Capítulo 10: Em casa
|Bia|
Eu não sei o que se passa, ou de que forma aconteceu, mas os olhos do Butler, convenceram-me à grande. Além disso ele tem um sorriso... Puxa! Eu não sou de ferro! E a forma como se sussurrou ao ouvido... eu senti umas borboletas na barriga, o que era muito mau sinal! Ele brincou comigo e não gostei, além disso ele está na turma do rapaz mais giro da escola, que agora não passa de amador ao lado do James! Ele é tão divertido, ele sabe tocar tão bem, ele tem aquele jeito simpático e atencioso... ele chegou ontem, caraças!
Já falei nos olhos e no sorriso, sim? Ok, mas é que são lindos!!
|off|
- Oi, mãe!- Beatriz.
- Olá, Raquel!- James.
- Boa tarde, mãe!- Adriana.
- Olá, meninos! Como é que correu a escola?- Perguntou ao mexer nas mudanças do Toyota Yaris azul escuro.
- A professora de português implicou comigo por fazer um texto argumentativo de 1D, quando tinha de fazer sobre a Beyoncé! A mulher está doida!- Adriana estava passada.
- Não, não está! Beyoncé é a Crush, de JB. Sendo assim é igual ou ligeiramente melhor que ele!- Argumentou Beatriz.
- Ding, Ding, Ding!- Imitei uma daquelas campainhas de quando alguém acerta uma pergunta.- E mais uma vez, Beatriz Qualquer-coisa, acertou!
- Não é Qualquer-coisa, é Fidalgo!- Corrigiu-me.
- Sim, isso, desculpa.
- Na boa, gostei da campainha!- Ela comentou.
- Foi bom não foi?!- Queria a confirmação.
- Ya, eu achei!
- Isto está cada vez pior!- Disse a Adriana.
- Portanto... Bia, há quanto tempo é que és belieber?
Ela baixou a cabeça e ficou muito nervosa. Meteu a mão à frente da cara:
- Bem, eu... eu... eu sou uma fã louca do Justin desde há... 8 meses...- Ela disse mais baixo. Rebentei a rir.
- 8 meses?! Isso mal dá para ouvir todas as músicas!- Dei deboche.
- Isso é mentira, além disso o que importa é a forma e a intensidade como se ama, não é o tempo! E posso dizer-te que existem beliebers mais antigas que eu, e menos loucas!- Ela disse orgulhosa.
- Tudo bem, se responderes ao meu interrogatório não te chateio mais com o assunto. Cor favorita?
- Roxo!
- Data de nascimento?
- 1/3/1994; 00:56H !
- Local?
- St. Jude Hospital; Stratford, Ontário, Canadá; Sala de parto nº 126, 2º andar; Dr. Simon! E se fores muito curioso ele tem sangue do tipo AB positivo!
Eu fiquei parvo com esta ultima resposta, ela estava certa! Nem eu sabia a minha sala de parto, caraças! E o meu tipo de sangue?! Esta miúda era belieber à grande!
Olhei parvo para Raquel:
- Isso é impossível! Como é que tu...? E como é que tu...? Mas isto está tudo na net?!
- Sim, flôr está tudo na net!- Ela confirmou vitoriosa.
- Mais engraçado e divertido?! Olha, Butler: Querida, sabes o teu tipo de sangue, e a tua sala e parto, se me disseres o médico fico feliz!- Disse a mãe olhando pelo retrovisor.
- O meu tipo de sangue é icógnito, o médico morreu, e a minha sala de parto está a servir para guardar vassouras no hospital!- Desviou, e eu ri.
- Como é que tu sabes mais desse tipo que nunca viste na tua vida do que de ti?!- A Adriana fez uma pergunta que eu também queria fazer.
- A minha vida não está na net!
- Bia, o teu médico que assistiu ao parto é o Dr. Gomes, e o resto não sei, a não ser a tua hora de nascimento: 14:36H! Uma das horas mais felizes da minha vida!
- Own, adoro-te mãe!- Disse tocando-lhe no ombro.
Ao ver aquilo, lembrei-me da Pattie. Eu amava-a, e desde que me cheguei ao meu pai, ela tem ficado longe. Chegámos a casa, tranquei-me no quarto e fiz uma chamada que devia de ter feito à séculos:
Chamada on
Justin: Mãe, estás aí?
Pattie: Sim, querido, como é que estás? Foste bem recebido? Estás a portar-te bem?
Justin: Sim, mãe. Está a ser muito fixe. São todos muito simpáticos, mesmo sem saberem que sou o JB.
Pattie: Lembra-te de quem eras antes de Hollywood, querido. Tu és Justin Drew Bieber: um rapaz simpático e prestável, um doce que se preocupa com os outros...
Justin: Mãe, como é que estão as coisas por aí? Os avós como estão? Estás bem?
Pattie: Sim, está tudo igual. Os avós continuam iguais, mas o avô tem saudades de ver os jogos contigo. Eu cá vou, tenho muitas saudades tuas querido, mas sei que isto é o melhor para ti! Tenta aproveitar, querido...
Justin: Eu vou tentar mãe. Mãe?
Pattie: Sim, Justin?
Justin: Adoro-te mãe!
Pattie: Também de amo, querido!
Justin: Estão a chamar-me tenho de ir!
Pattie: Vai lá, e diverte-te! Adeus!
Justin: Tchau, mãe!
Chamada off
Desci para a cozinha. A Bia estava a ver TV, a Adriana devia estar no quarto a ouvir música.
- O almoço está pronto!- Anunciou Raquel.
Fomos almoçar. Eu estava sem apetite nenhum, mas fiz um esforço.
- James não comes?! Esta lasanha é do outro mundo!- Disse a Adriana.
- Sim, eu adoro, mas não estou com o maior apetite do mundo... não levem a mal, mas é que não estou mesmo com fome nenhuma.- Tentei não ser muito grosso.
A Bia olhava-me nos olhos, ela sabia que eu não estava bem, mas não sabia como ajudar:
- Nós não insistimos, mas se quiseres ou precisares de algo entretanto... vem ter connosco.
- Tá, obrigado.
Levantei-me da mesa e lembrei-me de que havia um piano de cauda naquela casa, e fui à procura dele. Acho que abri uma centena de portas e entrei por milhares de corredores, mas encontrei!
- Own... tinhas saudades de companhia?! O Bieber está aqui, o Bieber está aqui... e também está a enlouquecer, porque ninguém fala com um piano!- Justin sentou-se ao piano, e cruzou os dedos virando-os para fora, como um autentico profissional, quer dizer ele era profissional.
Comecei a dedilhar o instrumento, e quando dei por mim, já estava a tocar o As long as you love me. Estava radiante. Eu precisava da música, eu não me conseguia afastar por muito tempo; é a minha vida!
Bia acabou de comer, e mal reconheceu a música desceu a correr para o andar debaixo. Tropeçou nos degraus, mas levantou-se a grande velocidade, sem nunca parar. Quando chegou à sala do piano, viu que James estava a tocar com grande entusiasmo e com um sorriso enorme e lindo, um sorriso... Bieber!
Ela ficou especada na porta a ouvi-lo tocar.
Justin parou e sorriu para o teclado.
- Não sabia que tocavas.- Disse Bia com uma voz doce e calma.
Justin virou-se assustado:
- Sim, mas... é só um pouco...
- Um pouco?! Vá lá, tu sabes muito bem o que vales!
Ela disse e sentou-se ao meu lado, no banco do piano, e sorriu. É verdade, eu sei o que valho.
- Não toco tão bem. Aliás, no piano só sei tocar uma: o Nothing like us.- Ela riu fraco e começou a tocar. Não tocava tão facilmente como eu, mas fazia um bom esforço.
Tocava com algo esforço, uns dias de prática e ia lá, mas via-se que gostava daquilo que fazia. Ela também tocava com paixão, como eu. Chegou à parte em que se tinha de tocar mais depressa, e ela falhou uma nota.
- Bem... eu disse que não era boa.- Disse envergonhada.
- Só tens de praticar, mas tens o que é preciso!- Incentivei. Peguei a música por onde ela a tinha deixado e continuei. A Bia olhava para as minhas mãos com atenção, via onde calhavam as notas e para a minha enorme rapidez, comparada com a sua.
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