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Capítulo 16

      — Bombom!

      Me viro prontamente ao ouvir meu nome. Letícia, Tânia e um homem barrigudinho e calvo vem caminhando até nosso grupo. Pamela e as outras meninas trocam olhares entre si.

      — A gente te espera lá fora — Pamela diz e elas saem.

      Estou já vestida com o conjunto de moletom e carregando nos ombros meu porta tutu. 

      Da última vez que olhei para o horário no celular, eram 9 e meia, tarde. E depois disso, assisti a várias apresentações antes da primeira noite de competições se encerrar e dei atenção para várias pessoas do meio da dança, gente da Promoarte, que me elogiaram bastante.

       Letícia sempre se manteve perto de mim, assumindo uma clara postura de proteção. Ela tem medo que eu fique deslumbrada com elogios, que eu fique tentada a aceitar convites pra estudar em outras escolas. Pra ser sincera, fiquei um pouco irritada, porque não gosto que respondam por mim ou que achem que sou imatura a ponto de me vender por um prato de lentilhas.

      Mas também entendo o lado dela. Deve ser frustrante para uma professora se dedicar a uma aluna, torná-la uma bailarina de primeira grandeza, e de repente, alguém chegar e levá-la embora.

      — Bombom, que apresentação incrível foi a sua — Tânia segura minha mão direita por entre as suas, balançando-as vigorosamente. Existe um entusiasmo incontido em suas feições que não se deve só à minha apresentação.

      — Obrigada — me forço a sorrir. Tô cansada e quero logo tomar banho e dormir.

      — Eu não disse, Ademir? — ela se dirige ao homem. Os olhos dele estão fixos nos meus. Que bom que ele não pode ler pensamentos, do contrário saberia que eu odeio que me olhem como se eu estivesse cagada. — A Letícia tem uma bailarina com um potencial fantástico.

      O tal Ademir se adianta, faz um discreto aceno em concordância com Tânia e mexe os lábios de um jeito engraçado, mais parecendo uma careta de sorriso.

      — Bombom, esse é o Sr. Ademir Gonçalo, proprietário da marca de artigos de ginástica Yex — Letícia se antecipa aos meus questionamentos íntimos quanto a identidade desse ilustre desconhecido.

      Aceito o beijo cordial que ele dá em meu rosto, porém me mantendo impassível. Se mamãe me visse, me pediria pra parar de fazer cara de enjoada.

      — É um prazer conhecê-la, Bombom. Minha esposa, minhas duas filhas e eu ficamos maravilhados com seu talento. Você tem uma desenvoltura linda no palco, uma expressividade, uma paixão…

      — Obrigada — corto a descrição do tal Sr. Ademir. — Eu tô um pouco cansada. O que vocês querem de mim?

      Os três se entreolham. Tânia recobra sua habitual seriedade, empina o queixo.

      — Letícia e eu conversamos durante o almoço. Ela me contou que você vem de uma família carente e que seus pais não podem bancar cursos de especialização, viagens internacionais… É uma pena, mas é a realidade de muitas bailarinas talentosas.

      — Você disse que me bancaria — estreito os olhos, sustentando o olhar de Tânia no meu.

      A mãe de Odin pigarreia. As feições de Letícia se mantém neutras, mas é bem capaz de ela estar um pouco irritada por causa dos meus modos ariscos.

      — Sim, eu disse — Tânia concorda. — Minha produtora tem o compromisso de ajudar jovens talentosos a brilhar em grandes companhias. Foi assim com a Duda. É assim que queremos fazer por você.

      — E então? — empino o queixo.

      — Bombom, viagens para o exterior são caras. Podemos levá-la para cidades do interior de São Paulo ou de outros Estados, podemos arcar com os custos de taxas de inscrição em competições, hospedagem em hotéis. Mas levá-la para disputar competições nos Estados Unidos, na Alemanha, na França ou na Espanha é algo oneroso até para nós.

      Meu cenho se franze. Desconheço o significado da palavra oneroso. Não sou obrigada a saber tudo.

      — Lembra do que eu te falei, Bombom? Patrocínio — Letícia lança luz à minha dúvida.

      Hoje à tarde Letícia me alertou quanto a importância de eu me mexer e conseguir um patrocínio. Tão concentrada em dançar, eu nem pensei muito a respeito, mas decidi deixar pra daqui a alguns dias. 

      — Patrocínio — repito feito uma pateta.

      — Certamente você já ouviu falar da Yex — Ademir fala com jeito confiante, incapaz de contemporizar que talvez eu nunca tenha ouvido falar dessa marca. Como ele patrocinou a Duda, porém, eu teria que ser uma ignorante completa pra não saber o que a Yex representa.

      — Nossa marca é famosa no Brasil inteiro e vendemos material de ginástica para outros países — ele continua. — Tivemos uma longa parceria com a Duda, que teve de ser interrompida quando ela foi para o Bolshoi. Ficamos imensamente felizes com o sucesso de nossa Pérola Negra, com a sensação de que cumprimos com nosso compromisso de transformá-la numa estrela. 

      Esse papo não está indo para um rumo que eu goste. Parece que Ademir está reivindicando pra si o sucesso que a Duda teve, como se ela não tivesse trabalhado pra ser estrela do Bolshoi.

      — Desculpe, gostaria que o senhor fosse direto ao assunto — insinuo um sorriso.

      Ademir para de sorrir, pigarreia.

      — Gostaria de propôr a você um patrocínio — diz por fim. 

      Ele chega ao ponto que me interessa. Letícia e eu trocamos um olhar cheio de significado, mas não deixo que meu rosto entregue a empolgação que me acomete.

      — Legal.

      — Obviamente, preciso conversar com o conselho administrativo da Yex. Acredito que meus sócios gostariam de assistir a uma apresentação sua.

      — Podemos marcar um dia para vocês irem ao estúdio e assistirem a uma aula particular da Bombom. Creio que terça-feira é um dia propício, não é?

      Olho com espanto para Letícia. Por que terça-feira, tão logo?

      — Bom, está meio em cima da hora, mas creio que podemos dar um jeito. De qualquer forma, segunda feira a tarde telefono para você confirmando. Está bem assim?

      Ademir me fita esperando minha resposta.

      — Claro — dou um sorriso.

      Ele assente e põe uma de suas mãos no meu ombro, o que me faz sentir um pouco intimidada.

      — Então, se tudo correr bem, nos vemos terça feira — dizendo isso, o homem barrigudinho se despede das duas mulheres que o ladeiam e se retira.

      — Também vou andando — Tânia anuncia logo que seu parceiro de negócios desaparece de seu campo de visão. — A Bombom precisa descansar, afinal deu tudo de si e mais um pouco hoje. E amanhã temos a segunda parte do festival, que será tão intensa quanto hoje.

      — Espero que sim — Letícia se coloca do meu lado e põe a mão no meu ombro, num gesto protetor que me faz sentir acolhida.

      — Não se esqueça do nosso jantar amanhã.

      — Depois da cerimônia de premiação. Está combinado.

      Tânia se retira acenando os dedos, um gesto bem perua que combina com ela.

      Tenho vontade de me juntar às meninas que estão me esperando do lado de fora, porém Letícia se coloca diante de mim.

      — Mocinha, você precisa ser mais simpática com as pessoas. O Ademir Gonçalo vai ser muito importante para a sua carreira.

      — Eu não sou falsa o suficiente pra fingir que gosto de alguém — respondo.

      — Não precisa gostar, apenas tente ser mais agradável.

      — Esse é o meu jeito de ser e não vou mudar.

      Minha resposta produz uma mudança estranha nas feições de Letícia, que cruza os braços e de repente sorri irônica.

      — Pode ser que esse seu jeito desafiador lhe traga problemas, mas é o que a Promoarte precisa. Acho que vai ser bom que tenhamos uma bailarina que não tenha medo de bater de frente com a Tânia.

      Meus lábios se entreabrem em surpresa quando Letícia beija minha testa e sai. Não entendo sua atitude. Uma hora dá a entender que eu sou um prego que se destaca em madeira e que preciso levar martelada, outra hora fala que alguém precisa desafiar a Tânia.

      Mas tentar ser uma outra versão de mim é algo sem importância nesse momento. Quando nosso grupo volta ao colégio em que estamos alojadas, a primeira coisa que faço é pegar uma muda de roupa (uma camiseta largona, uma calcinha e um short), e bocejando, me dirijo ao banheiro com uma toalha pendurada no ombro.

      Rebeca está nua, de costas pra mim, ensaboando os cabelos enquanto toma banho. Tamires está se enxugando na outra cabine e sai para que eu possa me despir.

      — Parabéns pela sua apresentação — ela diz de passagem, se vestindo rapidamente e saindo.

      — Obrigada — agradeço. Ela é educada, pelo menos. Rebeca nem olhou na minha cara depois que saí do palco, e passei na frente dela.

      A garota de cabelo louro-escuro se vira pra mim e seus olhos azuis encontram os meus. Já estou nua e ela me avalia dos pés a cabeça sem dizer uma palavra.

      Com a paciência típica das patricinhas que fazem de mínimos gestos uma atuação teatral, ela se enxuga numa toalha do Corinthians, veste uma calcinha branca e põe uma camiseta, calçando um par de chinelos a seguir. Ela sai de queixo empinado.

      Devia ser pecado uma garota tão bonita ser invejosa, ainda mais alguém que descende de um povo tão perseguido, olhado com preconceito meamo nos dias de hoje. Mas o problema é dela.

      Tomo um banho demorado. Fodasse que o zelador da escola recomendou que ficássemos só dez minutos. E enquanto me ensabôo, canto um funk.

                               …

      Acordo com o sol atingindo meu rosto. Quem teve a ideia de gênio de deixar as cortinas abertas?

      — Merda, são só seis horas! — murmuro com mau humor, esfregando uma das têmporas enquanto olho para a tela do celular.

      Ao que parece, todo mundo ainda está dormindo. Que inveja! Quem dera eu pudesse dormir mais um pouco. Não demorei a cair no sono depois que tomei banho, mas sonhei com meu irmão, e ele estava desolado. A aflição dele me fez chorar. Acordei assustada e olhei para os lados, só então compreendendo que nada aconteceu.

      Alguns sensíveis dizem que sonhos têm significados. Sempre achei bobagem. 

      Mas dar um bom dia a quem a gente não vê há algum tempo não custa nada.

      Oi, Cadu, tá tudo bem com você?

      A última vez em que ele esteve online foi à meia-noite. Ainda deve estar dormindo. Espero que acorde logo, porque daqui a pouco vou ficar offline, focada só na aula de balé que vamos ter de manhã.

      Me deito de novo no colchão inflável, puxando o fino lençol sobre meu corpo, esperançosa de dormir por pelo menos mais uma hora. Porém, o sono não dá sinais de voltar. Deve ser por causa do calor. Mas estou com preguiça de me levantar e andar até a janela pra puxar as cortinas, e além disso, pra tal objetivo tenho que pular por sobre o corpo da Rebeca Horowitz.

      Meu celular recebe uma notificação de mensagem. É o Cadu.

      Oi, Bombonzinha. Tô bem e você?

      Não gosto de digitar, porém uma conversa por áudio pode acordar todo mundo.

      Bombom: Tô ótima. O que tá achando do emprego?

      Cadu: É bem cansativo. Saio tarde, mas é o que temos pra hoje, né? Pelo menos tô ganhando meu próprio dinheiro. Mas e aí, tá gostando de morar em São Paulo?

      Bombom: Tô sim. É meio louco, tipo… trânsito, trem de metrô lotado, gente descolada com visual emo, punk, lgbt… Mas também não falta lugar legal pra ir. 

      Cadu: A mamãe disse que você tá numa cidade chamada Barra Bonita. O que você tá fazendo aí?

      Bombom: Dançando, lógico! Dããããã!

      Cadu: Não sabia que tinha competições de dança nessas cidades desconhecidas.

      Bombom: Você é um tapado, Cadu. Fique sabendo que tem sim, e de alto nível. Pra se ter uma ideia, os vencedores desses festivais ganham vagas pra disputar festivais maiores, inclusive em outros países. Sem falar que há até premiação em dinheiro.

      Cadu: Bacana. Te desejo sorte. Ops! Te desejo merda.

      Junto desta mensagem, Cadu me manda o emoji do cocô sorridente com um kkkkk. 

      Um idiota mesmo. Mas um idiota que eu adoro.

      Bombom: Só queria conversar um pouco com você mesmo. Se quiser falar comigo, pode me ligar quando quiser, tá?

      Parece que Cadu está redigindo um testamento.

      Cadu: Tá ok, irmãzinha.

      Bombom:Tchau, bebezão da mamãe.

      Cadu: Tchau, preferida do papai.

      Com um sorriso surgindo em meus lábios, travo o celular e o deixo ao meu lado. Me deito, cruzo os braços por baixo da cabeça e olho para as pás do ventilador girando rapidamente. Elas me fazem lembrar uma bailarina girando fouettés. Mas nem a melhor bailarina consegue girar tão rápido assim.

      Três horas depois, após tomarmos café da manhã na mesma padaria de ontem, cá estamos de novo no teatro encarando o mesmo cronograma de todos os festivais de dança. Não há tempo para conversas, não há tempo pra socializar. Considerando que algumas conversas pouco ou nada acrescentam, até prefiro ficar presa dentro da minha bolha.

      Enquanto tenho trabalho em fazer o coque, observo de esguelha um grupo de bailarinos conversando animadamente. Sou boa em guardar rostos e tenho certeza que eles não estavam aqui ontem. Normal. Há escolas que inscrevem seus alunos em uma determinada modalidade. Hoje é dia das variações contemporâneas e das apresentações em dupla (os chamados pas de deux ou os duos). Rebeca e Tamires vão dançar com o Bruno e o Igor, respectivamente. Eu ainda não tenho parceiro, o que é bem chato. Mas a maioria das meninas da nossa turma também não tem.

      Estou usando um collant lilás regata, com meia calça rosa. Optei por calçar um par de sapatilhas velhas, mas em bom estado de uso, para a aula. Pelo que ouvi falar há pouco, a professora que dará aula se chama Pilar Marques e foi primeira bailarina da Letícia Ballet antes de integrar o corpo de baile da Companhia Paulistana de Ballet.

      Me ergo do chão, envolvendo as pernas com um par de polainas de cor lilás, me aproximo de Pamela. Ela, toda Barbie, usa um conjunto todo rosinha, inclusive com saia.

      — Então, vamos? — ponho as mãos na cintura. 

      Ela assente e nós saímos juntas após colocarmos nos ombros nossas mochilas contendo nossos moletons da escola.

      — Você já fez aula com a Pilar antes? — pergunto a título de curiosidade.

      — Não, ela era do Ballet Avançado. Mas todo mundo na escola sentia muita admiração por ela. Ela tinha um porte bem metido e não era de falar muito com as pessoas.

      Porte bem metido. Não sei por que toda artista tem que ter uma postura que a faz parecer antipática. Tudo bem, nem todo mundo é assim. A Jordana pelo menos não é. Mas minha colega de quarto não é uma bailarina profissional por assim dizer, de companhia de renome.

      Quando penso nesse pessoal que há muito tempo deixou de pagar pra dançar e hoje recebe cachê, me pergunto: será que eles passaram por situações tão difíceis, será que sofreram tanta cobrança, tanta pressão, a ponto de o tempo transformá-las em pessoas solitárias? 

      No entanto, prefiro ser branda no meu julgamento. Não sou ninguém pra poder apontar erros nas pessoas, já que tenho os meus. 

      De repente me pergunto se pode ser que eu acabe me tornando o que eu mais temo: uma pessoa solitária. Vitoriosa, mas sem amigos, sem alguém com quem dividir minhas conquistas, e pra tentar esconder minhas cicatrizes, dar corpo a uma artista esnobe que olha todo mundo de cima.

      Pamela fica na mesma barra que eu. Bruno divide uma das barras com a Rebeca, a Tamires e duas moças que aparentam ser competidoras da categoria sênior.

      Fazemos um aquecimento breve. Todo mundo cala a boca de repente, o que quer dizer que Pilar Marques já está no palco. Quando faço um movimento sutil com a cabeça, uma moça não muito alta, de cabelo castanho e olhos verdes, surge caminhando com segurança e altivez. Ela deve estar achando que está numa academia de ginástica, já que está com o cabelo amarrado em rabo de cavalo, usa um collant cor de rosa por sobre uma calça legging branca, polainas e tênis.

      — Bom dia — ela dá um sorriso discreto. 

      Fazendo uma breve apresentação de si (dando ênfase a seu status de solista da Companhia Paulistana de Ballet), a moça anda em direção à barra em que Pamela e eu estamos. A gente dá espaço pra que ela a segure.

      — Dois demis e um grand plié em primeira, segunda, quarta e quinta posição de pernas — começa a se exercitar enquanto fala. — Port de bras na primeira posição de pernas — ela inclina o troco para frente e o abaixa com ambos os braços ovalados sobre a cabeça —, um cambré a la seconde com duas rotações, elevés, e quem puder, um coupé na pose final. Ok?

      Me ocorre que os músculos das minhas panturrilhas estão bastante sensíveis hoje, mas vou me esforçar pra ficar sobre meu eixo até a contagem final dos oito tempos de música.

      Muitos dos passos marcados são novos pra mim. Mesmo os alunos dos níveis mais avançados atrasam um pointé ou um flic flac. Nada que seja motivo pra desanimar. No balé, aprendemos com a prática. Os erros fazem parte do processo de aprendizado.

      Pilar se mostra uma ótima professora, apesar de ter só vinte e quatro anos. As demonstrações de developè e grands battements ilustram bem a máxima de que, pra obter alongamento e flexibilidade, é preciso treinar muito.

      Ela enfatiza que ter bumbum contraído e força de costas é muito importante. Também fala várias vezes sobre o acionamento da core (um ponto abaixo da linha do abdome). Não que dona Fernanda não tivesse já falado sobre isso, mas Pilar usa uma didática mais acessível, talvez por ter acionar esses músculos todos os dias já que ela é dançarina de alta performance.

      Por causa das dores musculares, não dou tudo de mim na aula. Prefiro guardar meus melhores saltos para quando eu me apresentar daqui a algumas horas. Eu sei que um músculo estirado pode complicar minha vida.

      Mesmo assim, faço uma boa aula. Todo mundo faz. 

      Pilar é bastante aplaudida e tiramos várias fotos de recordação com ela. Espero poder mais aulas com a solista da Companhia Paulistana de Ballet.

                                 …

      Suga a maior quantidade possível de ar. Depois solta tudo.

      Pilar nos pediu isso várias vezes durante a aula. Além de aliviar o incômodo muscular, também relaxa a mente.

      Rebeca já dançou com o Bruno, e também apresentou seu solo de contemporâneo. Ela se colocou entre as favoritas.

      Pamela, Tamires, Juliana e Pink também já encerraram suas participações. Estão tranquilas, com a sensação de dever cumprido.

      Jordana e Angel estão dançando um pas de deux de Bela Adormecida. Depois deles, eu sou a próxima.

      Fecho os olhos. Meu figurino é simples: um collant roxo de manga comprida e um par de sapatilhas de meia ponta (de pano). Nem meia calça.

      Mas minha coreografia é cheia de movimentos complexos, que exigem força, leveza e controle. Letícia a criou especialmente pra mim e Jordana incorporou elementos de ginástica olímpica. É uma coreografia de levantar o público.

      Só queria ter ensaiado um pouco mais. Mais duas semanas. Ou uma. 

      Mas isso não importa mais. Jordana e Angel saem e eu movo até o local onde eles estavam.

      O locutor anuncia meu nome enquanto ainda estou de olhos fechados. Instantaneamente um sorriso surge em meus lábios.

      Meu corpo começa a se mover livremente.

3,1k de palavras 




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