Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

61. Uma noite esquecida

"E todo esse tempo eu estive mentindo. Oh, mentindo em segredo para mim mesma... Ninguém sabe, ninguém sabe. E eu estava dançando na chuva, eu me senti viva e não posso reclamar... – Runaway, Aurora."

A brisa gélida se chocava contra o meu rosto, soprando os fios soltos de meus cabelos ao vento, eu havia acabado de vestir um casaquinho que completava o uniforme das Lioness. Estávamos no banco, assistindo o último tempo do jogo, até agora as coisas estavam correndo bem. Por sorte, o fino sereno que chegou a cair poucos minutos atrás, se dissipou bem rápido. Nada que chegasse a estragar a maquiagem pelo corpo de Jason.

O placar estava favorável para os Tigers, 32 à 25. A vitória era garantida para a casa, mas eu estava torcendo para a partida encerrar de uma vez, antes que alguma merda acontecesse. O sentimento ruim em meu peito ainda não havia se dissipado por completo, e isso me preocupava bastante. Ao cruzar os braços, numa tentativa de me aquecer melhor, vi Jason se levantar do banco um pouco mais a frente, o que me fez franzir a testa.

Pra onde aquele idiota estava indo? Quer dizer, não dava simplesmente para ele ir embora antes do jogo ser encerrado, não era assim que funcionava. Contudo, o vi se dirigir a grade, onde havia uma garota loira apoiada, era uma líder de torcida do time rival. Arqueei minhas sobrancelhas ao vê-lo sorrir, recebendo a garrafa d'água que ela lhe oferecia, a qual ele logo abriu, dando um longo gole. Então, a menina atirada tocou dois dedos sobre o seu peitoral, trilhando um curto caminho até puxá-lo pela gola da camisa, quase se deitando sobre a grade para beijá-lo.

Aquilo me fez saltar do banco, e a atenção de Jason veio a mim. No entanto, ele não se afastou dela, invés disso, sorriu zombeteiro, passando a segurá-la pelos quadris ao tempo em que voltava a encará-la. O que aquele imbecil pensava que estava fazendo? Cerrei os punhos com força, contendo minha enorme vontade de xingá-lo. Quer dizer, tecnicamente para todos ali, Jason era Jordan, e o Dan namorava comigo, não dava para ele sair beijando garotas na minha frente.

– Então podemos sair depois do jogo, e eu te faço lembrar. O que acha? – ouvi a voz enjoada daquela vadia soar, enquanto me aproximava em passos pesados.

– Não, ele não vai a lugar nenhum com você depois do jogo! – respondi em alto e bom som, cruzando os braços, e ambos me encararam.

– Quê? Quem é você? – a garota se soltou de Jason, me medindo dos pés à cabeça.

– Eu sou... – olhei dela para Jason, que deu um leve sorrisinho, acho que ele estava adorando aquilo – Sou a namorada dele, então volta para o seu lugar!

– Olha, eu não sei não. Não acho que ele queira que eu volte. – ela sorriu sarcástica, me fazendo arregalar os olhos com tamanha ousadia.

– Ah... – Jason umedeceu os lábios – Mas você não está com ciúmes está, amorzinho?

Ele deu um passo a frente, fechando a garrafa d'água que ela havia lhe entregue, e eu rangi os dentes, respirando fundo em busca de um auto controle para não iniciar algo que chamasse atenção, pois não seria nada legal.

– Sabe que sou louco por...

– Deixa de ser cínico! – interrompi Jason, agarrando-o pelo braço.

Antes que um dos dois falasse algo a mais, saí arrastando ele para longe daquela menina estúpida, irritantemente e sem um pingo de vergonha na cara.

– Hey! Calma aí... A Lindsay é só uma amiga, amorzinho. – Jason dava risada, como se achasse aquilo super divertido.

– Cala a boca, seu idiota. Você só pode estar de brincadeira. O que pensa que tá fazendo? – paramos de caminhar assim que tomamos uma certa distância da tal Lindsay, então o encarei severamente.

– Ué, nada demais. Só estava ouvindo como conheci aquela vadia em Nevada no ano passado, parece que eu comi ela no vestiário, acredita? – Jason olhou para trás, a tempo de ver aquela vadia pisar forte no chão e se virar, seguindo para o banco.

– Não seja hipócrita, sabe que nunca esteve com ela! – cerrei os punhos, o que o fez sorrir outra vez.

– Ah, mas o meu irmãozinho pau de mel esteve. – disse Jason, me fazendo olhar para os lados, para verificar se alguém nos ouvia, por sorte não.

– Eu não quero saber disso. Tenta agir como ele agora, não ano passado. – pedi entoando um tom mais calmo, apesar da minha enorme vontade de xingá-lo – Quer dizer, não sai dando mole para essas meninas, todo mundo acha que você é o Dan, e sendo assim, é meu namorado.

– Ah, mas convenhamos que você quem não está cooperando, pequena Lizzie. – ele passou cuidadosamente uma mecha de cabelo solta do meu rabo de cavalo para trás da minha orelha, fixando seus olhos caramelados aos meus – Que namorada não traz nem água para o namorado o jogo inteiro?

– Não somos namorados, não de verdade! – empurrei sua mão para o lado, me livrando de seu toque – Você sabe exatamente o que fez comigo. Como foi grosso e estúpido ontem.

– Alto lá... Eu não fiz nada, só propus. – ele deu de ombros, apertando mais a tampa da garrafa – Mas não nego que teria adorado ouvir um sim, não ia te custar nada agora que o Jordan já...

Jason interrompeu a fala, provavelmente por notar minhas bochechas vermelhas, elas estavam queimando feito brasas agora. Não sei como ele sabia disso, que já tinha rolado com o Jordan, mas aparentemente sabia sim.

– Como sabe disso, Jason? – perguntei receosa, mas precisava que ele me contasse – Eu não disse para ninguém.

– Bom, não vem ao caso. Estou aqui, não estou? Era o que você queria e eu vim. – notei que ele amassava a garrafa em mãos com toda força, e seu semblante havia mudado, estava visivelmente chateado.

– Por que me tratou tão mal ontem? – cruzei os braços, o encarando.

– Tava de cabeça cheia. – Jason desviou o olhar do meu, rapidamente checando os dois lados, antes de voltar a me encarar outra vez – E também, não gosto quando invadem minha boate, atrapalham minha foda e ainda me ameaçam. Aquilo me deixou verdadeiramente puto, e juro que sua sorte foi ser uma garota. O contrário, e não estaria mais respirando agora.

– Bom, foi o único jeito de te convencer a vir. – dei de ombros, não me arrependia nem um pouco do que fiz.

– Acha que estou aqui por medo do seu tio? – Jason arqueou as sobrancelhas, e eu franzi a testa – Pode me entregar pra ele quando bem quiser, Lizzie. Até descolo um telefone pra você fazer a ligação. Só não garanto que vá vê-lo outra vez depois disso.

– Então, por que veio? – perguntei, completamente confusa.

– Não é óbvio? – ele sorriu leve – Eu vim por você. Me deixou excitado pra porra ontem com aquela marra fudida, e eu gostei disso.

Sua mão tocou o meu rosto, e tentei esquivar, mas ele me segurou bem firme ali.

– Eu... – me apoiei na grade com força, ao sentir seus olhos se cravarem aos meus – Não sei exatamente o que aconteceu entre a gente aquela noite, mas estava fora de mim. Então, você não tinha nenhum direito de me tocar.

– E você quer dizer isso pra mim agora? – Jason me puxou um pouco mais pra perto de si – Eu pedi pra você parar várias vezes, e acho que se lembra disso. Mas no fim, era querer demais de mim.

– E-eu... – gaguejei, sentindo um nó se formar na minha garganta ao ouvi-lo.

– A verdade é que você queria tanto quanto eu, Lizzie. – Jason falou baixinho – Lembra disso, eu sei que lembra. Ficou me provocando, até que perdi a cabeça, juro que tentei ao máximo, mas eu já vinha me controlando há dias. Aquilo... Não deu pra evitar.

– Jason! – engoli em seco e, de repente, as lembranças daquela noite começaram a voltar com força.


Antes...

As coisas pareciam estar de cabeça para baixo, enquanto eu era levada cada vez mais para o alto. Então me dei por conta de que estava no ombro de Jason, ele me carregava pela escada para o andar de cima, onde ficavam os quartos. Eu conseguia lembrar disso por já ter dormido naquela casa enorme e chique no dia da festa do pijama que Christine deu.

"Me põe no chão, Jason! Eu preciso fazer xixi." – choraminguei, chamando a atenção de algumas pessoas, quando chegamos ao andar de cima.

Sentia minha bexiga cheia.

"Se você pensar em descer essas escadas de novo..." – ele puxou a jaqueta que cobria o meu traseiro, me abaixando e colocando de volta ao chão – "Vai se arrepender, entendeu?"

"É? E vai fazer o quê comigo? Dar palmadinha na minha bunda, por acaso?" – lhe puxei pela gola da camisa, e ele teve de se apoiar com as duas mãos em meus quadris, evitando de cair por cima de mim – "O único problema aqui, é que eu adoro tomar umas boas palmadas. Então, talvez eu deva ser uma menina má essa noite."

"Olha, garota, você não me provoca!" – disse Jason, entredentes, apertando meus quadris enquanto encarava meus olhos fixamente.

"Por que não?" – aproximei meu rosto do seu, mas ele logo tratou de me soltar, me virando de costas para si – "O Dan não tá aqui, sabia? A gente pode se divertir, Jay. Eu sei que você me acha gostosa, e aposto que quer trepar comigo."

Sorri maliciosa, esfregando meu traseiro em seu quadril. Ouvi quando Jason resmungou alguma coisa, e ao olhá-lo por cima do ombro, fui empurrada para frente, voltando a seguir caminho com ele pelo corredor, o que me arrancou uma risadinha. Sacudi a cabeça para os lados, e me soltei dele, abrindo uma das várias portas espalhadas por ali. Na cama, consegui ver o reflexo embaçado de duas pessoas se pegando, mas não dei a mínima, precisava fazer xixi ou minha bexiga estouraria.

"Hey, vaza daqui, garota!" – o cara olhou para mim por cima do ombro, mas apenas soltei a minha bolsa no chão, adentrando o banheiro.

"Termina isso em outro quarto, porra!" – dei uma risadinha ao ouvir a voz de Jason soar grossa, antes que eu fechasse a porta.

Ele ficava muito sexy zangado, até me fazia pensar em certas coisas indecentes e deliciosas. Sacudi a cabeça para os lados, e subi minha saia, puxando minha calcinha e sentando na privada. Fechei os olhos, escutando o barulhinho da urina se chocando com a água do vaso, até que era bastante mesmo. Quando finalizei, permaneci sentada por um ou dois minutos, esperando a tontura passar, tudo estava girando e eu não queria cair ali dentro.

Ao me levantar, tornei a me vestir, mesmo com dificuldade e segui até a pia, onde lavei minhas mãos. Assim que abri a porta, o olhar de Jason veio em minha direção. Sorri largo ao perceber que ele havia se livrado do casalzinho sem vergonha. Agora éramos só nós dois naquele quarto imenso. Fingi tropeçar em um de meus pés e ele rapidamente veio até mim, todo preocupado.

"Ui!" – dei uma risadinha, entrelaçando meus braços em seu pescoço ao sentir suas mãos grandes me segurarem com firmeza – "Jordan já chegou?"

"Tá vendo ele aqui, por acaso?" – uma de suas sobrancelhas arqueou, e eu mordi meu lábio, encarando seus olhos viciantes.

"Estamos só nós dois de novo é, Jay?" – minha voz soou manhosa, enquanto meus dedos se afundavam em seus cabelos, acariciando sua nuca.

Percebi seus pelinhos eriçarem, e o puxei um pouco mais para perto, me encostando na parede logo atrás.

"Lizzie..." – Jason apertou meus quadris, me fazendo arrepiar inteirinha.

"Estou excitada." – falei baixinho, e ele soltou o ar com força pelo nariz – "Então, o que vamos fazer quanto a isso, grandão?"

"Você... Liz, você bebeu ou comeu alguma coisa aqui?" – ele tentou mudar o assunto, e eu aproximei meus lábios dos seus, numa sutil provocaçãozinha.

"Já disse que só tomei refrigerante, eu não bebo, Jay." – respondi, sentindo sua respiração quente se chocar contra o meu rosto – "Acredita em mim, não é?"

Arranhei sua nuca com as pontas das unhas, e o vi assentir com a cabeça, enquanto seus olhos caramelados recaíam sobre meus lábios. Mas, logo em seguida, ele fez uma leve negação de cabeça, tomando uma distância indesejada naquele momento.

"Quem te deu refrigerante?" – suas sobrancelhas arquearam, e eu rolei os olhos.

"O Jordan, eu acho. Esquece essa merda! Você é uma delícia, sabia?" – segurei firme em sua jaqueta, puxando-o de volta em minha direção – "Me beija? Quero sentir o gosto dos seus lábios, sem whisky dessa vez, Jason!"

Me referia a última vez que ele havia tentado me beijar, aquilo foi horrível, porque eu não queria. Mas agora... Estava louca pra saber o que aquela boquinha deliciosa podia me fazer sentir. Em resposta, Jason travou o maxilar, fazendo um calor inexplicável surgir entre as minhas pernas. Ele ficava tão fodidamente gostoso quando estava zangado. Suas mãos se precipitaram a soltar meus braços de seu pescoço.

"Para com isso, Lizzie." – ele falou bravinho, e eu sorri maliciosa, me soltando de seu toque.

Então, seus olhos se fecharam como se ele buscasse um auto controle para lidar com a situação. Acho que estava sendo meio difícil, e eu me aproveitaria bem disso.

"Jay, eu quero." – minha voz soou manhosa, enquanto entrelaçava meus braços em seu pescoço outra vez – "Já disse que estou muito excitada, preciso de um homem de verdade essa noite... Se ainda não entendeu, eu quero ir pra cama com você!"

Seu rosto estava tão perto do meu, que eu podia sentir sua respiração quente se chocar contra a minha pele, fazendo os pelinhos de minha nuca eriçarem. Seus olhos se mantinham fechados, e o vi ranger os dentes, antes de negar com a cabeça.

"Quer porra nenhuma. Vê se sossega!" – Jason se soltou de meu toque outra vez, mas rapidamente o puxei pela gola da camisa.

"O que foi? Está com medinho agora? Tô dizendo que quero, quero muito, Jay!" – tornei a pedir e seus olhos caramelados recaíram aos meus lábios.

Nesse instante, notei tristeza neles, tão profunda e afiada como uma faca atravessando meu peito. Por que ele estava tão triste? Era minha culpa?

"Você nem vai lembrar disso, Lizzie." – as palavras que saíam por entre seus lábios pareciam tão pesadas... Como se fosse extremamente difícil dizê-las.

"Eu estou aqui agora, qual é o seu problema?" – franzi a testa – "Se não quer me foder, eu arrumo quem queira."

Tentei passar por ele, extremamente chateada, mas Jason me agarrou pela cintura, e me empurrou com força contra a parede. Seus olhos mergulharam nos meus outra vez, mas pareciam famintos agora, aquilo fez uma certa onda de eletricidade percorrer por todo o meu corpo. Foi o bastante para que eu soubesse que ele queria o mesmo que eu, só não entendia por que estava me evitando desse jeito. Então, resolvi eu mesma dar o primeiro passo.

Meus olhos recaíram aos seus lábios rosados e atraentes, enquanto meus dedos brincavam com os fios macios de seus cabelos dourados. Pude vê-lo se arrepiar quando quase esfreguei meus lábios aos seus, um sorriso enorme irradiou meu rosto e, logo em seguida, minha destra deslizou pelo seu peitoral e abdome, trilhando um caminho excitante rumo ao paraíso.

"Isso... Isso não tá certo. Para, Liz!" – Jason me segurou pelos ombros, interrompendo minhas carícias – "Eu não posso fazer isso com você assim!"

"Mas você quer, não quer?" – rebati impaciente, e vi a raiva inflamar em seus olhos outra vez.

No mesmo segundo ele me soltou, e se virou caminhando pelo quarto. Soltei a respiração com força ao vê-lo passar a mão pelos próprios cabelos, sabia que estava tentando se acalmar, e aquilo me soava engraçado. Então, resolvi provocá-lo só mais um pouquinho.

"O que tá rolando, Jay?" – dei uma risada, me desencostando da parede e caminhando pelo quarto – "Até parece que eu estou tentando corromper um santo."

Debochei, parando alguns centímetros atrás dele.

"Cala a boca!" – ele se exaltou, me olhando extremamente furioso, por cima do ombro – "Não é como se eu não quisesse, porra! Mas você assim... Isso é errado, Lizzie. Eu... Você nem vai lembrar."

"Ai, que saco! Só para de bancar o certinho." – me aproximei mais dele, abraçando-o por trás – "Um pecado a mais, um a menos... Que diferença faz na sua conta?"

"Liz.." – Jason estremeceu, quando subi minhas mãos pelo seu peitoral – "Não faz isso, se afasta de mim."

"Me faz se afastar." – me estiquei um pouquinho, sussurrando quente em seu ouvido – "Você não me quer longe, Jason. Sabe disso."

Lambi em volta de sua orelha, ao tempo em que puxava sua jaqueta para trás. Jason engoliu em seco, e eu sorri satisfeita ao ver seus músculos enrijecerem e os pelinhos eriçarem. Ele não disse mais nada, nem tentou me impedir, então tirei sua jaqueta, jogando-a para longe pelo quarto. Em seguida, passei a sua frente, aproximando meus lábios dos seus, numa sutil provocação, e seu maxilar travou.

"Posso te contar um segredo?" – sorri cínica ao mergulhar o meu olhar no seu – "Faz um tempo que eu penso em você... Sabe? Quando estou com o Jordan na cama, e ele me toca entre as pernas, eu lembro de você me pegando naquele dia no banheiro, e fico tão excitada..."

"Por que está me contando isso?" – seu tom de voz soou quase como um sussurro.

"Porque eu sei que pensa em mim como mulher, e acho justo que saiba que também penso em você como homem, Jay." – pousei minhas mãos em seu peitoral – "Acontece que geralmente eu reprimo esses sentimentos e finjo que nada aconteceu, afinal você é o irmão do meu namorado, e o Dan é tão bonzinho comigo que seria errado da minha parte, mas eu realmente não me importo agora, ele não precisa saber, hum?"

Deslizei minhas mãos pelos seus ombros, e assim que seus olhos se fecharam, eu selei seus lábios demoradamente. Era perceptível que Jason ainda tentava resistir aos desejos da carne, mas eu já havia ganho aquela batalha, e ele sabia disso. Meus braços se enroscaram pelo seu pescoço, enquanto distribuía beijinhos molhados pelos seus lábios, eles eram tão deliciosamente macios.

Por um instante, achei mesmo que ele não me corresponderia, e isso chegou a me deixar nervosa, eu diria até um tanto frustrada, mas ao toque quente de suas mãos grandes em minha cintura, todo o meu corpo estremeceu. Nossos olhos se cruzaram mais uma vez, e senti as borboletas no estômago acordarem eufóricas. Jason segurou firme em meu rosto com a destra, voltando a me beijar calmo e lento.

Ao toque de nossas línguas, senti os pelos da nuca eriçarem, e afundei meus dedos entre os fios macios de seus cabelos, me permitindo se perder no gosto doce e refrescante de hortelã que sua boca tinha. Jason me puxou contra o seu corpo me fazendo sentir o calor aconchegante que sua pele exalava. No mesmo instante, as batidas de meu coração aceleraram, pois eu não sabia o quanto queria estar em seus braços, até finalmente estar.

Fiquei nas pontinhas dos pés, apenas para fazê-lo prolongar aquele beijo recheado de desejo e carinho. Mas ao rompermos, suas mãos grandes alcançaram minhas coxas, me dando um curto impulso para cima e rapidamente entrelacei minhas pernas em sua cintura, tornando a selar seus lábios mais algumas vezes, até ele adentrar comigo no banheiro. Estremeci ao sentir o mármore gelado da pia em contato com a minha pele, quando me pôs sentada naquele extenso balcão.

"Mas o que..." – minha fala foi interrompida quando seus lábios macios tocaram minha testa num beijo demorado.

Sorri, fechando meus olhos brevemente, ao mesmo tempo que sentia meu peito aquecido. Mas, ao abri-los novamente, pude constatar que os seus ainda estavam fechados. Então, toquei seu rosto carinhosamente, e seu maxilar travou, junto aqueles dois caramelos que passaram a me encarar bem de pertinho.

"Eu quero você, Jay." – sussurrei, rente aos seus lábios – "Por favor, preciso sentir você dentro de mim."

"Não. Não hoje, Lizzie." – ele apertou minha cintura – "Você não me perdoaria se eu fizesse isso. Tenho certeza."

"Mas eu quero." – franzi a testa, confusa – "Quero muito que seja com você. Quero que me leve pra cama e me faça sua, Jason."

"Se você quer mesmo, vai lembrar disso." – ele encostou sua testa na minha – "Vou te esperar lembrar, Liz, e então não vou fugir, quando me pedir de novo, vou te fazer minha. Te dou a minha palavra..."


Agora...

Tudo aquilo pareceu passar em minha cabeça num só segundo, e meus olhos se arregalaram. Jason e eu tínhamos... Meu Deus! Dei um passo para trás, e uma lágrima rolou pesada pelo meu rosto, a qual eu me apressei em secar. Jordan nunca me perdoaria. Como pude? Como pude traí-lo daquela forma? Estremeci ao ver Jason ainda a minha frente, seu olhar me parecia nervoso, eu diria perdido agora.

Nesse instante, o apito do juiz soou alto no campo, junto ao coro de lamentação da torcida. Olhamos em direção aos jogadores, que corriam para um só lugar, formando quase um círculo amontoado no centro do campo. Franzi a testa um tanto confusa, mas a ficha caiu assim que vi os paramédicos se aproximando apressados.

Alguém havia se machucado. Quando os meninos foram se afastando, pude ver que Logan estava sendo colocado sobre uma maca. O treinador discutia praticamente aos berros com o juiz, Tayler e Noah também pareciam revoltados. Os paramédicos saíram do campo e o cartão vermelho foi lançado para um dos jogadores do outro time, provavelmente ele quem havia marcado a falta.

– DAVIS! DAVIS, ANDA LOGO, GAROTO! – o sr. Watson gritou impaciente.

– Não. – Jason falou baixo, pude sentir um arrepio me percorrer – Não posso entrar em campo.

– Você precisa, anda logo. – me apressei a secar as lágrimas nos cantos dos olhos, com as costas da mão.

Minha cabeça ainda estava atordoada por tudo o que me lembrei, mas o treinador continuava chamando ele aos berros.

– Eu não jogo como o Jordan. Não posso ir, Liz. – a garrafa na mão de Jason estalou de tão forte que ele a apertava.

– Você joga sim, já te vi jogar. Anda logo, Jason, faltam poucos minutos, tempo para uma só jogada, não tem que fazer muito. – tentei convencê-lo, mesmo ainda tendo muito o que falarmos.

– O QUE TÁ FAZENDO, CACETE? JÁ AQUI, É UMA ORDEM! – o sr. Watson arregalou os olhos, furioso.

– Se foder! – Jason finalmente se virou, seguindo para o campo, então soltei minha respiração bem devagar.

Não sabia como as coisas seriam daqui pra frente, como ou onde encontraria coragem para encarar Jordan outra vez. Eu acho... Acho que não conseguiria conviver com a culpa de já tê-lo traído, ainda mais com o seu próprio irmão. Tentar esconder isso ia me corroer por dentro, ele... O meu Dan não merecia o que fizemos aquela noite.

Toquei minha testa, massageando-a em círculos, algo dentro de mim sabia que aquele maldito jogo não terminaria bem. "Que merda, Lizzie!", praguejei mentalmente, e vi Jason seguir com os outros para o meio de campo. Ele olhou em minha direção, antes de colocar o capacete e o protetor de boca, e eu respirei fundo, cerrando os punhos com força.

O apito soou e a bola foi lançada para o alto, os meninos fizeram o bloqueio, e Jason passou com facilidade para o outro lado no segundo em que Tayler agarrou a bola. Ele continuou correndo, cortando o vento gelado que soprava forte, ao mesmo tempo em que desviava da defesa o máximo que podia. Assim que estava livre, ele se virou e a bola foi lançada.

– DAVIS, DAVIS, DAVIS! – a torcida gritava eufórica.

De relance, pude ver as meninas saltarem empolgadas, mas não dava para eu continuar fingindo que estava tudo bem junto com elas. Não estava nada bem. Jason agarrou a bola com a destra, mas ninguém fora eu percebeu esse detalhe. Jordan era canhoto. Então, ele seguiu correndo o mais rápido que dava até finalmente chegar na endzone, marcando um touchdown.

Os gritos ecoavam eufóricos pelo campo, enquanto os Tigers corriam até ele para comemorar o final do jogo. Eu apenas sacudi a cabeça, deixando o campo em direção aos vestiários, sem nem olhar para trás. Precisava ficar sozinha, nem que fosse só por uns minutos. À medida em que eu caminhava, meus passos iam se tornando cada vez mais apressados.

Ao passar para dentro do vestiário feminino, me apressei a fechar a porta, abafando a gritaria da torcida lá fora. A essa altura, podia sentir as batidas do meu coração na garganta. Estava tão confusa, e decepcionada comigo mesma. Toquei meus lábios com as pontinhas dos dedos, fechando os olhos com força. "Vou te esperar lembrar...", agora eu me lembrava o quão doce e carinhoso Jason foi comigo, e não sei ao certo como me sentia em relação a ele.

Mas tinha certeza de que beijá-lo daquela forma, e as coisas que senti por ele aquela noite, haviam sido muito erradas. Era Jordan quem eu amava, e não existiam dúvidas quanto a isso. Precisava pensar em um jeito... Talvez ele entendesse, quer dizer... Eu não estava em mim quando fiz aquilo, não foi minha culpa. Ouvi algumas vozes apontarem pelo corredor, então me apressei a entrar num dos box.

– O jogo foi o máximo, né? – disse uma das meninas ao adentrar o vestiário.

– Pena que o Logan se machucou... – ouvi a voz de outra.

– Alguém viu a Liz? – Emily chegou, e eu engoli em seco.

Não queria falar com ninguém, o peso na minha consciência não permitia, por isso fiquei em silêncio. Ela perguntou por mim mais algumas vezes, mas todas as meninas disseram o mesmo "Ela já deve ter ido.". Depois de um tempo Emily desistiu, e apenas informou que não mexessem nos meus pompons, os quais ela deixaria sobre o meu armário, aquilo me fez dar um fraco sorriso anasalado. Ela era sempre tão legal.

O movimento veio, e logo se foi. E, somente quando não ouvi mais uma voz sequer, sequei minhas lágrimas e saí do box onde havia me trancado. Engoli em seco ao encarar meu reflexo no espelho, meu rosto estava quase tão pálido, quanto uma folha de papel, e eu suspirei pesado, sacudindo minha cabeça algumas vezes. Peguei minha mochila dentro do armário, e alcancei meus pompons ali em cima.

Querendo ou não, eu precisava ir embora, e já estava quase saindo quando ouvi um fungado, aquilo me fez franzir a testa. Eu não estava sozinha. O som baixinho de choro continuava mais ao fundo, então foi para lá que segui em passos lentos, não queria assustar quem quer que fosse. Parei exatamente de frente para o box de onde vinha o barulho.

– Tem alguém aí? – chamei, preocupada.

– Vai embora! – era a voz da Rose, ela parecia estar muito magoada.

No mesmo instante, me lembrei de ter sentido sua falta no início do jogo. Até cheguei a perguntar sobre o seu sumiço para a Emily, mas ela estava nervosa por sua pequena discussão com Christine e não quis me responder.

– Rose, o que aconteceu? – apertei os pompons em minhas mãos, mas ela ficou bem quieta, então bati na porta outra vez – Vamos conver...

– Eu te odeio, Lizzie! – ela berrou irritada, abrindo a porta que bateu contra a parede, causando um estardalhar...


[...]

💋. É, meu povo, rolou JayLiz siiiim! kkkkkk O que acharam?

💋. Treta com a Rose, o que será? Algum palpite??? 👀

💋. Falta só um capítulo + um especial para encerrarmos aaaaa contagem regressivaaa 🥰🥰

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro