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Capítulo 15

      Quando os alunos da nossa escola encerraram as marcações de palco, Letícia desceu da cabine e nos liberou pra sair. Não estava com tanta fome, talvez eu pudesse ficar sem comer. Mas as meninas insistem e acabo cedendo.

      Pamela sugere uma padaria que serve pratos com valores bem acessíveis. As meninas acham uma boa. Minha amiga não tem dificuldade de se impor quando a Rebeca e a Tamires não estão no nosso grupo. Tamires é aquela garota de cabelo castanho e olhos verdes, que perguntou se eu faria a aula teste com a Letícia. Desde então nunca mais conversamos. 

      As duas peruas estão comendo numa mesa bem longe. Não imaginava que Rebeca comesse em qualquer restaurante, já que, por ser judia, ela segue a chamada dieta kosher. Contanto que não tenha carne de porco, acho que não tem problema.

      — O que vocês acham daquela mesa? — Pamela, já com a bandeja de comida, aponta com o queixo para uma das poucas mesas livres, próxima ao corredor que leva aos toaletes.

      Parece adequado. Fica perto da tv de tela plana e longe da chapa onde um cara obeso faz malabarismo com uma espátula enquanto prepara os lanches. Não suporto cheiro de gordura queimando.

      Me sento ao lado da Juliana, ficando de frente para Pamela e Francielle. Como num ato de devoção, olho para meu prato simples (arroz, feijão, uma sobrecoxa de frango e duas rodelas de tomate com uma folha de alface) e começo a comer. Os pratos das outras meninas são mais requintados, mas não estou com inveja delas poderem comer melhor.

      — O que acharam das nossas concorrentes? — Francielle pergunta.

      Dou de ombros.

      — São boas — respondo. — Aquela garota, a Vitória, tem um balance lindo. E salta muito.

      — Eu gostei da Naiane Santos — Pamela abre a pet de coca cola e gentilmente enche todos os copos.

      Naiane Santos é uma bailarina negra, uma das poucas competidoras do festival. Ela ensaiou uma variação de Cisne Branco, um solo contemporâneo e um neoclássico, e me deixou maravilhada.

      — Também gostei dela — confesso.

      — Mas ouvi pessoas no palco te aplaudindo, Bombom — Juliana sorri ao fixar seus olhos nos meus.

      Dou de ombros de novo.

      — Sério? Não ouvi — na verdade ouvi, mas posso ser humilde às vezes.

      As três trocam olhares significativos entre si, como quem diz tá bom que você não ouviu.

      Algumas mesas à frente, os bailarinos conversam animadamente. Bruno parece sentir orgulho em pontuar sobre as bundas dos rapazes que viu ensaiando, os outros três garotos que estão com ele gesticulam como se estivessem se abanando com leques. Maicon gostaria de tê-los como amigos.

      Voltamos para o teatro meia hora depois e as barras móveis estão sendo colocadas no palco para a aula. Os caras da equipe de som e iluminação saem. Um homem com calça de moletom preta e camiseta cor de vinho com o logotipo da Companhia Permanente da Promoarte.

      — Aquele é o Carlos Amaral — Juliana fala baixinho no meu ouvido, enquanto ficamos paradas na entrada da coxia. — Tem cara de poucos amigos, mas é um ótimo coreógrafo. Ele criou várias coreografias para a Duda dançar.

      Observo o professor convidado conversando com várias pessoas, inclusive com Letícia. Ela deve estar informando a Carlos quais alunos seus farão a aula.

      — Acho melhor a gente deixar nossos figurinos prontos — sugiro.

      Dona Fernanda costumava pagar minhas aulas nos festivais, me pedindo apenas que não contasse a ninguém a fim de não provocar inveja em suas outras alunas. Se bem que eu achava difícil: todo mundo sabia que eu era a mais pobre e só estudava graças à bolsa integral, portanto só podia participar de workshops se minha professora me bancasse.

      Não estou otimista a ponto de esperar que Letícia faça o mesmo que minha antiga professora fazia, já que estou recebendo bem mais do que eu esperava. Vejo por sobre o ombro os bailarinos tirarem seus conjuntos de moletom e ficarem de collant a fim de participarem da aula e dou um passo pra ir ao corredor. Mas as meninas ficam e me volto pra elas.

      — Vocês não vem? — as questiono.

      Rebeca e Tamires se dirigem para uma das barras, suas posturas parecidas com de bailarinas profissionais, como se tivessem o rei na barriga.

      — A gente vai fazer aula, Bombom — Francielle responde. Pamela e Juliana assentem, compactuando da decisão.

      Pink também se dirige ao palco, usando um collant azul e sainha branca.

      Coço a nuca.

      — Então tá — dou um sorriso meio apagado. — Boa aula.

      Ando em passos largos em direção ao corredor, passando por entre os bailarinos que participarão da aula especial. Sou um ponto fora da curva. Mas não vou a ser a única de fora. O chão do corredor está bem disputado por bailarinos, tenho que ser ágil pra não pisar ou chutar caixas de grampos, mochilas e porta tutus.

      Me sento perto do banheiro feminino, de onde sai fedor de xixi. Uma garota de collant preto sai, passando sobre minhas pernas estendidas. Pelo visto, a educação ficou em casa. Abro meu porta tutu, a mochila contendo meias calças e sapatilhas. Começo a enrolar os dedos dos pés com rolos.

      — Bombom?

      Levanto o queixo sem pressa e encontro o olhar de Letícia.

      — Vai lá fazer a aula com o Carlos.

      Encolho os ombros e faço um movimento com os braços para os lados, sorrindo com ironia.

      — A Tânia pagou sua aula — a professora responde. — Pode ir.

      Balanço a cabeça, sorrindo de um jeito maroto.

      — Ela sabe que gosto de ser mimada? — brinco.

      — Engraçadinha. Não pense que é um mimo. Ela espera muito de você. Além disso, você tem a chance de capitalizar essa aula pra conseguir algo muito mais importante: patrocínio.

      Meu rosto recobra a expressão de seriedade. Me ocorre que vou precisar de muito mais do que bolsa integral do estúdio pra dar continuidade a minha carreira. Sempre surge um gasto a mais.

      — O que está esperando, menina? Vai lá — Letícia bate as mãos uma na outra, impaciente.

      Me ergo do chão e tiro a camiseta, a calça de moletom. Como já estou usando o collant e a meia calça, só amarro a saia na cintura, e estendendo o bolo disforme de roupa para Letícia, calço as sapatilhas de lona.

      — Guarda pra mim — saio saltitando, sorridente.

      Pamela, Pink e Juliana manifestam alegria ao me verem entrando no palco. Quanto a Tamires e Rebeca, percebo suas caras de bunda, e só pra para provocá-las, ando com uma postura orgulhosa e altiva pra perto das duas, sempre mantendo meu queixo empinado.

      Fico de frente para a barra, faço elevações alternadas dos pés para aquecer os músculos das panturrilhas. Carlos Amaral faz sinal de positivo para as últimas pessoas com quem estava conversando, e quando estas o deixam, ele se volta para nós.

      — Vamos executar alguns exercícios preparatórios — sua voz é imparcial, porém firme e imbuída de autoridade.

      Meus olhos e ouvidos captam cada orientação, cada demonstração do coreógrafo da Promoarte.

      — Você implorou ao Carlos pra ele deixar você fazer de graça esta aula? — Rebeca me afronta, ao mesmo tempo em que descemos em grand plié, levantando nossos calcanhares.

      Não me deixo abalar. Respondo com um sorriso malicioso.

      — Eu não preciso implorar por nada. Tudo o que eu quero, consigo.

      A morena de olhos azuis balança a cabeça, e embora esboce uma risadinha de deboche, sei que por dentro ela é um vulcão.

      Absorta pela aula, querendo unicamente aprender, dou a Rebeca a importância que ela tem – ou seja, nenhuma –, e danço como se só eu existisse.

                                …

      Meu ritual de preparação para minha vez de encantar o público se encerra de um jeito não muito delicado. Nem um pouco delicado, melhor dizendo. Tão logo visto meu figurino vermelho de Diana por sobre a meia calça, amarro nos meus tornozelos as fitas de cetim das pontas, e me olhando no espelho, dou tapinhas estrepitosos nas minhas bochechas a fim de me concentrar.

      Quase não há bailarinos onde estou, a maioria está na entrada do palco assistindo às apresentações dos competidores e dos solistas da Promoarte. Os únicos que ficaram são cinco ou seis bailarinas que aparentam ter minha idade e cinco garotinhas vestidas de fadinhas. Vendo-as tão alegrinhas, tão despreocupadas quanto a esticar os pés e ter postura impecável, um sorriso sincero escapa aos meus lábios.

      Por que não somos como crianças? Por que precisamos encarar uma competição como se fosse a última chance das nossas vidas e por que uma bailarina precisa percorrer sozinha sua jornada, como se o mundo estivesse contra ela?

      A verdade é que eu gosto de desafiar e provocar, a verdade é que a disputa é como meu combustível, o elemento catalisador que me faz transcender minhas forças e que me faz ser uma versão melhor de mim mesma.

      Mas às vezes eu queria dançar com a mesma simplicidade de uma garotinha de sete anos. Como a garotinha que um dia fui.

      Viro as costas à minha imagem e guardo meus pincéis de maquiagem na nécessaire, deixando todas as minhas coisas em ordem pra quando eu voltar.

      Vitória Couto está terminando de dançar sua variação clássica quando chego na entrada do palco. É uma concorrente fortíssima, tão talentosa quanto Rebeca e tão cheia de frescor, de brilho, quanto a Pink.

      — Esse pé esticado dela faz a gente sentir uma facada na auto estima — Pamela, caracterizada como Cupido, comenta. Pink está ao seu lado e usa figurino de Nikya.

      Levo uma das mãos ao peito e outra diante da boca. Estou fascinada pela apresentação da morena, quase sinto vontade de fotografar a extensão de pernas dela no ar. Ela agradece aos aplausos generosos da plateia com uma reverence graciosa, um sorriso gentil em seu rosto bronzeado que desaparece assim que ela volta pra perto de nós.

      — Tô com sede — ela diz com seriedade e sinais de impaciência e irritação enquanto passa por nós, recebendo com uma gratidão fria os abraços de duas moças que imagino serem suas colegas.

      Ela se retira com pressa e consigo ouvi-la murmurando é bom que o Pedro não aperte minhas costelas na hora em que me girar.

      Direciono meu olhar para o outro lado do palco e vejo Jordana acenando pra mim, sorrindo encantadoramente, e enquanto Pamela está fofocando com a Júlia e a Pink, dou a volta e corro até minha colega de quarto.

      — Está preparada pra fazer toda essa gente se encantar por você? — ela entrelaça seus dedos aos meus enquanto sustenta meu olhar.

      — Vou dar o melhor de mim — prometo. — Mas a concorrência é forte aqui — tenho que ser realista.

      Jordana nega com um meneio de cabeça.

      — Não pense em resultado. Só deixe sua alma se sentir livre pra voar.

      Ao dizer isso, Jordana segura meu queixo, se mantém conectada aos meus olhos e me dá um abraço. Ela toma cuidado pra que não amasse sua saia bandeja.

      — Agora é minha vez — diz enquanto se locomove com elegância para o canto escuro do palco.

      Por um momento o teatro é engolido por um silêncio opressivo, que torna possível que eu escute meu coração se chocando contra minhas costelas. 

      Respiro fundo. Consigo ver Jordana, seu semblante tranquilo, sereno como o de um anjo. É essa a postura de uma mulher que aprendeu a dançar antes mesmo de dar seus primeiros passos. Uma postura confiante, feliz.

      APRESENTAÇÃO ESPECIAL, COM VARIAÇÃO DE SATANELLA: SOLISTA ESTADUAL SÊNIOR PELA PROMOARTE JORDANA PASSOS!

      As luzes se projetam sobre o corpo da ruiva, que mostra um balé gracioso capaz de fazer o mais insensível dos corações sentir felicidade. A apresentação da solista é digna de todos os elogios possíveis. Tudo nela é cativante, tudo nela faz lembrar um anjo alegrando um mundo indigno, habitado por simples mortais.

      Sou a primeira a cumprimentá-la quando ela volta, e por mais que tenha sido ovacionada, seu rosto continua sereno, como se ao invés de ter obrigado todos os músculos do seu corpo a trabalhar pra ascender no ar, tivesse feito algo simples como uma brincadeira de criança.

      — Cara, foi incrível! — transbordo todo o meu entusiasmo.

      — Lembra do que eu te falei: fodasse o resultado, daesse o primeiro lugar. Dançar é muito mais do que mostrar colo de pé esticado. Dançar é viver.

      Assim dizendo ela me olha com ternura e se dirige ao camarim das solistas, já que daqui a alguns minutos dançará de novo.

      Minha cabeça gira instintivamente e Rebeca se aproxima de mim. Não fosse uma vaca invejosa, pareceria uma fada, ou uma princesa; ela está linda usando seu figurino de Esmeralda, todo lilás com detalhes pretos, amarrados na parte de trás com ilhós na altura do abdome negativada. O sorriso dela é cheio de malícia, como o de toda garota que se acha superior.

      — Vai me assistir dançando, né? — ela segura o pandeiro com uma das mãos, tamborilando levemente com os dedos da outra.

      Fico quieta. Não posso carregar emoções negativas para o palco. Tenho que me manter fria.

      — Me deseje merda — ela insiste e estou a ponto de mandá-la se ferrar.

      — Merda! — acabo desejando.

      Rebeca estreita os olhos, sorridente. As atitudes infantis dela são ofensivas para o balé.

      — Obrigada — agradece.

      Cruzo os braços, dou espaço pra que ela passe e me mantenho atenta a cada movimento que a vaca faz. Cada passo dela é dado com elegância, uma graciosidade incomum. É óbvio que ela leva a dança a sério.

      LETÍCIA BALLET, CATEGORIA JÚNIOR, COM VARIAÇÃO DE ESMERALDA: REBECA HOROWITZ!

      A garota de olhos azuis e cabelo escuro se adianta, logo mostrando seus atributos: alongamento e flexibilidade, subindo na ponta de um do pé esquerdo em perfeita sincronia com a perna direita que sobe lá no alto, tocando o pandeiro com a ponta do pé.

      Me falta uma palavra pra descrever esse movimento. Talvez fascinante. Estarrecedor. A torção de cintura nos epaulements, as pontas dos pés sempre bem esticadas – fazendo-a parecer mais alta – me obrigam a me render – e como isso é difícil pra mim – ao talento de Rebeca.

      Acompanho a apresentação dela sem respirar, atenta a cada port de bras, a cada movimento de mãos, a cada salto. Meu coração bate contra meu peito como louco.

      Ela reverencia o público apaixonado, os aplausos e gritos de bravo me atirando numa espiral violenta, sugando minha autoconfiança. Não gosto de me sentir normal. É como se de repente eu estivesse num jogo cujas regras não conheço, e portanto, não soubesse como jogar.

      Rebeca se retira do palco. Outros bailarinos se apresentam e mostram igual ou menor talento ao dela. Alice, solista sênior da Promoarte, parece o próprio Cisne Negro de tão sedutora e ousada parece, e quase ninguém repara que ela é careca. O que isso importa? Ela tem brilho. Como o Angel. Como a Jordana.

      Vendo a performance soberba dos bailarinos da Promoarte, seus olhares exalando uma sedução pungente na execução de seus passos intrincados, me questiono quando vou dançar no nível deles.

      Quando eu era garotinha, assisti pelo Youtube uma suíte de O Quebra Nozes e a Misty Copeland era a primeira bailarina. Eu nunca tinha visto uma bailarina negra dançando um papel principal, e achava isso super errado. Vê-la sorrindo enquanto seu corpo desafiava a gravidade e sua felicidade ao dividir sua essência com as pessoas me fez querer ser como ela mais do que tudo. Ela passou a ser meu modelo de dedicação, de luta.

      Nada foi fácil pra mim. Balé é uma arte cara e meus pais eram pobres. Mas Dona Fernanda acreditou em mim desde o começo, ela apostou que aquela garotinha negra e cheia de marra podia escrever seu nome na história da dança, e deu a ela todas as condições de mostrar seu potencial. 

      Eu não vim pra cá pra aplaudir, mas pra ser aplaudida. E não vou aceitar que as coisas não saiam como quero.

      Alice se funde à escuridão do corredor, ao escuro a qual  sua personalidade misteriosa pertence. Meu pé direito adianta um passo, em seguida o esquerdo. A velocidade das batidas do meu coração aumenta sincronizando com as ondas de excitação que percorrem meu corpo.

      Estou sozinha no palco. Não há luzes, nem murmúrios diante de mim. Só tenho minha própria companhia.

      LETÍCIA BALLET, CATEGORIA JÚNIOR, COM VARIAÇÃO DE DIANA: SOFIA CHRISTINA DA SILVA!

      É meu momento de brilhar e nada vai tirar isso de mim, digo a mim mesma já posturada no canto 4 do palco e executando os primeiros passos da variação clássica quando a música começa a ser tocada.

      Nos ínfimos dois minutos de tempo de duração da dança – que parece não ter fim, dado meu estado de êxtase –, toda a minha vida, todo o sentido da minha existência, se resume unicamente em deixar que essa sensação inigualável me levante do chão. Não sinto dores. Nem cansaço. Quando developo minha perna e a mando pra cima, um sentimento de orgulho me invade por eu não ser uma simples mortal. E se levanto minha cabeça para um ponto imaginário, tudo o que eu vejo é o infinito.

      Quantos gostariam de estar num mundo igual ao meu, um mundo que não é governado pelas leis da física e onde não há contagem de tempo? Quem não gostaria de se sentir flutuar, mesmo que por apenas dois segundos, durante seu melhor salto?

      Mas a gravidade sempre recupera o que a bailarina tenta roubar dela: o dom de voar. E quando o aparelho de som para de tocar a música, depois de eu mostrar meu balé, depois de dividir minha essência com todas essas pessoas… depois de mostrar quem eu sou…, dobro um dos joelhos no chão e meus braços empunham um arco e uma flecha imaginários. 

      Se andar entre mortais é uma mostra de grandeza para uma artista, receber seus aplausos é uma dádiva, algo gratificante que me dá motivação pra continuar.

      Parece que o teatro virá abaixo. As pessoas se levantam de seus lugares, batendo palmas efusivamente e gritando alto.

      — Bravo! Bravo!

      Me adianto e agradeço com uma reverence. Meu sorriso é uma das únicas coisas que terão de mim. Não sou de chorar, embora eu esteja muito feliz.

      Talvez quando eu encerrar minha carreira, quando eu tiver minha própria casa e esteja sentada num sofá em frente ao fogo da lareira, olhando fotos das muitas competições de dança que venci, eu finalmente entenda tudo o que vivi. Não sei se vou estar sozinha ou se terei alguém pra se emocionar e chorar comigo. 

      Mas eu ainda quero muito. Eu quero que momentos como os de hoje sejam rotineiros.

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