O TAPETE
O tapete, varrido agora, crispava contente.
Mais tarde, porém, pisaduras diferentes.
Sangue pingado o encharcaria inteiramente.
Faca certeira, entre suas tramas, cairia rente.
Esfregação e produtos pesados, o tormento.
Apanhou tanto, até ficar limpo novamente.
Sobre o muro, secava no sereno e no vento.
As vozes no bar, a sirene, policia, populares.
De repente o pegaram de novo e foi jogado
Com o corpo e tudo o mais dentro do carro.
Partiram depressa antes que fosse tarde.
Ficou o tapete enterrado a sete palmos.
Numa floresta soturna dentro de um buraco.
Fedendo a cadáver, se decompondo pra sempre?
Tanto não demorou, 7 dias, fora descoberto.
Foi parar o tapete agora nesse necrotério.
Teria esperança ainda um dia, quem sabe?
De uma porta na entrada, uma sala, varrido
E limpo, o sol permeando as suas fibras.
Tudo que um tapete quer é ser varrido. Só isso.
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