A BESTA
Não é como se eu faltasse uma parte, eu falto inteiro
Trazendo recordações como o lixo que volta da praia
Luto contra todos que acreditam em amor verdadeiro
Existindo, afirmo meu tesão erguido por vê-la de saia
Asqueroso, é bom que me notem como tal, assim sou
O anelídeo rastejando na própria merda que defecou
Qual ser, repudiando por efeito a existência, persiste?
Porque essa besta nociva, perambulando ainda vive?
Os impulsos que me tornam assim, os alimento enfim
Jorram impurezas, latejam carbúnculos nesse jardim
Breve, seja breve, leve-me logo, eu desejo o inferno
Pragas piores me devorem, sem provar o sono eterno
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