Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Uma declaração que deu errado

Por Gisinha Lima

Enquanto andava pelas ruas iluminadas da cidade de Tomoeda, que estavam lotadas de pessoas passeando – especialmente casais de namorados, para seu desespero – um jovem de cabelos cinzentos encarava tudo ao redor com um olhar distante nos olhos claros. Sentando-se num banco mais próximo, o jovem rapaz deixou-se ficar, um calor agradável a percorrer seu corpo e a cabeça totalmente confusa, uma imensidão de pensamentos caóticos.

Yukito Tsukishiro, até aquela tarde, julgava ter uma vida perfeitamente estável e conseguia controlar a contento sua outra identidade (que naquele instante era impossível ignorar, pois a sentia rogando pragas e impropérios à sua mais recente atitude!). Mas, ao sentir o calor inocente dos lábios de Sakura, sua vida, a partir dali, parecia ter dado um giro de cento e oitenta graus. Estava enlouquecido, dividido entre seus sentimentos por Touya e a pureza meiga que agora se impregnou em seus lábios e seu ser. Ainda podia ouvir claramente as palavras da menina, dizendo que há muito estava apaixonada, o sorriso doce e ao mesmo tempo hesitante nos lábios rosados, o brilho intenso nos olhos verdes e, logo depois, as mãos pequenas e delicadas em suas costas e nuca e sua própria boca a roçar de leve uma boca rosada e extremamente tentadora, que agora o atormentava toda vez que pensava nela.

"Pare com isso, seu monstro, isso é errado!".

Uma parte de seu ser gritava querendo lutar contra os pensamentos escandalosos e ardentes que agora povoavam sua cabeça. Tentando organizar a mente já tão confusa, Yukito mergulhou nas doces lembranças do "caminho das estrelas"... Só não sabia que aquela pequena retrospectiva seria tão agradável e autopunitiva ao mesmo tempo...

*********

O teatro do colégio, agora enfeitado com lâmpadas e estrelas de papel alumínio, era o cenário perfeito para uma declaração de amor e isso podia ser visto nos olhos esperançosos de Sakura, nas mãos pequeninas juntas e na voz doce com que ela o abordou:

- Yukito!

- O que é?

- É que eu... É que... É que eu... É... É que...

A hesitação da garota fez o rapaz prender a respiração, uma agradável tensão no ar.

- É que... eu tenho uma coisa pra te dizer. – disse Sakura que, mesmo tentando manter a calma, sentia-se tremer por dentro, reunindo toda coragem que tinha para contar ao rapaz diante dela, belo e sereno que agora a deixava sem fala, o coração pulsando mais forte, as mãos suadas... A ternura contida nos olhos de Yukito fazia emergir uma enorme felicidade de seu coração.

Conhecendo os sentimentos da menina e escolhendo com sutileza as palavras para não feri-los, Yukito permaneceu de pé, olhando para os lados, mas aguardava, uma corrente elétrica deliciosa atravessando-o quando ouviu as palavras tão esperadas:

- Yukito, eu te amo... Te amo muito! – a voz da menina ao declarar-se veio carregada de doçura, fazendo o rapaz sentir uma enorme agitação dentro do peito. Uma voz gritava intensamente dentro dele, pedindo para se libertar desde o primeiro instante em que Sakura se aproximou. Então com que controlado por essa voz, ouviu seu coração.

- Também te amo, Sakura.

Aquilo fez Sakura olhar Yukito perdidamente apaixonada.

- Você m-me... ama? – tornou a menina num fio de voz.

- Amo, amo você há muito tempo, minha querida, - ele sorriu – você é muito especial pra mim.

- Você é pra mim também, meu amado Yukito! – Yukito tomou a garota gentilmente nos braços e acariciou as faces rosadas ao ouvir sua declaração. Um sorriso apaixonado brotou nos lábios de sakura, fazendo com que aceitasse o abraço amoroso no qual fora envolvida. Não estranhou a resposta ao seu amor até sentir o rapaz enterrar o rosto em seus cabelos, então ela ergueu os olhos e encarou o rapaz, sentindo uma corrente elétrica fortíssima em todo o corpo; foi quando sentiu sua presença...

- Yue... – Sakura chamou-o suavemente.

- O quê?- Yukito olhou a garota, confuso.

Muito calma, Sakura puxou o rosto de Yukito na direção do seu e, aproximando os lábios do ouvido dele, chamou-o, uma voz melodiosa:

- Volte à sua verdadeira forma!

Lentamente, o jovem de cabelo cinzentos desapareceu, dando lugar ao guardião da lua, os longos cabelos claros, os olhos cor de gelo, porém, sem a frieza costumeira. Ele a olhava ternamente, enquanto a puxava de encontro ao peito, uma das mãos a acariciar seu queixo delicado. Muito confusa, Sakura disse:

- Yue... m-mas... eu... n-não entendo.

- Sei como se sente agora, Sakura. Só quero que saiba... que apesar de amar Tsukishiro, fui eu quem correspondeu aos seus sentimentos, minha querida.

- Você... g-gosta de mim? – tornou sakura, ainda confusa.

- Sim, Sakura, amo muito você. – Yue afagou os cabelos cor de mel. E beijou ambas as faces da menina, deixando-a corada e um calor delicioso e pueril a percorrer seu corpo. Sentindo as reações da garota – para surpresa dela! – ele a soltou, afastando-se devagar enquanto se ajoelhava diante dela, numa atitude de reverência, a cabeça curva em humildade – E mereço punição por isso, minha mestra! – tornou o guardião, determinado, mas com a voz embargada.

- Por quê? – inquiriu Sakura, espantada.

- Eu fui criado para servir àquele que tem poder sobre as cartas. Não posso alimentar esses sentimentos por você, não dessa...

- Yue, - Delicada, Sakura tomou o rosto de Yue entre as mãos e pôs um dedinho nos lábios dele, impedindo-o de falar – Não diga essas palavras, não agora que fez a coisa mais linda do mundo. E você não tem que ser punido, não. Você não fez nada de errado.

- Mas,... Sakura? – Ele a olhou, em dúvida.

- Você se apaixonou, não há nada mais bonito que isso... – a menina falava com amor, mas ela dividia com isso uma sensação estranha e deliciosa que a invadiu subitamente, como se fosse um forte incêndio tomando conta de seu corpo, um vulcão louco para entrar em erupção.

Ela, infelizmente, não compreendia essa onda de sentimentos confusos, mas soube perfeitamente distinguir entre eles. Yukito era por quem sentia aquele doce amor tão conhecido dela... mas Yue... Yue, sim, era responsável por essa onda tórrida que agora a atravessava. Ele, com sua costumeira frieza no olhar, seu porte majestoso, a atitude reservada... Era ele que provocava aquele frenesi delicado, as mãos suadas, as faces em brasa...

- Então... você entende o que eu sinto por você? – Yue hesitou entre aproximar-se ou não de Sakura.

Sakura baixou os olhos, enrubescida.

- Acho que... Entendo, sim.

Um sorriso carinhoso brotou em seus lábios quando Sakura balbuciou essas palavras. Muito apaixonado, o guardião tomou-a nos braços e, sentindo a garota aconchegar-se neles, deu um beijo terno e delicado na boca de Sakura.

Foi um momento mágico na vida dos dois. Lindo o suficiente para que nunca esquecessem. Os beijos de Yue eram delicados e um sentimento maravilhoso nasceu no coração de Sakura, afastando todas as suas dúvidas. Aquela doce entrega pareceu durar um século. Seu coraçãozinho batia apressado, enquanto os beijos de Yue se tornavam avassaladores e possessivos. Todo seu ser respondia a presença daquele homem maravilhoso que a beijava. Com grande esforço, Sakura controlou-se ao sentir os lábios másculos abandonarem os seus. Sua vontade era ser acariciada para sempre. Mas ainda pode sentir o roçar da boca sobre a sua, tão leve como uma pluma, como se não acreditasse no que acontecia...

Então, como se algo houvesse se partido, sentiu seus braços serem apertados com violência, enquanto uma voz ríspida a trouxera de volta do paraíso onde estivera:

- O que fizemos, Sakura?

Era Yukito... estava tão preocupada consigo mesma e Yue que não pensou na reação do rapaz... mas, não contava com uma atitude tão malvada da parte dele.

- O que fizemos? – furioso, ele largou a menina no meio do palco, um tremor sacudia-o violentamente, enquanto lançava um olhar de desprezo para a menina.

Lágrimas grossas rolavam pelas faces de Sakura, enquanto Yukito ia em direção à saída do teatro. Já estava na metade, quando ouviu a vozinha de longe, chorosa:

- Eu não fiz nada...

O olhar frio que ele lançou-lhe fora pior que a mais forte das bofetadas. Sentindo-se humilhada, Sakura sentou-se encolhida no meio do palco e caiu num choro convulsivo. Depois de muito tempo chorando, a menina sentiu dois braços enlaçarem seus ombros com carinho.

- Desculpa, Shoran, eu não... – a frase morreu na garganta dela ao ver que, ao invés de Li Shoran, Tomoyo a consolava.

- Pode chorar. – Tomoyo a apertou, meiga, enquanto ouvia seus soluços sofridos.

*******

"OH, O'CONNELL! EI! O'CONELL!!! PARECE QUE EU FIQUEI COM TODOS OS CAVAAAAAALOS!!"

"OH, BENNYYYYYYYY, VOCÊ LEVOU OS CAVALOS PRO LADO ERRADO DO RIOOOOO!!!!!"

"OH, DROOOOOOOOGA!!!"

- Tinha que ser! – Touya e a Carta Espelho riam alegres diante de uma fita de vídeo, quando o telefone tocou.

- Alô?

- Touya?! É você, Touya?

- Yukito? O que aconteceu? Está tudo bem?

- Está, sim. – a voz do outro lado da linha hesitou ao responder - Eu só... só liguei pra avisar que vou passar um tempo fora do país...

- Como assim um tempo fora? Yuki... s-sua voz está me assustando!

- Eu to bem. Tchau. – o rapaz subitamente desligou o telefone na cara de Touya. Ele não dera muita importância, apesar de estar preocupado. Mas, ao ver o rosto sorridente da Carta Espelho, o moço teve uma sensação ruim. Tentando ignorá-la, Touya sentou novamente no sofá ao lado da carta mágica, livrando-se da camisa que vestia minutos antes. Estranhando a reação dele, a carta Espelho tocou o braço nu de Touya, sentindo uma doce agitação dentro de si.

- Tudo bem, pequenina. – tornou o rapaz, tomando essa reação por preocupação – Não aconteceu nada grave.

- Será? – A carta, por um momento, sentiu-se inquieta também.

- A Sakura ta com ele, não é? Quando ela voltar, a gente pergunta.

- É... pode ser. – aceitou Espelho sem muita convicção.

- Acredite, - Tornou Touya, puxando a carta para envolvê-la de novo no cobertor que os cobria antes – está tudo bem. – e, concluindo a frase, ele dera um abraço caloroso na garota por baixo do cobertor e pousou os lábios sobre os dela de modo suave. Emocionada, a carta Espelho permitiu-se sentir o calor dos lábios quentes sobre os seus, achando-se amada, a paixão explodindo em seu coração. A vontade de se esquivar que sempre sentia logo que Sakura a capturou dera lugar a um desejo estranho todas as vezes que Touya se aproximava.

A lembrança do beijo de ambos na noite de natal, quando o rapaz dera-lhe as fitas de presente, aumentava suas esperanças de um dia Touya se apaixonar por ela e os dois ficarem juntos para sempre. E era por essa esperança que a carta se mantinha resignada diante de Sakura, para que ela nunca descubra até chegar o momento certo...

Ainda saboreando o calor dos braços de Touya, Espelho ria novamente do filme, agora que a múmia fugia apavorada quando seguravam um gato na frente dele.

"Olha o gatinho!".

"NÃO!".

*******

Já passava da hora do jantar quando Sakura voltou para casa acompanhada de Tomoyo, que ainda a consolava.

- Será que eles...

- Não tem ninguém dormindo. – Tomoyo abriu a porta do quarto de mansinho – Ainda ouço risos lá embaixo.

"Risos" pensou Sakura, sentindo um gosto amargo na boca. Ela poderia estar rindo feliz, mas, agora...

Permitindo-se sentir inveja da Carta Espelho por um instante, Sakura desceu com Tomoyo até a cozinha para fazer um lanche rápido, tentando de tudo para não serem vistas. Como o Prof. Kinomoto não se encontrava, era impossível que isso acontecesse.

- Você vai ficar bem, Sakura?

- Não sei... Obrigada, Tomoyo... por tudo...

- Não precisa. Amigas são pra essas coisas, - bondosa, Tomoyo estendeu uma xícara de chá para a amiga – então, eu vou dormir aqui e ficar ao seu lado até certeza de que vai ficar bem.

- Obrigada... – tornou Sakura, a vozinha entrecortada pelos soluços.

"Pelo menos... alguém está feliz." Pensava a menina, ainda sofrida dos eventos da tarde. Ela ainda podia ouvir os risos na sala de estar...

********

Ainda segurando o telefone, Yukito relutava em se afastar de tudo que mais amava, quando ouviu a última chamada para o embarque.

Não conseguia entender o que acontecera naquela tarde, mas sabia que o quer que aconteça depois, o faria perder o carinho das duas pessoas que mais amava no mundo e tudo por causa de uma estupidez.

"Como eu pude ser tão idiota?", o rapaz ainda se culpava pelo que aconteceu.

- Boa viagem! – tornou uma sorridente aeromoça.

Resignado, Yukito se acomodou na poltrona do avião, pondo a cabeça em ordem. A América parecia algo muito drástico, mas, pelo menos, era uma saída...

"Eu sei, Sakura, sei que quatro anos são muito tempo, mas preciso disso... não posso assumir uma relação com você baseada nisso... e Touya nunca vai me perdoar por ter beijado a irmã dele. Acharia que brinquei com os dois o tempo todo."

Yukito fechou os olhos marejados de lágrimas para não ver o avião deixando aquela tão amada terra do sol nascente, ainda ouvindo a voz doce dela:

"Yukito, eu te amo... te amo muito!"


Continua...


Notas Finais


Será que continua? Era pra ser um One-shot, mas o que vocês acham?

Deixem aqui nos comentários.

Ah, apreciem também a música tema dessa fanfic, faz séculos que eu não ouvia, estou até com os olhos marejados aqui.

Uma boa leitura, pessoal!


#vamosleremcasa


https://youtu.be/5anLPw0Efmo

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro