Capítulo 158: Eu entrego-te todo o meu reino
- Já chegamos?- Perguntei.
- Não.
Mais alguns minutos:
- Já chegamos?
- Não.
- E agora já chegamos?
- Não, Bizzie!- Disse irritado.
- Eu adoro chatear-te!- Admiti com um sorriso.
- Tens de arranjar outro passatempo, sabias?
- Calculava, mas... não vai acontecer!- Garanti.
- Melhor assim.- Sorriu.
- Hã?
- Para me chateares tens de ficar bem perto de mim, bem ao meu lado... sempre, portanto, eu deixo-te chateares-me!
- Explicação confusa, mas eu percebi a ideia. Ok, tu queres ajudar uma boa desculpa para eu nunca me afastar, é isso...- Desdenhei.
- Basicamente...- Murmurou, roçando o seu nariz no meu.
- Parece muito bem.- Corei um pouco.
- Já chegamos?- Perguntou-me.
- Eu não faço a mínima ideia.- Garanti assustada.
Ele riu.
- Para ver se pegava, mas sim, já chegamos!
Saiu da frente para que eu pudesse ver e dei com um pequeno restaurante acolhedor, com uma luz mais intima e um ambiente calmo e muito romântico.
- Que tal?- Sorriu.
- É tão... querido!- Sorri de volta toda contente e acalmei-me.
Entrámos e o Justin pediu a mesa da esplanada do lado de dentro. Era a explanada do restaurante, mas em vez de dar para a rua, dava para o Sena e tínhamos mais privacidade do que estar a jantar e aparecer alguém a pedir uma foto. Ele pensa em tudo!!
A explanada era decorada com pequenos vasos com flores coloridas, amores perfeitos, uma das minhas favoritas.
A nossa mesa tinha duas velas a iluminar-nos para além da baixa luminosidade do local, com vista para a grande e iluminada Torre Eiffel... era simplesmente perfeito.
Um senhor veio entregar-nos a ementa.
- Boa noite, madame e monsieur! Se puder ajudar em algo é só chamar, com licença.- Disse cordial saindo de seguida.
Nós olhámos-nos, mas eu desviei o meu olhar para o cardápio, envergonhada. Eu podia com todos os olhares em mim, menos o do Justin... embaraçava-me um pouco...
- Eu acho que já sei o que vou pedir e tu?- Perguntou com um lindo sorriso.
- Eu também.- Agora sim, olhei-o.
O garçon aproximou-se da mesa:
- Oui?
O Justin fez-me sinal. Eu sorri. Fiquei contente por me deixar escolher e não ser ele a decidir por mim, mesmo com a minha refeição em vista (nos dois sentidos...😏).
- Para mim codorniz dourada por favor.- Pedi.
- E para le monsieur?- Perguntou elegante.
- Um ratatouille, para mim, se faz favor.
- E para beber?! Posso aconselhar o vinho rosé da casa, senhor?- Perguntou.
- Nós... nós não bebemos.- Informou.
Eu não vou mentir, senti-me mais confortável assim.
- Perdão senhor, então o que será?
Algo que abafe o meu alito de morsa... Ice Tea!
- Um Ice Tea de pêssego por favor.
- E uma Coca-Cola.
- Com certeza, está já a sair.- Sorriu educadamente e saiu.
Eu olhei para a vista. Estava uma temperatura confortável.
As casas e luzes reflectidos no negro rio e as luzes distorcidas da Torre Eiffel ali em baixo, com toda a vista parisiense... Nem o melhor dos sonhos parecia tao bom quanto isto! E estar ali com o Justin era um bónus para o meu coração, eu amava-o, só não tinha de o dizer.
- Finalmente mulher!! Estava a ver que nunca mais sorrias!
Lá se foi o glam...
Ei ri com a sua reacção.
- Passou um bom tempo sem sorrires para mim...- Disse voltando a ser... normal.
- Eu sorria.
- Só para eu me calar, não era um sorriso verdadeiro.- Olhou intensamente nos meus olhos e pegou docemente na minha mão em cima da mesa. A luz das velas dava-lhe um ar ainda mais delicado e perfeito do que ele já era... e isso era praticamente impossível.
- Eu confesso... que me assustei um pouco quando me convidaste para sair...- Disse com receio.
- Eu não mordo!- Prontificou-se. Ele queria aliviar o clima e estava a esforçar-se, não há duvida.
Eu ri.
- Não é isso, é só que... pensei que ias exagerar um pouco e levar-me a um restaurante caro e muito chique...
- Não gostas deste, nós podemos ir a desses, há um bem perto daqui...
- Justin, não é isso!- Disse depressa assim que o vi levantar-se.- Eu prefiro este, sinto-me mais confortável aqui... algo que não acontece num desses, e eu...- Respirei fundo e sorri.- Aprecio muito que me queiras agradar a esse ponto.
Ele sorriu.
- Sim, achei que te ias sentir mais confortável em algo assim, mas não te escapas de um dia ir comigo a um restaurante caro!- Disse na brincadeira. Com esta a Ana já ganhou um Purpose Deluxe! (Pensamento de Justin)
Eu sorri.
- Talvez, se hoje correr tudo bem...
- Isso suou-me a desafio latina?!- Brincou, recostando-se na cadeira e passando a mão de forma pensativa pela pequena pêra que tinha no queixo.
Ei malta!! Em apenas alguns meses comigo, eu consegui torná-lo num homem e fazer a barba crescer-lhe! Devem-me 5€, beliebers!!
- Entende como quiseres canadiano.- Eu adoro deixar uma ponta de mistério.
Os pedidos chegaram:
- Bon apetit!
- Merci!
E começamos a comer. Eu estava deliciada com a minha coderniz, estava muito estaladiça, ele parecia estar a gostar dos legumes, mas... tinha ar de querer um bom bife.
- Queres um pouco do meu? Podemos trocar um pouco se quiseres...
- Eu estou bem. Isto acontece porque uma certa menina decide mimar-nos com ótimas refeições e depois ficamos autenticas bolinhas e não podemos tirar a t-shirt em concertos!- Disse num tom acusador em brincadeira.
- Sim... nós vimos no autocarro...- Revirei os olhos sorrindo.
- Olha lá! mas que é isso de andar a ver o meu abdominal tatuado?! Eu sou uma pessoa extremamente tímida!- Fez-se de vitima.
- Foi só para mim que isto foi irónico?!- Ri.
Ele riu ainda mais que eu:
- Não, não foi.
Bebeu um gole de Coca-cola, mas eu continuei a rir, o que o fez rir, o que fazendo as contas dá um repuxo de mistura castanha liquida a sair pelo nariz... Deus, aquilo deve ter ardido... mas eu continuava a rir-me com ele, enquanto se limpava e eu me afastava um pouco para não me sujar.
- Olha o que fizeste!- Acusou a rir-se.
- Eu?! Tu é que fazes estas figuras e a culpa é minha?!
- Tu fizeste-me rir!
- E tu quase que me estás a fazer chorar! Não é justo Justin: o rimél não é à prova de água!- Brinquei.
- Mas é a sério: se eu continuar a engordar desta maneira nem vale a pena meter-me no avião.- Disse sincero.
Olhei para dentro da minha bolsa:
- Gostas de chocolate de leite?!- Perguntei na brincadeira.
- Tentador...
- Gomas salgadas?
- Está quase... E que tal... um beijo?!- Disse olhando-me fixamente.
Eu corei muito.
- Ham... o aeroporto é para aquele lado, faz boa viagem!- Sorri.
- Ainda à segundos estava: "Justin, eu imploro, fica! Eu amo-te!" e agora já me está a mandar embora! Tu és demais realmente!
- Mesmo quando estás chateado és muito fofo, sabias?!- Perguntei olhando-o, enquanto ainda lhe limpava umas gotas de Coca-Cola, que teimavam em escorregar.
Ele sorriu com o meu gesto.
Continuávamos a comer enquanto dizíamos parvoíces um para o outro, mas também tínhamos conversas mais sérias. Ele era um bom ouvinte e era muito fácil falar com ele, sabia brincar, mas também tinha uma postura mais séria quando necessário... talvez... talvez ele mesmo estivesse certo, ele já tomava a postura de um homem no dia-a-dia.
Ele não era mais o rapaz fofinho de cabelo perfeito que se metia a cantar "Baby" a todo o momento, ao qual os haters chamavam lésbica por inveja... Ele era o homem de cabelos loiros e perfeitos, que se mete a cantar Sorry e What do you Mean? que entrou para o Guinness e passou até os Beatles e o Elvis, ele é o homem ao qual o haters chamam gay e se viraram aliados!
(Ok, sabem que mais?! Esqueçam esta parte depois da ultima virgula, é melhor assim!)
Para sobremesa eu pedi Tarte Tatin e o Justin Crème Brulée. Ele provou um pouco do meu e eu um pouco do dele, o dele era leite-creme caramba! Eu amo leite-creme! Porque raio é que os franceses são complicados ao ponto de inventar um nome todo esquisito como este! A minha era uma simples tarte de maçã virada ao contrário... só mesmo o raio dos franciús!
Pagamos a conta (ou ele pagou a conta depois de um duelo de titãs que eu não consegui vencer) e saímos de mãos dadas.
- Ham... O Neymar está em Paris, ele convidou-me para ir tomar um café com ele e assim... eu estava a pensar, se... se não querias vir com o Kico e jogavamos qualquer coisa depois, tipo... futebol e assim...
Ele quando fica atrapalhado é tão adorável!!! A sério mano?! E eu a pensar que o Neymar fazia luta livre!
- Sim, porque não?! Eu acho que tenho uns óculos de Sol suplentes...
- Na realidade, podias ser tu mesma, já que neste momento toda a França está a babar por ti, por seres campeã da Europa e tal...
- Ow...- Pensei um pouco.- Então Justin... não me leves a mal, mas... eu não posso aceitar.
- Porquê?!
- Porque a Mara é minha amiga e namorada do Kico e... belieber... e ia matar-me se eu estivesse contigo e não a levasse comigo, lamento. E além disso, as pessoas continuam a dar-te grande importância, não que seja mau, mas... ia ser complicado vencer os Mundiais com isso. Eu podia vencer mas ia aparecer: Ex-affair de Justin Bieber ganha competição e sabes... neste momento, não me agrada muito.
- Bia...
- Eu sei que disse que não me importava com o que as pessoas diziam ou pensavam, mas... são só uns meses e depois sim, eu não me importo mesmo.
Ele suspirou.
- Eu quero que tu vás, portanto... vai buscar os óculos de Sol e assim... Mas não fiques gostosa demais, depois não consigo acertar na baliza!
Eu ri e dei-lhe um beijo na bochecha, pude ver que ele ficou notoriamente atrapalhado. Eu gostava de ver o efeito que tinha sobre ele, ele era extremamente adorável.
- Onde é que vamos agora?- Perguntei.
- Lá está: É surpresa!- Disse divertido.
- Tem mais graça quando sou eu a implicar contigo e não o contrário.- Amuei de brincadeira.
- Estava na hora de provares o teu veneno!- Brincou.
Passeamos calmamente sob as luzes de Paris à beira rio de mãos dadas. Os olhos dele eram mais brilhantes que todas as luzes do planeta juntas.
Um dos canteiros por que passámos tinha uns bonitos botões de rosas cor-de-rosa claro, ele sorriu e tirou um pondo-o delicadamente no meu cabelo, preso na trança, por cima da minha orelha, cheirando-o profundamente antes. Até eu senti o doce cheiro daquela rosa e era bem pequena.
Eu corei um pouco ao sentir o seu simples toque e o seu gesto foi muito querido.
- Ham... obrigada.- Disse quase inaudível.
Ele sorriu e voltou a pegar na minha mão, podo-se totalmente à minha frente e levanto o seu indicador ao meu queixo, tão delicadamente como se me fosse partir a qualquer momento e abriu um bonito sorriso.
- Essa rosa é muito sortuda, aquelas outras estão mortinhas de inveja.- Disse com a voz mais doce que eu já tinha ouvido alguma vez na minha vida. Nem mesmo na sua melhor musica, no meu melhor sonho, na melhor frase ele tinha uma voz tão... mel.
- Hã?- Mesmo assim, não percebi o que queria dizer. Eu sou tão estúpida!!
- Todas estas rosas queriam estar no teu belo cabelo, pena que só uma possa ter essa sorte.- Os seus olhos estavam tão brilhantes (Espera! Eu acho que já tinha dito isto, certo?!)
Depois de dizer isto beijou a minha bochecha, entrelaçando os nossos dedos... IIIIIpp!!! Interiormente estou aos saltinhos, embora não pareça... eu devo estar da cor da lata de Coca-cola dele!
- Anda!- Começámos a andar outra vez.
Eu estava tipo... nas nuvens, eu nem prestava atenção por onde andava, estava só tipo..."Sabes, de 1 a 100, tu és um 350 na minha escala de beleza e acredita, estavas bem lá no alto, anteriormente!"
Só reparei que estávamos a entrar num elevador em vidro: Espera, onde é que estamos?
O elevador subia cada vez mais e eu apertei a mão dele com força, eu tinha um pouco medo de elevador, porque sei lá, e se parte um cabo e se eu fico presa lá dentro, além disso não era ele que tinha claustrofobia, como é que se conseguia manter são num sitio como este?! Porque é que... no fundo mais sujo da minha mente, estão a tentar aparecer fumassas de sujas ideias de várias formas de usar um elevador?! Eu estou a a surtar!!!!
- Chegamos!- Disse.
Finalmente!
Saí do elevador e olhei tudo à volta... Eu estava no topo máximo da Torre Eiffel, eu... estava cá em cima... tipo... mesmo no topo do Mundo.
Eu senti o ar faltar-me quando olhei à volta numa pequena roda por mim mesma. Eu... era tudo tão bonito, tão espectacular, tão pequeno, tão lindo e perfeito.
Eu ainda estava perplexa:
- É bonito não é?
Assenti, ainda sem me lembrar de juntar palavras.
- Eu... eu... eu nunca tinha visto algo tão bonito assim, quer dizer... não me interpretes mal, tu percebes o que quero dizer, eu acho. Como é que conseguimos subir tão alto?
- Eu dei um jeito. Tudo para te deixar nesse estado.- Sorrio abraçando-me por trás e encaixando o seu queixo na curva do meu pescoço.- É bom... especial até, estar aqui contigo.- Disse no meu ouvido.
Ok, tá! Ele quer acabar com a pouca sanidade que me resta!!!!
- Eu posso ter pensado, talvez sonhado até...- Ri fraco.- Estar contigo em muito sitio, mas nunca topo da Torre Eiffel... isto foi uma surpresa muito boa.- Dei-lhe um beijo na bochecha.
Olhámos a cidade debaixo de nós até não nos lembrar-mos mais. Haviam casas e luzes até se deixar de ver, lá no fundo do horizonte. Paris tinha ficado acima de Lisboa desta vez.
- Sabes, é uma cidade com muita gente, possivelmente o dobro ou o triplo de Lisboa...
Eu ouvia-o com atenção enquanto me derretia nos seus braços.
- É muita gente mesmo tipo... milhares e milhares de pessoas, se não milhões!
Eu não estava a perceber onde ele queria chegar.
- Então, o que eu quero dizer é mais ou menos... que, já que eu tenho todo este país, praticamente, sob meu "poder", assim dizendo... eu quero, simbolicamente claro... entregar-to a ti.
- Oi, espera o quê?!- Eu acho que não ouvi bem! Voltei-me para ele.
- Sim, foi isso mesmo.
- Justin, isso não é certo...
- Não é bem isso que estás a pensar, eu... estou a entregar-te- Ele hesitou, porque é que eu sou lerda ao ponto de não entender tudo de uma vez?!- o... o meu "reino", percebes? Como se agora fosses... a minha rainha, estás a ver?- Um incendio dentro de mim que não conseguia controlar estava mais que em chamas!!
- Isso... confias em mim, assim tanto, para me entregares... Paris?!
- Oh espera esquecime de dizer uma coisa... Eu amo-te!- Disse sem brincadeiras na última parte.
Era impossível eu ficar mais rubra, eu devia de estar rocha, até!
- Eu... eu também de amo, Justin!- Admiti baixinho.
Ele sorriu e abraçou-me com força.
- Nem sabes o bem que sabe ouvir-te dizer-me isso!
Eu também o abracei com força.
- Não sabes o quão bem sabe ter-te aqui comigo.- Disse no seu ouvido.
Depois de uma boa eternidade abraçados ele separou-me suavemente e continuou a agarrar-me pela cintura, enquanto procurava qualquer coisa no bolso de trás das calças.
- Aqui está!- Disse e meteu a mão à minha frente, fechada.
Eu esperava curiosa.
Ele abriu a mão e vi um cadeado com duas chaves.
Seria o que eu pensava?!
Depois sacou de uma caneta permanente e escreveu o nome dele com um + por baixo entregando-me a mim de seguida.
- Ham...- A minha garganta secou no momento.- O que é que isto significa?
- Basicamente, quando voltar a Paris quero lembrar-me das asneiras que fazíamos juntos, embora esta seja uma das poucas coisas afinadas que eu esteja a fazer.- Sorriu pondo as mãos nos bolsos.
Eu olhei-o fixamente e com muito nervosismo e insegurança à mistura.
- Eu... eu não sei, eu ainda acho que isto não vão dar certo...- Disse mordendo o lábio e olhando a cidade iluminada. Eu tinha muito medo que ele deixasse o meu cair e estilhaçar-se no chão novamente.
- Ei...- Fez-me olhar para ele levando o indicador suavemente ao meu queixo.- Isso, não vai acontecer, eu prometo. Se eu fizer asneira, eu deixo que me atires desta torre abaixo, sim?!
Eu ri com a cara que ele fez.
- Não te esqueças do que acabaste de dizer!
- Impossível! Daqui a 5 minutos já deve de estar na internet!- Ironizou.
Ok, respira fundo. É só um simples cadeado... nada mais que isso, vá lá!
Assinei o cadeado, demos mais uma olhada à cidade e depois descemos. Já fazia algum frio, portanto... assim que ele viu que me arrepiei toda sem ser por sua causa, sorriu e tirou o seu blusão de cabedal em castanho e pôs-mo pelas costas.
- Obrigada.
Deu-me um beijo e fomos até à ponte.
- Ora... num sitio onde nos lembremos...- Comentou.
- Isso é impossível: está tudo cheio!- Disse olhando por todo o lado.
Ele olhou para os extremos do corrimão da ponte.
- E que tal aqui?- Perguntou apontando para um minúsculo espaço no metal.
- Parece-me bem.- Sorri.
Ele colocou o cadeado e fechou-o com força para ter a certeza que ninguém o abria, mas... estava dificil.
- Com licença, douradinho...- Disse Afastando-o um pouco e pressionei com cuidado até ouvir um pequeno ruído.- Pronto!- Sacudi as mãos.
- Bom trabalho!
Eu sorri.
Depois pegamos cada um na nossa chave e olhámos-nos.
- Para sempre?- Perguntei com receio e com medo que isso suasse a possessão ou assim.
- Para sempre e sempre!- Garantiu sorrindo-me.
Depois atiramos as chaves com força para o escuro Sena.
- Está feito.- Disse ele.
- Sim.- Disse com um sorriso enorme.
Ele abraçou-me com força e rodou-me no ar enquanto eu ria, ele tinha um sorriso bem grande... algo que não acontece nas fotos, porque nas ultimas ele nem sorri, pelos vistos ele acha que é... sensual e profundo. Quem sou eu para o corrigir?
A seguir pousou-me no chão novamente e abracei-me ao seu pescoço com força, enquanto ele me abraçava pela cintura.
- Uma noite muito produtiva...- Comentou a rir.
- Podes crer.- Apoiei sorrindo.
Os nossos lábios aproximavam-se mais a cada momento.
- Eu nunca te vou magoar prometo... e sei que não vais fazê-lo comigo.- Disse pegando-me no rosto com cuidado.
As borboletas e arrepios em mim eram... tão intensos e incontroláveis!
- Eu amo-te Bia.
Ok, agora tenho dor de barriga pelo nervosismo.
- Eu também te amo e muito Justin!- Garanti.
Quando os nossos lábios estavam prestes a tocar-se...
- Olha que querido!
Rrrr!!! Agarrem-me que é desta que eu a mato! Eu até já lhe sentia o sabor, eu até já sentia o sentimento... mas esta bicha tem de dar sempre uma visita?! Então?! O Justin é demais para as tuas medidas!
- Que oportuno...- Suspirou contra os meus lábios e voltou-se agarrando a minha mão, entrelaçando os dedos.- Então? O circo não aceitava funcionárias de bordel?!
Uau! Agora sim estou aos teus pés! É isso assim irmão!
- É... mas sabes que mais, quero mostrar-te uma pessoa.
O Zayn emergiu da bruma da noite. Os olhos do Justin escureceram e todo ele ficou tenso de imediato. Eu percebo, ele foi traído... isso também me iria doer a mim.
- Zayn... Que bom? O Styles e o Liam, fugiram?- Ele soltou uma piada pesada.
- Na... Vim só eu.- Chegou a Selena pela cintura e deu-lhe um amasso com direito a gemido e tudo.
Eu e o Justin não pudemos evitar uma cara de nojo.
- Tipo... façam as audições para As 50 sombras de Grey em casa, sim?! Eu não vim a Paris para isto!- Tive de falar, tá?! ELA INTERROMPEU O MEU MOMENTO!!!
- Claro, quase me esquecia... Beatriz, não é?!- O Zayn rio.
Eu não me movi e olhei-o com os olhas mais frios que tinha. E eu a pensar que ele era o mais fixe e bacano dos 5!
- Claro que és... parabéns pelo prémio, campeã de dança da Europa... muito bom...
- Vai embora Zayn!- Disse sem medo. Eu nem queria imaginar a Gigi quando soubesse disto.
- Muita ousadia comigo, latina...- Soltou num tom de ameaça.
- Óh sim, desculpa não me ter apresentado pessoalmente... Eu sou Beatriz Fidalgo e não me encolho perante ninguém, especialmente alguém dos One Direction!!
Eu tenho um nervoso miúdinho com uma directioner ou duas... imaginem o que eu faria se metesse a mão em cima de algum deles.
- Esquece, Bia, vamos embora...- Disse tomando caminho.
- Vocês...- Riu sem graça.- Podem mesmo dar certo sabiam?! Ele é idiota, tu chata, ele é convencido, tu também, ele é drogado, tu fumassa...- O Zayn queria mesmo manchar o Justin.
- Justin, não o ouças. Ele está a provocar-te, não te enerves... ele quer arranjar uma boa desculpa para andar à bulha contigo.- Disse apenas para ele ouvir e agarrei-lhe a mão com mais força ainda, saindo dali com ele.
- Ei, Fidalgo!- A Selena chamou. O meu instinto mandou virar-me.
Mal me tinha virado, empurrou-me. Eu caí para fora da ponte, agarrando-me com força à grade de ferro, enquanto gritava e olhava para baixo com muito medo.
- Bia!!!- O Justin tinha uma voz que me fez congelar.
- Adeus, Biebs.- Disseram indo embora.
- Bia!- Veio ter comigo agarrando a minha mão para me ajudar a subir.
- Justin... Justin, tira-me daqui!- Implorei com pequenas lágrimas a caírem-me pelo rosto pelo pânico
- Eu vou tirar, princesa! Aguenta, por favor!- Ele tentava puxar-me com força.
Eu tinha dos dedos a ficarem doridos e o rio fundo, imundo e escuro ali em baixo com uma corrente muito forte... eu não queria experimentar a ideia.
Tentou outra vez e foi o suficiente para eu apoiar os pés na grade para subir, mas perdi uma sabrina, quando tentei subir, escorregando novamente.
- Da próxima vez vens de ténis!- Disse furioso.
- Justin!!!- Eu dizia com pânico, medo, raiva... tudo junto.
Ele puxou-me outra vez e sentei-me em cima da grade, passando primeiro uma perna e depois outra até estar novamente em cima da ponta.
Ele sentou-se no chão cansado e assustado, enquanto eu ainda recupera do susto, sem me conseguir mexer.
- Eu vou dar cabo deles!!!- Disse com raiva.- Estás bem, magoaste-te?
- Eu... eu estou bem... Eu nunca tinha sentido tanto medo!- Disse abraçando-o com força até a adrenalina acalmar e eu parasse de tremer.
- Já comigo... é a segunda vez que a Selena te faz uma assim, eu não vou deixar que aconteça novamente.
Eu tentava parar de chorar no seu ombro, enquanto ele passava as mãos pelos meus cabelos.
- Obrigada, obrigada Justin!
- De nada, lin...
Beijei-o. Antes que, sei lá: macacos assassinos aparecessem, um foguetão com lança chamas, a lua se despenhasse no meu planeta... eu tinha de o beijar!
Pensando bem... talvez seja má ideia... Pelo que as séries dizem, nunca se dá um beijo no primeiro encontro...
- Desculpa.- Disse embebida nos seus olhos e olhando para baixo de seguida.
- Óh esquece!- Disse revirando os olhos e beijando-me com força, puxando-me com força para cima dos seus quadris pela cintura.
Foi um beijo tão intenso que eu só percebi o que se estava a passar depois de as borboletas explodirem em mim, fechando os olhos. Desta vez ele foi um menino bem comportado e não enfiou a língua por mim a dentro, felizmente.
Paramos ofegantes, olhando um para o outro, quando ele desviou uma madeixa de cabelo da minha face.
- Vamos para o hotel... eu nunca tive um encontro tão fantasticamente horrível!- Disse ajudando-me a levantar.
- Podes crer! Dava para fazer um filme!- Disse revirando os olhos.
Caminhamos pela ponte, mas assim que cheguei ao passei-o doeu um pouco, por falta do meu sapato.
- Ok.- Ele disse olhando-me.- Eu vou pôs-te ao corrente da situação Cinderela: eu sou um péssimo príncipe encantado, eu não uso coroa, nem apanhei o teu sapato, nem me ajoelhei para to dar, mas... queres boleia?!- Apontou para as costas.
Eu ri e aceitei.
- Por ali rei!- Disse apontando na direção do hotel, beijando-lhe a bochecha com algum custo, por causa da minha posição.
Ele sorriu.
- Estamos a caminho.
Quem passava no carro e nos olhava devia achar-nos malucos, mas... eu não estou nem ligando a isso!
Olá pessoal!
Pois é: eu ainda faço referencia a esta ponte, mas foi retirada à um tempo, porque já era muito perigoso ter tanto peso ao mesmo tempo naquela ponte, mas... vamos dar um desconto para o Justin e para a Bia, que tal?
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