RECADO

Esse conto é antigo, eu tinha escrito ele e postado em uma comunidade voltada para historias de terror no Amino. Um dia desses entrei na conta e o encontrei, eu nem me lembrava mais dele. Sempre gostei de escrever, principalmente coisas voltadas para o gênero terror.  Sendo esse um dos poucos contos que "Salvei", resolvi postar (Eu tinha vários, mas me estressei e apaguei todos praticamente) Se gostar, não esqueça de votar e comentar.

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CRIATURAS SOMBRIAS RONDAM A NOITE.

23h

Eva caminhava rapidamente para casa, afinal estava tarde. Sentiu cansaço após andar tão rápido, então diminuiu os passos e apreciou a noite.

O céu estava claro pois a lua o iluminava bastante, as estrelas enfeitavam o céu o deixando mais belo.

Eva respirou fundo continuando a caminhar. Tudo estaria em silêncio se não fosse pelos grilos e a brisa suave batendo nas árvores.

Eva sentiu um arrepio e logo um vento forte passou levando a flor presa em seu cabelo, ela correu atrás da flor e nem percebeu algo à sua frente.

A sua flor parou no pé de alguém, Eva subiu o olhar devagar até ver um rosto coberto por um capuz.

— Quem é você?

— A pergunta correta seria, o que é você ? — respondeu friamente o encapuzado — Afinal não sou como você.

Paralisada de curiosidade, Eva não respondeu, apenas abraçou o próprio corpo pelo frio que fazia.

Ainda em frente ao homem enquanto o encarava, Eva sentiu seu corpo arrepiar quando ele levantou seu capuz.

— Meu Deus — Disse horrorizada. Ele sorriu.

Eva saiu correndo desesperada apenas não queria vê-lo nunca mais. Os passos atrás de si a deixava desesperada.

— Não corra — Ordenou com sua voz fria.

No mesmo instante Eva sentiu uma dor insuportável nas pernas como se arames farpados as prendessem. Então ela caiu.

— Me deixe ir por favor — gritava loucamente.

— Não grite por favor — Disse calmamente se aproximando.

Eva continuava a gritar.

Gritando por socorro sem perceber, ela mordeu a própria língua.

O homem parou a sua frente e se agachou.

Com a língua sangrando e as pernas presas, Eva cobria os olhos assustada.

— Sei que sou horrendo — fala com o rosto próximo ao de Eva — Minha beleza não está na aparência, deseja não me ver mais?

Eva assentiu implorando para que a criatura sumisse e ele riu.

Com as mãos nos olhos Eva os sentiu sumir e tudo escurecer.

— O que fez? — Perguntou aos gritos.

— Fiz o que pediu — disse em seu ouvido.

Eva sentia suas pernas presas, seus olhos haviam desaparecido e por mais que ela tocasse seu rosto parecia que eles nunca existiram em sua face. A criatura ria enquanto via ela lutar desesperadamente para se soltar das amarras invisíveis, ria a vendo tocar o rosto procurando os próprios olhos que apenas se encontravam fechados.

Ele pensava como aqueles seres se julgavam superiores se nem mesmo sabiam diferenciar uma ilusão da realidade. Suas mentes eram tão fracas e corruptíveis.

— Está tudo bem, minha flor. Seu corpo e sua alma serão bem aproveitados por mim, então fique calma.

Dizendo isso a criatura devora sem piedade sua alma e por fim, seu corpo já sem vida.

446 palavras.