrangeira e ser a melhor bailarina que já existiu. A mais foda. Sabe, quero ser famosa, participar de montagens, projetos, APARECER… Quer dizer, menos pelada em desfile de escola de samba.

      O semblante de Odin se retrai.

      — Você é bem ambiciosa — observa com seriedade.

      — Eu sonho alto. Eu sei, é muito audacioso, mas sei que posso.

      — Não tenho dúvida disso. Você tem muito atrevimento no palco, virtuosismo, força e leveza, e se expressa muito bem. Isso conta muito. Mas por que você quer ser a melhor?

      — Quer que eu seja sincera?

      Odin não responde.

      — Eu não consigo ter motivação se não for pra ser a primeira colocada. Ser segunda colocada, pra mim, é ser a primeira entre as perdedoras e não quero ser rotulada assim.

     — Mas nem sempre você vai vencer. Ninguém pode vencer sempre. Mesmo a melhor bailarina do mundo fica sem ganhar, às vezes.

      Hesito antes de responder.

      — Eu sei.

      — Então? Não acha que ao invés de alcançar uma glória tão pequena como ser a fodona da dança, você seria muito mais realizada simplesmente dançando porque isso te faz feliz?

      Reviro os olhos.

      — Você fala igual a Jordana.

      O louro entorta o canto esquerdo da boca de um jeito sexy.

      — Qualquer pessoa com um pouco mais de experiência de vida diria a mesma coisa que eu disse.

      — Ah, tá! Experiência de vida! Falou o garoto que nem tem vinte anos de idade e que posta fotos jogando vídeo game.

      Odin reage com uma risada gostosa. Acabo indo de carona.

      — Bombom, guarde essa máxima: para os homens, a maturidade é como o futuro. Não chega nunca.

      Concordo com um meneio afirmativo de cabeça.

      — Às vezes você lembra o Cadu, meu irmão mais velho.

      — Hummm… Você tem um irmão.

      — Sim. A gente dividia o mesmo quarto. Ele tem umas atitudes bem infantis, bem irresponsáveis; a gente sempre brigava. Mas a gente também se amava. Ele me chama de Bombonzinha.

      Ao contar sobre meu irmão, uma onda de ternura me invade.

      — Deve sentir muita falta da sua família, não é?

      — Muito. Eu penso no meu pai e na minha mãe todos os dias. Às vezes converso com eles, me sinto um pouco próxima deles, mas não é a mesma coisa.

      O semblante do louro fica grave de novo.

      — Pra se dar bem na vida, temos que sair de zonas de conforto — ele toma um gole de sua bebida.

      Como os olhos dele insistem em se manter nos meus, começo a me sentir invadida. Minha cabeça se vira para a garota que está cantando. 

      Me volto de novo pra ele.

      — Falei sobre mim. Não quer falar um pouco sobre você?

      Ele estranha minha intimação.

      — Minha vida não tem muita graça.

      — Um cara como você deve ter feito muita coisa legal na vida.

      — O que exatamente quer saber?

      Enfim, tenho a deixa pra perguntar algo que quero há algum tempo.

      — Você tem namorada?

      — Se eu estivesse namorando, acha que eu teria te convidado pra vir a um barzinho?

      — Vai que você é um galinha.

      Devo ter tirado o dia pra contar piadas, já que o modelo ri.

      — Sou fiel.

      — E aquela garota com quem você entrou na padaria de seu Germano, e no shopping?

      — A Mayumi? Não é minha namorada. Nós ficamos durante três ou quatro meses, mas nada sério. Já terminamos.

      — Ah!

      Faço uma expressão maliciosa e sarcástica.

      — Espero que você não tenha traído a garota.

      — Já disse que sou fiel, Bombom. 

      — Tá. Desculpe. É que garotos como você passam pra gente uma imagem de quem encara um namoro como um test drive, tipo: cansei, troco por outra.

       — Eu nunca traí ninguém — ele suspira. — Mas já fui traído.

      — Bom. Todo mundo já tomou um par de chifre alguma vez — quero que um buraco se abra no chão pra me jogar.

      — Você já tomou? — o queixo de Odin se empina.

      — Claro que não.

      Prefiro morrer a passar pelo constrangimento de responder que nunca tive namorado. Até hoje, só beijei garotos atrás do muro da escola ou em festas, mas nunca transei ou tive compromisso sério. 

      — Não precisa se envergonhar de ter sido traído. A garota que te traiu é uma cuzona, por não saber dar valor a um cara que foi fiel a ela. É ela quem perdeu, não você.

      A expressão de Odin se suaviza, ganhando um tom carinhoso. Sem que eu espere, ele toca minha mão.

      — Você é muito bonita, Bombom.

      Merda! Do nada ele diz algo que faz minhas estruturas racharem como uma casca de ovo. Sinto como se estivesse com febre, um calor no meu rosto com um arrepio nos pelos dos meus braços, e também uma sensação de umidade na minha boceta.

      Não. Isso não pode estar acontecendo comigo. Bombom, você não tá excitada por esse cara.

      Ao invés de me blindar contra esse sentimento indesejado e inesperado, caio de quatro e dou o mais bobo dos sorrisos. Por um momento, não consigo me reconhecer.

      — Obrigada.

      — Você tem namorado?

      Giro a cabeça em negação, rindo de nervosa.

      Fico esperando ele dizer algo, mas o louro se mantém quieto, só me avaliando. Sem saber o que dizer, também me calo e passo a prestar atenção na música.

      — É melhor a gente voltar — Odin propõe alguns minutos depois.

      Concordo com um movimento de cabeça e me levanto. Sinto minha calcinha úmida, as pernas bambas, porém não deixo que o louro perceba meu desconforto. Andamos lado a lado, conversando sobre aleatoriedades até voltarmos ao restaurante.

      — Você vai entrar? — pergunto.

      — Não.

      — Então tchau.

      — Bombom… Obrigado pela sua companhia.

      Sorrio com embaraço.

      — De nada.

      Se adiantando, ele toca seu corpo ao meu e beija meu rosto, se afastando logo em seguida.

                   

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