⃟🍷๋ོ࣭ꦿ Capítulo 17
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Os dias se passaram em um piscar de olhos. Tão rápido que mal pude completar meus planos dentro do prazo estimado pela minha própria consciência. Durante este decorrer Sebastian se reconciliou com Any, mas se manteve afastado por opção da minha mulher que mesmo tendo o perdoado ainda tinha desconfiança sobre a real intenção dele para com ela.
O mesmo está sobre a vigia dos meus homens, assim como Rose que ainda não matei. Todos que sabem da nossa história me acham hoje um imbecil por mante-la viva, contudo, só eu sei o que tenho preparado para a mesma. Como antes já disse eu faria com que ela visse a ruína de tudo o que anseia de maneira tão gananciosa.
Essa é a oportunidade perfeita que eu tenho para mudar minha vida e acabar com a dessa maldita mulher traiçoeira. Estarei entregando aos meus sua liberdade e condenando, o que um dia amamos, a se tornar meros escombros de uma longa e caótica história.
— Você não vai levantar? — Any me questionou me observando da porta com Jack em seu colo.
— Estou aproveitando este momento para descansar, as coisas em pouco tempo estarão uma loucura. — resmunguei batendo ao meu lado direito da cama a chamando.
Any se sentou na beira da cama ao meu lado ninando Jack. Ela o colocou deitadinho do meu lado ao ver que ele tinha adormecido.
— Ele está um pouco febril. — ela informou e eu o peguei e o coloquei deitado em meu tronco. Fiz um carinho em seus cabelinhos dourados.
— Deu alguma coisa para ele? — perguntei sentindo a temperatura dele ao toca-lo.
— Um remédio que o pediatra prescreveu da última vez. — contou Any se deitando. Ela se aconchegou a mim como podia.
Eu senti uma paz momentânea ao ter eles agarradinhos comigo, algo que raramente acontecia por culpa minha. Com uma mão eu fiz um carinho na barriga de Any e a outra mantive segurando Jack.
— Eu senti falta disso. — ela murmurou e sorriu levemente.
— Eu também. — sussurrei e sorri de volta.
Nós ficamos nesse conforto não sei por quanto tempo, apenas sei que pegamos no sono. Horas mais tarde Any estava arrumada para sair para um lugar que eu não sabia onde.
— Para onde você vai? — perguntei a olhando de cima a baixo.
— Vai haver um evento que envolve a empresa e eu como a chefe tenho que estar presente. — ela disse passando um batom vermelho. — Acha que estou bem? — ela disse me pedindo para avalia-la.
Ela rodou e eu mordi o lábio inferior a encarando.
— Você nunca esteve mal. — eu disse antes de a agarrar pela cintura.
— Você vai amassar o meu vestido. — ela choramingou e eu ri fraco. O biquinho de descontamento que ela fez eu desmanchei com um selinho. — Hum, Josh.
Ela me bateu no peito quando tentei aprofundar o beijo.
— Eu estou atrasada, não me atrapalhe. — ela pediu e me deu um último selinho antes de se desvencilhar de mim. — Cuida do Jack para mim, a babá não vai poder vir.
— Tudo bem, mas por que não me disse que haveria um evento? Eu poderia ir com você. — perguntei cruzando os braços.
— Eu não pretendo demorar muito e vou para fechar negócios, se eu levar você não conseguirei me concentrar. — ela disse pegando sua bolsa de mão. — Agora tchau.
Ela deu um beijinho em nosso filho que estava brincando no tapete do quarto e foi para o tal evento.
— Agora é só nós dois, pequeno. — falei indo até Jack que brincava com um caminhãozinho. Eu comecei a brincar com ele e fiquei assim até ouvir a campainha tocar.
Eu deixei Jack na cadeirinha de comer dele e corri até porta para atender.
Ter dado folga para todos meus empregados não foi a melhor ideia.
Minha boca se abriu, mas nenhuma palavra sequer eu pronunciei.
— Oi amor. — Betina acenou com um sorriso diabólico no rosto. Eu gelei, congelei no lugar. — Não vai me convidar para entrar? Sei que sua mulher saiu não faz muito tempo.
Ela questionou vendo que eu estava estático por uns bons segundos.
Eu não conseguia dizer nada, muito menos me mover. Um fantasma que fez parte do meu passado está de volta.
Ela está diferente, mais velha, mas ainda assim bonita. Eu senti meu coração acelerar. Ela deveria estar morta.
Betina passou por mim entrando em minha casa.
— Eu sei que deve ter um monte de perguntas agora, mas tenha calma. — ela disse se sentando no sofá da minha sala de estar.
Eu fechei a porta e fui até Jack, o peguei e fui para a sala.
— Este é o seu filho? É a sua cara, não parece com a sua mulher nenhum pouco. — ela disse tentando brincar com Jack que fez um bico de choro.
— Como que... — fui interrompido.
— Rose me salvou antes de eu ser enterrada viva. — ela disse fechando o sorriso. — Ela me ajudou por um tempo, até que eu mesma fugi daquela cobra.
— Ela fez algo com você depois da sua "morte"? — eu perguntei ainda desacreditado do que estava vendo em minha frente. — É mesmo você Betina?
— Não me chamo mais Betina, prefiro Lia. Ela tentou me fazer de capacho, queria que eu perturbasse seus dias como um fantasma, que eu fosse a prostituta dos homens dela e a escrava dela, mas eu fugi para a Europa e vivi por lá durante todos esses anos. — contou.
— Por que você voltou? Veio me destruir pelo o que eu te fiz? — eu perguntei seriamente, ainda de pé em sua frente.
— Eu soube do sequestro, das merdas que ela fez por meio de alguém. Voltei porque eu nunca fui capaz de te esquecer e não, eu não quero te destruir, pelo contrário. — ela disse se levantando.
Ela ficou próxima demais e Jack começou a chorar.
— É melhor você leva-lo para o quarto, temos que conversar. — ela disse voltando a se sentar.
Eu beijei a cabeça do meu filho e o balancei para que se acalmasse. Como ela sugeriu eu levei ele para o quarto e o tentei faze-lo dormir, em alguns minutos e ele finalmente dormiu como um anjinho.
Eu chamei Betina, ou melhor, Lia para o meu escritório para termos mais privacidade.
Eu fechei a porta e fui até a minha cadeira.
— Qual o seu objetivo? — fui direto ao ponto.
— Quero saber o que sente por mim. — ela disse direta. Eu respirei fundo.
— Se está tentando se referir ao que um dia eu chamei de amor, por você, não existe mais, Lia. — eu disse sendo sincero. — Eu sou um homem muito bem casado, Any é o amor da minha vida, ela é a única mulher a quem eu realmente amo.
— Você seguiu em frente muito rápido. — ela riu com sarcasmo e talvez mágoa.
— Você sabe o meu lado da história. — eu falei e ela assentiu. — Se pensou que eu poderia deixar tudo por uma paixão da juventude você se enganou. Eu tenho algo bom e sólido, eu construí a família que eu sempre sonhei.
— Você acha que merece eles depois de tudo? — ela perguntou meio cabisbaixa
— Merecimento não é a questão, eu fiz coisas horríveis, Any também já errou. Estamos tentando reparar nossos erros construindo uma vida nova juntos.
— Nova? Você ainda está preso a toda essa merda. — ela pareceu não acreditar em minhas palavras. — Ela não me parece ser a mulher que vai aguentar tudo isso por você.
— Ela disse que não aguentaria, mas ela está ao meu lado até então, eu confio nela. Mas a questão é que essa merda em que eu estou preso irá acabar. — falei sério e grosseiro.
— Eu não acho que você queira realmente abandonar tudo por ela. Ela é uma traidora. — ela vociferou.
— Traidora? — franzi a testa.
— Você ouviu coisas sobre ela, mas não a conhece como acha que agora a conhece. — ela veio até ao meu lado e me mostrou fotos em um celular. — Eu precisava de provas concretas para vir até você, mas ai está, ela tem um envolvimento com o Don da máfia Russa.
Eu olhei para as fotos do que parecia ser Any em encontros com um homem de alto porte e roupas caras. Outro é ela o beijando, outra é ele a fodendo.
Eu me levantei de maneira brusca e segurei Betina, Lia, o caralho que for, pelos braços.
— Acha que eu vou mesmo acreditar nessas montagens inúteis. — eu disse próximo a rosto dela.
— Eu tenho certeza, posso te provar com mais, é só ir atrás dela agora e verá. — ela gritou tentando se soltar de mim.
Eu segurei ela pelo pulso. Peguei o celular em meu bolso com uma mão e liguei para Savannah que logo atendeu.
Pedi para que ela vinhesse e ela chegou sem demora.
— Fique de olho nele, por favor, eu tenho que sair rápido, mas não demoro. — eu falei entrando no automóvel.
— Tudo bem, mas está me devendo uma, viu. — eu assenti e acenei para ela antes de dar partida.
Com o rastreador me indicando onde Any está eu segui a rota, enquanto Betina meche no celular no banco traseiro.
Não era um lugar longe, cheguei em quinze minutos em frente a uma verdadeira mansão. Tinha muito barulho e gente para todo o lado, uma festa de arromba estava acontecendo no exato momento.
Eu agarrei Betina pela mão e de penetras entramos na festa, enquanto eu sigo o caminho do rastreador até a localização de minha mulher. Eu entrei na casa e fui seguindo até os fundos de um corredor.
A última porta eu abri e vi uma cena que destruiu meu coração.
— Eu disse. — Betina sussurrou.
Any e o homem de cabelos loiros e olhos verdes se assustaram com a nossa presença. Ela se tampou com o lençol e ele também.
— Que porra é essa? — eu gritei soltando o pulso de Betina. Any estava com os olhos cheios de lágrimas.
— Eu posso explicar. — Any disse derramando algumas lágrimas.
— O que é isso? — gritei novamente e o homem pegou suas calças a vestindo com rapidez. — Hein porra?
Eu peguei no pescoço do homem que tentou me golpear, mas eu fui mais rápido e o coloquei de joelhos.
— Você não pode ter feito isso comigo, Any. — eu murmurei sentindo minha garganta doer pelo nó que se formou.
— Quem é essa mulher? — ela disse olhando para Betina ignorando completamente minhas perguntas.
Eu soquei a cara do homem, não deixei ele reagir, tirei sua consciência. Fui até ela e a peguei pelos braços também.
— Me diz que ele te forçou a isso, me diz Any. — eu gritei com o queixo tremendo.
— Vamos para a nossa casa primeiro. — ela pediu e pareceu forçar o choro.
— Me explica. — eu implorei apertando seus braços.
— Você está me machucando, Beauchamp. — ela falou tentando me empurrar. Eu a soltei.
Eu olhei brevemente para trás e vi que Betina não estava mais por ali, ela sumiu.
— Porra, me diz! — minha voz estava mais fraca. Eu sinto meu peito doer com a ideia de traição.
To be continued???
Séculos depois e eu apareci, sentiram a minha falta?
A morta está viva, a que todo mundo pensava que era uma burra é uma possível traidora...
Essa fic está uma loucura e na reta final.
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