⃟🍷๋ོ࣭ꦿ Capítulo 15
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Puxando a escada que ficava presa ao teto, com cuidado subi e empurrei a porta dando-me passagem para entrar no sótão o qual me foi indicado. Ao entrar os três estavam desacordados e amarrados juntos no meio do cômodo empoeirado.
— Vemos aqui que o jogo novamente virou. — falei chutando os três que despertaram grunhindo de dor.
Os analisei e eles à mim.
— Pelo o que me disseram não foram feridos o suficiente para que morressem. — falei caminhando em volta deles. — É como diz o ditado, vazo ruim não quebra.
— Por isso esse ditado é verídico, você ainda não está morto. — Richard falou e eu o encarei seriamente e agarrei a arma presa no cós da minha calça.
Ao vir as imagens dele violentando minha Any em minha mente eu tenho vontade de mata-lo de imediato.
Mas não agora, não é o momento, tem que ser lento.
— Exatamente. — falei com um sorriso cínico.
— Se vai nos matar faça de uma vez. — Rose falou entredentes me olhando com fúria.
— Não, você é a pior dos três, sua morte será lenta e dolorosa. Você vai receber o pior dos castigos por tudo o que fez a mim, sua doente. — falei e cuspi em seu rosto. — Eu sei tudo o que fez pra mim durante toda minha vida, em especial todos os assédios desde que eu era um pequeno inocente.
Ela endureceu sua expressão me encarando sem qualquer resquício de remorso ou culpa.
— Não se arrepende? — gritei sentindo meu corpo tremer sendo tomado por lembranças imundas.
— Não, não me arrependo de nada. Você mereceu e merece tudo o que tem acontecido até hoje, sabe por quê? — gritou com um sorriso perverso. — Por que não passa de um monstro, imundo como sua mãe, uma prostituta imunda. — berrou.
Eu me agachei e agarrei seus cabelos.
— Você é doente. — falei contra seu rosto. — Mas o pior não foram seus abusos, foram as pessoas que machucou, você tirou vidas que eu amava por causa da sua ganância, mas vai se arrepender pelo o que fez, sabe tudo o que tanto lutou pra ter? Eu vou destruir e você vai ver tudo desmoronar e então morrerá sobre os escombros da sua ambição. — a larguei bruscamente.
— Sério? — ela perguntou mantendo um sorriso para não demonstrar o quão abalada pode estar. — Faça o que quiser, quando tudo isso acabar vai estar sozinho e infeliz.
Cerrei meus dentes e respirei profundamente.
— E o que acontecerá comigo? — Brenda perguntou apavorada. Uma vadia amedrontada.
— Você me trouxe muitos problemas com minha mulher, Brenda. — neguei com a cabeça de pé em sua frente. — Você destruiu coisas preciosas pela sua obsessão, e também pagará. — ela começou a chorar.
— Por favor, Josh, ela me obrigava. — falou indicando sua mãe. — Ela dizia que me levaria de volta para o internato. — implora desesperada.
— Ela também te obrigou a me drogar e estuprar? — puxei a arma e apontei para sua cabeça. Ela assentiu. — Eu não acredito, são farinha do mesmo saco. — disparei duas vezes em sua cabeça e seu sangue espirrou em nós.
— Meus pêsames pela sua filhinha. — falei irônico para a mulher que estava séria demostrando sem quer dor pela morte de sua filha.
— Me fez um favor, não aguentava mais essa pirralha mimada. — falou e eu neguei sentindo repulsa.
Fui até a porta e desci as escadas. Encontrando alguns dos meus seguranças pedi para que levassem o corpo de Brenda e colocassem Richard, Rose e o Sebastian amarrados em um dos carros.
— Noah já levou Any? — perguntei a Bailey que assentiu.
— Vocês terminaram? — ele perguntou preocupado.
— Ela disse algo sobre isso? — ele negou. — Não acho que seja o momento para eu dizer, só saiba que voltaremos hoje mesmo para casa.
— Imaginei. O jatinho já está pronto a sua espera, ela já deve está chegando no aeroporto. — concordei e junto à ele fomos para fora da casa grande e velha, entramos em um dos carros e o motorista dirigiu até o aeroporto.
Em torno de trinta minutos eu já estava caminhando para o jatinho particular trago por Noah, quando entrei Any não estava em um dos bancos o que me fez pensar que estaria no banheiro.
— Me dê ele aqui. — falei ao ver Noah entrar no jatinho com meu filho em seu colo. Ele me entregou Jack com cuidado já que o mesmo dormia.
Me sentei em uma das cadeiras e em encostei ninando Jack em meus braços. Dei um cheirinho nele sentindo seu perfume de bebê que eu tanto amo.
— Independente da minha relação com sua mamãe, eu vou sempre está com você e sempre vou amar vocês. — sussurrei como se fosse um segredo.
— Você é tão brega. — Noah falou rindo.
— Não devia estar em outro vôo? — perguntei e ele arregalou os olhos e saiu correndo do jatinho. Ri das trapalhadas de Noah e balancei Jack ao ver que ele quase acordou.
Ouvi um pigarreio e olhei para Any que estava em pé, mas logo se sentou a minha frente cabisbaixa. Me remexi na cadeira um pouco desconfortável e olhei para ela que esticou os braços querendo pegar Jack.
Eu o entreguei ele e o mesmo despertou começando a chorar ao sentir o cheiro da mãe que não via a quase quarenta e oito horas desde o sequestro rápido que ocorreu. Ela abaixou a alça da sua blusa e do sutiã colocando seu seio na boquinha dele que se acalmou ao começar a mamar.
Olhando os dois suspirei sabendo que não mais poderia fazer o mesmo, nem ao menos teria a chance de tê-la tão perto. Já posso sentir o vazio e solidão manchar novamente meu coração.
Durante as longas horas do vôo de Chicago até New York, eu passei acordado apreciando a vista que tinha de Any dormindo abraçada ao nosso filho, enquanto se passava um filme em minha mente de como tudo começou e por tudo o que passamos.
Ela era jovem e ingênua não tão diferente de mim, mas eu conhecia o lado mais podre das pessoas, mesmo ambos já tendo sujado as mãos de sangue. Foi amor à primeira vista, eu estava louco por ela e ao conhecer parte de sua história os sentimentos bons que estavam enterrados dentro de mim ressurgiram e eu fiz de tudo por ela até que a tive entregue a mim.
Foi rápido e intenso, eu devia saber que já vivi isso antes e não teve um bom final, porque anteriormente eu a matei por estar cegado por mentiras. Mas dessa vez teve um final diferente, não como se já tivesse chego ao fim, eu não a matei, mas nós nos matamos juntos e foi tudo culpa minha.
Eu não poderia ter me aproximado já sabendo que não era digno de sua bondade, um monstro como eu não merecia alguém como ela, ela estava sozinha mais era melhor do que está comigo. Eu já sou sujo demais e sujei um amor que era puro, estraguei tudo e eu no fundo sabia que faria isso.
E o que acontecerá daqui para frente?
Eu não sei se posso suportar viver sem minha única família por perto. Eu não consigo.
— Josh. — ouvi Any me chamar e a encarei enxugando uma lágrima. — Chegamos em casa.
Ela disse já do lado de fora, eu assenti e sai também. Esperei ela entrar e subir com Jack, fui direto para meu escritório.
— Merda, mil vezes merda. — bati a porta e levei as mãos aos fios do meu cabelo os puxando com força. Peguei um vaso e joguei contra a parede, próximo a mesa joguei no chão tudo o que estava nela. — Por que eu nasci assim? — gritei olhando para o alto.
Peguei minha garrafa de uísque e tirando a tampa o virei em minha boca bebendo o líquido quente em goladas que desceram queimando minha garganta. Me encostei na parede e deslizei contra ela sentindo minha garganta arder e as lágrimas escorrer.
— Por que eu perco tudo o que amo? — perguntei pegando um porta-retrato do dia do meu casamento que estava ao meu lado.
Any estava especialmente linda nesse dia, ela irradiava uma alegria incomum neste dia, seu sorriso é magnífico. Eu não estava diferente, mas ela é única. Minha pedra.
Dei mais um gole na bebida e abraçando em seguida a foto a beijei.
— Josh. — olhei para a porta vendo Noah me olhar preocupado.
— Saia daqui. — falei emburrado. Ele não me ouviu, adentrou o cômodo e se abaixou se sentando a minha frente.
— O que aconteceu? — perguntou. — Pode confiar em mim, somos amigos desde sempre cara, me diz o que está acontecendo com você. Independente do que for sabe que eu estarei aqui para te ajudar. — falou e eu continuei a chorar como um bebê recém-nascido. — Eu só quero te ajudar.
— Eu estraguei tudo, Noah. Desde o começo sabia que aconteceria isso, só que depois desses cinco anos juntos pensei que seria um pouco diferente, mas não é. Eu menti pra ela, escondi coisas, pois achei que era o melhor a se fazer até que pudesse acabar com Rose e Brenda, mas eu fui um imbecil. Agora ela não confia em mim e acha que não somos mais os mesmos e nem maduros o suficiente para mantermos nosso casamento. — contei enquanto enchia a cara e Noah apenas ouvia tudo e bebia também. — Ela pediu um tempo, dizendo que talvez as coisas se resolvessem com tempo, mas eu falei que é melhor nos separarmos de vez e ela não negou. Eu perdi ela e junto agora meus filhos.
— Pera, filhos? — assenti.
— Ela está grávida. — funguei.
— caralho, puta que pariu, você é um idiota Beauchamp. — ele berrou se levantando, começou a andar de um lado para o outro.
— Obrigado, ajuda muito a minha autoestima. — falei amargurado.
— Vocês não podem se separar! Vocês se amam, cara, só precisam de tempo. Vai ver que ela falou tudo isso por causa dos hormônios da gravidez. É isso, foram os hormônios. — falou afobado.
— Ela não disse da boca pra fora, eu olhei nos olhos dela e quer saber? é o melhor pra ela. — falei afirmando com a cabeça. — Ela precisa de um homem que não tenha uma vida conturbada e nem pessoas que queiram mata-lo a todo instante. Any precisa de paz e eu não posso dar isso pra ela.
— Cala a boca. — ele falou chutando minha perna. — Vocês estão de cabeça quente com tudo o que aconteceu nesses dias.
— Ela já sabe de toda a verdade e eu já sei as dela, não dá pra voltar atrás. — revelei.
— Verdades? — assenti.
— Eu contei sobre o meu passado e ela o seu. Ela disse que matou o irmão depois que ele tentou vende-la como pagamento de dívidas para um agiota, a mãe dela fez da sua vida um inferno depois disso e é ai onde também se encaixa a história do ex dela, onde ela o conheceu no colegial e depois da morte do irmão ele apareceu para se casar com ela, ele é o homem que eu trouxe amarrado, Richard. Ele veio ameaçar ela depois de anos que a mesma fugiu do relacionamento abusivo que tinham. Ele usou ela esse tempo para que não revelasse ao irmão dela onde ela estava.
— Ué o homem não 'tava morto? — Noah perguntou confuso fazendo uma careta, a típica de um fofoqueiro de plantão.
— Estava, mas ressurgiu dos mortos pra assombrar nossas vidas e agora também está amarrado lá fora com os Rose e Richard. Mas esse ai eu já me resolvi em parte.
— Puta merda, vocês saíram de um conto de terror. O casal assombrado, um ótimo romance pra ser visto no Halloween. — revirei os olhos e ele riu.
— Imbecil. — murmurei.
— Enfim, vocês dois têm histórias difíceis e foram extremamente machucados por pessoas próximas. Se sentem imaturos para lidar com essa relação conturbada porque não superaram os traumas e os fantasmas. Agora que tem em mãos os verdadeiros vilões da história podem enfrentar esses traumas e deixarem cicatrizar as feridas abertas. Dessa forma mesmo havendo riscos por ainda ser um mafioso, poderão ser felizes, porque os piores já estão amarrados. Agora é lutarem pra tentar salvar o que acham que não tem salvação.
N/A: Noah Urrea, marry me?
— Tem razão, mas ainda sim não muda o fato de que não somos mais os mesmos depois destes últimos dias e eu sinceramente não sei se realmente temos salvação ou o que nos resta é apenas o divórcio.
To be continued???
Noah sensato sim ou claro?
Últimos capítulos galera, tô chorando aqui.
Acham que eles vão superar tudo o que os afastam ou vão se render ao medo de tentar lutar por essa relação?
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